Elements : Apocalypse battles escrita por Aguerosan


Capítulo 28
Capítulo 28 : Correndo contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Opa.



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 Após o fim das batalhas de Kaito e Keima contra seus respectivos generais terem acabado e seus dois outros amigos também terem vencido, mesmo com dificuldade, todas as 4 lutas acabaram, e agora os resultados e consequências dessas lutas aparecerão.

 No castelo, Hirako estava com seus amigos pra ir ao encontro dos outros que Kuro havia sequestrado. Com ele estavam Kouma, Azuka e sua mais nova aliada e ex-general de Kuro, Yummi.

 Hirako – Vamos, pessoal, corram mais rápido, o topo do castelo não pode ser tão longe assim. – Falou, olhando para trás enquanto subia correndo pela escadaria para o topo do castelo, liderando uma fila indiana, onde estavam respectivamente Kouma, Azuka e Yummi.

 Azuka – Hirako, eu sei que você está todo empolgado que nós conseguimos imobilizar o Kuro por um tempo com a ajuda da Yummi, mas arf... arf... meio que eu ainda estou exausta... vai com calma. – Cansada, Azuka reclamou da agitação de Hirako.

 Yummi – Ela tem razão, Hirako. Eu também estou correndo o mais rápido que posso depois de usar tanto poder de uma só vez. – Concordou a ex-general do gelo, diminuindo um pouco o ritmo.

 Hirako – Ah, gente, vamos lá, vocês não vieram até aqui pra parar na metade, né? – Perguntou, afrontoso, E enquanto falava, Kouma errou o pé em um degrau e tropeçou, caindo.

 Kouma – Agh...

 Hirako – Kouma, você tá legal?

 Azuka e Yummi – KOUMA.

 Kouma – Sim, estou bem, hahaha, desculpe... agh... acho que usei o poder da minha espada de forma exagerada. Desculpe, Hirako, mas eu preciso mesmo dar uma pausa, pois como você sabe, eu já não tenho a idade de vocês.

 Hirako – Ah, tudo bem então. Vamos dar uma pausa aqui na escadaria mesmo.

 Azuka – Isso. Não aguentava mais correr. Acho que a próxima a tropeçar ia ser eu.

 Yummi – Usar todo aquele poder contra o Kuro de uma só vez me deixou tonta.

 Hirako – Vou ficar de guarda alta, caso algo ou alguém queira nos atacar.

 Kouma – Aliás, Hirako... O que aconteceu com os outros 3? Onde estão o Kaito, Keima e Wyles?

 Hirako – ... – Hirako cerrou o punho. – No primeiro andar nós decidimos nos separar, e deixamos o Keima cuidando daquele maníaco que atacou a gente no hospital.

 Yummi – Então o hospedeiro do vento conseguiu lutar com o hospedeiro do som? Ele estava querendo isso tem um tempo – falou, escorada contra a parede, quando de repente ela olhou para Azuka, que estava sorrindo para ela de uma forma sincera. – Azuka??? O que foi? Eu falei algo estranho?

 Azuka – Não, muito pelo contrário. Ver você falando livremente, sem a influência daquele maldito parasita... me deixa muito feliz. Acho que em todo o tempo em que eu estive nessa droga de castelo, como subordinada ou como prisioneira, eu nunca tinha te visto tão feliz. – Sorriu.

 Yummi – Ah... er... como eu deveria responder? – Perguntou, confusa, enquanto os outros 3 riam. – Ei, não riam, é sério, eu fiquei tanto tempo sem falar, que eu acho que meio que perdi o dom.  

 Azuka – Fica tranquila, Yummi, nós não estamos rindo de você de forma pejorativa, e sim de forma amigável. Vai ficar tudo bem, voltando a conversar aos poucos, essa característica vai sumindo.

 Yummi – Ah, então acho que tudo bem. – Ao mesmo tempo em que a mulher falou isso, Azuka levantou-se do local onde estava e sentou um degrau acima da ex-general, e abraçou-a por trás, demonstrando carinho, o que deixou a menina de cabelos azuis completamente perdida e envergonhada, e com os olhos girando e com o rosto corado, Azuka a abraçou mais gentilmente, a acalmando. – É bom ter você no mesmo lado que o meu novamente, mestra.

 Hirako – Mestra? Do que você está falando, Azuka? – Perguntou, interessado, enquanto Kouma apenas ajeitou-se em seu degrau e sentou-se escorado na parede, para descansar melhor.

 Yummi – Ah, não é n-nada... esqueçam.

 Kouma – Ah, não. Nada disso, Yummi. Agora que ela começou, é melhor terminar. Eu amo ouvir histórias para descansar meu corpo e mente.

 Azuka – Do jeito que você fala, parece que vai dormir se eu contar.

 Kouma – Te garanto que não vou, hahaha. Meus hematomas estão doendo muito para deixar eu pegar no sono, então eu posso apenas fechar os olhos, mas estarei escutando.

 Hirako – É, chega de enrolação, fala, fala. Por que você chamou a Yummi de mestra, Azuka?

 Azuka - Hihi... – A hospedeira ajeitou-se e abraçou yummi ainda mais, deixando-a confortável, conseguindo até se escorar em seu tronco. – Eu pensei que já tinha falado algo sobre com vocês, mas acho que me enganei. Não lembro de ter mencionado isso nem com o Wyles. Mas enfim, eu chamei a Yummi de mestra justamente por ela ter sido minha mestra. Como o Kuro não tinha tempo de treinar todos os hospedeiros que ele capturou, por estar ocupado demais atrás de você, do Wyles, do Keima e do Kaito, ele designou dois pupilos pra cada um dos hospedeiros mais fortes que ele já havia treinado, ou seja, a Yummi, o Sora, o Kizuro e o Koda, que foram os primeiros a serem pegos por ele e que mais pra frente se tornariam os generais.

 Hirako – Espera, então os 4 generais receberam treinamento direto do Kuro? Não é à toa que todos são fortes...

 Yummi – Espera aí, é verdade. Hirako, pra você ter chegado no 4º andar, você teve que passar pelo andar do Kizuro e do Koda, não é? Como você conseguiu?

 Hirako – Foi como eu estava falando anteriormente. No primeiro andar, o Keima ficou para trás para enfrentar o Sora, no segundo, o Kaito ficou para enfrentar o Kizuro, e no terceiro, o Wyles ficou para enfrentar o Koda. Então, todos eles abriram caminho para eu chegar até você.

 Yummi – Espera aí... você disse que esse tal de Kaito ficou no segundo andar SOZINHO para enfrentar o Kizuro?

 Hirako – Sim...

 Yummi – Hirako, eu sei que você deve ter visto o quão forte aquele desgraçado é, então deixa-lo sozinho lá... ISSO É PRATICAMENTE COMO MATA-LO.

 Hirako – NÃO FOI NOSSA ESCOLHA, OK? – Ergueu a voz sem perceber, assustando um pouco as duas garotas. – Desculpem... Bem, enfim, nós três estávamos com muitas dificuldades de enfrenta-lo em grupo, tanto que mesmo usando o nosso melhor combo, ele resistiu sem problemas. Então, devido à isso, vendo que tínhamos que tomar alguma decisão rápida, o Kaito tomou a liderança e jogou eu e o Wyles pra fora da sala do segundo andar. Eu queria ter voltado para ajudar, mas o Kizuro ergueu uma parede de ferro extremamente poderosa, e o Kaito teve muito esforço pra nos tirar de lá. Em respeito à isso, resolvemos seguir sem ele.

 Kouma, que estava calmo, levantou de seu degrau furioso e pegou Hirako pela gola de sua camisa, jogando-o contra a parede contrária à que ele estava.

 Kouma – Então você e o Wyles deixaram o Kaito para a morte? Seus desgraçados. – Quando Kouma ia fechar a mão para desferir um soco em Hirako, o loiro falou:

 Hirako – Eu entendo que esteja bravo comigo por causa dessa atitude miserável, eu também estou arrependido de ter deixado ele lá... ainda mais contra aquele maldito monstro que parecia ser imune à todos os nossos ataques. Se quer me bater, vá em frente, Kouma, mas eu acho que se nós tivéssemos voltado lá para ajudar... nós só atrapalharíamos o Kaito. Eu não acho que ele tenha se prontificado a ficar só por ser valente. Ele devia estar escondendo algo poderoso na manga, e seria muito perigoso utilizar com a gente por perto. Confie no seu filho, Kouma, assim como eu e o Wyles confiamos. – Ao ouvir as palavras, Kouma soltou o hospedeiro do trovão e voltou a sentar-se em seu degrau, com a mão sobre o rosto.

 Kouma – Desculpe, Hirako, a culpa não é sua, eu estou com a cabeça quente por tudo o que aconteceu na última hora.  É aquele idiota que é muito imprudente. É bom ele voltar vivo e vitorioso, senão eu mesmo mato ele.

 Yummi – Mas ele já não estaria morto se perdesse? – Perguntou, confusa.

 Kouma – Isso se chama paradoxo de um pai. Não ligue pra isso. – Falou, soltando uma risada, que deixou Yummi confusa.

 Hirako – Então não está bravo comigo?

 Kouma – Não... não existem motivos para eu estar. A culpa por quase literalmente se trancar sozinho em uma jaula com um leão faminto é só dele. Vocês fizeram o certo em continuar. Até porque, se vocês não tivessem continuado, provavelmente a missão de resgate não seria completa.

 Hirako – Bom, ela ainda não foi, pois estamos parados aqui na escada.

 Azuka – Ah, mil desculpas senhor eletrificado. Infelizmente eu fui soterrada por escombros, e a Yummi e o Kouma usaram muito poder. – Retrucou Azuka, que escutava a conversa, atenta.

 Hirako – Eita, calma lá, não precisa falar assim também. Está tudo bem, eu não queria admitir, mas também estava um pouco cansado.

 Azuka – Viu só, hahaha.

 Yummi – O Kizuro geralmente não comete erros em uma batalha. – falou, colocando a mão no queixo, pensativa. – Para vocês terem conseguido distrai-lo ao ponto dele deixar seu amigo jogar vocês para fora, eu diria que vocês lutaram muito bem.

 Hirako, ao ouvir o elogio de Yummi, corou.

 Hirako – Ah, o que é isso? Só estávamos dando o nosso melhor.

 Yummi – E o Koda? Ele é mais egocêntrico e orgulhoso, não sei como ele te deixaria passar.

 Hirako – Sim, o Koda aparentou ser uma pessoa bem forte, mas o Wyles deixou ele completamente ocupado, dizendo que ele era um tal de Yominori.

 Azuka – Yomi...nori?

 Hirako – Sim, pelo menos foi o que ele disse.

 Azuka – Então você finalmente o encontrou, hein, Wyles. – Falou, abrindo um sorriso bobo.

 Hirako – Hã? O que esse Yominori representa?

 Azuka – Ah, não é nada, por favor, ignore.

 Hirako – Ok, então. O Koda tentou me parar com alguns ataques relacionados à arvores, mas eu consegui fugir para o quarto andar, porque o Wyles estava muito furioso e ele não conseguiu se concentrar em mim.

 Yummi – Entendo... Essa operação de vocês, além de muitos riscos, vocês também contaram com a sorte em alguns momentos... interessante. Agora do quarto andar em diante, a gente sabe o que houve, não é?

 Hirako – Sim. Ei... espera aí... VOCÊ ESTÁ FUGINDO DO ASSUNTO DO MESTRE DE NOVO.

 Yummi – E-eu? Imagina... (Droga...) – Falou e pensou a ex-general, enquanto Azuka cheirava seu cabelo.

 Azuka – Aaaah sim, você quase mudou o foco, não é, Yummi, sua bobinha? Bom, então, eu vou continuar da onde tinha parado, ok? Onde eu estava?

Kouma – Que eu me lembre... acho que na parte que o Kuro definiu os hospedeiros novatos como pupilos dos mais velhos.

 Azuka – Isso mesmo, Kouma. Então estava ouvindo mesmo.

 Kouma – é claro. Falei que iria ouvir, você duvidou, é, mocinha?

 Azuka – É que você sabe o que dizem, né? Velhos dormem rápido.

 Kouma – Ei.

 Hirako – Depois vocês discutem. Quero ouvir a história.

 Kouma e Azuka – Justo.

 Azuka – Bom, então, como eu vinha dizendo, o Kuro dividiu a gente em 3 duplas. Cada uma seria pupila de um general.

 Hirako – Espera... mas não eram 4 generais?

 Azuka – Sim, e são 4. Mas o Kizuro não aceitou treinar com ninguém que não fosse outro general ou o próprio Kuro. Ele só confiava no Kuro, no Koda, no Sora e na Yummi pro treinamento dele fluir, mas isso mudou com o tempo. Duas semanas depois ele já lutava com a gente na sala de treino sem problemas. Acho que primeiro ele quis ver se nós não éramos inimigos, pois acredite, Hirako, ele era muito mais selvagem do que você provavelmente viu no segundo andar.

 Hirako – Mais selvagem que aquilo? Mas então ele praticamente era uma fera descontrolada.

 Azuka – Sim... Nunca soubemos pelo que ele passou para ficar naquele estado, mas coisa boa não deve ter sido.

 Hirako – Entendo... mas e então?

 Azuka – Ah, sim. Bom, como eu já disse, nós formamos três duplas. Eu e a Mizuno fizemos uma dupla para treinarmos com a Mestra Yummi, os gêmeos Ryota e Masato treinaram com o Sora e o Varl e o Grant treinaram com o Koda.

 Kouma – Varl, ein? Faz um longo tempo desde que eu ouvi esse nome.

 Hirako – Digo a mesma coisa do Grant. Aquele maldito...

 Azuka – Ah sim, se bem me lembro, foram vocês quem derrotaram eles, né?

 Kouma e Hirako – Sim.

 Azuka – Minha memória está boa então...

 Kouma – Eu lembro que o Varl me disse algo sobre ele ser o braço direito do Kuro ou alguma coisa assim, você sabe do que se trata, Azuka?

 Azuka – Creio que sim. O Varl nasceu em uma vila muito precária, e perdeu os pais ainda pequeno, então sempre teve que lutar sozinho pela sobrevivência, não é à toa que ele recebeu o elemento espírito. Ele foi muito guerreiro a vida toda... E um dia, enquanto ele tentava roubar um pão de uma feira, o Kuro apareceu na frente dele com uma cesta de comida e ofereceu pra ele. Ele disse que se Varl o seguisse, teria daquilo pra melhor. Ele aceitou instantaneamente, e Kuro, por incrível que pareça, simpatizou com aquele garoto de 19 anos, e não colocou nenhum parasita nele, e ainda arrumou roupas novas, curativos e um óculos para ele, pois ele não enxergava muito bem. Então o Kuro disse que o Varl era seu braço direito, e esse apelido ficou, com o Varl se mostrando muito capaz, pois aprendeu a ser um cara muito culto e manusear sua espada extremamente rápido.

 Kouma – Entendo... Sabendo disso agora, até me sinto mal de tê-lo matado...

 Azuka – Não se preocupe... ele teria matado eu e a Mizuno se você não o tivesse impedido.

 Kouma – Sim... ele foi muito baixo de tentar assassinar a Mizuno naquele estado... mas espera... por que ele teria te matado?

 Azuka – Ele era completamente maluco, e se fosse pelo bem do Kuro, ele faria qualquer coisa, até mesmo se livrar de um aliado.

 Hirako – Eu não cheguei a conhece-lo, mas ele parecia ser um cara interessante. Mas você disse que fazia dupla com a Mizuno? Vocês não parecem tão próximas...

 Azuka – Hirako, eu não sei se você sabe, mas a Mizuno estava em coma até antes do Wyles cura-la. E logo após isso, nós todos fomos sequestrados, meio que a gente não teve tempo de conversar direito, sabe?

 Hirako – É... você tem razão. Esses gêmeos que você falou são os dois que o Kaito e o Keima derrotaram lá na cidade do Keima, né?

 Azuka – Eles mesmo. Ao que aparenta, os dois sempre foram muito amigos, e vieram de uma família rica. Ryota sempre gostou de estudar sobre o tempo, e Masato passava a vida na frente do telescópio do pai, vendo estrelas, cometas e satélites. Os elementos que eles ganharam caíram igual luvas para eles.

Kouma – Você realmente sabe bastante sobre todos eles, né?

 Azuka – Acho que era inevitável, afinal, nós só tínhamos a nós mesmos para conversarmos para não ficarmos malucos nesse castelo enorme, então acabamos falando bastante de nossas vidas.

 Kouma – Entendo.

 Hirako – Mas por que a Yummi pareceu tão incomodada com o fato de você contar pra gente sobre os pupilos?

 Azuka – Bom, talvez ela tenha pensado que eu ia contar da vez que ela foi fofinha com a gente, depois de espancar eu e a Yummi, ela sentiu compaixão e tentou nos ajudar.

 Hirako – Mas espera aí, o kuro me disse que a Azuka não podia sentir emoções.

 Azuka – Justamente. Quando ela tentou nos ajudar, ela teve uma dor de cabeça tremenda e tropeçou em um escombro e bateu a cara na parede. Foi muito engraçado, né Yummi? – Perguntou, e quando olhou para a garota, ela já havia desmaiado de vergonha, e estava com o rosto completamente vermelho, com os olhos girando. – Haha, sempre boba, mas ela realmente era uma boa mestra – Falou, e enquanto isso, Yummi sonhava, lembrando-se de uma cena ocorrida durante um treinamento.

 [

 Azuka – MIZUNO, ATACA PELA ESQUERDA QUE EU VOU PELA DIREITA.

 

 Mizuno – ENTENDIDO, AZUKA. – Concordou a hospedeira da água, correndo com suas duas espadas de gancho na mão, indo na direção de Yummi.

 

 Yummi - ... – “Vocês tem muito o que aprender ainda, garotas” –escreveu, moldando neve em cima de sua cabeça, e no mesmo instante, criou um chão de gelo no qual Mizuno escorregou e foi deslizando até os pés da general, que a chutou na parede em seguida, e quando Azuka tentou ataca-la com sua waving snake, ela simplesmente criou um iglu à sua volta que a protegeu e ricocheteou a espada, e aproveitando essa chance, ela simplesmente jogou um bloco do iglu de encontro com Azuka, a acertando em cheio e deixando debaixo de uma pilha de neve.

 

 Mizuno – Agh...

 

 Azuka – F-frio...

 

 As duas, após levantarem, reuniram-se na frente de Yummi, e ao olharem para ela, a mesma estava em uma posição de luta completamente linda, deixando sua capa e suas lâminas extremamente amedrontadoras

 

 Azuka e Mizuno se olharam por um momento, e do nada juntaram as mãos, com seus olhos cheios de brilho.

 

 Mizuno -  A Yummi é muito linda, né? Meu deus do céu.

 

 Azuka – É, nem me fala, ainda mais com todas essas lâminas pelo corpo dela... Ela é muito espetacular.

 

 Yummi, ouvindo aquilo, começou a corar, e quando foi tentar sorrir, o parasita em sua cabeça foi ativado e ela sentiu uma dor extremamente forte na cabeça, que a fez desmaiar.

 

 Mizuno e Azuka – MESTRA. – Gritaram, indo de encontro à general, que estava caída no chão da sala, para ajudá-la.

 

  Meia hora depois, ela acordou e quando abriu os olhos, viu o rosto das duas, que estavam cuidando dela com grande cuidado.

 

 Yummi - ... – “O que aconteceu, meninas? Por que eu estou no chão?” – perguntou, moldando sua neve em forma de palavras.

 

 Azuka – Ah, mestra, ainda bem que você acordou, estávamos preocupadas.

 

 Mizuno – Sim, você caiu do nada. Acho que está muito cansada.

 

 Yummi - ... – A garota colocou a mão sobre a testa, sentou-se e moldou “Sim... pode ser isso, eu não dormi muito bem na noite passada, mas obrigada por cuidarem de mim.”. Enquanto pensava - (“Maldito parasita...”).

 

 Mizuno e Azuka – De nada, Yummi.

 

 Yummi - ... – “Por hoje é isso... amanhã treinamos mais.” – moldou com sua neve.

 

 Mizuno e Azuka – Tudo bem. Até amanhã, Yummi. Nós certamente vamos te acertar amanhã

 

Yummi - ... – “Espero ansiosa”. – moldou, saindo da sala onde treinavam, acenando com a mão esquerda.

 

 Mizuno – Mesmo estando cansada, ela nunca deixa a gente na mão, não é?

 

 Azuka – Sim, ela é uma ótima professora.

]

 Hirako – Ei... Yummi, acorda. – falou, encostando o dedo na perna da ex-general, e soltando um pequeno choque, que a fez dar um pequeno pulo e acordar assustada.

 Yummi – KYAAHH. – Não faça isso, Hirako. Eu estava tendo um belo sonho.

 Hirako – (Kyaah? Isso foi estranhamente fofo) Ah, me desculpe, mas e então, todo mundo descansado? – pensou e falou o garoto, tentando não pensar no grito de sua amiga.

 Yummi – Minha tontura já passou, acho que posso continuar sem problemas.

 Azuka – Eu também já estou um pouco melhor.

 Hirako – E quanto à você, Kouma?

 Kouma – Sinto que um pouco da minha energia já se restaurou, então posso continuar sem nenhum problema. Vamos lá, pessoal. – falou, levantando-se e alongando-se.

 Hirako – É assim que se fala, Kouma. – Vamos lá, galera. – Hirako, liderando a fila, voltou a correr na frente, seguido novamente pela mesma fila de antes.

 Depois de correrem por cerca de 10 minutos em uma escada que parecia infinita, os 4 finalmente chegaram ao topo do castelo, onde havia uma grande área plana e uma pequena arquibancada ao redor.

 Kouma – O que? Mas vendo de frente, parece que não tem nada aqui. Essa área é enorme. Parece um coliseu antigo.

 Yummi – E é mesmo baseado em um. Você é muito observador, Kouma.

 Kouma – Ah, obrigado, Yummi.

 Yummi – O Kuro realizava pequenos torneios aqui em cima com 8 hospedeiros participantes escolhidos na sorte, enquanto os que sobravam podiam assistir e ser juízes das lutas. Ele fazia isso somente para se divertir, e eu admito, aqui em cima, eu tive vários desafios muito interessantes... e um que ainda me faz tremer só de lembrar.

 Hirako – E como funcionava esse torneio? Você lutou contra quem?

 Yummi – Eram 4 chaves de lutas que se transformavam em duas, e em seguida uma, até chegar no campeão, bem normal. Meu maior desafio foi quando enfrentei o Kizuro em uma final.

 Hirako – Você enfrentou o Kizuro sozinha? 

 Azuka – Ah, sim, eu lembro desse dia. Como o próprio Kuro gostava de chamar, “O confronto de um segundo”.

 Kouma – é um nome bem impactante, não é?

 Azuka – Sim, e faz jus ao nome. Eu e o Koda ficamos de fora daquele torneio, então eu consegui ver a luta com a maior atenção possível.

 Hirako – E quem venceu no final?

 Azuka – Acredite se quiser, mas nós também nos perguntamos isso até hoje.

 Hirako – Como assim?

 Yummi – O Kizuro não tem o título de segundo mais forte à toa, isso eu posso te dizer com toda a certeza. – Tremeu por um momento, enquanto falava.

 Hirako – Conta isso com mais detalhes, Azuka.

 Azuka – Bom... – Falou, enquanto começava a se lembrar de como a luta tinha sido naquele dia.

 [

  Kuro – Muito bem, então finalmente chegamos na final de mais um de nossos torneios. E os finalistas são nada mais nada menos que dois generais. Não esperava menos de vocês. Primeiro, do lado direito, o hospedeiro que tem a fama de mais poderoso, e está sempre treinando para se aperfeiçoar, Kizuro. Chegando na final após vencer Varl na primeira luta e Masato na segunda, ele enfrentará a Linda moça que é conhecida por não falar nenhuma palavra em nenhum momento, Yummi, que chega na final após derrotar Sora na primeira luta e Ryota na segunda, ela chega na final sem nenhum arranhão.

 

 Kizuro – Espero que você me proporcione uma boa luta, mudinha. Eu nunca tive a chance de lutar a sério com você, até porque você raramente participava dos treinos do Kuro.

 

 Yummi - ... – A garota, por ser impedida de falar na época por causa do parasita em sua cabeça, apenas concordou com a fala de Kizuro e estendeu sua mão ao mesmo, que sorriu e a apertou com entusiasmo.

 

 Kuro – Só lembrando as regras novamente: A partida não tem limite de tempo, e só acaba quando um dos dois lados declarar a derrota ou ficar fora de combate. Não é permitido matar o oponente, pois é só uma luta amigável. Usem as armas que quiserem, e o uso de seu respectivo elemento está mais que liberado. Com tudo isso dito, COMECEM A LUTA. – Falando isso, Kuro abaixou seu braço, como sinal para início da luta e deu um mega salto para trás, caindo em uma cadeira na arquibancada, juntamente de Azuka e Koda, que estavam respectivamente em sua esquerda e direita.

 

 Kizuro – Então, vamos começar isso, Yummi. Acho que eu nunca tive a chance de lutar com você sozinho. Isso vai ser interessante.

 

 Yummi - ... – “Espero que possamos lutar como bons companheiros, Kizuro”.

 

 Kizuro – ENTÃO VAMOS LÁ. – O General, já animado, fez suas garras crescerem, e pariu para cima de Yummi, que materializou suas lâminas de braço e contra-atacou, começando assim uma inc´rivel troca de golpes.

 

 Kizuro tentou acertar Yummi com suas garras, porém a garota colcou sua lâmina na frente e se defendeu, e logo em seguida, com sua outra lâmina, tentou desferir um corte no rosto de Kizuro para afasta-lo, mas o general foi mais rápido e defendeu-se com suas outras garras, e aproveitando que ele estava segurando as duas mãos da garota, Kizuro girou ela e si mesmo, fazendo os dois pararem de costas um pro outro, e apoiando suas mãos no chão em seguida, tentoudar um chute nas costas de Yummi, mas a mesma projetou uma parede de gelo que a protegeu, enquanto ela se afastava com um pulo para trás.

 

 Kizuro – Não esperava menos de você. – Falando isso, Kizuro ativou sua armadura. – Agora eu posso ir com tudo.

 

 Yummi - ... – “Se você ficasse se segurando por muito tempo, eu teria que te prender em um iglu.”

 

 Kizuro – Há... Como se você fosse conseguir.

 

 Então, sem mais nenhuma conversa, os dois pegaram impulso, e foram um para cima do outro, para se confrontarem. A garota atacou com sua lâmina e Kizuro colidiu-a com seu braço, agora revestido por sua armadura. Sem eguida, Yummi tentou projetar gelo por sua lâmina para prender o braço do homem de cabelos acinzentados, mas o método foi ineficiente, pois quando congelou o braço de Kizuro, ele a levantou e tentou arremessa-la contra o chão, porém quando ela ia cair com as costas diretamente no solo, projetou uma grande camada de neve, que amorteceu sua queda, e o gelo que prendia os dois se quebrou. Para terminar, Yummi levantou-se dando uma cambalhota, e foi novamente na direção do general do aço, e dessa vez, quando ameaçou atacar com suas lâminas e Kizuro foi defender-se, Yummi enganou-o e materializou seus patins de gelo em seu pé e conseguiu acertar um chute no rosto de Kizuro, que o fez ser arrastado no chão, enquanto Yummi patinou para longe.

 

 Kizuro – Agh... Maldita.

 

 Sem mais nenhuma conversa, Kizuro correu até Yummi, tentando acert-ala com socos e chutes, mas ela conseguia desviar com maestria, então, em uma pequena brecha, Yummi saltou pelas costas de Kizuro e desferiu um chute em suas costas, cortando seu colete e revelando uma parte de suas cicatrizes e sua tatuagem, mas antes de Yummi conseguir chegar ao chão, o general virou-se rapidamente e desferiu um soco no estômago da garota, que cuspiu um pouco de sangue e foi jogada próxima da arquibancada.

 

 Kizuro – Agh... – Limpando um pouco de sangue que tinha em seu rosto, Kizuro levantou-se e ficou em posição de batalha. – Você é mais habilidosa do que eu pensei. – Que tal terminarmos com isso de uma vez por todas?

 

 Yummi – ... – “Por que você quer apressar isso?”

 

 Kizuro – Eu ainda preciso treinar mais 3 horas sozinho depois dessa luta, então, se pudermos ser rápidos...

 

 Yummi - ... – “Bom, vamos lá então”

 

 Os dois, em lados opostos da arena, começaram a preparar seus ataques para finalizarem, e então, Kizuro sorriu de forma sádica.

 

 Kuro - ... – O hospedeiro das trevas, vendo aquele sorriso, ajeitou-se na cadeira.

 

 Kizuro – VAMOS LAAAAAAAAAAA – Gritando, Kizuro avançou contra a general do gelo, que rapidamente começou a mover-se em direção de Kizuro, patinando e com uma camada de gelo extra em sua lâmina.

 

 Os dois foram se aproximando, e quando estavam prestes a se atingir, Kuro pulou no meio dos dois, parando simultaneamente os dois ataques, onde Kizuro estava com as garras praticamente no pescoço de Yummi e a garota estava com suas lâminas no peito de Kizuro.  

 

 Kizuro – O QUE? POR QUE NOS PAROU?

 

 Kuro – Kizuro, eu te conheço... Você queria fazer ela desistir fazendo a garganta dela sangrar, não é? – Quando Kuro perguntou isso, o pescoço de Yummi sangrou um pouco, mesmo com a garra de Kizuro não tendo a atingido. – Eu sabia... Só com o poder da pressão de suas garras.

 

 Kizuro – Ah, eu queria terminar logo com isso, Kuro.

 

 Yummi - ... – “Você estava disposto a praticamente me matar, só para terminar com a luta? Você é mesmo incrível...” – Moldou com sua neve, e ao mesmo tempo, a armadura de Kizuro no local do peito se rachou.

 

 Kuro – Você também, Yummi?

 

 Yummi – “Ele que disse que queria terminar isso de uma maneira rápida.”

 

 Kizuro – Você teve a mesma ideia que eu, não é? Garota esperta. Espero que lutemos novamente.

 

 Kuro – Bom, já chega, esse torneio terminará com os dois como vencedores. Não quero uma luta até a morte aqui. Podem ir descansar.

 

 Kizuro – Boa decisão, Kuro. Agora eu vou treinar, até mais.

 

 Yummi – “Eu vou me dirigir ao meu quarto”.

 

 Kuro – Fique à vontade.

 

 Todos então, saíram do local de lutas, e quando Yummi estava saindo, notou que um pingo de sangue caiu no chão.

 

 Yummi – (“Sangue?”) – Ao pensar isso, projetou um pilar plano vertical de gelo para usar de espelho, e quando foi conferir o que era, viu que havia um grande corte em seu pescoço, um centímetro abaixo do pequeno corte. – (“Aquele... troglodita ia me matar mesmo... Se o Kuro tivesse parado a gente um segundo depois, eu poderia não estar mais aqui”) – Pensou consigo mesmo, começando a tremer, enquanto Kizuro passou ao seu lado com uma aura assassina, e deu um tapa em suas costas.

 

 Kizuro – Você luta muito bem, Yummi. E desculpe pelo exagero. – comentou, dando um sorriso falso e olhando o grande corte no pescoço de Yummi, indo embora em seguida.

 

 Yummi – ... – “Boa luta”. – Projetou, disfarçando suas mãos trêmulas – (Esse desgraçado é incrível... Tenho que tomar mais cuidado com ele a partir de agora...)

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 Hirako – Entendo... Deve ter sido uma experiência bastante traumática, porém extremamente proveitosa.

 Yummi – Sim, é por aí mesmo, mas a aura assassina do Kizuro é algo sinistro.

 Hirako – Sim... Eu posso não ter chegado a sentir ela completamente, mas lá no segundo andar ele não pareceu estar de brincadeira em nenhum momento.

 Azuka – Pessoal, a gente está parado aqui na frente da arena por bastante tempo, não é?

 Hirako – Sim... mas enquanto você falava do confronto lendário, eu fiquei procurando pelos nosso amigos e parentes com os olhos, mas eu não vejo nada.

 Yummi – Eles podem estar na outra sala, que fica além da arena.

 Hirako – Sim, você tem razão. Acho que eles não ficariam tão expostos. Vou lá verificar. – falou, andando até a sala, e quando abriu a porta, vagarosamente, uma mulher de meia idade o abraçou rapidamente, chorando, e gritando seu nome

 Âmber – HIRAKOOOOOOO. – Gritou, feliz em ver seu filho, o abraçando, enquanto Hirako olhava para o resto da sala e via todos os outros que tinham sido feito de reféns por Kuro anteriormente.

 Todos – HIRAKO.

 Yummi – HIRAKO, ELES ESTÃO AÍ? – Gritou Yummi, preocupada.

 Hirako – SIM. – Gritou em resposta, e nisso, os outros 3 correram até a voz do loiro, enquanto os outros reféns saíam da sala, que estava cheia de espadas e escudos velhos e medievais.

 Kouma – EI, GALERA, TÁ TODO MUNDO BEM? – Perguntou, preocupado. – Kiyomi, ótimo trabalho liderando eles para fora do quinto andar naquela hora. – Passando a mão na cabeça da garota, Kouma sorriu.

 Kiyomi – Obrigado, Kouma.

 Zoey – Ei, Kouma, onde estão o Keima e o Kaito? – Perguntou a mulher de cabelos verdes, que segurava Sayuri, que dormia em seu colo.

 Kouma – Eles ainda não chegaram aqui em cima, devem estar lutando contra os generais ainda.

Zoey – Entendo. Eu estou muito preocupada com eles... principalmente com o Keima... ele prometeu pra Sayuri que voltaria pra casa...

 Kouma – Não se preocupe, Zoey. Quando se trata de promessas, o Keima sempre cumpre sua palavra. Ele vai ficar bem, acredite.

 Zoey – Espero que sim. – Falou, aconchegando Sayuri em seu colo.

 Azuka – NINA. – Gritou a mulher de cabelo colorido, correndo até a mãe de Wyles, que a recebeu em um abraço. – Eu estava preocupada com você, sua idiota.

 Nina – Não se preocupe, Azuka, eu estou bem. – falou, abraçando a hospedeira com força. – Na verdade, todos estamos bem, graças ao Kouma e a você, que seguraram o Kuro pra gente fugir pra cá.

 Keiji – Sim, exato. Obrigado por isso, Azuka. E você também Kouma.

 Azuka – Ah, de nada. Eu faço o que posso.

 Kouma – De nada, garoto. Eu só não aguentei ficar parado lá.

 Clint – Falando nisso, onde está o Kuro agora? – Perguntou o velho barman, saindo de dentro da sala enquanto limpava seu óculos com um paninho que tinha em seu bolso.

 Hirako – Ah, eu-

 Yummi – Nós 4 conseguimos tira-lo do caminho por hora, mas ele logo vai estar de volta. – Yummi, vendo que Hirako tomaria a honra da vitória só para ele, resolveu se aproximar com passos lentos e falar a verdade

 Ichiro – Eu estou muito velho para isso... – Reclamou Ichiro, olhando em volta, até que viu Yummi. – Ei, eu vi você naquela sala que o Kuro estava um dia. Você é capanga dele, por que está aqui?

 Kouma – Não se preocupe, Ichiro, ela é confiável.

 Yummi – Eu estava sendo controlada, me desculpe.

 Mizuno – Hã? Mestra Yummi? O que? Mas... por que? Por que você está aqui? E por que você está falando? – Perguntou a garota de cabelo azul, que também viu Yummi no local.

 Yummi – Hã? Ah, olá. Muita coisa aconteceu, Mizuno, e graças à ajuda que o Hirako me deu, eu pude abrir os meus olhos, e agora estou livre do parasita do Kuro, e também livre para me juntar ao lado de vocês.

 Mizuno – Mestra Yummi... – A garota, com lágrimas nos olhos, correu até Yummi e jogou-se em seus ombros, a abraçando. – É tão bom ver você nesse estado sorridente, me sinto muito feliz por você.

 Yummi – Ei, calma Mizuno, você vai me derrubar – Falou a ex-general, apoiando-se para não cair, enquanto ria das atitudes da outra garota.

 Depois de todos conversarem e se reencontrarem, finalmente Yummi tomou a frente e bateu algumas palmas, chamando a atenção de todos.

 Yummi – Muito bem, como eu disse anteriormente, nós conseguimos prender o Kuro por um tempo, mas esse tempo está se acabando, então, é melhor todos vocês fugirem daqui o mais rápido possível. Envolver vocês nisso de novo é muito fácil se depender do Kuro, e se ele conseguir pegar algum de vocês de refém de novo, isso vai complicar nossa situação.

 Âmber – Nossa, como você fala bonito, Yummi. Vejo que é uma garota muito forte. – A mulher com cabelos loiros sorriu para Yummi, que corou.

 Yummi – É... obrigado, senhora. – Envergonhada, ela tentou disfarçar, olhando para outro lado.

 Hirako – Mãe... não é hora pra isso. – Alertou, colocando a mão sobre o rosto.

 Âmber – Hirako, vem aqui. – Chamou a mulher, fazendo Hirako se abaixar e ela conseguir falar em seu ouvido. – Ei, ela é sua namorada, não é? Ela é uma boa garota, e com certeza, com toda essa convicção e força, ela vai te colocar no eixo. – Ao ouvir isso, Hirako ficou com o rosto completamente vermelho, e com sua cara saindo fumaça, ele se afastou de Âmber rapidamente, a qual começou a rir.

 Hirako – (N-namorada?) – Perguntou-se em seus pensamentos, enquanto olhava para Yummi que também estava corada por causa dos elogios de Âmber.

 Sorrateiramente, por trás de Hirako, Clint sussurrou em seu ouvido:

 Clint – Case-se com ela, Hirako.

 Hirako – O-o queeee? - Hirako, que já estava vermelho, ao ouvir a frase de Clint, pensou: (Casamento?) – Ao pensar nisso, ele pensou em uma cena, onde ele estava vestindo um terno cinza, com gravata preta, e enquanto jogava seu chapéu de cowboy pra cima, Yummi estava ao seu lado, sorridente e com um vestido de noiva, com um buquê de flores na mão, enquanto uma chuva de pétalas e arroz era jogada sobre ele. – C-ca... – sem conseguir terminar o raciocínio, Hirako sangrou pelo nariz e desmaiou, com um sorrisinho besta no rosto.

 Clint – Hahaha, parece que você gosta mesmo dela, hein, rapaz? – Murmurou no ouvido de Hirako que estava no chão.

 Yummi – Hirako, o que está fazendo deitado no chão? – perguntou, indo levantar o xerife. – O que você e a Senhora Âmber fizeram com ele, Senhor Clint?

 Clint – Nós não fizemos nada, hahaha.

 Yummi – Hirako, acorda.

 Hirako – Case-se comigo... – falou, um pouco tonto, e nisso, Yummi corou e largou o loiro, deixando-o cair com a cabeça no chão.

 Yummi – O que você disse?

 Hirako – AAAAAAH. – Gritou, ao bater a cabeça e voltar à sanidade. – O que?

 Yummi – Por que você disse aquela frase do nada?

 Hirako – Eu não me lembro do que eu disse, mas eu sei que a ideia era boa. – Falou, sorrindo e olhando para Yummi, que foi tocada pelas palavras do xerife e o abraçou, com uma lágrima no rosto. – Hã? O que você tem, Yummi?

 Yummi – Isso não importa. Vamos, levante-se, temos que tirar os reféns daqui. – Ajudando Hirako a levantar, Yummi continuava pensando na frase do garoto, sorrindo.

 Hirako – Bom, pessoal. Faz cerca de 1 hora desde que imobilizamos o Kuro, então, logo ele estará de volta. Então, acho que é melhor se vocês saírem do castelo o mais rápido possível.

 Zoey – Mas para onde iríamos? Ele sequestrou eu e a Sayuri na nossa própria casa, não existe um lugar completamente seguro.

 Kouma – A Zoey tem razão... Não podemos apenas deixar eles irem pra casa, o Kuro pode captura-los novamente. Nós precisaríamos de um lugar que o Kuro não teria acesso de nenhuma forma, mas, um lugar assim existe?

 Hirako – Humm... – Com a mão no queixo, Hirako começou a pensar, até que de repente, ele fechou os olhos e um grande bigode surgiu em sua mente. – ESPERA, É ISSO.

 Kouma – Hã? O que? Por que o grito?

 Hirako – Podemos deixá-los no nulo.

 Kouma – Sim, verdade. O Servant com certeza vai nos ajudar.

 Yummi – Nulo? Do que você está falando, Hirako?

 Hirako – Espere, e verá. – Falou, abrindo um portal.

 Kouma – Ei, Hirako, eu vou com você.  

 Hirako – Não sei o porquê eu precisaria de você, mas você que sabe. Vamos lá. – Após essa breve conversa, os dois entraram no portal, que se fechou.

 Yummi – Ei, onde vocês vã- Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou-se, olhando para Azuka.

 Azuka – Não olha pra mim, eu to mais perdida que você Yummi.

 Enquanto isso, no nulo.

 Hirako – HÃ? POR QUE NÃO, SERVANT?

 Servant – Lamento, Senhor Hirako. Sinto informar que humanos normais não podem pisar no nulo sem autorização.

 Hirako – E o Kouma aqui é o que?

 Servant – O Senhor Kouma é uma exceção, pois o mestre Koji sempre permitiu que ele entrasse aqui.

 Hirako – Como assim “sempre permitiu?” Que história é essa agora, Kouma?

 Kouma – Isso não importa agora, Hirako. Ah, qual é, Servant, quebra esse galho pra gente. Só dessa vez.

 Servant – Me desculpe, de verdade, Kouma, mas eu não posso contrariar as regras do mestre Koji.

 Kouma – Que se danem as regras, Servant. A história é séria, seu mordomo idiota. 

 Servant – Ryuuma Kouma, dentre todos, você o homem que me conhece há mais tempo, só perdendo para o Senhor Koji. E de todos esses anos, você lembra de alguma vez que eu tenha quebrado as regras do meu mestre?

 Kouma – Não... nesses malditos 25 anos que eu conheço você, você não desrespeitou a voz do velho nenhuma vez.

 Hirako – Hã? Como assim, Kouma? Você conhecia o Servant e o Koji antes da gente?

 Kouma – Eu já disse que isso não importa agora, é uma longa história, Hirako, acredite, mas envolve o jeito que eu consegui a Heavy Smash.

 Hirako – Ah... entendo.

 Kouma – Eu não queria ter que fazer isso, Servant, mas você não me deixa escolha.

 Servant – Do que você está falando, Kouma?

 Kouma, inusitadamente deu um abraço no mordomo, que ficou sem reação e apenas ajeitou seu monóculo quando Kouma o soltou.

 Servant – Posso saber o que você tentou fazer?

 Kouma – Simples, eu te dei um abraço. E agora... você vai deixar a gente trazer nossos amigos, não é?

 Servant – Não. Por que um abraço mudaria minha opinião, senhor Kouma? Isso não faz sentido.

 Hirako – Kouma, qual o seu problema? Nós só temos duas horas para evacua-los, e aqui sem dúvida é o local mais seguro. O que você pensou que ganharia, abraçando o Servant? – O loiro, sem entender a lógica do homem, bateu a mão em seu próprio rosto.

 Kouma – Pensei que ele estava sendo rabugento por não ter amor no coração. – Falou, agachado em um cantinho, desenhando um círculo contínuo no chão.

 Servant – Criaturas puras do Nulo como eu não são munidas desse tipo de sentimento. Nós só existimos para servir os monges e também quem eles mandarem a gente seguir.

 Hirako – Servant, é o seguinte. Eu não vou deixar todos serem feitos de refém novamente só porque você tem uma regra que não pode deixar ninguém que não seja hospedeiro ou monge entrar aqui. Eles vão entrar, nem que seja à força, você entendeu?

 Servant – Você está me ameaçando, Senhor Hirako? Ameaçando o homem que te treinou? Espero que saiba o que está fazendo.

 Hirako – É, você tem razão. Desculpe, Servant, eu perdi a cabeça por um momento. – Curvou-se, desculpando-se.

 Servant – Está tudo bem.

 Hirako – Vamos, Kouma. Acho que teremos que encontrar outro abrigo.

 Kouma – Entendo.

   Quando os dois viraram de costas para ir embora, Krydel se materializou do lado de Servant, escorado em seu ombro.

 Krydel – Servant, é sério?

 Servant – Infelizmente, não posso fazer nada quanto à isso.

 Krydel – EI, KOUMA.

 Kouma – Hã? Krydel? E aí, cara.

 Krydel – Você sabe muito bem como tem que resolver isso, não é?

 Kouma – Hã? Eu sei?

 Krydel – Ah, qual é. Isso pode salvar todos os seus amigos.

 Kouma – Do que você está falando, Krydel?

 Hirako – E quem é esse? Seu amigo, Kouma?

 Krydel – Você deve ser o Hirako, o Servant fala muito de você, e o quanto seu treinamento foi produtivo. Eu me chamo Krydel, e sou o mestre do andar de número 50.

 Hirako – Hã? Nível 50?

 Krydel – Sim. Diferente de você, Keima e Wyles que chegaram aqui e já enfrentaram o nível 100 diretamente, o Kaito treinou desde o nível 1 até o nível 50 do nulo sem descanso. E eu sou o mestre do nível 50.

Hirako – Espera, então você e o Kaito já lutaram?

Krydel – Várias vezes, mas da última vez ele venceu, e eu tive que deixar ele avançar.

Hirako – Entendo. O Servant é o mestre do último andar, que é o centésimo. Correto?

Servant – Exato. Vejo que prestou atenção no que dizíamos antes de partirmos para o treinamento. E além do mais, só foi permitido vocês pularem para o último andar, pois era uma emergência.

 Hirako – Mas Servant, agora nós também estamos em uma emergência. O Kuro está para voltar, e nossos amigos estarão em perigo. Você não pode mesmo reconsiderar?

 Servant – Não importa o quanto você me peça, eu simplesmente não tenho autorização para deixar pessoas normais entrarem aqui.

 Kouma – Ah, desista Hirako. Ele não vai nos dar esse abrigo só pedindo. Krydel, você falou que eu sabia como resolver isso, não é? O que você quis dizer com isso?

 Krydel – Como assim o que eu quis dizer? Espera... Kouma, qual a última vez que você visitou o Nulo?

 Kouma – Acho que foi com o Kaito, quando lutamos aqui para treinar.

 Krydel – Não, idiota. Antes disso.

 Kouma – Antes? Acho que faz cerca de 25 anos.

 Krydel – Há... Eu sabia.

 Kouma – Hã?

 Servant – Krydel, o que diabos você está fazendo? Você não iria...

 Krydel – Cala a boca, Servant. Kouma, sua memória foi apagada.

 Kouma – O QUE? Do que você está falando, seu maldito?

 Servant – KRYDEL. – Gritou o mordomo, tentando acert-alo, materializando sua espada, porém errando o ataque, pois Servant jogou seu corpo para trás.

 Krydel – Ah, Servant, para de ser um pé no meu saco uma vez na sua vida. – Confrontou, olhando Servant com um semblante sério.

 Servant – Krydel, você não deveria ter revelado isso ao Kouma. O Mestre Koji vai ficar furioso com você. Isso é ultra secreto. – Falou, apontando a espada novamente para Krydel.

 Krydel – Você está ciente, que quanto mais você me complementa e deixa o que eu disse cada vez mais verdadeiro, não é?

 Servant – Hã? Droga... – Servant, que percebeu que havia perdido o controle de suas palavras por um momento, guardou sua espada, vendo que não adiantaria mais falar com Krydel e esfregou seu dedo indicador e seu polegar em seus olhos. – Acho que estou com dor de cabeça...

 Hirako – Estou completamente perdido aqui...

 Kouma – Te digo o mesmo, xerife. Krydel, explique do que você está falando, por favor.

 Krydel – Bom, é simples. Quando você chegou aqui e ficou por um tempo, acabou treinando com o Koji, você lembra disso, não é?

 Kouma – Sim... Mas o que isso tem a ver com minha memória ser apagada?

 Krydel – O Koji acabou treinando você um pouco demais, não é?

 Kouma – Espera aí... – Enquanto Krydel falava, alguns flashs passavam na cabeça de Kouma, como uma imagem de Koji observando Kouma fazendo flexões com uma pedra extremamente grande em suas costas, mas em poucos segundos essas imagens sumiam. – Algo está estranho...

 Krydel – O Koji sempre gostou de você, até aquele dia que você... bem... você sabe o que você fez.

 Kouma – É... Eu sei, e não me arrependo. Foi melhor daquele jeito.

 Krydel – Mas antes disso acontecer, você foi treinado ao ponto de ser forte como o Koji, Kouma... Então... você, já deve saber onde eu quero chegar.

 Kouma – Então...

 Krydel – VOCÊ É UM MONGE, KOUMA.

 Kouma – M-monge?

 Krydel – Mesmo com você tendo feito aquilo, o Koji não deixou de gostar de você, e como ele sabia que todos os monges estavam fadados à morte, ele resolveu apagar sua memória utilizando uma magia.

 Kouma – E-espera, e como você sabe de tudo isso?

 Krydel – O Koji mesmo contou pra todos nós aqui do nulo sobre isso. Ele disse que, se por algum motivo você voltasse aqui, não poderíamos de jeito nenhum revelar isso para você ou a magia seria quebrada. – Quando Krydel terminou sua frase, uma luz apareceu na testa de Kouma, e, então, uma grande aura rubra começou a rondar o homem, acarretando em um grande sofrimento.

 Kouma – GWAAAAAAAAHHHH... K-KRYDEL... O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Perguntou, cuspindo sangue, enquanto se ajoelhava e era cada vez mais consumido pela aura.

 Hirako – KOUMA – O xerife, desesperado, tentou ir em direção do pai de seu amigo, mas a aura se intensificou ainda mais e ele foi obrigado a recuar. – Agh... essa pressão... é muito forte...

 Krydel – Droga... Eu esqueci do detalhe de que se a magia fosse quebrada, ele sofreria uma grande consequência.

 Hirako – E VOCÊ SÓ FALA ISSO AGORA, SEU MERDA? – Furioso, Hirako desferiu um murro no rosto de Krydel, que o arrastou por alguns metros. – ELE ESTÁ MUITO DEBILITADO, SE ESSES DANOS FOREM MUITO FORTES, ELE VAI MORRER.

 Krydel – EI. QUEM VOCÊ ACHA QUE É PARA ME BATER? – Perguntou, materializando uma espada em sua mão.

 Hirako – VOCÊ QUER BRIGAR? – Hirako, com um semblante furioso, materializou sua GoldenThunder em sua mão, enquanto seu corpo era revestido por raios amarelos, com estrondos de trovão.

 Servant – Já chega, vocês dois, precisamos ajudar o Kouma.

 Krydel – Grr... Merda. – Desistiu, fazendo sua lâmina sumir.

 Hirako – SERVANT, FAZ ALGUMA COISA.  

 Kouma – WAAAAAAAAAHHHHH – Sumindo cada vez mais na aura de cor rubra, uma parede na mente do homem, que bloqueava as memórias de Kouma foi rompida em várias partes, e assim, todos os flashs de memória que ele havia tido antes se tornaram memórias normais, que começaram a fluir em alta velocidade, como se fosse um filme passando em sua mente, e com todas aquelas memórias, sua cabeça começou a doer, aumentando ainda mais sua dor.  

 Servant – O único jeito de acabar com isso é atacando ele.

 Hirako – ATACANDO? COMO ASSIM, SERVANT?

 Servant – Você vai ter que libertá-lo utilizando um atque mais forte que esse sofrimento.

 Hirako – Mas um ataque meu nessa proporção vai mata-lo, eu não posso fazer isso.

 Servant – Então, se você não faz, eu faço.

 Hirako – Você? – Perguntou, e ao mesmo tempo, lembrou que Servant era extremamente frio para esse tipo de coisa. – (Ah não... se eu deixar ele atacar, ele não vai ter dó nenhuma)

 Servant – AQUI VOU E-

 Hirako – ESPERA. EU FAÇO.

 Servant – Pois bem.

 Hirako – QUE SEJA, ME DESCULPE, KOUMA: TROVÃO NÓRDICO: - Ao gritar isso, várias nuvens negras se juntaram no céu do nulo e um trovão extremamente poderoso atingiu Kouma diretamente, causando uma grande explosão.

 Kouma – GAAAAAAAHHH. – Gritou o homem, em meio à explosão.

 Hirako – KOUMA – Hirako, desesperado, correu até o homem e o encontrou completamente debilitado no chão, cheio de queimaduras e hematomas pelo corpo, com as roupas em frangalhos, deitado no meio da cratera criada pelo golpe de Hirako. – EI, KOUMA, VOCÊ TÁ LEGAL?

 Kouma – Agh... – O homem, abrindo os olhos, tentou levantar-se, mas foi em vão. – Agh... O que aconteceu? Minha cabeça... dói.

 Krydel – Não se preocupe, a cabeça dele só está processando muita coisa de uma vez só, mas ele vai ficar bem.

 Hirako – Ah, ainda bem que você acordou. Pensei que tinha te matado.

 Kouma – Agh... acho que estou com enxaqueca... espera... agora eu lembro... de tudo. Servant, vem aqui. – Kouma, finalmente levantando-se, começou a emanar uma energia quente de seu corpo.

 Hirako – Que aura... pura.

 Kouma – Essa é a aura de um monge, Hirako.

 Servant – O que precisa, Senhor Kouma?

 Kouma – IDIOTA. – Gritou, dando um cascudo na cabeça de Servant, afundando sua cabeça no chão. – QUANDO EU FALAR COM VOCÊ, VOCÊ OBEDECE, OK? NÃO É SÓ PORQUE EUE STAVA SEM MEMÓRIAS, QUE EU DEIXEI DE SER UM MONGE.

 Servant – GAAAGH... – Servant, que foi jogado no chão, levantou-se lentamente. – Me desculpe, o Koji disse para eu não seguir suas ordens enquanto você estivesse sem memórias.

 Kouma – Que seja. Agora que eu tenho minha memória de volta, vamos acabar com isso.

 Servant – Entendido. – Servant, com um galo na cabeça, concordou com Kouma.

 Hirako – Nem mesmo com um galo na cabeça ele perde a pose. – Comentou, começando a rir ao lado de Krydel, que o acompanhou. – Ei, desculpa pelo soco. Foi no calor do momento.

 Krydel – Está tudo bem. Vamos lutar algum dia aí. – Krydel estendeu a mão à Hirako, que sorriu.

 Hirako – Marcado então. – Concordou, apertando a mão de Krydel.

  Kouma – Monge se apresentando: Ryuuma Kouma.

 Servant – Monge reconhecido. Qual sua ordem, mestre?

 Kouma – Esqueça a regra de número 23 dada a você por Yanizuma Koji.

 Servant – Entendido. Regra descartada.

 Kouma – Agora... deixe nossos amigos entrarem no Nulo.

 Servant – Certamente, Senhor Kouma. Todos serão bem-vindos aqui.

 Kouma – Ótimo... – Ao falar isso, caiu para trás, tonto, colocando a mão no rosto.

 Hirako – Kouma, você está bem?

 Kouma – Sim, estou... mas eu estou me sentindo... diferente.

 Krydel – Junto de suas memórias, também foi selada grande parte de sua força. Sua força de monge está emanando agora, depois de mais de 20 anos, é completamente normal ela ser difícil de controlar.

 Kouma – Entendo. – Respondeu, ainda com a mão tapando seu rosto.

 Hirako – Ei, Krydel.

 Krydel – Diga, loirinho.

 Hirako – Eu estava pensando... Como você conseguiu contar pro Kouma que ele é um monge, se os seres do Nulo não podem desrespeitar regras de monges?

 Krydel – Aí que está o meu diferencial, Hirako. Os seres PUROS do nulo tem que obedecer cegamente o que o Koji diz, mas eu não sou puro. Eu sou a mistura do DNA do Koji com um ser do nulo. Sou um híbrido.

 Hirako – Espera... O Koji... é seu pai?

 Krydel – Não, não é isso. Eu não fui feito do jeito que você está imaginando, fique calmo. Ele me fez, dando seu sangue para um ser do Nulo, e acabou me moldando com a mesma aparência que ele tinha quando jovem. Quando me criou, ele disse que eu seria o filho que ele sempre quis ter.

 Kouma – O QUE? FILHO? AQUELE... VELHO... DESGRAÇADO. – Gritou, cerrando o punho, furioso.

 Hirako – Kouma, o que foi? Por que está tão agitado?

 Kouma – Koji, eu vou jogar futebol com o seu frasco quando a gente derrotar o Kuro, seu miserável.

 Hirako – Hã? Kouma, o que foi? Responde.

 Krydel – Não ligue para ele... é algo pessoal, que você não tem nenhum envolvimento.

 Hirako – Entendo...

 Krydel – Mas continuando, ele disse que era pra eu ser o filho dele, mas eu acho que ele esqueceu de uma coisa muito importante... Filhos negligenciados, ficam revoltados.

 Hirako – Hã? O que você quer dizer?

 Krydel – AQUELE VELHO MALDITO DISSE QUE SERIA MEU PAI, MAS ME LARGOU AQUI NO NULO JUNTO DOS OUTROS SERES. ELE ME ABANDONOU, E NUNCA VOLTOU PARA ME VISITAR. QUANDO ELE VINHA AQUI, NEM OLHAVA NA MINHA CARA, SÓ FALAVA DIRETAMENTE COM O SERVANT. QUANDO FINALMENTE OLHOU PARA MIM, APENAS ME OLHOU COM DESPREZO, E QUANDO EU TENTEI FALAR COM ELE, O DESGRAÇADO SÓ ME COLOCOU NESSA DROGA DE POSIÇÃO DE MESTRE DO ANDAR 50, E EU AINDA TENHO QUE DAR UMA DE BABÁ. – Gritou, com todas as suas forças, soltando uma lágrima.

 Hirako – O que? Se ele ia fazer isso, então por que criou você?

 Krydel – Isso é algo que nem eu mesmo sei... Mas eu cansei de seguir as regras que ele impôs, por isso contei tudo sobre o Kouma para vocês.

 Hirako – E você foi de grande ajuda, Krydel. De grande ajuda mesmo, obrigado. Sem você, teríamos que encontrar outro lugar para deixarmos nossos amigos. Espera aí, babá?

 Krydel – Está tudo bem, Hirako. Sempre que eu puder ajudar vocês, eu farei o possível. E sim, babá, pois o Kaito trouxe 3 caras que eram capangas do Kuro pra cá, para não causarem mais problemas.

 Hirako – E quem seriam eles?

 Krydel – Eles se chamam Grant, Ryota e Masato. Você os conhece?

 Hirako – Então o Grant está aqui? Interessante. Bom, pelo menos ele não vai causar mais problemas por enquanto.

 Kouma – Tudo bem, acho que o que viemos fazer aqui está terminado, não é, Hirako? Vamos voltar pro castelo.

 Servant – Senhor Kouma, antes de ir, por favor informe sua nova regra novamente.

 Kouma – Servant, eu quero que você permita que nossos amigos se abriguem aqui, já que o Kuro não sabe desse lugar, entendido?

 Servant – Tudo bem, eles podem ficar.

 Kouma – ISSO.

 Krydel – De nada, Kouma.

 Kouma – Obrigado mesmo, Krydel... – Kouma, com todo o carinho, abraçou o jovem ser Nulo, que soltou um sorriso.

 Servant – Certo, Krydel, me ajude a fazer os preparativos.

 Krydel – Hã? E por que tem que sobrar pra mim?

 Kouma – Certo... Hirako, portal. – Kouma, com um semblante um tanto estranho, falou com o garoto, que notou no mesmo instante aquela expressão.

 Hirako – Hã? Ah, sim, o portal. – Falou, confuso, abrindo um portal e voltando pro topo do castelo, juntamente de Kouma. – Kouma, você está com uma cara horrível. O que mais essas lembranças trouxeram?

 Kouma – Não se preocupe com isso. Não é nada demais, só lembranças de momentos que nunca mais voltarão...

 Hirako – Entendo.

 Yummi – Ei, eles voltaram. – Anunciou, vendo os dois chegarem ao topo do castelo novamente.

 Hirako – Ok, está tudo bem. Pessoal, eu vou abrir o portal, entrem, vocês vão ficar seguros aqui. – Ao falar isso, notou que Zoey, Clint, Âmber e Nina ficaram felizes com a notícia e começaram a se aproximar de Hirako, mas Keiji, Kiyomi e Mizuno apenas ficaram parados. – Hã? Por que vocês estão com essa cara? Venham logo.  

 Keiji – Hirako... Nesse tempo que você e o Kouma foram nesse tal lugar, nós decidimos que ficaremos aqui com vocês.  

 Hirako – O que? Por que? Por que ficar expostos ao perigo quando vocês podem ficar à salvo?

 Keiji – Eu te faço exatamente a mesma pergunta. Por que você simplesmente não vai com o resto da galera pra esse tal lugar?

 Hirako – O que? Você quer que nós fujamos com vocês? Não podemos, precisamos proteger vocês, e ainda mais, o Kaito, Keima e Wyles sumiram. Precisamos acha-los. É nosso dever.

 Keiji – Então, exatamente. É o dever de vocês, mas também pode ser o nosso. Eu cansei de ser um inútil, eu quero ajudar vocês.

 Kiyomi – Eu digo o mesmo.

 Mizuno – Mesmo sem poderes, eu posso ser útil.

 Yummi – Isso é ridículo, galera. Vocês só nos atrapalhariam. Pro kuro usar vocês de escudo humano é muito fácil.

 Kiyomi – A gente sabe disso... mas nem eu nem nenhum de nós consegue aguentar essa maldita carga que nos diz que somos inúteis.

 Azuka – Se acalmem, vocês não são inúteis. Vocês foram muito úteis escoltando todos até aqui com segurança.

 Hirako – Sim, isso mesmo.

 Mizuno – Sim, mas agora é diferente... nós queremos ajudar vocês, nem que seja com coisas pequenas.

 Kouma – Kiyomi, Keiji, Mizuno... – Kouma, sentindo-se comovido pela determinação dos jovens, soltou um sorriso. – Tudo bem, vocês ficam.

 Hirako – Kouma. Tem certeza?

 Kouma – O que foi? Claro que tenho. Esses 3 são fortes, aposto que poderão ajudar em algo. E mesmo se não puderem, perder a festa que vai acontecer aqui seria um tanto frustrante, não é? – Perguntou, enquanto os 3 jovens começaram a rir.

 Azuka – Kouma...

 Kouma – O que foi, Azuka?

 Azuka – Não sei... você parece, não sei dizer... diferente.

 Kouma – Hahaha, não se preocupe com essas coisas.

 Hirako – Ok, os que não vão ficar, por favor, entrem no portal, rápido.

 Todos – Entendido.

   Assim, Nina, Clint, Âmber, Zoey, Sayuri e Ichiro adentraram o portal, e ao entrar no Nulo, um grande espaço para descanso, com vários lanches estava preparado.

 Servant – Sejam todos bem-vindos, este é o Nulo. Fiquei sabendo que estavam em maus lençóis na última semana, então decidi trata-los extremamente bem. Sintam-se a vontade, vocês estarão seguros aqui.

 Todos – Uau...

 Hirako – Pessoal, podem ficar tranquilos aqui. Eu vou voltar pro castelo.

 Todos – Entendido.

 Assim, Hirako reabriu o portal e saiu do local, enquanto todos que foram reféns anteriormente, ficaram maravilhados com o local onde estavam, e como Hirako havia sugerido, eles se aliviaram, e começaram a se dispersar pelo grande espaço de lazer ali criado. Zoey levou Sayuri para uma cama e a cobriu, para deixa-la dormir confortavelmente, Ichiro e Nina começaram a conversar sobre Wyles e Keima, enquanto Nina e Clint se dirigiram à mesa de lanches, conversando sobre Hirako e Yummi.

 Voltando ao castelo, o grupo de 7 pessoas estava sentado ao chão, discutindo uma estratégia para a volta de Kuro.

 Kouma – Pessoal, nós aqui temos 4 combatentes e 3 espectadores, certo? Na hora da luta, se vocês tentarem se meter, vocês morrerão. – Falou, de forma um tanto direta, enquanto Hirako e Azuka olhavam para ele de forma estranha.

 Keiji – Estamos cientes. Não vamos atrapalhar.

 Kouma – Então, como vocês disseram que queriam ser úteis, sejam nesse momento de planejamento. Precisamos de um plano para vencer o Kuro de uma vez por todas.

 Mizuno – Sim, você tem razão. Pessoal, vamos pensar.

 Passado 5 minutos, todos estavam tentando achar a melhor maneira de vencer Kuro rapidamente, mas nenhuma parecia efetiva.

 Kouma – QUE DROGA. NADA PARECE FUNCIONAR. – Gritou, dando um soco no chão, que assustou todos em volta.

 Hirako – Kouma.

 Kouma – Agora não, Hirako, precisamos nos concentrar. – Respondeu, friamente, e com isso, Hirako levantou-se, furioso.

 Hirako – CALA A DROGA DESSA BOCA, SEU DESGRAÇADO. QUEM DIABOS É VOCÊ E O QUE VOCÊ FEZ COM O KOUMA? – Perguntou, desferindo um chute no rosto de Kouma e o jogando contra uma parede próxima.

 Todos – KOUMA.

 Yummi – HIRAKO, O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

 Hirako – Desculpa, Yummi, você pode ainda não entender, mas você também já notou, não é, Azuka?

 Azuka – Sim... infelizmente, eu notei.

 Yummi – Do que vocês estão falando?

 Hirako – É difícil explicar agora.

 Azuka – O que aconteceu lá no nulo, Hirako?

 Hirako – Depois eu falo sobre isso.

 Kouma – O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA, HIRAKO? POR QUE VOCÊ ME CHUTOU?

 Hirako – PORQUE DESDE QUE VOCÊ GANHOU AS MEMÓRIAS DE MONGE DE VOLTA E DESDE QUE SAÍMOS DO NULO, VOCÊ ESTÁ INSUPORTÁVEL. O QUE DIABOS ESSAS LEMBRANÇAS TROUXERAM À TONA PRA VOCÊ?

 Kouma – HAHAHA, É ISSO MESMO O QUE EU ESTOU VENDO? VOCÊ ESTÁ COM INVEJA DE MIM, XERIFE?

 Hirako – Inveja? Do que você está falando, seu velho idiota?

 Kouma – VOCÊ ESTÁ COM INVEJA DE QUE MEU PODER FOI RESTAURADO JUNTAMENTE COM AS MEMÓRIAS, NÃO É?

 Hirako – Como eu imaginava. Receber tanto poder e tantas memórias de volta ao mesmo tempo te deixou maluco. Você recebeu de volta um poder adormecido há 20 anos, e ele está te cegando.

 Yummi – Azuka, do que eles estão falando?

 Azuka – Estou tentando entender também, Yummi.

 Kouma – Maluco? EU SOU MALUCO? HAHAHAHA, ERA SÓ O QUE ME FALTAVA.

 Hirako – Do que se trata esse poder, afinal, Kouma?

 Kouma – É simples. Meu poder mágico para realizar meus ataques foi restaurado, e agora meus ataques com a Heavy Smash se tornarão muito mais poderosos.

 Hirako – Já entendi o que você tem.

 Kouma – O que eu tenho? Mas eu não tenho nada, você que está completamente maluco. – falou, levantando-se.

 Hirako – Kouma, seu corpo está exausto e você recebeu um poder muito grande, e você está tentando lidar com isso, não é? Você virou uma bomba-relógio, e se não usar um pouco desse poder agora, é bem capaz de você surtar completamente.

 Kouma – EU NÃO SOU UMA BOMBA. Agh... – Kouma sangrou pela boca. – EU... – Kouma, começando a chorar, começou a colapsar seu corpo, tendo câimbras em vários locais ao mesmo tempo, ficando paralisado e, quando foi cair no chão, ele só conseguiu falar – Me... ajuda...

 Hirako – KOUMA.

 Yummi – HIRAKO, O QUE ESTÁ HAVENDO?

 Hirako – O KOUMA ESTÁ COM MAIS PODER DO QUE CONSEGUE AGUENTAR NO CORPO DELE, PRECISAMOS AJUDA-LO, SE NÃO ELE VAI REALMENTE EXPLODIR.

 Mizuno – Meu tio vai morrer?

 Hirako – Não, mas o poder vai ser expelido do corpo dele todo de uma vez só, ou seja, quem vai morrer seremos nós.

 Kouma – AAAAAAAAAGGHHH.

 Keiji – O QUE NÓS PODEMOS FAZER, HIRAKO?

[Insira essa música: https://www.youtube.com/watch?v=wEWF2xh5E8s ]

 Hirako – Eu... só vejo uma alternativa pra tudo isso, que não machuca quase ninguém.

 Kiyomi – Espera, como assim, “quase”?

 Hirako – Gente... acho que vocês vão ter que vencer o Kuro sem mim. Acho que minha hora chegou. – Falou, abrindo um sorriso falso.

 Yummi – Do que você está falando, Hirako? Você está louco?

 Hirako – Eu sou o único rápido o suficiente pra levar ele daqui até um lugar que não destrua essa área, mas eu não vou conseguir voltar.

 Yummi – Hirako... não vamos deixar você fazer isso.

 Hirako – Hahahaha... infelizmente eu não vou pedir permissão, Yummi – Falou, mexendo o pé direito e aparecendo ao lado de Kouma, pegando-o pelo corpo. – SUBINDO. – Enviando uma grande corrente elétrica para seus pés, Hirako impulsionou-se para cima, abrindo uma pequena cratera no chão, e no céu, junto de Kouma que tremia seu corpo devido à todo o poder, Hirako, jogou-o mais para cima ainda e apenas disse: - Desculpem-me por isso... Mãe, Clint, e Yummi, eu queria ter te falado isso, mas... eu te- - Ao falar isso, Kouma simplesmente relaxou por um segundo, e todo o poder acumulado dentro dele se tornou em uma grande explosão no céu, que fez um barulho extremamente alto, e todas as nuvens em volta foram jogadas pra longe, enquanto a silhueta de Hirako sumia em meio à explosão.

 Yummi – HIRAKOOOOOOO. – A garota, desolada, ajoelhou-se e pôs-se em prantos, olhando para o céu, que estava completamente azulado, com um grande sol radiante brilhando. – Seu... idiota.  

 Alguns segundos depois, do céu, Kouma veio caindo em alta velocidade, com suas roupas cheias de furos e desmaiado.

 Azuka – OLHA LÁ, É O KOUMA. YUMMI, CRIA ALGUMA COISA PRA SEGURAR ELE, RAPIDO.

 Yummi – ENTENDIDO. – Yummi, rapidamente limpou suas lágrimas e sacou suas lâminas, criando um grande punho de gelo, que pegou Kouma no ar e o trouxe de volta ao topo do castelo, para onde os outros estavam.

 Mizuno – TIO KOUMA. – Gritou a menina, indo em direção ao punho de Yummi e pulando em cima de Kouma, chorando.

 Keiji e Kiyomi – Ele... não está morto... não é?

 Mizuno – TIO, ACORDA. – A menina, que chorava em cima de Kouma, de repente conseguiu ouvir seu batimento cardíaco. – ELE ESTÁ VIVO.

 Yummi – Isso. Mas mais importante... O Hirako... realmente...

 Azuka – Não consigo sentir mais nenhuma energia no ar... será que...

 Yummi – Não... eu me nego a acreditar nisso... HIRAKOOOOOOO. – A garota, chorando, gritou o nome do garoto, sem resposta.

 Azuka – Droga... ele... foi mesmo um herói. Se sacrificou para nos salvar.

 [ Pare a música:

 Yummi – Droga... e eu nem consegui falar o que eu sentia por ele...

 Insira essa música: [https://www.youtube.com/watch?v=AZeyNVms7jw&t=  ]

 Hirako – Sentia o que por quem?

 Yummi – Eu sentia pelo Hira...HIRAKO? – Perguntou a menina, extremamente surpresa. – O QUE? MAS VOCÊ NÃO SE EXPLODIU?

 Hirako – Hã... não?

 Azuka – HIRAKO, COMO VOCÊ SOBREVIVEU? E TAMBÉM ESTÁ NORMAL, SEM NENHUM ARRANHÃO?

 Keiji e Kiyomi – HIRAKO, MAS O QUE?

 Mizuno – O Hirako voltou? Mas como? – Perguntou, olhando para trás, ainda de bruços sobre Kouma.

 Hirako – Gente... o que foi?

 Todos – VOCÊ SE DESPEDIU COMO SE FOSSE SE MATAR, SEU DESGRAÇADO.

 Hirako – De início eu ia, mas um segundo antes da explosão me pegar, eu tive a ideia de abrir um portal para fugir da explosão, e foi o que eu fiz. Saí de lá e parei aqui embaixo.

 Azuka – Então é por isso que eu não senti sua energia...

[Pare a música e insira essa: https://www.youtube.com/watch?v=hrfWJKMcFCM ]

 Hirako – Se acalmem, eu estou be- - Ao mesmo momento em que falava, Yummi lhe acertou um tapa na cara, que fez seu chapéu voar de sua cabeça. – Agh... Por que fez isso, Yummi? – Perguntou, ao mesmo momento em que a ex-general o abraçou.

 Yummi – Nunca mais... nunca mais faça isso. Por favor. – falou, tremendo entre os braços do xerife. – Eu não suportaria perder mais alguém.

 Hirako – Ok... me desculpe, Yummi. Prometo que não vai se repetir. – Falou, envolvendo a garota ainda mais em seus braços, colocando sua mão em sua cabeça, a confortando. – Está tudo bem...

 Yummi – É estranho...

 Hirako – O que é estranho, Yummi? – Perguntou, cheirando o cabelo da garota.

 Yummi – Seu abraço... é quente. Por muito tempo, eu só pude ser fria com todos que encontrava, então estou desacostumada com contato humano.

 Hirako – Então volte a se acostumar agora.

 Yummi – Certo... – Yummi, apenas concordando, fechou os olhos e sorriu, recostando a cabeça sobre o peito do xerife.

[Insira essa música:  https://www.youtube.com/watch?v=hrfWJKMcFCM ]

 Azuka – (Eu poderia interferir... mas o Hirako já segurou vela pra mim e pro Wyles, então, justo.) – A hospedeira do veneno, vendo aquela cena, sorriu, enquanto levava os outros dois jovens até Kouma em silêncio. – Vamos, gente. – Sussurrou, pegando os dois pelo braço.

  Passados alguns minutos, os dois pararam de se abraçar e foram até Kouma, que estava cheio de ferimentos pelo corpo.

 Yummi – Mas eu ainda não entendi... O que aconteceu de fato?

 Hirako – Lá no nulo, um dos habitantes revelou ao Kouma que ele é um monge, e várias memórias, junto com um grande poder, foram concedidos à ele. Só que como ele já estava exausto de todas essas lutas que vem ocorrendo até agora, somado com uma grande aura rubra que quase o engoliu quando ecuperou suas memórias, ele não conseguiu suportar todo aquele poder dentro de si mesmo, e, se você não aguenta seu próprio poder, ele vai ter que sair de você. E de que forma? Nesse caso, da pior possível.

 Azuka – Mas espera, ele vai perder aquele poder que ganhou?

 Hirako – Não, improvável. Eu sinto que a aura dele continua mais forte. Foi só uma sobrecarga no corpo dele. Muita coisa para absorver com um corpo debilitado. Quando ele acordar, é provável que já consiga utilizar desse poder para nos ajudar. Só que isso muito provavelmente vai demorar, porque ele sofreu muitos danos lá e aqui. Me surpreende que ele ainda esteja vivo.

 Azuka – Entendi... Agora com o Kuro voltando, um poder extra viria bem à calhar.

 Mizuno – Espera, Hirako. Você disse que meu tio é um monge? Que história é essa?

 Hirako – Pelo que eu entendi, o monge chamado Koji treinou ele quando ele era mais novo, e ele acabou chegando no nível de um monge, conseguindo esse título também, mas por algum motivo, ele selou essas memórias e esse poder.

 Mizuno – Koji... Eu acho que já ouvi esse nome.

 Hirako – E eu já ouvi essa frase... – Falou, lembrando da frase parecida que Keima havia falado ainda no hospital.

 Mizuno – Hã? Como assim?

 Hirako – Ah, nada, esqueça. (Que estranho... Se eu bem me lembro, a Mizuno é rima do Kaito e doKeima, certo? E ela também já ouviu falar do Koji? Será que o Kouma falou algo sobre isso pra eles?) – O loiro perdeu-se em seus pensamentos por alguns instantes, até ser chamado por uma voz que o fez voltar a si.

 Keiji – Mas o Kouma vai ficar bem, né, Hirako?

 Hirako – É provável que sim, mas ele precisa de muito descanso, e principalmente de um médico.

 Kiyomi – Então por que não levamos ele a um?

 Hirako – Acredite, Kiyomi, mexer o corpo dele agora vai ser mais fatal do que deixa-lo parado, descansando.

 Keiji – Ele tem razão. Nesse estado, carrega-lo por aí igual um saco de batatas pode piorar a situação dele.

 Kiyomi – Quem carrega um saco de batatas?

 Keiji – Você entendeu. – Respondeu, enquanto a jovem pôs-se a rir.

 Azuka – O Hirako tem razão, precisamos deixa-lo parado, mas vamos senta-lo contra a parede, é melhor.

 Hirako – Sim, faremos isso.

 Mizuno – Hã? Por que?

 Azuka – Confia em mim, tive algumas aulinhas com o melhor médico que eu conheço. – Respondeu, piscando para Mizuno.

  Após um pequeno esforço de Hirako e Keiji, Kouma foi deitado contra a porta da sala de armas, ainda desmaiado.

 Hirako – Ei, pessoal. Quanto tempo já se passou desde que nós congelamos o Kuro?

 Azuka – Acho que faz cerca de Duas horas e meia.

 Hirako – Isso. Ainda temos um tempinho. Agora, somos só nós 3 para enfrenta-lo. Vamos ter que encontrar um jeito de fazer isso.

 Yummi – Eu já vi o Kuro em 100%, e eu posso garantir, não é uma coisa bonita de se ver. Precisamos de mais reforços, ou não vamos vencer.

 Azuka e Hirako – Nem me fale...

 Kiyomi – Ei, Keiji, Mizuno. Por que não vamos atrás do Kaito e dos outros? Nós ficamos para ser úteis, não é? Então, acha-los, é uma ótima forma de fazer isso.

 Hirako – É uma ótima ideia, Kiyomi. Ter todos aqui para enfrentar o Kuro seria extremamente útil.

 Keiji – Sim, você tem razão.

 Mizuno – Sim. Vamos acha-los. Hirako, Yummi, Azuka, contamos com vocês para nos cobrir enquanto vamos atrás deles.

 Hirako – Vocês querem que a gente vá com vocês?

 Mizuno – Não... Queremos que fiquem aqui em cima, atrasando o Kuro, porque esse castelo é muito grande. Para achar eles de uma forma rápida, é praticamente impossível.

 Yummi – Você tem razão. Então, estão esperando o que? Corram.

 Keiji, Kiyomi e Mizuno – Certo. – Os três, sorrindo, começaram a descer as escadas, para começar a busca por Kaito e pelos outros, enquanto Hirako, Azuka e Yummi começaram a olhar para o horizonte.

 Yummi – Você sentiu, Hirako?

 Hirako – Sim... Por isso eu mandei eles irem procurar o Kaito. Dentro de alguns minutos, ele estará aqui. Não podia deixá-los expostos à essa luta.

 Azuka – Fez muito bem.

 Enquanto os dois conversavam, um cubo de gelo que havia no meio de uma floresta se quebrou completamente, gerando uma pequena explosão, que balançou todas as árvores. E num piscar de olhos, uma massa negra de poder se impulsionou para cima, envolta em fúria.

 Kuro – EU VOU MATAR... TODOS ELES. – Gritou o hospedeiro das trevas, com seus olhos cheios de veias e com semblante furioso, indo igual uma estrela cadente em direção ao castelo.

Mas enquanto isso, em outro local, um tanto distante, outras coisas aconteciam.

   Em um local montanhoso e silencioso, dentro de um dojô, escondido em uma sala secreta, existe um laboratório oculto. Nesse laboratório, está a alma de Koji, o monge que foi morto em uma batalha contra Kuro e libertou os 14 elementos para seus respectivos hospedeiros. Nesse exato momento, sua alma que está dentro de um frasco em formato oval controla todos os equipamentos através de pulsos elétricos vindos de seu poder espectral. Dentre esses equipamentos e máquinas, um específico se destaca, e nele existe um corpo humano entre vários litros de um líquido especial, e esse corpo é o antigo corpo do velho monge, que está junto de sua antiga espada e está se restaurando com o poder dos elementos que estão sendo coletados por Kaito e os outros.

 Koji – Com todos os dados coletados... vejamos... Água... Espírito... Terra... Tempo... Espaço... Vegetação, também conhecido por floresta ou natureza... e por fim o vento. Kaito, Keima, Wyles e Hirako já coletaram 7 dos 14 elementos. Mas bem, se eu contar com os deles, e mais com a Azuka, a general do gelo e o general do aço, ao qual eles estão próximos, eu tenho todos os 14 reunidos. Para eu renascer, ainda falta praticamente metade do caminho, ou então...

 Enquanto olhava para os dados na frente de um grande computador, soltou um sorriso.

Koji – Pode não faltar tanto tempo assim. Bom, que seja, estou contando com você... Kaito. – Quando ele falou o nome do garoto, uma imagem dele com Kouma com um braço envolvido em seu pescoço veio à sua mente. – Ah, Kouma... espero que agora que você sabe a verdade por causa daquele maldito Krydel, você não se torne um incômodo no futuro próximo... pois se isso acontecer... bom... talvez você não fique mais tanto tempo entre nós...


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo se refere à aura vermelha de Kouma



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