Troublesome Life escrita por Wichita25


Capítulo 4
Banhos e medos


Notas iniciais do capítulo

Algumas historinhas... São mais curtas que o normal, mas pelo menos tem mais kkkkkk
Boa Leitura!



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—-- 2 anos ----

Luffy saiu correndo pelo convés sendo seguido por uma fênix nem um pouco feliz fazendo com que todos que assistiram à cena dessem uma risada. Isso era uma ocorrência comum no Moby Dick nos últimos meses. Desde que o menino aprendeu a andar e falar, tinha se tornado um pequeno rebelde que fugia dos seus responsáveis na primeira oportunidade que aparecia, principalmente se era o horário do banho ou de ir para cama.

“NÂO QUERO! ” Gritou enquanto escapava por pouco de ser pego por Marco, que estava perdendo a paciência bem rápido

“Você não vai fugir do banho de novo, seu moleque! Pare de fugir, Yoi! ” O menino era bem rápido para idade e já fazia meia hora que estava conseguindo evitar o temível banho. Assim que o primeiro comandante o pegou ele começou a se contorcer e gritar

“Não quero banho! Banho chato! Não quero! Não! ” E mordeu a mão de Marco, que o soltou mais por causa a surpresa, já que a mordida não doeu nele. Luffy aproveitou a deixa e saiu correndo em direção a cadeira onde o Capitão estava sentado, se escondendo atrás da perna do gigante.

“Jiji, não quero banho! Mama é um abacashi bastado” falou enquanto mostrava a língua em direção ao comandante que só passava a mão no rosto irritado.

“Gurararara você com certeza é um piralho irritante, não é? Vá tomar seu banho logo antes que Marco perca toda a paciência que ele tem” riu o capitão, e o menino vez uma careta

“Não! Quero brinca! Não banho! ”

“Chega de birra e vamos logo, estamos perdendo tempo, Yoi” Disse Marco enquanto puxava o menino, mas o pequeno estava segurando as calças do capitão com força

“Não! ”

“Por que você teve que aprender essa palavra, Yoi? ”

“Não! Não! NÃO QUERO! ” Começou a chorar e Marco o soltou. Isso estava ficando difícil.

“Gurarara, filho, quando mais rápido você ir tomar banho mais rápido você pode voltar a brincar” Contou Barba Branca para o menino tristonho

“Mas...”

“Vamos fazer assim: Você toma banho agora e depois eu te conto uma história, que tal? ” Luffy pareceu pensar por alguns segundos

“História agora, banho depois”

“Não, banho agora Yoi! ”

“Prometo que quando você terminar eu vou contar uma história sobre o rei dos piratas para você, ok? ” O garoto ficou empolgado. Adorava histórias sobre o rei dos piratas! Deu uma risada e saiu correndo em direção ao interior da embarcação.

“Vamos Mama! Rápido! ” E sumiu dentro do navio em meio as risadas. O primeiro comandante só fez uma careta. Esse menino era impossível!

“Esse piralho problemático Gurararara! É melhor você ir rápido antes que ele mude de ideia e comece a fazer birra” o comandante concordou suspirando e foi atrás do menino gritando para ele tomar cuidado que ia bater em alguém desse jeito.

E o Moby Dick continuava viajando pela Grand Line em paz

—----/-----

Thatch estava terminando de conversar com o navegador do navio quando escutou um grito de terror infantil. Tinham acabado de atracar um porto de uma ilha habitada e Thatch tinha ficado responsável de cuidar de Luffy enquanto os outros comandantes iam atrás dos suprimentos. Tinha tirado os olhos do menino por alguns minutos e pelo visto o menino já estava arranjando problemas. Assim que olhou para o garoto ficou aliviado e segurou uma risada ao mesmo tempo.

Eram gaivotas

O maior medo do pequeno Luffy

O medo tinha começado quando o menino tinha feito 2 anos. Há alguns meses ele estava brincando com seus brinquedos favoritos no convés enquanto o Moby Dick estava passado perto de uma ilha desabitada. O brinquedo favorito do menino no momento era três rodas feitas de alumínio, que Luffy gostava de jogar pelo convés e ir atrás delas.

Luffy tinha jogado uma das rodas mais uma vez e estava indo pega-la quando uma das temíveis gaivotas pousou do lado do brinquedo. O garoto nunca tinha visto um daqueles pássaros tão de perto e parou, olhando o bicho com receio. O pássaro tinha sido atraído pelo brilho do brinquedo e pegou o mesmo com o bico. E isso fez com que Luffy ficasse furioso!

“Meu brinquedo! ” Foi em direção da gaivota, sem perceber outras duas que tinham se juntado a primeira. Quando chegou muito perto as outras gaivotas perceberam na mão do menino as outras duas rodas e resolveram pega-las, soltando um grito e avançando no menino. Isso assustou Luffy, fazendo com que caísse no chão e se visse cercado pelos pássaros. Começou a chorar de medo e logo foi acudido por Fossa, que estava passando por ali e assustou os pássaros, mas as gaivotas tinham conseguido levar o seu brinquedo favorito... Desde então Luffy tinha um pavor desses “Pássaros bastados”

Agora Luffy estava numa situação parecida. Thatch tinha dado a eles alguns cookies de chocolate para o lanche e tinha deixado o menino brincando com seus bonecos piratas que Izou tinha feito para ele. A gaivotas tinham sido atraídas pelos biscoitos, algumas estavam pegando as migalhas que o menino tinha deixado enquanto outras pareciam mais interessadas no pote que estava perto da criança. Ao perceber que os pássaros tinham chegado o menino pegou o pote e se encostou no mastro principal, e agora fazia uma cara que ia começar a chorar a qualquer momento enquanto os pássaros continuavam se aproximando.

“Thatha! Ajuda! Sai bastado, sai” gritou para os pássaros que pareciam não ter medo da criança pequena.

“Vamos lá Luffy! São só pássaros você consegue dar um jeito neles” Riu Thatch enquanto observava a cena divertida. “Seja corajoso! Você não é um pirata? ”

Uma gaivota chegou perto o suficiente e percebeu uma migalha presa na camiseta do menino e foi tentar pega-la. Quando o menino percebeu a proximidade do pássaro deu um grito de terror e começou a correr gritando. Alguns dos pássaros voaram assustados enquanto outros começaram a perseguir o menino querendo os biscoitos de qualquer jeito.

Depois de alguns minutos de correria o menino tropeçou e caiu de cara no chão e as lagrimas começaram a escorrer. Assim que se sentou foi cercado pelos pássaros. Um deles colocou a cabeça dentro do pote, fazendo com que Luffy tomasse coragem. Ninguém roubava a sua comida! Ninguém!

O menino deu um chute na gaivota que estava tentando pegar os biscoitos, que se assustou e saiu voando. Luffy então deu um grito de bravura infantil e partiu para cima das gaivotas que se assustaram e saíram dali voando. Assim que viu que o convés estava livre dos pássaros bastardos, o menino deu um sorriso brilhante e foi correndo para o cozinheiro

“Thatha! Eu fiz! Pássaros bastados fugiram! Sou forte! ” Falou isso enquanto fava pulinhos e fazia pose. O comandante da quarta divisão riu e pegou o menino no colo

“Parabéns Luffy! Quanta coragem! Vamos contar para os outros. Oyaji vai ficar muito feliz com isso. Isso pede uma comemoração! ”

“Festa! Carne! ” Bateu palmas o menino. Graças a Thatch o menino era um grande fã de festas, mesmo não entendendo o motivo da maioria delas. Mas tinha muita comida e era isso que importava!

—-- 2 anos e meio ----

“O que está te incomodando, filho? ” Perguntou Barba Branca para Marco, que estava observando Luffy correr pelo convés enquanto tentava pegar um besouro. Estavam aportados numa ilha desabitada e o menino tinha desenvolvido um fascínio pelos insetos dali. Depois que verificaram que nenhum deles era venenoso ou perigoso deixaram o garoto brincar.

“Só estou lembrando do dia que o achamos, já fazem 2 anos, Yoi... Oyaji, o sobrenome de Luffy é o mesmo do...”

“Herói da marinha, Monkey D. Garp” o rosto de Barba Branca ficou sério “A probabilidade de os dois serem parentes é alta. Na verdade, acredito firmemente que Luffy deve ser neto do marinheiro”

“Como pode ter certeza, Yoi? ”

“Não acho que Garp tenha qualquer familiar vivo além do seu filho revolucionário, Dragon. Ele nunca citou nenhum irmão durante os nossos encontros para beber, então é bem provável que o menino seja filho de Dragon para carregar seu nome”

“Então o que faremos, Yoi? Não quero entregar Luffy para os marinheiros, mas não acho que o esconder de Garp seja fácil. Boatos que temos uma criança a bordo já devem estar circulando pelos mares, Yoi” a cara do primeiro comandante não demostrava emoções, mas dava para notar um fundo de preocupação na sua voz

“Fique calmo, filho. Não acho que Garp vá descobrir sobre o menino tão cedo. E mesmo que ele descobrir ele não vai poder fazer nada. Luffy já está a quase 2 anos conosco, já é parte da família. E eu não vou entregar nenhum de meus filhos sem lutar uma guerra antes”. Afirmou com segurança e Marco concordou com cada palavra. Ele também lutaria com toda a marinha se fosse necessário para manter o menino com eles e a salvo, mesmo que custasse sua vida.

Luffy veio correndo até os dois, tinha conseguido pegar o besouro e queria mostrar para todos. “Olha, Jiji, Mama! Besoro! ” Assim que abriu a mão o inseto aproveitou para fugir e voltou para floresta. O menino fez um beicinho, agora seu amigo besouro tinha ido embora. Barba Branca começou a rir

“Gurararara que pena, pequeno! Era um belo besouro que você tinha ali ” disse tentando animar o menino “Você quer escutar uma história de como eu lutei com um besouro gigante? ” O menino se empolgou

“Eu quero Jiji! Eu quero! ” Luffy começou a tentar escalar as pernas do capitão, mas eram muito altas. O Yonko então ajudou o garoto a subir ele logo começou a contar sobre uma ilha com animais gigantes e perigosos que havia encontrado há alguns anos no novo mundo. Luffy ouvia a história com os olhos brilhantes e toda hora interrompia o capitão para perguntar algum detalhe bobo.

Marco soltou uma risada quando Luffy perguntou se os besouros gigantes cagavam. Esse menino era impossível. E nunca sairia do Moby Dick se não fosse por vontade própria, a fênix ia garantir isso.   


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Notas finais do capítulo

A ideia da gaivota veio do medo incontrolável que todas as crianças de onde eu moro tem de um pássaro chamado Quero-quero (para quem não sabe é tipo um avestruz em miniatura que voa, da rasante e quase mata as pessoas. Um bicho com os olhos injetados de sangue como aquele não pode ser de deus não). Luffy tem só dois anos e tem e ainda vai ter medos, mas aqui ele aprende que pode enfrenta-los, mesmo sendo só pássaros idiotas (uma gaivota roubou um churro meu uma vez..., mas isso é uma longa história)
E nenhuma criança gosta de tomar banho... é, essa foi a inspiração.
Espero que tenham gostado! Comentários e críticas são sempre bem-vindos!



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