Minha vida em pequenas Escalas escrita por Iset


Capítulo 38
INfamous


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, prontos pra mais um capítulo da nossa novelinha da paternidade?



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INfamous


Segunda feira, o dia oficial da preguiça e também, de retornar ao trabalho,(que apenas minha mãe acreditava que eu tinha). Passei a noite pensando no que eu faria para que ela se convencesse de que eu era apto para criar a Emma. E pela manhã, não conseguia parar de olhar para a foto da Lacey no celular. Estava morrendo de vontade de contar tudo a ela, pedir para voltarmos e dizer que tudo ficaria bem, mas por outro lado, ainda havia Amber e o bebê. Cedo ou tarde, teria de retornar para o Canadá, assumir a criança e as responsabilidades. Eu teria dois filhos de duas mães diferentes e ela, não era a mãe de nenhuma delas e começava a achar que isso, talvez fosse pesado demais para ela lidar.

Emma desperta (sim, dormimos juntos e espremidos na cama de solteiro, só essa noite, afinal ela acabou de voltar de um abrigo e eu não tenho um coração de pedra) e me dá um beijo babado na testa, mas assim que enxerga meu celular e a foto de Lacey começa a bater palminhas.

— Você gosta dela, não é?

— Mamãe - ela fala e eu congelo.

— Não, ela não é a mamãe.

— Mamãe! Mamãe! - repete tentando pegar o celular.

Eu penteio os cabelos para trás e coço a cabeça, vou até a cômoda e pego a foto da Carolina.

— A culpa não é minha - falei encarando a foto - A Lacey tem sido incrível para ela. Para nós dois na verdade. Eu sempre vou te amar e a Emma, ela vai te amar também, só não teve a chance de te conhecer... - Digo e ouço o ranger de garganta da minha mãe na porta do quarto me observando.

— Falando com fotografias? - ela diz me encarando e eu coloco o porta retrato de volta sobre a cômoda.

— Não era com a foto. Nunca conversou com o pai, depois que ele se foi?

— Não, ainda não consegui fazer isso.

— Devia.

— O café está pronto, se apresse ou vai se atrasar - ela diz tomando a Emma nos braços e saindo falando com voz de bebê.

Sigo o cheiro de café impregnando no apartamento. Na mesa, tem pães, cereais, suco, leite, frutas, uma papa de banana e aveia para Emma, iogurte e panquecas.

— O que achou do desjejum?

— Você preparou? - questiono intrigado, afinal minha mãe nunca foi muito chegada nas artes culinárias.

— Não, encomendei de uma cafeteria. Falando nisso sua geladeira está vazia, vou fazer umas compras com a Emma e também procurar uma empregada doméstica para dar um jeito nesse apartamento. Esse lugar está encardido. Não sei como vocês dois não pegaram tifo ainda.

— Que exagerada - falo revirando os olhos.

— E você vai vestido assim pro trabalho? Por Deus Noah! Eu sei que nunca gostou muito de moda, mas você precisa se vestir como um homem, cortar esse cabelo quem sabe, deixar a barba crescer te daria um ar mais sério.

— Esse ai é o Derek mãe, e a baixinha odeia barba, não é? Coisinha fofa do papai - falo enfiando uma colherada na boca da Emma que é cuspida para fora na mesma hora.

— Ela precisa a comer comida de verdade - diz a minha mãe imperativa.

— Eu sei, e ela vai, mas não se muda meses de gostosuras para uma dieta sem graça do dia para noite - falo e sou fulminado pelo olhar dela - Não pense que eu não tentei, mas ela odeia tudo que não venha embalado.

— Ela só come mal, porque você come mal, por acaso alguma vez preparou algo sem encher de queijo por cima para ela?

— Eu fazia papinhas, só que ela só deixou de cuspir na minha cara, quando coloquei queijo por cima. Não é culpa dela,é de quem inventou o queijo, que aliás devia ser uma das maravilhas do mundo, ao lado do bacon e do sorvete.

— Ah... Noah.

— Não me olhe assim, você é minha mãe, então se eu sou o culpado pela Emma não comer bem... tecnicamente você é...

— Você não vai se atrasar pro trabalho? - ela me interrompe.

Me arrumo pro emprego que eu já não tinha mais e me despeço com a maior cara de pau. Meu plano era usar o tempo que estaria "trabalhando", para encontrar um novo emprego. Quando finalmente encontrasse, diria que decidi trocar de empresa e minha mãe jamais saberia que eu estava desempregado.

Dirigi até o Branch, talvez Sam pudesse me ajudar novamente e eu queria muito dizer a Lacey que não precisaria voltar pro Canadá, pelo menos, não agora.

Despenteio meu cabelo, do jeito que eu sei que ela gosta e me sento numa das mesinhas da varanda. Alguns segundos mais tarde ela vem, vestida com um avental preto escrito Branch em verde e um lenço colorido na cabeça e mesmo assim, realmente linda.

— Noah? - questiona sem entender.

— Bom dia, eu tenho uma noticia boa e uma ruim, qual quer primeiro?

— A boa - responde sem pestanejar.

—Minha mãe decidiu me dar uma segunda chance para que eu prove para ela que posso ser um bom pai, sem descuidar das minhas aspirações profissionais.

— Isso é ótimo, e a ruim?

— Ela veio morar comigo.

— Nossa, não conheço sua mãe, mas depois das coisas que ela vem fazendo, tem certeza que ela não vai acabar no seu freezer em questão de dias?

— Ela parece estar sendo bem sincera e o meu freezer é muito pequeno, mas de qualquer forma, eu vou poder ficar e a gente pode...

— Veio pedir para voltar? - ela fala cruzando os braços.

— Não, mas já que mencionou... Eu sei que eu sou uma bomba mas, não te vejo namorando um italiano. Com seu dedo podre, seu próximo namorado pode ser da máfia.

— Nisso você tem razão, mas cedo ou tarde você vai acabar voltando pro Canadá e eu não sei se eu to pronta para tudo que vocè representa.

— A bagagem... - digo voltando meu olhar para mesa.

— É. Eu amo você e a Emma, mas você tem uma vida tão complicada. E ainda por cima tem duas mães, significa que eu vou ter duas sogras! DUAS! - Ela exclama gesticulando com as mãos.

— Eu odiaria ser um estorvo na sua vida, sério, mas eu pensei muito essa noite e não tô disposto a perder a Emma e nós não queremos perder você. Além do mais sei que está doidinha para voltar e uma das minhas mães ainda vai passar uns dez anos na prisão.

— Haha. - ela falou em tom debochado se afastando para outra mesa.

— Lacey... Você não resiste a esse cabelo hidratado, admita. E a Emma está morrendo de saudades de você.

— Isso é golpe baixo. Eu vou pensar, ta bom?

— Ta bem - falei roubando um selinho rápido.

— Noah! Eu tô trabalhando.

— Certo, leve todo o tempo de dez minutos e trinta e sete segundos para pensar. Eu vou lá dentro falar com o Sam. - digo e a vejo balançar a cabeça e revirar os olhos.

Caminho até a cozinha com fornos e mesas de aço inox e vejo Sam, cantarolar colocando uma fornada de croissants assar.

— Olha só quem saiu da cadeia! - ele fala largando as luvas sobre a mesa e me cumprimentando. - Como você tá cara?

— Bem, para alguém que acabou de ser espancado na cadeia e teve que assistir um parto.

— Vick teve o bebê?! Nossa que legal. E o seu irmão como está?

— Acho que está bem, mais tarde vou passar no hospital. Eu vim aqui porque precisamos conversar.

— Eu juro que não tô dando em cima da Lacey - ele se defende.

— Não, eu perdi o emprego e minha mãe não pode descobrir, será que não conhece alguém que esteja precisando de um engenheiro?

— Era o Lucca que conhecia essa gente chata e vai ser meio difícil você encontrar um emprego agora. Ele fala abrindo uma gaveta e lançando uma revista de fofoca sobre a mesa.

— Eu vi isso, mas quem lê revistas de fofoca hoje em dia? Além do mais, minha mãe e eu estamos nos acertando.

— Você por acaso abriu o seu perfil no facebook?

— Não, eu mal entro naquilo - digo e ele me olha com aquela cara que diz que não vou gostar.

Minutos depois estou sentado numa das mesas pasmo, meu perfil está recheado de mensagens e compartilhamentos. Boa parte me chamando de playboyzinho mimado, drogado e inconsequente. Os que me apoiam, agridem a minha mãe de formas muito baixas. Sam e Lacey estão atrás de mim, conferindo tudo comigo.

— Por isso que nunca gostei de redes sociais, se você fizer uma merda, todo mundo que te conhece, pensa que te conhece ou simplesmente quer falar sobre o assunto, vai dizer coisas sobre você, mesmo que não seja verdade, apenas para embarcar nos seus quinze minutos de fama e levar algumas curtidas por isso.- falo.

Apenas rolando o feed percebi que tinham revirado minha vida do avesso e as teorias sobre meu irmão gêmeo e minha mãe biológica presidiária, já estavam surgindo.

— Que merda!

— Relaxa, daqui a uns dias algum famoso de verdade faz alguma merda e esquecem que você existe - diz Lacey.

— Ei alguém pode me atender? - reclama um cliente.

— Meu amigo está com uma foto com mais de cinco mil compartilhamentos, seu café pode esperar. Noah, meu grande "brother" você não faria um post com uma foto na frente do Branch dizendo que é a melhor cafeteria de Roma?

— Sam! Dá para ser mais sensível - protesta Lacey.

— Ele toma café de graça há meses.

— Eu não sei se reparou mas metade das pessoas tá me chamando de viciado psicótico, não acho que eles queiram saber onde eu tomo café.

— Noah, é popularidade. Você está famoso, as pessoas vão comprar o que dizer para elas comprarem, ou não teriam bonecos do Manson para vender no Ebay. Já estão falando de você, você só tem três opções, ficar bravo e se trancar numa concha, dar explicações para todo o mundo tentando limpar a sua barra, ou usar esse momento para descolar uma grana e daqui a duas semanas todo mundo vai achar que não passou de uma crise existencial de uma família rica desesperada por atenção. Tipo os Kardashians.

— Nenhuma delas parece uma "boa" opção - retruco.

— E não são, mas numa delas você descola uma grana. - fala Sam com um olhar que poderia ser traduzido como dois cifrões.

— Eu vou pensar, pelo menos eu sei que a o fato da minha mãe ficar em Roma, não teve a ver com ela querer a minha felicidade ou a da Emma, ela só não quer ver o Canadá inteiro chamando a empresária filantropa de "vadia controladora que separa o pai da filha". Eu vou para casa - falo decepcionado.

Peguei a revista e voltei pro meu apartamento, minha mãe já havia saído com a Emma. Fico em casa revirando lendo tudo que falam sobre nós na internet, nem o perfil da Carolina escapou dos haters. É incrível como a tela de um computador ou celular transforma pessoas comuns em juízes e juízas da vida alheia, estou pronto para começar a mandar todo mundo tomar no orifício circular situado no fim da região lombar,(sim, estou novamente tentando não falar nem pensar em palavrões) quando vejo a foto de perfil da Carol no canto da tela. Com aquele sorriso lindo, fazendo um coração com os dedos na frente da barriga enorme. Ela sempre acreditou no poder do retorno, que atraímos o que exalamos. Procuro na memória do computador uma foto nossa num almoço solidário de ação de graças, que ela me obrigou a participar, e eu estou servindo com uma cara de "bunda" enquanto ela me encara com um olhar de quem queria me matar.

"Me perguntei muitas vezes, porque você foi cedo demais. Você era muito melhor que eu, em absolutamente tudo. Talvez Deus, cosmos ou o universo queira desfrutar mais tempo ao seu lado. Ambos fizemos coisas que nos arrependemos, não éramos o casal perfeito das fotos do instagram, certamente não sou um pai perfeito para minha filha e minha mãe, ainda precisa aprender muito sobre o verdadeiro valor da vida. Mas somos pessoas, cheias de pequenos e grandes erros e talvez essa seja a grande beleza da vida. Afinal, o mundo seria muito chato sem esse bando de gente imperfeita armando confusão. Carol, onde quer que esteja, saiba que te amamos." - escrevi e postei.

Fiquei um tempo com o olhar perdido para aquela foto, até ouvir minha mãe abrir a porta, com Emma num braço, uma sacola de compras no outro e o porteiro do prédio com mais duas dúzias de sacolas.

— Que faz em casa essa hora? - Ela questiona e eu tomo Emma nos braços.

— Temos que conversar.

Depois de uma longa conversa que por pouco não virou discussão, Susan me convenceu que não foi ela que vazou aquelas informações para revista, afinal, o que ela menos queria era ter o nome da empresa envolvido num escândalo familiar. E disso eu não dúvida, papai e ela sempre fizeram de tudo para manter os meus intempéries da adolescência longe da vista de todos.

— E o que vamos fazer? Estão falando um monte de coisas e nem todas são verdades.

— Querido, eu tenho uma das maiores empresas do Canadá, num meio governado por homens, acha que eu me importo o que falam sobre mim? Enquanto eles se ocupam me chamando de vadia fascista, tem mais dinheiro entrando na minha conta. Além do mais, quanto menos nos preocuparmos com isso, mais rápido eles vão esquecer. - ela fala ajeitando meu colarinho.

— Não sei como você consegue ser tão fria.

— É uma coisa que se aprende, e você devia tentar. Agora volte pro trabalho de cabeça erguida, você é um Johnson lembra?

Dou um sorriso amarelo e a semana passa lentamente, recheada com discurso de ódio ou apoio, memes e um programa de televisão tentando fazer com que nos pronunciarmos sobre o assunto. Vick ainda estava no hospital pois não havia conseguido se recuperar plenamente do parto e Derek, passou a semana ao lado dela. Amber e eu nos falávamos quase todos os dias e apesar das incertezas quanto a saúde do bebê, as coisas pareciam estar se encaminhando. E Lacey ainda mantinha certa distância e eu só podia respeitar a vontade dela.

E eu, ainda não havia conseguido um emprego, mas no sábado convidei Sam, Lacey e sua família (ainda soa muito estranho dizer nossa família) para o bar de karaokê.

Nos encontramos ainda no estacionamento e todos estavam um pouco confusos com o meu convite. Quando adentramos o bar estava completamente lotado e o gerente Roman, veio me cumprimentar e eu apresento o meu pessoal.

— Nossa, disse que no sábado era mais movimentado, mas não imaginei o quanto.

— Na verdade nem eu esperava tanto movimento - fala ele com o olhar meio perdido no meio de tanta gente - Mas venham, eu reservei uma mesa para vocês.

Depois de algumas cervejas, conversas despreocupadas e cantores desafinados, sinto um frio na barriga e Roman me chama ao palco. Eu até tinha tentado preparar alguma coisa no tempo livre que tive, mas não tive ideia alguma, então decidi fazer o mesmo que fiz no outro dia e apenas falar sobre o adorável desastre que se tornou minha paternidade.

— Oi gente, bom o meu nome é Noah e eu tive aqui há alguns dias, mas para quem não estava, bem eu sou pai de uma menininha de dez meses e eu vou ter outro filho - digo e vejo um "Putz" ecoar na platéia - É eu tô pensando em chamar ele de Jack Daniel ou se for menina Vodka. Nas garrafas de bebida vem escrito "se beber não dirija", mas devia tá escrito se beber não transe! - falo e vejo risos ecoaram, inclusive na mesa da minha família - seria muito mais útil. Mas sabe, ter um filho até que não é tão ruim, ruim é a gravidez. São tipo nove meses de castigo por conta de um orgasmo. Sério, é o orgasmo mais caro da sua vida. Tipo nos três primeiros meses é como uma ressaca continua, a mãe do seu filho, vai viver com a cara enfiada no vaso, enjoada, reclamando de dor de cabeça... E você sem transar. Aí vem o segundo trimestre, os enjoos passam, a barriguinha começa a aparecer e você pensa que as coisas vão melhorar, mas aí os hormônios começam a agir. Ah meu bravo soldado, você vai ter que ser forte. Porque homem, já é meio lesado por natureza, aí a mina fica grávida e além do cérebro dela que sinceramente cérebro de mulher deve ser um monte de fio desencapado porque elas conseguem fazer e pensar várias coisas ao mesmo tempo, nós não, a gente pensa uma coisa por vez. Tipo um dia eu cheguei em casa e carol, Carol é a mãe da minha primeira filha, ela veio falando - Amor, quer frango ou carne pro jantar? E ah! O próximo ultrassom é na sexta, você pode sair do trabalho para ir comigo? Depois passamos na lavanderia pegar o seu terno e acha que devemos pintar o quarto do bebê de cinza? Porque cinza é unisex e combina tanto com azul ou rosa. Ou será que usar essas cores acaba sendo muito estereotipado e piegas, afinal somos pais modernos, não é? Ela falou tudo isso fazendo comida, zapeando a tv e depois já procurou cores de parede no pinterest. E eu: "Frango". - digo e vejo Lacey cair numa gargalhada linda - Ai vem a maior DR porque homem não escuta, mas não é que a gente não escute, é que o nosso processamento é meio lento, falem uma coisa por vez por favor! E como eu dizia, além do cérebro tem mais o do bebê! E ela tava grávida de uma menina! É eu sobrevivi. Aí vem o terceiro trimestre, a sua grávida tá com o dobro, talvez o triplo do tamanho! E uma libido lá na estratosfera, eu não sei as grávidas alheias mas a minha, ficou uma tarada. E isso seria maravilhoso, se o bebê não tivesse gigante, chutando, pulando, dando cambalhota dentro da barriga da tua mulher e a primeira coisa que passa na sua cabeça mesmo sendo biologicamente impossível é o seu pênis acertando cabeça do bebê. - falo e vejo gargalhadas sonoras ecoarem pela plateia, eu gostava daquela sensação - Ah e tem mais uma coisa sobre grávidas, não importa se ela for uma hippie naturalista que vive pelada no meio do mato, quando ela ficar grávida ela vai querer comprar o melhor pro bebê dela, nem que seja uma folha para usar de tampa sexo, ela não vai querer as folhas do seu mato, ela vai querer a folha do tal lugar, porque fulano disse isso isso e aquilo. Sério. Um dia a Carol apareceu com um pacote de fraldas que imita jeans, e que custava três vezes o preço da melhor fralda do mercado. E eu disse que ela era maluca de pagar aquele preço por algo que o bebê vai cagar em cima, e ela falou sobre como eu era insensível, que ela estava cansada, pesada e eu estava fazendo tempestade por conta de um pacote de fralda pro meu próprio filho, que ela ia limpar ele com sabugo de milho já que eu não queria gastar e começou a chorar. Ai eu tinha uma mulher gravida chorando na minha frente, Mas eu fui homem, - falei encarando a plateia - fui, eu fui sim, eu peguei a chave do carro e disse impondo a voz que era um absurdo! Onde já se viu? Ela ter comprado só um pacote. Dirigi até a farmácia mais próxima e comprei mais três pacotes! Cheguei em casa e levei bronca, porque paguei ainda mais caro do que ela tinha pago, por não "pesquisar o preço". - falo e recebo uma salva de palmas, Joseph se levanta com um sorriso no rosto e faz um assobio com os dedos na boca

— Esse é meu garoto! - Ele grita e eu sinto um misto de entusiasmo e vergonha.

Disco do pequeno palco e algumas pessoas me cumprimentam antes de eu voltar a minha mesa. Meu pai me recebe com um abraço caloroso.

—Isso foi incrível Noah, sério. Você tem talento.

— Que nada eu só fiquei falando besteira. E com certeza metade dessas pessoas só veio aqui porque viu algum meme onde colocaram a minha cabeça da Emma em dois viciados. Ou a da minha mãe num dos dragões da Daenerys.

— Eu vi aquilo, até que ficou engraçado - fala Nate.

— Nate! - protesta Corine.

— Tá tudo bem, eu também ia rir se o bullying fosse para outro idiota qualquer e não eu.

— Só estão fazendo isso porque você tem grana se fosse um ferrado, ninguém se importava.- diz Nate tomando um gole de agua com gas.

— Eu sou um ferrado, quem tem grana e fama é a minha mãe - falei.

— Bom, o importante é que você está lidando bem com isso, a Emma está do seu lado e daqui a alguns dias eles esquecem. E porque a sua não veio? Eu quero conhecê-la - fala Joseph com certo receio.

— Ela tinha uma teleconferência e mesmo que não tivesse eu não a convidaria, ela reclamaria a noite toda e diria que é ridículo. - relato.

— Eu duvido, foi muito engraçado. Acho que é muito pessimista com relação a sua mãe - diz Lacey - Ela está te ajudando, não.

— Está, eu acho. Mas que bom que pensa assim porque ela tá louca para te conhecer. - digo e Lacey dá um sorriso amarelo

 

 


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Notas finais do capítulo

E ai pessoas, que acharam do capítulo de hoje?
Essa história está participando do concurso Naw, torçam pelo Noah!