Presente

Skye e eu estamos no saguão do Hospital, esperando pelo retorno de Lara, até que meus olhos começam a fechar e deito no ombro do meu namorado.

— Hey… Tem certeza que não quer ir pra casa? – ele traça um caminho pelo meu pescoço, e estremeço com seu dedo quente em minha pele fria. – Talvez pudéssemos… sei lá, tomar um banho quente. Deitar na cama… Eu poderia melhorar seu dia…

— Hm… Parece uma proposta interessante. – Abro os olhos e me levanto, reunindo o resto de minhas forças. – Acho que preciso de água quente pra acordar. – Pego a mão de Skye e começamos a andar em direção à saída. No caminho, encontro Maya dobrando um avental de uma… Loja de ferramentas?

— E aí, Vic? Skye? – Ela guarda o avental apressadamente no bolso, como se não quisesse que víssemos aquilo. Finjo que não vi nada e sorrio para ela.

— Nós vamos para casa descansar um pouco. Qualquer novidade… Você tem meu número, certo? – Começo a andar apressado para o estacionamento e deixo ela falando sozinha, ouvindo apenas suas últimas palavras.

— Na verdade não…

Entro correndo no carro e dou a partida, Skye sentando no banco do passageiro. Estamos rindo, e damos um selinho enquanto saio dirigindo pela rua.

Viro a esquina de nossa casa e sinto a mão de Skye em minha coxa, e um arrepio percorre meu corpo.

— Hey, calma aí safadinho. Já estamos chegando em casa. – Acelero e chego na casa de madeira branca, deixando o carro na calçada, já que a garagem estava sendo ocupada por meus trabalhos, que consistiam em quadros abstratos e desenhos realistas.

Tento abrir a porta de casa enquanto Skye envolve minha cintura com seus braços longos e começa a distribuir beijos em meu pescoço. Quando finalmente acerto a fechadura, entramos correndo e ele me joga contra a parede da sala. Consigo alcançar a porta com meu pé e chuto a madeira, ouvindo uma batida quando ela se fecha. Entrego-me a seus beijos e tiro sua blusa, sentindo sua pele quente contra a minha. Consigo andar até o banheiro e ligo o chuveiro, a água quente formando vapor nas janelas e nos espelhos do cômodo.

Skye começa a trilhar meu tronco com beijos até chegar no limite que minha calça marcava. Ele olha para cima e abre um sorriso safado.

— Parece que temos um problema. – Ele começa a abaixar minha calça com os dentes e mais arrepios percorrem meu corpo. Logo estou sem nenhuma peça de roupa, e ele está apenas de cueca, nós dois dentro do chuveiro que expelia água quente nas nossas costas.

Ele se ajoelha e olha nos meus olhos antes de se voltar para meu órgão e começar a chupá-lo. Entrelaço meus dedos em seus cabelos pretos e fecho os olhos, entregando-me às sensações que Skye estava proporcionando. Ele começa a chupar com mais rapidez, e aperta minha bunda, e estou cada vez mais perto do êxtase.

Um sorriso se forma em meu rosto quando alcanço o orgasmo e olho para baixo, conseguindo enxergar, em meio à água, Skye limpando o canto da boca, um sorriso em seus lábios.

— Levante-se. – Digo baixinho, o suficiente para ele escutar. Coloco ele contra a parede do banheiro, de costas para ele, e encaixo-me em Skye, ouvindo com satisfação um gemido de prazer. Começo a fazer movimentos de vai-e-vem e ele começa a gritar de euforia. Apenas paro quando percebo que nós dois havíamos alcançado nosso ponto mais alto. Paramos um ao lado do outro no box, e olho para ele com um sorriso, as bochechas do rosto de Skye vermelhas com a atividade.

Pego um sabonete e começo a ensaboar meu namorado, demorando-me um pouco mais nas curvas e em seu membro. Quando chega minha vez, ele toma meu sabonete e começa a me lavar com calma, assobiando.

— Devíamos fazer isso com mais frequência. – Ele diz, e viro-me em sua direção, dando um risinho fraco.

— Mais? Será que estou criando um ninfomaníaco? – Pergunto, e nos beijamos, ele deixando o sabonete cair no chão.

Estamos prontos para recomeçar quando ouço a campainha tocar. Resmungo e me desvencilho dele, pegando uma toalha pendurada e me cobrindo.

— Deixe pra lá, Vic. Uma hora ele vai embora. – Ouço os protestos de Skye do banheiro e ignoro. Tento achar a chave em meio à bagunça que deixamos, e jogo uma pilha de roupas para o lado antes de abrir a porta e me deparar com o carteiro.

— Ahn… Hm… - Ele olha para mim atordoado, e meus olhos dizem para ele se apressar. Ele pisca duas vezes antes de estender a prancheta com um documento preso e uma caneta para que eu possa assiná-lo. – Assine, por favor. Hospital Santa Lara.

Olho intrigado para o carteiro e começo a assinar meu nome, quando a toalha cai no chão. O carteiro olha para baixo espantado, e ignoro sua reação. Ele demora para achar o envelope com meus exames, e quando ele se vira para me entregar, noto uma ereção em sua calça.

— Hm. Eu tenho namorado, desculpe. – Fecho a porta na cara dele e me recosto contra a porta, abrindo o envelope.

— O que tá rolando aí? Por acaso vocês estão transando? – Ouço Skye gritando impaciente do banheiro, e sorrio.

— Espera aí, já vou. O resultado dos exames que eu fiz chegaram.

— E…? Se os meus deram negativo, os seus também vão dar. Agora volta logo pra cá, Vic!

Tiro o envelope branco e sinto um leve tremor na mão quando abro e o papel branco cai no chão. Pego ele junto com a toalha caída, e começo a examinar as letras pequenas. Consigo distinguir apenas a última palavra, no final da folha.

RESULTADO: POSITIVO

A toalha novamente cai no chão, e ouço a voz de Skye novamente:

— Vic? Tá tudo bem? Por que você ainda não tá aqui dentro de mim?