Beauty and the Beast escrita por escritoradesconhecida


Capítulo 2
Cinema!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii amores, tudo bem?
Espero que gostem do primeiro capitulo da historia, esse tem um Suspian beeeeem de leve, mas o próximo promete!



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— Eu amo a psicologia, eu amo essa faculdade, eu amo você Su. Mas eu não aguento mais esse trabalho. – disse Edmundo tacando o lápis na mesa. – É a coisa mais difícil que eu fiz.

Já fazia dois meses que estávamos estudando, no meu primeiro dia aqui esbarrei com o Ed e por uma grande sorte do destino ele era da minha turma, isso tudo só facilitou para que nos tornássemos melhores amigos. Alice e Liliandil também se tornaram como irmãs para mim, nos conhecemos no refeitório da faculdade, porém como fazemos cursos diferentes, em época de prova e trabalho mal nos vemos. Muitas coisas boas me aconteceram nesses dois meses, me sinto tão bem aqui, que nem penso em voltar para casa.

— Alô, Susana, eu estou reclamando com você. – Ed tacou uma bolinha de papel bem no meio da minha testa.

— Desculpa Ed, é que as coisas que você falou me fizeram refletir sobre esses últimos meses.

— Muita coisa mudou na sua vida né? – perguntou ele, concordei sorrindo fraco. – Mas nem tudo mudou, já que sua antiga paixonite da escola ainda está no mesmo lugar que você. – Ed apontou para a mesa ao lado que estava a turma de medicina e lá estava ele, Dash. No colegial eu era apaixonada por ele, ele era lindo, simpático, nadador, jogar de futebol e inteligente. Porém ele só me via como colega de turma, até que por acaso nos esbarramos entre os corredores, começamos a conversar e hoje somos próximos.

— E eu também encontrei um amigo linguarudo. – respondi devolvendo a bolinha de papel na testa dele. – Mas vamos distrair a cabeça um pouco, vai ter mesmo o jantar na sua casa hoje?

— Tudo isso é só para não admitir que logo você e Dash vão estar namorando? – perguntou ele rindo da minha cara.

— Ele só me vê como amiga, Ed! – respondi suspirando por não ser correspondida. - E não foge do assunto, o jantar na sua casa é hoje?

— Isso é o que você pensa, Dash baba por você. Mas sim infelizmente será hoje. – respondeu ele suspirando.

— Mas qual é o problema de ter esse jantar? – perguntei sem entender a cara de frustação que ele fazia.

— O maior problema Su, é que não sei o que esperar. Meu irmão sempre que volta faz isso, deixa todos confusos, passa um tempo conosco, nos faz ficar apegados a ele e depois some como se fossemos nada.

— Mas ele sempre foi assim Ed?

— Não Su. – respondeu ele se arrumando na cadeira a minha frente. – Quando eu era pequeno, ele era o melhor irmão do mundo, sempre estávamos juntos, ele me ensinou várias coisas, às vezes era mais pai que nosso próprio pai. Porém quando ele atingiu os dezoitos anos sumiu. Passou anos fora e quando voltou ficou apenas alguns meses, sumindo de novo. Minha mãe ficava arrasada, chorando pelos cantos de saudades, meu pai apenas dizia que devíamos respeitar a vontade dele e eu ficava esperando a oportunidade de um dia ver ele novamente. – conforme Ed ia falando do irmão, um frio na espinha me dominou, todos os pelos dos meus braços se arrepiaram e meu coração acelerou. – Faz dois meses que ele está na cidade, entretanto está numa fazenda bem longe daqui, isolado, longe de tudo e ninguém sabe o por quê.

— A Ed, então acho melhor você falar com ele hoje, aproveita que vocês vão ter esse jantar e conversa com ele.

— A Su se fosse tão simples assim. – respondeu ele de maneira distante, eu não entendia o porquê a família do Ed tinha tantos segredos, mas imaginava como ele devia estar se sentindo, eu assim como ele odeio segredos e mentiras, uma vida baseada nisso é tortura. – E você? Certeza que não pode mesmo ir comigo nesse jantar?

— Não da Ed, marquei de ir ao cinema com a Lili e a Lice e elas já tem um ciúmes enorme de ti se eu desmarcar de novo, é capaz delas me baterem. – disse rindo.

— O que aquelas duas têm de lindas, tem de doidas. – Ed tinha uma quedinha pela Lice, mas nunca teve coragem de se declarar.

— Homens. – revirei o olho fingindo estar ofendida.

— Nem vem, tenho certeza que nesse exato momento o senhor futuro Médico, está falando assim. – começou ele a imitar o jeito de Dash. – O que a Susana tem de linda tem de chata, mas eu me amarro naquela menina.

Ri da imitação dele, falando para ele calar a boca, fazendo o assunto morrer, assim nos obrigando a voltar para aquele trabalho enorme.

Era por volta das 18 horas da tarde, quando fechamos os livros e saímos da biblioteca, eu estava exausta, meus olhos estavam quase que fechando sozinhos, eu só queria um belo banho e minha cama confortável.

— Bom no próximo jantar em casa você não escapa ouviu? – Ed havia me deixado na porta do alojamento, mas ainda não estava feliz em ir sozinho ao jantar.

— Sim senhor, não importa a data, no próximo estarei lá. – respondia gargalhando da cara de bravo dele.

— Acho bom mesmo! – ele me deu um abraço e se virou para ir embora. – Ah e antes que eu me esqueça, cuidado com a mão boba do Dash.

— Calado Edmundo. – sempre que ele fazia esses comentários entre mim e o Dash, parecia que meu sangue parava de correr e minhas bochechas ficavam rosadas.

Entrei para o meu apartamentinho, fui até a cozinha bebi um copo de água e depois tomei um banho bem demorado, como a sessão era das 21h eu poderia enrolar um pouquinho, ao sair do banho não me importei com mais nada, apenas coloquei uma roupa velha, em seguida me jogando na cama.

— Só meia hora de cochilo não vai matar ninguém!

Estava tão cansada que logo peguei no sono, um sono profundo que me levou a um sonho bem estranho.

Estava à noite, em volta de mim tinha varias arvores, parecia uma floresta que possuía uma estradinha abandonada, olhei para todos os lados e não vi um sinal de vida, apenas a lua refletia alta e bela no céu. Levantei um pouco do vestido e comecei a caminhar, de repente vozes começavam a ecoar pelo mato.

— Não vá atrás dele! Não vá atrás dele! – quanto mais eu andava, mais aquelas vozes aumentavam.

— Quem está ai? – gritei, entretanto as vozes se calaram e ninguém me respondeu.

Continuei a caminhar a lua se escondia atrás de nuvens cinza, deixando o caminho cada vez mais escuro, o suor começava a descer pela minha testa, meu estomago estava embrulhado e um frio percorria minha espinha, do nada uma figura brotou a minha frente.

Quando o vi parei, não consegui desviar o olhar nem falar, ele estava escondido nas sombras, com a cabeça baixa, seus ombros largos estavam escondidos por uma capa, me impossibilitando descobrir mais sobre ele.

— Me perdoa! – disse ele com a voz embaçada.

— Perdoar do que? –perguntei sentindo meu coração parar de bater aos poucos.

— Por favor, apenas me perdoe e não me deixe!

— Perdoar pelo que? – insisti. Senti um liquido gelado escorrendo pelas minhas mãos, as aproximei do nariz, podendo deduzir que se tratava de sangue. Olhei para frente desesperada, agora ele estava de joelho, com as mãos segurando a terra e o rosto baixo.

— O que você fez comigo? – perguntei desesperada, o sangue na minha mão aumentava cada vez mais, ele nada disse, apenas começou a levantar a cabeça, revelando seu rosto.

—TRIIIIIIIIM

Meu celular tocava desesperadamente, acordei num pulo, meu coração estava disparado e a respiração falha. Tentei me localizar, olhei o celular e vi que o alarme estava tocando, e que tinha várias mensagens da Lili, me perguntando que horas ela poderia passar em casa, respondi-a rapidamente e fui me arrumar, enquanto ia me arrumando, sentia uma angustia, nunca fui de lembrar os meus sonhos, mas esse sonho havia sido diferente de todos, eu estava sentindo ele em meu coração. – E aquele homem de capa? Quem era aquele homem de capa, Aslam! – algo me dizia que aquele homem não me era estranho e que o rosto dele era essencial na minha vida.

Assim que fiquei pronta liguei para Lili, ela passou para me buscar e fomos juntas para o cinema, chegando à entrada não vi a Lice, mas vi Dash e George.

— Por que Dash e George estão aqui senhorita Liliandil? – perguntei já adivinhando a resposta, enquanto saiamos do carro.

— Nossa! Eles estão? Que surpresa boa. – respondeu ela fingindo estar surpresa. Fiquei a encarrando com uma expressão brava. – Okay, você venceu! A Lice me avisou que não poderia vir hoje, ai resolvi chamar o Dash e o George. Programa de casal amiga. – continuou ela abraçando meu braço, enquanto caminhávamos para a entrada.

— Só tem um casal aqui e eles são você e o George. E você teve mais ajuda nisso – tinha achado estranho o fato do Ed ter falado tanto da combinação cinema e Dash toda a hora.

— Você e Dash também, ele gosta de você Su. E sim o Ed já estava sabendo, às vezes ele é legal sabe?

Não tive tempo para responder, quando eu vi já estávamos na frente dos meninos, Lili se jogou nos braços do George, recebendo um selinho apaixonado. Aquela situação estava me deixando constrangida, comecei a encarar o chão brincando com os meus sapatos.

— Você está linda Su! – levantei o rosto e encontrei aquele par de olhos verde me encarando.

— Obrigada Dash, você também está lindo. – ele sorriu e me deu um beijo na bochecha.

— Bom vamos comprar os ingressos? – disse Lili percebendo que minhas bochechas já começavam a corar.

— Nos já compramos meu amor!

— Você George? Comprando o meu ingresso? – Lili olhava para ele assustada, fazendo todos gargalharem.

— O que eu posso fazer, o bonitão aqui comprou o da Su, ai comprei o seu também né. – respondeu ele fingindo desdém.

— Você comprou o meu Dash? – perguntei curiosa, ignorando a falsa briga que meu casal de amigos.

— Sim Su, queria que você se sentisse bem hoje. – ele pegou na minha mão sorrindo largo, fiquei sem reação apenas devolvi o sorriso.

Entramos na sala do cinema, infelizmente só tinha lugares separados, eu e Dash ficamos duas fileiras acima do George e da Lili, durante o filme não conversamos, Dash apenas me abraçou e depositou um beijo na minha cabeça. Assim que acabou a sessão George e Lili decidiram que iam para casa dele, eu já estava indo para o ponto de ônibus até que Dash segurou minha mão me fazendo voltar para mais perto dele.

— Eu te levo em casa Su. -- apenas concordei e fui com ele para o carro.

Estávamos em silencio, apenas o radio era ouvido, tocava uma música calma, minhas mãos suavam e dentro de mim borboletas brincavam no meu estomago.  Quando ia me virar para falar com Dash, uma cena me fez parar, um homem de cabelos negros até o ombro estava na frente de um bar, rodeado por quatro mulheres, era impossível ver o rosto dele, já que elas dançavam para ele. – Que horror! – exclamei tentando ver o rosto do rapaz.

— Você disse algo Su? – perguntou Dash enquanto sorrindo para mim, o vento batia em seus cabelos loiros me fazendo suspirar.

— Nada, eu só estava cantarolando. -- não sei nem porque eu reparei e condenei a atitude do rapaz, mas algo dentro de mim chegou a ficar enojada com ele.

— Hoje foi ótimo, adorei estar acompanhado de você Su! – continuou ele estacionando na frente do meu prédio.

— Eu também Dash, me diverti muito. – antes que eu pudesse me despedir, ele me puxou para um abraço, seu cheiro era maravilhoso, conforme fomos nos separando, nossos rostos se encontraram, nossos narizes já estavam se tocando, eu ia fechando meus olhos devagar, pronta  para sentir os lábios carnudos dele, porém a buzina de um carro nos vez assustar.

— Droga! – disse ele vendo o carro que nos atrapalhou indo embora.

— Bom! – comecei sem graça. - Muito obrigada pelo cinema e também pela carona. Até segunda. – dei um beijo na bochecha dele e sai do carro.


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Notas finais do capítulo

Amores, espero que gostem, quem puder, por favor, comenta isso me incentiva muito!
Qualquer duvida, critica, sugestão, elogio é só perguntar!
Beeijoooooos ♥



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