Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 20
Free. Or Nah!


Notas iniciais do capítulo

Mais um. Estão prontas mores?



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    - Qual é Bizzle... Você nunca se importou em dividir suas vadias. - argumentou Derek.

— Pois é, e não me importo. A questão é que Alessa não é uma vadia. - surpreendida estou! Ele disse que eu não sou uma vadia? É um bom começo.

— Qual é Bizzle. Ela é tão boa assim? Você nunca se importou com mulher nenhuma cara! O que está havendo com você? - perguntou Derek visivelmente alterado. - Não vai me dizer que você mesmo vai quebrar a sua regra? "Mulher nenhuma pode atrapalhar no trabalho". Ou seja, não se apaixonar cara. - disse Derek e Justin deu um passo em sua direção para soca-lo. Sem pensar duas vezes, puxei a arma de sua cintura e o empurrei, a apontando para o mesmo. Estava com silenciador.

— O que... Que porra é essa?! - perguntou Derek, fazendo menção de vir em minha direção.

— Se der mais um passo, eu atiro!

— O que você... - disse Justin, com os olhos arregalados.

— Você tinha razão... - falei olhando para Derek. - Eu sou diferentes das mulheres que estão aqui! Eu não sou uma vadia. Eu não estou aqui porque eu quero, eu fui sequestrada! - disse sarcástica. - Eu poderia te pedir ajuda, mas se você está aqui hoje, é porque é um deles. Um cachorro nojento e imprestável como eles!

— Do que está falando? - perguntou.

— Alessa, cale-se! - ordenou Justin.

— Cale-se? Você não me parece tão macho com uma arma apontada para você! - ri. - Se você não me deixar sair daqui agora, eu mato você e ele!

— E você acha que eu me importo com ele? - perguntou Justin.

— Não... Mas ele se importa consigo mesmo e é por isso que ele vai me ajudar a sair daqui se não quiser morrer.

— Você não tem coragem de matar nem uma mosca, Alessa. - provocou Justin.

— Ah é? - o encarei e atirei no joelho de Derek, que caiu e ficou se agoniando de dor. As aulas de mira com arco e flecha serviram para algo, afinal. - Não ouvi o que você disse, pode repetir?

Pude ver Justin engolir o seco.

De onde eu tirei coragem para atirar em alguém? No que eu estava me tornando?

Não! Isso não foi errado, Alessa! Você está tentando sobreviver.

Agora a merda já estava feita, é agora ou nunca! Se eu recuar, Justin vai me matar de tanto me bater ou me deixar sem comer. Droga! Vai Alessa! Você tem que conseguir.

Porque minha cabeça continua a girar? Que droga!

— Anda, Justin! - exclamei e ele me lançou um olhar de fúria por ter dito seu nome alto.

Ele começou a andar em direção ao portão não pela arma apontada para si, mas sim pelo medo de eu dizer novamente seu nome. Afinal, Justin era um fantasma no que quer que ele fizesse.

Aposto que a maioria das pessoas nessa festa, matariam para descobrir seu nome e se ele não me desse o que eu queria, eu daria seu nome de mão beijada para eles.

Justin fez sinal para os seguranças e eles abriram o portão com os olhos arregalados. Provavelmente nunca viram Justin indefeso na mira de uma arma.

Caminhamos para fora daquela casa e ele ia andando pela rua em minha frente. Estávamos afastados da mansão.

— Agora você fica parado aí! - disse e ele parou. Seu olhar era perdido.

Comecei a andar em passos para trás e apontando minha arma para o mesmo.

Quando estava a uma certa distância, me virei para frente e comecei a correr feito uma louca. Mesmo com o Louboutin me atrapalhando.

Eu estava livre!

Poderia viver minha vida, reencontrar minha família. Fazer minha faculdade. Eu estava livre!

A única coisa que eu quero agora é denuncia-lo á polícia e nunca mais vê-lo.

Nunca mais vê-lo. Nunca mais vê-lo. Nunca mais!

Quando dei por mim, eu estava parada no meio da rua. Com a respiração acelerada, a arma fortemente segurada por minhas mãos.

Era isso mesmo que eu queria?

Eu não conseguia me afastar... Pensar que nunca mais poderia vê-lo me deixou travada. Eu não conseguia andar.

Isso era efeito daquela droga de bebida? Tinha que ser!

O que eu estava fazendo?

Alessa, corre! Corre! CORRE!

— Alessa... - chamou Justin e pela sua voz, ele já estava bem perto.

Minha vista estava embasada por conta das lágrimas.

— Eu não consigo! - disse chorando. - Eu não consigo.

Ele pegou em minha mão e tirou a arma de mim sem nenhum esforço.

— Justin... Por quê? - o encarei e ele me olhou confuso. - Por que eu tinha que me apaixonar por você? - disse as palavras enroladas por conta da bebida.

Isso é o ruim de beber, eu entrego todos os Meus segredos.

Justin não dizia nada, apenas me encarava.

— Você disse... - procurei pelo ar. - Disse que eu me tornei sua quando entrei em seu quarto, mas não foi... - ele me encarou surpreso. - Eu me tornei sua, no maldito dia que te vi no hotel. Naquele maldito dia, eu assinei minha sentença. Naquele maldito dia eu me apaixonei por você.

Um meio sorriso brotou em seus lábios.

Ah, que tola. Eu aqui feito uma retardada e ele rindo da minha cara.

— Você é mesmo louca.

— É... Acho que sim. - solucei. - Eu não consigo me afastar de você. Não mais... - suspirei. - Eu te odeio Justin. Te odeio. - me virei e comecei a andar de novo.

Senti sua mão me puxar bruscamente, me fazendo voltar para ele num solavanco.

— Você não vai a lugar algum. - disse me abraçando. - Você teve a sua chance! Agora será minha para sempre!

E o que deveria ser motivo de meu desespero, foi motivo de minha felicidade. Ao ouvir aquilo, o abracei com todas as minhas forças.

— Vem, vamos voltar para a festa.

— Fala sério. Eu vou pegar essa arma de volta e dessa vez vou embora de verdade! - disse mal humorada, secando as lágrimas.

— O que houve?

— Não houve nada! Nada! - andei em passos largos de volta à mansão.

— Eu perguntei o que houve?! - ele me puxou.

— O que houve são suas amiguinhas! Eu não sou obrigada a ficar vendo aquilo. - desviei meu olhar do seu.

— São meras vadias.

— Vadias que tem o que você gosta e dão a hora que você quiser! - cruzei os braços.

— E é por isso que nenhuma delas fez comigo o que você está fazendo. Elas não são nada para mim.

— Jura?

— Juro... - beijou minha testa.

— Mas mesmo assim não quero voltar pra lá... Elas não vão sair do seu pé!

— Está com ciúmes? - riu.

— Claro que não... É só que... Bom...

— O que você está fazendo comigo? - sussurrou. - Porque eu gosto tanto do seu jeito? - acariciou meu rosto.

Sem pensar duas vezes, colei nossos lábios. Ele me abraçou e me beijou de uma forma que nunca beijou antes. Agora havia carinho.

Nos separamos por falta de ar e eu o encarei, logo começando a rir de todo aquele drama.

— Você bebeu demais não é? - riu nasalado.

— Talvez... Olha só... - levantei o dedo. - Vamos voltar, mas se você quiser ficar com elas, pode ficar... Eu arrumo outro cara pra me acompanhar na bebida.

— Se você desgrudar de mim... - disse me apertando. - Aí sim você vai conhecer o inferno.

— O velho Justin está de volta. - ri. - Por um minuto achei que estava conversando com o Justin de quem o médico me falou... Porque você usa essa armadura?

— O que?! - disse ele alterado. - O que aquele filho da puta te disse?

Droga! Falei demais. Eu não podia dizer nada! Nem sabia o que dizer.

A única alternativa foi correr de volta à festa e ele correr atrás de mim.

Passei o portão e logo estava quase entrando na porta.

Agora ele não iria perguntar nada, por conta das pessoas. Mas para depois, pelo menos pensaria em alguma desculpa e me prepararia emocionalmente para a bronca.

— Anda comigo. - disse e grudou em minha mão.

Fomos até seus amigos que me olharam dos pés à cabeça.

Pois é pessoal... Estou de volta!

Chegou uma garota, a mesma que se sentou no colo dele e olhou para nossas mãos entrelaçadas e me encarou com raiva.

— Bizzle, podemos conversar? - pediu.

— Alana, dá um tempo. - disse e eu não pude conter um riso.

— Justin... Quero tomar algo. - disse e todos me encararam surpresos. Talvez por eu ter dito o nome dele. E essa tal de Alana me olhou com olhar superior, esperando que Justin desse xilique comigo por isso, mas ele não fez nada. - Já volto.

— Não. Eu vou com você. - disse e se virou me seguindo. - Tirem os olhos seus filhos da puta. - disse a seus amigos sem olhar para trás, colocando a mão atrás de minha bunda, na tentativa de escondê-la. Eu ri. Adorei aquilo.

Pedimos mais bebidas e nos sentamos no banquinho perto do bar.

— Por que você não ficou irritado quando disse seu nome? - perguntei.

— Eu gosto... - respondeu. - Gosto quando você diz meu nome. Só não diga em lugares que possa me comprometer... Ou as consequências serão ruim para mim e para você.

— Tudo bem. - Voltamos para onde estava seus amigos e nos sentamos. Logo chega Niall.

Por que eu fiquei tão incomodada ao vê-lo? Por que minhas pernas estão tremendo?

Eu estou suando frio?

O olhei e ele me encarava descaradamente.

— Vou ao toalete. - sussurrei para Justin e ele assentiu.

— Vou estar olhando daqui.

Levantei e caminhei a procura do banheiro.

— Moça, onde é o toalete? - perguntei a uma mulher de cabelos longos e com um vestido até os pés, com uma rachadura desde o quadril até a canela, mostrando quase tudo quando ela andava.

— É virando aquele corredor. - disse simpática.

— Obrigada.

Fui até lá e a porta estava trancada. Que droga!

Quem quer que estivesse no banheiro, com certeza, morreu lá.

Subi para o andar de cima. Esta casa era tão grande quanto a casa de Justin.

Um corredor extenso, varia portas.

Será que todas tem banheiro?

Adentrei num quarto e sai na mesma hora. Havia um casal lá, fazendo horrores com a porta destrancada.

Aquela cena me deu nojo e mais ânsia do que eu já estava.

Fui até outra porta e entrei, ali não tinha ninguém.

Entrei no banheiro e me tranquei lá.

Havia maquiagens ali.

Nesta casa morava uma mulher? Ou era alguma garota sequestrada assim como eu?

Uma onda de ânsia me atingiu e eu me ajoelhei até o sanitário, jogando tudo para fora.

Lavei todo meu rosto, retirei toda a maquiagem e passei tudo de novo. Espero que a mulher que more aqui não se irrite por eu ter usado sua maquiagem.

Saio do banheiro e Niall está sentado na cama. Fico parada o encarando surpresa pela sua presença ali.

Sem mais delongas, caminhei até a porta.

— Espere... - disse ele.

— O que você quer? - perguntei.

— Vai me evitar até quando?

— Para sempre!

— Alessa, entenda! Eu não podia fazer nada.

— Podia me avisar. Você se fez de nosso amigo. Saiu com a gente e no fim... Era apenas um falso.

— Não... Quando eu sai com vocês, eu não sabia do que ele estava pensando em fazer. Eu só soube depois que vi suas amigas na boate.

— Conta outra! - o encarei.

— Alessa, eu juro. Se eu soubesse... Eu sei lá... Daria um jeito de te proteger.

— Por que não me ajuda agora? - perguntei cruzando os braços.

— Porque é tudo mais complicado do que você pensa...

— Me explica então.

— Alessa, eu não posso... Tenta me entender.

— Não! Você é que não me entende.

— Alessa, nós todos corremos risco de vida. Precisamos de você. Acredite ou não, mas você é a nossa única e última esperança.

— O que? Do que você está falando?

— Eu não posso lhe dizer agora, mas na hora certa, você vai saber! - passou as mãos pelos cabelos nervoso. - Se você quiser... Eu posso...

— Por que está tentando me ajudar? - o cortei.

Ele me encarou e não disse nada. Sua boca abria e fechava, mas nada saia.

— Porque... Você não merece isso. Você tem um futuro brilhante e não merece estar aqui.

— Ah...

— Mas se você quiser, eu posso falar com o Bizzle e lhe dizer para que deixe você ir para minha casa. Você fica lá comigo até chegar o dia de você nos ajudar.

— Eu... Eu... - como eu explico que não queria ir para longe de Justin?

— Não tenha medo, Alessa. Bizzle já ofereceu você para um de nós cuidar, eu posso me responsabilizar por isso. Por você.

— Ele... Me ofereceu a vocês? - perguntei com um nó na garganta.

— Eu vou falar com ele e hoje mesmo você já vai para casa comigo.

— Ela não vai a lugar nenhum! - exclamou Justin abrindo a porta.

— Bizzle... Nós precisamos conversar. - disse Niall.

— Não, nós não temos nada a falar. Alessa não vai com você, nem com ninguém além de mim.

— Cara...

— Eu já disse! Ela fica comigo! - disse Justin e me puxou pelo braço me tirando de lá.

— Me ofereceu a eles? - perguntei indignada enquanto andávamos.

— Isso foi no começo. Quando você passou mal... Mudei de ideia, já faz três meses que você está comigo. E não vai sair tão fácil da minha vida!

— Três meses?! - disse fraquejando as pernas.

Três meses sequestrada? Três meses... Se demorar mais, minha família vai achar que eu estou morta!

Definitivamente eu preciso sair daqui. O que eu estava pensando quando não fugi?

Ele não se importa comigo! Está me fazendo deixar tudo para trás até ele precisar de mim e quando não tiver mais utilidade, o que ele fará comigo?!

— Justin... - parei, fazendo-o olhar para mim. - Depois que você conseguir o que quer... O que vai fazer comigo?

— Isso não vem ao caso agora. - disse tentando pegar em meu braço novamente.

— Não! Eu preciso saber! - me desvencilhei dele.

— Alessa... - disse com o maxilar travado e com as mãos fechadas em punho.

— O que fará comigo, Bieber? - perguntei novamente.

— Não decidi ainda. Estou pensando em vendê-la num leilão. Ficaria muito mais rico do que já sou com a sua venda. Por isso cale a boquinha antes que eu venda você!

— Suas ameaças já não tem mais o mesmo efeito em mim Bieber! Por mim, faça o que quiser. Qualquer lugar seria melhor do que com você e suas mentiras.

Andei em passos largos. Desci as escadas e os olhares de vários homens pairaram sobre mim. Era como se eu fosse alguma modelo importante descendo as escadas. Alguns até pararam de conversar para prestar atenção em mim.

Passei pelo meio deles e suas cantadas e fui para o carro.

Tento abrir a porta, mas a mesma estava trancada.

O alarme é desativado e eu olho para a porta da mansão onde estava Justin parado, com a chave nas mãos, apontada para o carro.

Depois de desativar o alarme, ele volta para dentro e eu entro no carro.

Estava frio ali, acho que o efeito da bebida já estava passando. Fazia mais ou menos uma hora que eu estava no carro, esperando Justin para irmos embora.

Se eu for até o portão, os seguranças abririam para mim? Depois da cena com a arma?

Arriscar é meu sobrenome.

Desci do carro e caminhei até o portão.

— Com licença, poderiam abrir o portão para mim, por favor? - perguntei e eles me encararam.

— Não podemos, senhorita.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que eu disse que ela estaria livre nesse cap, mas o que seria uma história sem um pouquinho de emoção, não é? haha e tecnicamente ela foi... um pouquinho kkkkk. Espero que tenham gostado amores.



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