Troublesome Life escrita por Wichita25


Capítulo 5
Garp


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura :)
(Leiam as notas finais, por favor, no meio das idiotices que eu falo tem uma coisa importante)



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—--- 3 anos ----

O dia estava incrivelmente calmo. Tinham saído de uma ilha de outono a pouco dias, então os ventos eram suaves e frescos. O mar estava calmo e não havia nenhum outro barco inimigo a vista para se preocupar.

Luffy estava sentado na proa em forma de baleia e estava desenhando com as canetas que Izou tinha dado a ele.  Namur estava descansando numa cadeira ali perto enquanto vigiava o menino. De vez em quando Marco aparecia para dar uma olhava e checar se o garoto ainda não tinha pulado do navio, mas parecia que Luffy estava tão calmo quanto mar nesse dia.

Luffy estava terminando de desenhar Marco (ou algo parecido com ele... talvez não tão parecido... Ok, parecia mais uma girafa com asas e um abacaxi na cabeça, mas o que valia era a intenção) quando percebeu que alguma coisa tinha mudado. Todos estavam tensos e Oyaji olhava para o horizonte. Um navio da marinha tinha aparecido e vinha lentamente em direção ao Moby Dick. Não parecia que queria atacar, já que estava totalmente sozinho e nenhum marinheiro pensaria em atacar um Yonko só com um navio, mas marinheiros nunca eram boa notícia.

Um dos piratas veio correndo de dentro do navio com um Den-den-mushi tocando, provavelmente era uma ligação dos marinheiros. O capitão ficou encarando o den-den-mushi por alguns segundos enquanto tocava, até que o pegou e atendeu a ligação. Uma voz conhecida por alguns dos piratas veio do outro lado.

“Bwarararara Barba Branca! Quanto tempo! ”

“Garp” respondeu o capitão serio por alguns segundos até quebrar a tensão com uma risada “Gurararara seu macaco velho! O que você quer? “

“É assim que você me trata depois de tanto tempo seu maldito? Tenho umas informações que possam te interessar e um ótimo sake do East Blue. Vamos beber como nos velhos tempos! ”

Os comandantes se entreolharam com nervosismo. Se Oyaji dissesse não, Garp suspeitaria de alguma coisa, já que não era costume do capitão pirata recusar bebida. Mas se ele aceitasse e Garp viesse a bordo do Moby Dick.... Todos olharam para Luffy, que não fazia ideia do que estava acontecendo e tinha voltado a desenhar. Todos achavam uma péssima ideia deixar o vice-almirante vê-lo.

Barba Branca ficou em silencio por alguns segundos enquanto pensava em suas alternativas e suspirou. Não havia muito o que fazer “Tudo bem, você tem a autorização de subir a bordo”

“Muito bem! Estou a caminho! ” E o Den-den-mushi fechou os olhos, indicando que o marinheiro tinha desligado

“Oyaji, você tem certeza? ” Perguntou Thatch preocupado

“É melhor contar para ele agora do que esconder. Se ele descobrir por outros meios é capaz de ele não aceitar muito bem e vir com uma frota inteira atrás de Luffy. Não vamos falar nada de início, deixe Luffy onde está e vamos ver como as coisas se desenrolam”. Barba Branca olhou para o menino que tinha começado um novo desenho e cantava uma música que ninguém podia entender muito bem o que dizia.

“Agora, voltem ao trabalho seus piralhos! Quero a oitava divisão de guarda caso algum marinheiro novato tente alguma idiotice” Todos voltaram para o que estavam fazendo antes e o Yonko se dirigiu até Marco “Fique com Luffy e não deixe ele ficar assustado, não precisamos disso agora... E Marco” chamou enquanto o comandante já começava a se afastar “Fique calmo. Não vou deixar que levem Luffy de nós. ” A fênix concordou com a cabeça e foi em direção ao menino que cantarolava

—---/----

Assim que Garp pisou em Moby Dick desconfiou que alguma coisa estava errada. Os piratas pareciam mais hostis que o normal e alguns deles encaravam o marinheiro como se quisessem arrancar sua cabeça e servir numa bandeja de prata. Era normal que nas suas visitas o ar ficasse pesado, mas não nesse nível. Alguma coisa estava acontecendo e ele não sabia o que era.

Foi andando até o capitão do navio que parecia o único que não estava mostrando uma aura assassina. Percebeu que o comandante loiro que geralmente ficava ao lado do capitão não estava no seu lugar de sempre. Tudo estava muito estanho para o seu gosto

“Barba Branca! Suas recepções costumavam ser melhores! ” Jogou o enorme jarro com sake para o capitão que o pegou com facilidade com uma mão

“Pare de reclamar e sente-se para beber. Vamos conversar sobre essas tais informações”

Começaram a conversar enquanto enchiam os copos. Haviam novatos que estavam chegando no novo mundo e estavam planejando atacar algumas das ilhas que estavam sobre proteção do Yonko. Os novatos não eram tão fortes, mas podiam causar alguns estragos e Garp queria poupar vidas das pessoas inocentes das ilhas.

“Os meus superiores não querem que interviremos, já que a ilha está sobre sua proteção e não da marinha. Vão usar as ilhas de exemplo para mostrar que estar sob a proteção de um pirata não é tão bom assim quanto algumas pessoas acham. Acredito até que esses novatos estão recebendo dinheiro de alguns marinheiros para causar esses ataques. Não posso deixar que isso aconteça”

A conversa estava fluindo bem e as informações iam ser muitos uteis para os piratas. Até na hora que na hora que Garp estava descrevendo um dos novatos uma risada foi ouvida. Não uma risada qualquer, mas uma risada infantil, vinda de uma criança muito jovem. Garp olhou para o capitão pirata sem olhar para onde veio a risada

“Então os boatos estão corretos? Você tem uma criança o seu navio agora? ” Barba Branca tentou identificar qualquer tipo de emoção no rosto do vice-almirante, mas não conseguiu identificar nada. Resolveu falar a verdade.

“Encontramos ele e a mãe depois de uma tempestade no mar a mais de 2 anos atrás. O navio havia afundado e eles eram os únicos sobreviventes. A mãe morreu um pouco depois que os resgatamos e nos fez prometer que cuidaríamos da criança. Ele está conosco desde então” resumiu o capitão, sabendo que provavelmente Garp ia começar a juntar alguns pontos

“E não é muito perigoso para uma criança viver num navio pirata? ”

“Ele está mais seguro aqui do que em qualquer outro lugar, posso lhe garantir isso. Ele já faz parte da família agora e nos protegemos uns aos outros”

“Entendo...”

  Antes que Garp pudesse continuar som de passos rápidos e a voz do primeiro comandante do bando pirata gritando para alguém esperar foi ouvida. Logo o menino de 3 anos apareceu e correu em direção ao Yonko com um papel na mão.

“Oyaji! Oyaji! Eu desenhei você! Queria mostrar para você, mas Mama é um bastardo e não deixou, mas daí eu vim assim mesmo e olha! ” Mostrou o desenho para capitão e não parava de falar “Esse é você e esse é o Stepan e....” Finalmente Luffy percebeu a presença do marinheiro, que assistia a cena ao mesmo tempo divertido e espantado. “Olá! Eu sou Luffy! Qual o seu nome, velho? “

“Luffy! Eu já disse para não sair correndo assim! E não chame os outros de velhos, seja educado, Yoi” Marco apareceu parecendo bem cansado. Recebeu como resposta uma língua para fora e uma careta.

“Meu nome é Monkey D. Garp, piralho! ” Exclamou para o menino que parecia terrivelmente familiar. E tinha o mesmo nome.... Não, devia estar imaginando coisas, já fazia quase 3 anos!

“Você tem um nome parecido com o meu! Oyaji diz que meu nome é Monkey D. Luffy! Né, o que isso quer dizer Oyaji? ” Barba branca suspirou, ia precisar de mais bebida para lidar com isso

“É isso que eu espero que Garp responda, por que também tenho essa dúvida” olhou para o marinheiro que olhava para Luffy como se o menino fosse uma miragem que ia desaparecer a qualquer momento

Garp lembrava da primeira e única vez que tinha visto seu neto como se tivesse sido ontem e não a 3 anos atrás. Dragon mandou uma carta para ele avisado no nascimento do menino. Foi uma surpresa, nem imaginava que a esposa de Dragon estava gravida. A carta dizia que queria se encontrar com ele dali uns meses para conhecer que conhecesse a criança e para decidir os planos para o futuro.

O vice-almirante adorou a criança na primeira olhada que deu no garoto. Sorridente e inocente, tudo que seu maldito filho não era. Haviam decidido que o menino seria criado por Garp, já que não era seguro para uma criança viver no meio de uma revolução. Garp não podia leva-lo no momento por que tinha coisas a acertar com a marinha antes de voltar para o East Blue, então foi decidido que a mãe de Luffy iria leva-lo até Dawn Island e ia deixar o menino aos cuidados de uma jovem chamada Makino. Só que a mulher nunca chegou até a ilha.

Garp lembrava também do dia que recebeu a notícia que o navio de passageiros que levava sua nora e seu neto tinha sido afundado numa tempestade e todos os passageiros tinham sido mortos. Não tinham achado os corpos, provavelmente comidos por tubarões ou reis dos mares. Garp nunca se sentiu tão culpado antes, era ele que tinha que ter levado Luffy em segurança até sua casa!

E agora o menino estava são e salvo na sua frente. O sorriso era o mesmo sorriso brilhante que tinha visto a 3 anos atrás e os olhos lembravam os de sua mãe. Garp não conseguiu segurar as lagrimas e abraçou a menino que não estava entendendo nada

“Velho? Você está machucado? Quer ver Bay? Ela ajuda! ”

“Não, não. Está tudo bem. Prazer em conhecer Luffy, eu sou... seu avô”

“Serio? Que legal! Eu nunca tive um avô antes! ” Disse o menino dando um sorriso para ele “Posso te chamar de vovô? É mais legal! ” Garp abriu enorme sorriso

“Claro que sim! Você pode me chamar de vovô” e se derramou em lagrimas de novo, puxando ele para mais um abraço. Barba Branca sorriu ao ver a felicidade do homem ao encontrar o neto perdido. Luffy parecia feliz também, gostava de abraços e atenção. Achou melhor deixar os dois assim por um tempo.

—--/---

Luffy reclamou de fome um pouco depois então Marco o levou até a cozinha para comer um lanche enquanto Garp e Barba Branca conversavam. Esperava que tudo ocorresse bem e que Luffy não fosse motivo de discussão e briga.

Garp e Barba Branca trocaram as histórias que tinham sobre o menino. O vice-almirante ficou muito triste ao saber que a sua nora não tinha conseguido sobreviver a tempestade. Ficou agradecido pelo enterro que tinham feito e garantiu que iria passar na ilha mais tarde para dar um último adeus. Também iria avisar a Dragon sobre a localização do filho e do tumulo da mulher.

Barba Branca ficou sério. Era a hora de botar as cartas na mesa e falar sobre seus planos para o menino.

“Garp, eu sei que você está emocionado e quer ficar com o menino, mas peço para que você me escute e compreenda. Cuidamos de Luffy durante todos esses anos e ele já faz parte da família agora. Todos nós nos apegamos ao menino e queremos continuar cuidando dele até que ele esteja pronto para seguir com as próprias pernas” o marinheiro suspirou cansado

“Meu plano era treina-lo para ser um marinheiro, assim caso os pecados de seu sangue viessem à tona ele estaria seguro, mas acho que não vai ser mais possível” Esfregou a mão no rosto com pesar “Contei para meus superiores sobre Luffy na esperança que eles ajudassem a procura-lo no mar, mas de nada adiantou. Se agora o menino aparecer tenho certeza que vão querer mata-lo só por causa do seu sangue”

“Os pecados dos pais não deviam decair sobre seus filhos. Somos todos filhos do mar e é isso que importa” Falou Barba Branca. Garp concordou com a cabeça e depois de alguns segundos pensando se curvou na frente do Yonko deixando todos surpresos.

“Quero agradecer por você ter cuidado de Luffy até agora, nunca poderei pagar a dívida de trazer meu neto de volta para mim” Respirou fundo e olhou para o capitão com uma nova determinação nos olhos “E também tenho um pedido para você, Braba Branca...”

—---/----

O navio da marinha sumia no horizonte junto com o pôr do sol. Os comandantes e o capitão do navio olhavam para aquele ponto minúsculo pensando em tudo que tinha acontecido.

“Né, Mama, vamos encontrar vovô de novo? Ele é legal que nem o Oyaji! ” Falou Luffy do colo de Marco. Tinha gostado bastante do seu avô, mesmo que tivesse conhecido ele por pouco tempo.

“Acho que não podemos impedir que isso aconteça. Aquele marinheiro não vai nos deixar em paz de agora em diante, Yoi” Falou lembrando do pedido de Garp

“Por favor continuem cuidado bem do meu neto! Não posso cuidar dele e isso me desonra como avô, então deixo ele em suas mãos. Vou continuar sendo seu avô e visitando quando eu puder, mas peço que vocês continuem sendo a sua família e o protejam enquanto cresce. Podem realizar o desejo desse avô incompetente? ”

Marco balançou a cabeça. Esses velhos sentimentais e idiotas. Era obvio que cuidariam de Luffy, ele nem precisava ter pedido. Morreriam antes que algo acontecesse com seu precioso irmãozinho

—-/---

Garp estava escrevendo a carta que ia enviar para Dragon com um sorriso que não havia deixado o seu rosto desde que reencontrou seu neto. Queria avisar seu filho sobre a novidade porque sabia que mesmo que o revolucionário não tente demostrar emoções, ele tinha ficado abalado com a morte de sua mulher e filho.

Pensou em Ace, que estava escondido na Ilha Dawn e tinha 6 anos. O filho de Roger estava crescendo bem e logo Garp começaria o seu treinamento com ele. Riu só de lembrar do pânico do menino a ter que enfrentar o punho do amor. Ia voltar para Dawn em breve para ver como ele estava

Selou a carta e suspirou a lembrar de como era difícil entrar em contato com seu filho. Teria que encontrar um corvo e pedir para que entregasse a mensagem. Não sabia como funcionava e como as cartas chegavam até a sede dos revolucionários, mas chegavam e era isso que importa.

Pensou de novo em Luffy e seu sorriso se abriu mais uma vez. Pegou o desenho que o menino fez para ele e depois de olhar por um tempo o guardou com carinho. Assim que fechou a gaveta lembrou da primeira aparição do menino e reparou num detalhe que não tinha percebido antes...

Luffy... Chamou Marco, a fênix, o temível comandante invencível da primeira divisão dos piratas do homem mais forte do mundo.... De mamãe?

A risada de Garp pode ser ouvida por toda a embarcação da marinha 


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Notas finais do capítulo

Apesar de achar Garp o maior irresponsável da terra (tipo, serio mesmo Garp? Bandidos da montanha? Aonde que esses meninos iam se tornar marinheiros?) Gosto dele e quero que ele faça parte da vida de Luffy, assim como Ace e Sabo.
Agora Luffy sabe falar o nome de todo mundo menos do Marco e vai ser assim mesmo kkkkkkkk. É tipo como Torao. Luffy sabe o nome de Law, mas ele chama de Torao como apelido. Acho que o mesmo se aplica a Mama Marco kkkkkk
Atenção! A partir de agora os capítulos vão ser semanas pelo seguinte motivo: Tenho que estudar durante essa semana para as provas de semana que vem, e depois disso eu vou viajar por 3 semanas e não vou estar com o meu computador, só com o celular. Estou com os capítulos prontos, só falta fazer a revisão, mas não quero postar tudo de uma vez e deixar vcs sem nada durante um mês inteiro... Prometo que quando eu voltar em agosto vou voltar com o ritmo de postagem normal, ok?
Espero que tenham gostado! Comentários e críticas são sempre bem-vindos! Bjs e até semana que vem!



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