Atro Cataclisma escrita por EvellySouza, NatyKatarynna


Capítulo 15
Capitulo 15




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735750/chapter/15

Algum tempo depois do comboio que voltaria pro acampamento nos deixar, voltamos ao trabalho e terminamos de levantar acampamento, colocamos tudo que precisaríamos no jipe e logo depois seguimos viagem. Joseph estava cada vez pior, ele tomava doses cada vez mais altas dos remédios que havíamos conseguido e isso me preocupava ainda mais.

Rodamos o dia todo sem pausa pra nada queria chegar no local de encontro o mais rápido possível pra que pudéssemos fazer uma preparação da área, e evitar qualquer surpresa.

Chegamos ao porto combinado as 22h20min e então damos uma geral ao redor do mesmo e a maioria dos lugares não havia sido tocada, isso facilitava nosso trabalho mas não iriamos facilitar, então escolhemos um dos maiores barcos ali disponíveis, geralmente usado pra turismo mas seria agora nossa base afinal continha tudo que precisaríamos pra montar acampamento, após a verificação subimos a bordo e todos podem finalmente descansar do dia cansativo, principalmente Joseph, que assim que se deita apaga completamente, deixo a tal enfermeira de olho nele e subo já que ficaria com o primeiro posto de guarda.

Pego minha ar-10 e subo pra cima do barco e me posiciono da forma mais confortável e preparo tudo com calma e precisão mas sem desviar meu foco nem mesmo por um segundo de todo e qualquer sinal de movimento fora do barco.

A noite passa incrivelmente tranquila e refrescante, a lua se erguia imponente no céu e isso era uma garantia de uma noite sem chuva e uma ótima visibilidade.

Sem que eu perceba o sol já despontava deixando o céu com aquele alaranjado perfeito que eu já conhecia tão bem.

Assim que o relógio marca 05h15min o próximo sobe pra tomar o posto e desço seguindo diretamente pra onde meu marido estava e assim que entro travo na porta vendo ele sem camisa na cama e a senhora sentada na cadeira em frente a mesma e fecho a  porta.

— o que esta acontecendo? – pergunto a olhando e sigo ate ele vendo que o mesmo não tinha mais febre, mas ele tinha algumas coisas sobre seu tronco.

— eu vi que o homem estava febril e abatido, o que fiz não vai o curar da mordida, mas vai lhe dar alguns dias, eu ouvi alguns conversando que um medico esta vindo para encontrar a cura de tudo isso e eu acho que com oque eu sei talvez eu possa ajudar.

— falamos disso depois, agora me diga oque fez ao meu marido – ordeno a olhando.

— bom eu fiz um banho com ervas e passei o veneno de uma formiga da minha aldeia na mordida, era esse o motivo de eu estar com o general, ele estava me levando pra minha aldeia  pra usar a formiga.

Pego minha faca em minha cintura e sigo ate ela colocando a faca em seu pescoço apertando levemente.

— eu mandei me dizer o que fez com meu marido e não me contar suas historias, eu disse que isso vem depois.

— tudo bem – ela fala rápido – eu tinha um pouco de veneno de uma formiga que tem na região da minha aldeia, que de alguma forma neutraliza um qualquer tipo de veneno que elas tenham contato, mesmo depois de contaminadas com o veneno elas liberam o próprio veneno que faz seu corpo voltar a funcionar em parte, eu apliquei um pouco sobre a ferida do seu marido, o que esta no corpo dele não vai sumir, mas não vai se espalhar mais enquanto o veneno estiver agindo, e talvez isso não o mate, não quero que pense que ele esta curado, ele só não vai piorar, pelo menos não por hora.

Afasto-me tirando a faca de seu pescoço e me sento nos pés da cama.

— me desculpa eu não sei mais oque estou fazendo, eu só não posso arriscar alguém descobrir.

— não se preocupe, eu quero ajudar, talvez eu possa ajudar o tal virologista que esta vindo, eu sou só uma enfermeira mas também sou uma tambiauana e sei onde talvez possa encontrar respostas pra se livrar disso.

— porque não fez isso antes? – pergunto a olhando incrédula

— minha aldeia era muito fechada e eu estava com o general, ele dizia que teriam que pagar pra que eu pudesse dizer oque eu sei.

— que canalha, como podia fazer algo do tipo, isso não é algo que se esconde.

— como eu disse, eu não posso curar ninguém, só dar orientações de como o veneno funciona, ele neutraliza várias toxinas, usamos geralmente em veneno de cobras ou outras coisas do tipo, se isso ajudar a criar um retroviral vai valer a pena.

Concordo com a cabeça, a olhando e respiro fundo.

— obrigado por isso, eu não sei o que faria sem essa ajuda, vá descansar, por favor, talvez eu precise que você fique com ele novamente.

Ela concorda com a cabeça e se levanta, mas ante de chegar a porta se vira novamente pra mim.

— não tire d cima d ferida, eu cortei e fiz uma limpeza, mas o veneno só vai agir enquanto estiver em contato com a pele, mas você também não pode superaquecer ou vai matar o veneno.

— eu vou dar um jeito, obrigado novamente.

Ela concorda com a cabeça mais uma vez e sai do quarto, me levanto tiro minha roupa e sigo pro banheiro, tomo um banho rápido e coloco uma roupa simples, mas que facilitasse o uso do uniforme e deixo meu cabelo solto mesmo e saio do banheiro voltando pro quarto e sorrio vendo ele sentado na cama, seu rosto parecia ter cor novamente.

— vejo que deu uma boa descansada, soldado, já devo envia-lo novamente a seu posto?

— não capitã o único posto que quero agora são seus braços e o de seu marido – ele levanta a mão me chamando em sua direção e não penso duas vezes ate seguir a cama e me deitar em seus braços e fechar meus olhos, esse era meu porto seguro.

— como esta se sentindo?

— eu não sei oque aquela mulher fez mas eu não sinto nada, parece que tomei um caminhão inteiro de morfina – ele ri baixinho sorrio beijando seu peito

— pelo oque entendi, ela te deu veneno de uma formiga que neutraliza qualquer tipo de veneno ou infecção, mas infelizmente você não esta livre disso mas nos temos tempo ate o virologista estar aqui.

— ta legal, eu vou pesquisar na minha cabeça oque ela usou e a senhora minha esposa vai dormir.

— não, eu quero ficar aqui com você, sentir você mais um pouco.

— eu não disse que vou levantar, pode dormir quando você acordar eu vou estar aqui cuidando de você e do nosso pequeno.

Sorrio ao sentir sua mão em minha barriga e começar a acariciar a mesma e com a promessa que ele estaria ali quando eu acordasse acabo pegando no sono, afinal estava exausta da noite de vigia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Atro Cataclisma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.