Atro Cataclisma escrita por EvellySouza, NatyKatarynna


Capítulo 13
Capitulo 13




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Corro ate meu marido e me ajoelho ao seu lado o virando de lado, rasgo um pedaço de sua camisa e coloco em sua boca pra que ele não mordesse a língua, me viro olhando pra Srgt. Lauren.

— faça algo – grito lhe dando uma ordem expressa.

Ela se aproxima e começa a trata-lo, o tiro havia passado apenas de raspão, e bem em cima da merda da mordida, mas todos já sabiam oque aconteceria se ao menos comentassem sobre aquilo.

Assim que ela consegue conter as convulçoes e começa a fazer o curativo sobre o tiro, ela me olha dizendo que agora ele só estava desmaiado e precisava de repouso, concordo com a cabeça e me afasto tirando a arma do coldre do Gabriel e aponto pros homens a minha frente que pareciam não ter processado oque havia ocorrido instantes antes, engatilho a arma apontando pros mesmos, meus soldados haviam feito o mesmo após recuperarem suas armas.

— bom eu ainda vou manter minha promessa e vocês podem ir pro nosso acampamento a menos que desejem seguir os passos do general, abaixem suas armas pra que eu não tenha que matar outro filho da puta hoje.

Todos colocam suas armas no chão e concordo com a cabeça

— homens inteligentes – faço um sinal com a cabeça e Felipe recolhe todas as armas as colocando-as em uma maleta

— Marcus você volta pro prédio e traga as mulheres e crianças que estão la, e traga qualquer armamento, alimento ou medicamento que encontrar, Dylan você me ajuda a cuidar dos cavalheiros e a garantir que o Gabriel continue como está, ate podermos lhe dar um enterro digno.

Sigo ate as mochilas pego as braçadeiras e volto ate os homens prendendo-os uns aos outros, sigo ate o coronel e retiro a faca de seu pescoço levanto sua cabeça levemente e cravo a mesma sem muita força em sua nuca, enfio a faca ate sentir todo o comprimento entrar em sua cabeça e sentir o cabo impedir que continue e logo a retiro deitando-o novamente respiro fundo e sigo ate o Gabriel me ajoelhando ao seu lado.

— apesar de tudo você sempre confiou em mim, obrigado por tudo Gabriel e me desculpe por não poder ver seu menino novamente – repito o mesmo processo que havia feito com o general e limpo a faca em minha calça a colocando em minha bota em seguida.

Me levanto e sigo ate Lauren a olhando e esperando por boas noticias.

— o tenente Joseph levou apenas um tiro de raspão sobre a ferida anterior e o choque promovido pela dor fez seu corpo entrar em um colapso causando a convulsão, mas já fiz a aplicação de uma dose generosa de morfina e fiz um curativo mais eficaz na região, não sei se sera de muita valia pois a pele começou a necrosar ao redor da ferida e se ele seguir nessa situação não teremos outra opção a não ser amputar do ferimento a baixo, e capita se me permite, ele só vai piorar não acha melhor acabar com o sofrimento do tenente?

Retiro a faca de minha bota e coloco a faca sobre seu pescoço e a empurro em direção a uma das colunas a prendo contra a mesma  aperto a faca levemente sobre sua garganta porém vejo o pequeno filete de sangue correr por seu pescoço.

— não soldado eu não lhe dou permissão e se voltar a sugerir essa ideia absurda eu não vou exitar em lhe mostrar o quão contraria a essa ideia eu sou, e Sargento Lauren você sabe que eu nunca tiraria de vocês a chance de escolher, então não tente me forçar a tirar a escolha do meu marido, você fique quieta continuando sendo a ótima médica que nos sabemos que você é, e não vamos mais tocar nesse assunto, ou vamos ter que continuar sem nossa médica, estamos entendidas?

Afasto minha faca quando ela concorda com a cabeça e sigo ate meu marido e me ajoelho ao seu lado acariciando seu rosto delicadamente, ele era tudo que eu tinha, tudo que eu sempre tive e eu faria o que necessário pra protege-lo, nem mesmo minha farda era tão importante quanto o homem deitado ali a minha frente.

Assim que todos haviam vindo do prédio já era quase noite, fazemos uma pequeno levantamento de tudo que haviam trazido, apesar de não muito ajudaria, então decido que iriamos passar a noite ali e nos primeiros raios de sol Felipe voltaria a base levando os homens e mulheres com sigo, em um micro ônibus que uma das mulheres havia revelado estar atrás da escola, e também levaria o corpo de Gabriel pra que sua família pudesse se despedir.

Montamos acampamento e me afasto ficando sempre ao lado da cama de Joseph, perto das 11 da noite sinto sua mão tocar meu ombro e me viro e sorrio abertamente ao ver aqueles olhos verdes como esmeralda me olhando e sinto uma lagrima correr meu rosto.

— eu não acredito que a sargentona está chorando por mim, estou lisonjeado

— não fale você levou um tiro

— eu levei um tiro no braço e não na boca – ele ri e me olha fixamente – olhando pra você agora eu me lembrei de quando nos conhecemos, você era tao determinada e turrona.

— e mesmo assim você se apaixonou por mim

— como não me apaixonar pela novata que quebrou meu braço no primeiro dia de aula?

— você mereceu e nos sabemos disso – dou de ombros rindo fraco me lembrando.

Era meu primeiro dia na escola nova, eu havia sido trocada de orfanato e já ia fazer 17 anos era meu ultimo ano na escola e no orfanato e ao chegar na escola dei logo de cara com um rapaz alto e muito bonito, seus olhos verdes ficavam lindos contrastando com sua pele morena, mas era tudo que ele tinha de bonito, sua aparência pois era um embecil, antes mesmo da segunda aula ele já sabia que eu havia vindo de um orfanato e que ao contrario dele eu não era ninguém, e ele tentou me provocar ele apenas não esperava que eu treinava desde meus 12 anos pra poder entrar no exercito um dia e sem muito esforço ou cerimônia quebrei seu braço apenas pra faze-lo manter distancia de mim e me deixar em paz mas o efeito foi o contrario, o garoto passou a me seguir, se apaixonou e abandonou o destino de cuidar do hospital da famila pra me seguir em direção ao exercito, ele apesar de muito inteligente e estar cursando medicina entrou apenas na quarta tentativa e já eu consegui na primeira tentativa, mas apesar de tudo ele me mostrou que era bem mais que um idiota riquinho e se tornou a base de todo o meu mundo, e eu cheguei a ama-lo tanto que nem mesmo a farda que lutei toda a minha vida pra conseguir me importava se eu não o tivesse.

— você não se arrepende? – pergunto olhando pras minhas mãos – se você tivesse se tornado medico como sua família desejava você não estaria assim hoje.

— se eu tivesse me tornado medico talvez eu nem estivesse vivo nos primeiros dias desse inferno todo Camys, já pesou eu estaria provavelmente cuidando de alguém que foi mordido e ele me morderia e eu não teria nenhum treinamento pra me defender, mas mesmo que o mundo não tivesse acabando a minhas ações seriam as mesmas, porque eu ainda teria a mulher mais linda e corajosa do mundo do meu lado e ainda iria me tornar pai.

— claro que não ia – olho pra ele negando com a cabeça – nos não iriamos ter um filho tão cedo se tudo ainda estivesse normal

— então eu agradeço pelo mundo ter ido pra puta que pariu por que assim eu vou poder ter um filho com você, e eu prometo que não vou antes de ver minha menininha, e mesmo que eu me transforme antes dela chegar não me proíba de ao menos vê-la, me leve como um cachorro na coleira se quiser mas eu quero a ver uma única vez

— você não toma jeito não é – reviro meus olhos ficando e costas pra ele e sinto o mesmo me abraçar

— se eu tomar jeito você vai ficar tão entediada, então eu faço esse sacrifício por você

Sinto seus lábios quentes em meu pescoço e beijo suas mãos

— então eu vou ser egoísta e pedir que fique pra gente encontrar um cura pra você

— eu juro que vou fazer meu melhor e deixar que você seja minha heroína e salve o dia e o mundo

— você prometeu - falo baixinho - então tem que cumprir sua promessa - dessa vez falo como se fosse uma ordem, mas no fundo era o pedido mais desesperado que já fiz

— eu nunca quebrei uma promessa lembra? – mesmo sem vê-lo sabia que estava sorrindo e permito-me relaxar encostando na maca improvisada que ele estava.


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