Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 34
Preparados ou não, aí vem ele




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 Eu não conseguia parar de me culpar pelo o que aconteceu com Chris. Tudo aconteceu porque estavam ME PROCURANDO. Talvez seja por isso que Justin ainda não me procurou, provavelmente está me culpando, assim como eu. O pior de tudo, é não ter podido ir me despedir de Chris como deveria. Agora, todos os lugares que eu ia, meus pais me faziam ir com dois seguranças, o que me sufocava, mas procurava entender a preocupação diante de toda essa situação.

Chris não teve um velório, pois nem os meninos podiam ir, estavam todos sendo procurados. Apenas o enterraram e pronto. Meu coração estava completamente partido com isso. Chris era maravilhoso e merecia que todos o saudasse uma última vez.

Eu sigo acreditando, desde que Chaz conseguiu me encontrar escondido no caminho ao psicólogo.

"Espere Justin entrar em contato, não faça nada imprudente." Foi o que ele disse rapidamente antes de sumir de novo, me deixando mais desesperada ainda desde então.
....

Acordei de manhã e meu corpo inteiro doía, talvez pelo estresse diário e noites mal dormidas acumuladas.
Desci para tomar café da manhã e as meninas se encontravam na sala. Me esperando.
Sorri amarelo e as cumprimentei.

— Bom dia, Alessa. - Courtney me abraçou. - Vamos comer, estávamos quase morrendo de fome esperando a princesa acordar.

Ri com o esforço de Court para tentar manter tudo como sempre foi.

Assim que me sentei na mesa, me levantei duas vezes mais rápido, logo que vi todas aquelas comidas e frutas perfeitamente esculpidas.
Corri para o banheiro e vomitei apenas água e um limbo amarelo, por não ter comido nada.
O pensamento mais óbvio veio em minha mente e eu vomitava cada vez mais de nervoso.
Senti mãos rodearem meus cabelos e prender no alto da minha cabeça. Era Hanna.

— Puta que pariu! - exclamou Babi.

— Cala a boca! - mandou Courtney e me ajudou a levantar da borda do vaso.

Lavei a boca e me olhei no espelho. Meu corpo inteiro tremia.

— Amiga... - disse Hanna.

— Não contem nada para minha mãe! - as encarei.

— Alessa, precisamos ter certeza.

— Eu sei... - fechei os olhos e respirei fundo.

— Eu vou comprar o teste. - Babi falou e saiu correndo do banheiro.

Subi para meu quarto e me sentei na cama. Eu não sabia nem o que pensar a princípio. Isso era bom? Ruim? Ótimo? Péssimo? E Justin? Se aquilo realmente estivesse acontecendo, como eu contaria para ele? Ele aceitaria? Ele rejeitaria? Oque eu iria fazer agora?

— Alessa? - chamou Hanna e pela sua cara, não era a primeira vez a tentar chamar minha atenção.

— Hm?

— Faz quanto tempo que está atrasado para voce?

— Eu não sei. Não sei... Não consigo pensar nisso agora.

— Quer que a gente saia? - perguntou Courtney.

— Por favor... eu preciso tentar pensar.

Assim que elas saíram, a única coisa que consegui fazer foi chorar. Aquilo não poderia estar acontecendo. Não naquele momento. Um momento em que Justin poderia estar me evitando por causa do que houve com Chris. E depois de tudo, ainda descobre que vai ser pai. Ele estaria preparado para isso? Eu queria mesmo envolver meu filho no mundo do crime? Ele seria um alvo para os inimigos de Justin?

Eu estava preparada para ser mãe?

Ouço batidas fracas na porta e ela se abre, adentrando as três com cara de preocupação. Babi carregava uma sacola cheia. Provavelmente comprou uns vinte testes de gravidez.

— Faz uns três agora para ver o que vai dar. - mandou Hanna.

— Eu não quero fazer xixi agora.

— Quer tentar pelo menos? - insistiu Babi, com os olhos quase pulando para fora.

— Não estou com vontade agora.

— Vou te trazer água. - Courtney avisou e saiu do quarto.

Quando voltou, carregava consigo uma jarra d'água e um copo.

— Bebe. - estendeu o copo em minha direção.

Bebi a água tão rápido quanto pude. Dois copos... três. No quarto, minha bexiga doeu.

— Como se usa isso? - perguntei pegando uma das inúmeras caixinhas na mão.

Nunca passamos por isso, nunca precisamos, então nenhuma de nós tinha certeza.

Babi leu as instruções e foi explicando. Fui até o banheiro e nada do maldito xixi sair. Eu estava nervosa, e as três me olhando fazer aquilo não estava ajudando.

— Eu não consigo. Vocês poderiam sair?

Assim que elas saíram, liguei a torneira da pia e esperei. Uma hora ele tinha que sair. E saiu.

Fiz três testes, e os três deram positivo. Se eu estava nervosa na suspeita, na certeza, eu estava infartando.

— Nem sempre esses testes são confiáveis, né?

— Nas três vezes seguidas? - alertou Babi.

— Eu não estou preparada para isso. Eu não quero que isso esteja acontecendo... Preciso de um exame de sangue! - comecei a procurar uma roupa e a primeira que achei já fui colocando. Calcei os sapatos e nem penteei os cabelos.


Os seguranças insistiram de que eu não poderia sair sem eles e cedi, pois não queria passar por mais estresse. O motorista parecia ler meus pensamentos e me deixava mais nervosa ainda, andando igual uma tartaruga.

Chegamos na clínica e as meninas entraram comigo e insistimos para que os seguranças esperassem do lá do de fora, já que aquela era uma clínica onde se fazia todo tipo de exame. Não queria que eles suspeitassem de algo.

Tirei o sangue e esperei. Foi o tempo mais longo que tive que esperar em toda a minha vida. Quando a recepcionista chamou meu nome, de repente, senti vontade de esperar mais um pouco. Dessa vez eu teria a real certeza.

Peguei o exame na mão e o abri. Mas não olhei. Engoli o seco e Hanna puxou o papel de minha mão.

— Pelo Amor de Deus, Alessa! Eu vou ter um troço!

Ela leu e me olhou.

— Negativo...

— Negativo? - indaguei mais triste do que imaginei. - Deu mesmo negativo?

— Sim, pelo menos está aliviada. Não era isso o que você queria? - perguntou.

— Era... Era né.

— Então por que está triste? - perguntou Babi.

— Eu não estou triste. - ri - estou aliviada. Não tem como ficar triste com uma coisa que eu nem tive. Não é?

E sem conseguir mais, comecei a chorar. No pânico de ter dado positivo naqueles testes, pensei que não queria, mas agora que deu negativo, algo dentro de mim estava inquieto. Aquilo era o que eu mais queria.

— Bom, tá chorando porque? - perguntou Hanna.

— Eu não sei...

— Você queria esse bebê, né? - perguntou e eu só balançou a cabeça que sim, secando os olhos.

— Bom, então vamos ter que fazer umas comprinhas para o enxoval da nossa princesa, porque, sim, eu sinto que será uma menina.

— O que? - a encarei e ela riu.

— Deu positivo.

— Ah, sua! - puxei o papel de sua mão e li o "positivo". Não pude conter o suspiro de alívio.

— Hanna, sua filha da puta. Quer me matar? - disse Courtney.

— Meu Deus... você tá grávida, caralho. - falou Babi.

— É... acho que sim. - ri.

Eu estava grávida.


De Justin. 


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