Sinto meu coração gelar porém permaneço neutra e sigo para o jipe que nos levaria nessa missão, sento meu lado de Joseph e seguro a sua mão discretamente.

Rodamos até uma clareira que nos permitia ver um grande alcance saio do jipe assim como minha equipe e Joseph.

— atenção todos quero que se dividem em duplas e saiam para buscar alimento ou água pois nossa jornada será longa e não ficaremos parando, afinal Isso não é um tuor e sim uma missão que pode definir se o pessoal do nosso acampamento vive ou morre.

Assim que todos se afastam viro-me para Joseph

— o senhor vai ficar dentro do jipe deitado e descansando e não quero desculpas.

Ele apenas concorda e entra no jipe e se deita fecho a porta e seguro sua mão.

— não irei muito longe então qualquer coisa e quando eu digo qualquer coisa é qualquer coisa mesmo me chame

Ele novamente concorda com a cabeça e volta deitar, me afasto em silêncio e começa a caminhar mata adentro alguns minutos depois escuto passos despreocupados e desordenados e no mesmo instante tenho certeza que era mais um deles afinal uma pessoa em seu pleno juízo nos dias de hoje não andaria com tanto descuido dessa forma na mata, sigo o som dos passos e dou de cara com um deles ele parecia já bem deformado talvez tivesse mais de meses transformado me abaixo com cautela pegando a faca que estavam dentro da minha bota, afinal armas em locais como estes eram perigosos, começo a me levantar devagar sem chamar muita atenção pelo jeito ele ainda não havia me visto me aproximo dele lentamente, levanto a faca e defiro apenas um golpe em sua cabeça o corpo cai porém acabo desequilibrando e caio junto, ao sentir o baque sinto algo perfurar meu ombro levo a mão até o mesmo e vejo que era um galho me sento com dificuldade e começo a arrancar o galho lentamente mordo o lábio com força, pra não emitir nenhum som e logo começo a sentir o gosto de sangue invadir minha boca assim que consigo arrancar o galho jogo o mesmo longe, pego uma faixa que carregava em meu bolso abro o pacote e começo a desabotoar a minha blusa tiro a mesma e começo a limpar o ferimento com cuidado logo enfaixando sei que isso poderia me trazer algum problema mas por hora era o que eu podia fazer com certa dificuldade volto a colocar minha camiseta e quando já estou praticamente de pé sinto algo se jogar contra meu corpo fazendo com que minha faca caia longe, ao olhar vejo que que é apenas outro transformado tento o empurrar porém com braço machucado não poderia fazer muita coisa começo a tatear o chão ao meu lado em busca de algo para me livrar daquele maldito, se algo acontecesse o que seria do Joseph eu precisava ser forte por ele, por Malu e agora por minha filha então nos viro me sento sobre seu tronco e começo a socar seu rosto e acabo por descontar toda a frustração que sentia nos últimos dias a raiva por ser enviada em uma missão com meu marido da forma que estava, raiva por ele ter sido mordido, a raiva que sentia por meu filho ter que nascer em um mundo tão cruel como este. Quando não tenho mais forças para bater vejo que acabei com o rosto do transformado sinto meu corpo ser tomado por tremores e logo as lágrimas inundam o meu rosto permaneço algum tempo ali mas vejo que aquilo não me levaria em lugar algum então apenas me levanto e começo a procurar a minha faca logo encontrando e volto a refazer o caminho para o jipe novamente vou para perto do mesmo vendo que ninguém havia voltado e abro a porta com cautela vendo que Joseph dormia serenamente apesar de suar muito seguro sua mão chamando seu nome baixinho logo sinto os olhos dele sobre mim e em poucos segundos ele está sentado como turbilhão de perguntas sobre o meu estado conto a ele tudo que aconteceu e logo ele começa a fazer um curativo decente e também a cuidar de minhas mãos assim que ele termina de cuidar dos meus ferimentos o ajudo atirar toda as barracas de cima do jipe o ajudo a montar tudo da melhor forma que podíamos algumas horas depois todos já estavam de volta e começa a fazer o balanço de tudo aquilo que eles conseguiram tínhamos muitas frutas um belo veado que seria nossa proteína por dois ou três dias dois garrafões de água é acho que primeiro dia já estava bom Fernanda havia me informado que a poucos metros dali se encontravam belo riacho envio ela e Pedro para que limpem o veado e traga um pouco mais de água afinal não seria sempre que teríamos água potável próxima os dois saem nos deixando cuidando do restante das coisas no acampamento.

Após voltarem ajudo Felipe a cortar a carne separa-la em pequena sacolas e preparar o que iríamos consumir aquela noite, colocamos todo o resto em uma caixa conservante. Após todos comerem começa a dividir quem ficaria de guarda como Joseph não estava bem para ficar de guarda defino que ele e Lauren não ficariam de guarda com a desculpa de que os médicos do pelotão deviam ficar descansados para caso de alguma emergência que seu serviço se fosse necessário ninguém discute e cada um toma seu posto. Na primeira noite como ficaríamos ali apenas quatro ou cinco horas coloco o Pedro e Marcelo de guarda enquanto todo o resto poderia dormir vou para barraca onde meu marido descansava sento-me ao seu lado.

— eu vou até o Riacho que Fernando nos avisou para poder limpar um pouco desse sangue de minhas roupas - dou um beijo em sua testa pego minha toalha minha roupa e saio da barraca vou até Fernanda e peço que ela me acompanha até o Riacho o caminho até lá e silencioso e tranquilo ela se senta em uma pedra sempre em alerta retiro minha roupa entro na água e começa a lavar a mesma já que a água não passava de minha cintura permaneço com o top tiro a faixa sinto olhar dela sobre mim e explico o que houve para tal machucado termino de lavar minhas roupas e começo a limpar meu corpo assim que não há resquício de sangue em mim saio da água volto enfaixar meu ombro coloco a roupa seca que havia trago e chama Fernanda para voltarmos seguimos novamente para acampamento me despeço dela e sigo para minha barraca entro na mesma logo fechando me deito ao lado de Joseph e pouco tempo depois sinto o cansaço dominar meu corpo e não demora muito pra eu pegar no sono.