Never Say Never escrita por Drix


Capítulo 37
Lies In The Dark




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POV Elena

Seguimos pra saída, Lexi contando sobre a entrevista dela, contente. Ela diz que vai embora e chama Rebekah pra dividir um táxi. Quase me assusto, não soubesse que as duas moram mesmo próximas. Rebekah chama Stefan pra jantar, mas ele declina, dizendo que quer ver o pai. Ela reclama e ele promete ir amanhã.

Ele acompanha as duas até o carro e se despede da namorada com um beijo. Disfarço meu ciúme procurando meu celular na bolsa. O segurança dele se aproxima e eu penso em me despedir, mas, nem sei direito o que dizer.

— Joe vem te buscar? - ele quebra o meu silêncio, assim que o carro se afasta.

— Não. - olho, estranhando.

— Hum... Te acompanho em casa, então, tá meio tarde pra você ir sozinha. - Estranho mais ainda, e pergunto.

— Você não queria ir pra casa?

— Eu vou, depois que te deixar em casa, ué. Meu pai não chegou ainda.

— Ah, tá. - respondo, dando de ombros. - Não precisa.

— Mas eu quero. - eu continuo sem saber o que dizer e me calo. Aceito a companhia, e seguimos, lado a lado. Ele puxa a conversa explicando como foi parar na lista da Columbia e engatamos o assunto. Até que ele muda, completamente.

— Achei que Joe viesse te buscar.

— E por que ele viria? - pergunto, curiosa.

— Ué... Ele é seu namorado... - interrompo antes dele continuar.

— Ele não é meu namorado. Ele é... - paro, pensando - Bom, ele tem sido gentil comigo, acho que somos amigos.

— Ele não quer ser seu amigo, disso eu sei. E, bom, achei que fosse mais, já que vocês estavam se beijando na festa do colégio. - senti meu corpo gelar. Pensei em milhares de explicações diferentes pra cena que eu protagonizei, e de repente me dei conta que eu não devo explicação nenhuma. Ele tem namorada, e eu sou solteira, beijo quem eu quiser. Mesmo assim, acabei dando satisfação.

— Eu tava bêbada, fiz algumas coisas que não deveria, este dia. - vejo ele abaixando a cabeça e chutando o chão. Acho que não deveria ter dito isso, mas, já era. Avisto minha portaria. - Bem, obrigada. - Stefan me olha como se aguardasse um convite e me sinto intimidada.

— Você quer subir? - Ele olha pro segurança, distante, e volta a olhar pra mim.

— Não, eu vou pra casa. Amanhã a gente se vê no jogo. - ele diz, chutando poeira, de novo, e coloca a mão na nuca. Aceno com a cabeça, ele põe a mão no meu braço e ensaia um beijo no rosto, só que desiste, me dá um tchau e sai.

Entro no prédio, pensando se vai ser estranho assim pra sempre. Se não seria boa ideia a gente conversar sobre o que houve, afinal, e esclarecer as coisas. Mas, não quero confessar nem pra mim o que sinto por ele, quanto mais pra ele.

POV Stefan

Tive uma noite péssima. Minha mente não descansa há dias. Não consigo esquecer meu quase beijo na Elena, e me acho um canalha por isso. Todo dia acordo pensando em terminar com Rebekah, e me sinto pior lembrando que ela confiou em mim.

Eu nem sei porque fui acompanhar Elena até em casa ontem, tinha pensado em jantar no meu irmão, mas, a expressão vazia dela me desestimulou. Piorou com ela dizendo o que disse. Eu achei que éramos amigos, é tão divertido estar com ela, e eu estraguei tudo. Sou um idiota.

Hoje teve jogo, e apesar de cansado, joguei bem. O jantar na Rebekah também foi tranquilo e estou aguardando ela se arrumar pra ir pra festa da Caroline, comigo. Caí na asneira de comentar e agora além de ter que ir, tenho que levá-la pra provar que não tem nada demais no convite.

Seguimos pra festa, do outro lado de Manhattan. Aparentemente, não havia conhecidos, até esbarrar em alguns indivíduos desagradáveis da sala da Rebekah. Ela deu com a língua nos dentes pras amigas, que acabaram espalhando a informação e já foi se juntando com eles. Fiquei por perto, só fazendo figuração, encostei num sofá e peguei meu celular pra jogar alguma coisa, uma vez que não gosto de quase nenhuma dessas pessoas.

Depois de um tempo, saí pra pegar uma cerveja e dei uma circulada, esbarrando em Caroline. Ela parece de fato uma visão. Deslumbrante, sorridente, e vindo na minha direção.

— Hey. Que bom que veio! - Ela sorri e fico meio abobalhado. - cadê Elena? Achei que viriam juntos.

Antes de responder, Elena aparece na porta. Aponto e Caroline saltita até ela. Está linda, de vestido pink, cabelo semi preso e salto. Chegou com uma das meninas da equipe da torcida, e me sinto aliviado por não ver Joe com ela. Pego minha cerveja e volto pro mesmo sofá que estava. Eu não tinha nada pra falar com ela ontem, hoje tenho menos ainda.

Rebekah decide dançar e permaneço escorado no sofá, mexendo no celular. Pego outra cerveja, e mais uma em seguida, tento me entrosar no papo do pessoal da outra turma, mas, nada do que eles dizem me interessa. Quem não está falando de prostitutas, está falando da bolsa de valores, que também não faço questão nenhuma de entender. Apesar de que, em breve, vou ter que saber alguma coisa, já que meu irmão investiu minha herança em títulos, eu vou ter que entender alguma coisa dessa merda.

POV Elena

Assim que chego na festa, Caroline vem me receber, apontando Stefan. Ele se vira e sai. Não vou atrás, melhor ficar distante mesmo, talvez esteja chateado com o que eu disse ontem. Não quero cometer o mesmo erro. Apresento Hayley pra ela e seguimos pra circular.

A festa está cheia, a pista bombando. Vamos pro meio dançar. Vejo Rebekah e vários alunos da sala dela e o tal de Marty se aproxima. Já me incomodo e penso em sair de perto, mas, Hayley me segura.

Digo que vou pegar algo pra beber e me afasto, buscando ar. Avisto Stefan sentado num sofá, mexendo no celular, claramente entediado. Observo, de longe. Um impulso me toma e ando em direção a ele, pra conversar. Ele não me vê e se levanta pra falar com um grupo de rapazes próximos. Paro e volto pra pista.

Não suporto olhar pra cara do Marty, sarrando nas meninas e elas curtindo. Meu estômago começa a embrulhar e saio de perto, largando Hayley sem satisfação. Vou pro bar e peço um refrigerante. Vejo Stefan ainda aborrecido, trocando olhares com uma garrafa de cerveja e deslizando o dedo na tela do celular.

Pego meu refrigerante e vou até ele de novo. Antes de chegar perto, Caroline para do lado, apoiada de costas pro bar e sorrindo. Ele olha pra ela sorrindo da mesma forma, os dois saem e não consigo ver pra onde. Paro e olho em volta. Vejo uma porta pro terraço.

Daqui de onde estamos, a vista pra ponte é linda, e decido dar uma olhada. É melhor do que ficar tentando falar com Stefan e sendo ignorada, lá pelo menos tenho paz e sossego. Não tem nem uma hora que cheguei nessa festa, vai ser ridículo desistir e ir embora agora.

POV Stefan

Me distraio da conversa e olho em volta. Já nem vejo mais Rebekah e as meninas. Decido ir pra perto do bar e pego outra cerveja, tentando me distrair e passar meu tempo até começar a reclamar pra ir embora. Volto a mexer no celular entediado.

Caroline chega do meu lado, sempre sorridente, me pedindo pra ajudar a subir com o gelo. Já que estou parado sem fazer nada, não me importo em ajudar mesmo. Saio com ela pra buscar. Deixo o gelo no bar e pego outra cerveja. Acho que é a quarta, ou quinta, sei lá, parei de contar, e começo a sentir o efeito do álcool no meu cérebro. Ótimo, logo eu posso me juntar a Rebekah e aproveitar um pouco essa festa.

Pego o celular de novo, deslizo a tela pra desbloquear e uma mensagem pipoca na minha frente. “SOS telhado”. Fico tenso e começo a procurar a escada de incêndio. Vou ficando mais nervoso quando não encontro. A mensagem não é clara, mas, não me deixa nenhuma dúvida, Elena está em apuros.

POV Elena

Pego meu celular pra fotografar a paisagem e ouço o barulho da porta, olho pra trás pra ver quem é. Me dá calafrios quando avisto Marty entrando e sorrindo, com duas cervejas, vindo na minha direção. Me oferece uma, recuso. Tento sair, ele bloqueia meu caminho. Olho pra ele séria.

— Eu vou descer, sai da minha frente, por favor. - o espaço não é grande e ele me bloqueia com facilidade, de novo. Me oferece a cerveja novamente.

— Eu só vim conversar.

— Eu não tenho nada pra falar contigo, você é um nojento que fica a espreita. Me deixa sair. - Ele finge que vai sair do caminho e quando eu tento passar, ele me segura.

Meu coração dispara de medo. Eu tô sozinha com esse sujeito asqueroso, se eu gritar, ninguém vai me ouvir. Aproveito meu celular na mão e lembro que Stefan estava mexendo no dele. Me desvencilho desse desgraçado e mando uma mensagem pedindo socorro.

Eu mal aperto enviar, ele vem pra cima de mim, me agarrando. Me movo, fugindo, ele continua, tentando me beijar. Procuro algo pra acertar ele e alcanço uma das garrafas que ele apoiou na mureta e acerto a cabeça dele.

Ele se afasta com o impacto, mas, vem pra cima de mim com raiva por isso, e rasga meu vestido, me agarrando. Eu não bati forte o suficiente e continuo lutando contra ele, sem sucesso quando sinto que finalmente ele saiu de perto.

Stefan chegou. Respiro aliviada quando o vejo tirando esse maldito de cima de mim, e minhas lágrimas escorrem sem freio. Ele me abraça e eu não consigo parar de tremer.

— Eu vou foder a sua vida, sua vadia! - ouço ele gritando. Stefan me solta e vai pra cima dele - Eu vou foder a vida dos dois. Eu vou processar os dois por agressão - ele diz depois do soco que Stefan acerta nele.

Eu não consigo parar de chorar e tremer. Meu vestido rasgado, minhas pernas bambas. Eu só queria ver a paisagem. Stefan pega meu celular e me entrega. Tenta ajeitar a alça do meu vestido, me abraça e me conduz pra fora dali.

Antes, ele para na frente de Marty caído, secando o sangue da boca.

— Se você fizer isso, vai ter que explicar pro Juiz porque estava forçando sexo com uma menor de idade.

Ele se cala e saímos.

POV Stefan

Fiquei tão nervoso que não vi a subida pro terraço na minha cara, do lado do bar. Quando abri a porta e vi aquele desgraçado agarrando Elena, meu instinto foi de matar ele, mas, peguei impulso apenas pra tirar ele de cima dela.

Não me contive quando ele abriu a boca pra xingar ela, ainda por cima. É tão maldito que acha que está certo. Fechei a mão e coloquei minha raiva acumulada por mais de 2 anos no soco, e tenho certeza que quebrei o nariz dele. Mas queria quebrar os dentes todos.

Volto pra Elena, tremendo e chorando, com a roupa rasgada e só penso em tirá-la daqui.

— Ele chegou a… - não termino com medo da resposta. Eu sou capaz de voltar e jogar ele lá de cima.

— Não. - ela responde tentando secar as lágrimas. Antes de descer, paro e olho pra ela.

— Você precisa denunciar ele por estupro. Ele não pode sair impune disso, ele foi covarde. - Ela me olha, assustada. - Você sabe que meu irmão diria a mesma coisa.

Ela sacode a cabeça. - Ele me atacou mas não me estuprou. Eles vão fazer o exame e eu ainda saio por mentirosa. - Abracei ela de novo.

— Vamos pelo menos na delegacia, dar queixa disso. Se ele inventar de te processar por agressão, a gente tem algo contra ele. - ela aceita.

Mando mensagem pra Rebekah avisando pra me encontrar na saída. Espero dois minutos, ela não vem. Elena está desestruturada e decido não aguardar mais. Mando outra mensagem, descendo o elevador, explicando tudo e seguimos pra delegacia mais próxima.

(Alguns minutos depois deles irem embora, Rebekah vê a primeira mensagem e vai até a porta procurando Stefan. Avista Hayley e pergunta. Ela responde que ele saiu abraçado com Elena.)

Demos queixa da agressão e assédio. Possivelmente, não vai dar em nada porque o pai desse imbecil é tão influente quando meu próprio pai, e conhece o governador. Mas, pelo menos, temos um BO caso ele pense em chegar perto da Elena de novo. George nos trouxe e nos aguarda pra deixá-la em casa em segurança.

Sentamos no banco de trás e ela apoia a cabeça no meu ombro, ainda soluçando, a abraço, querendo confortá-la.

— Eu queria poder dizer que vai passar, mas, eu sei que vai doer demais ainda. - ela me abraça firme, enfiando o rosto no meu peito. Passo a mão pela cabeça dela. Ela me olha, com o rosto inchado, e mesmo assim, eu a acho linda. Meu ar falta.

— Eu não sei o que teria acontecido se você não chegasse. - ela diz e eu volto a pensar em matar aquele desgraçado. Passo o dedo no rosto dela, tentando secas as lágrimas que ainda caem.

— Mas eu cheguei, isso que importa. E, você também se defendeu. Acertou ele em cheio, vai ficar com um galo cantando por semanas. - ela sorri e o peso no meu peito diminui.

Ela se ajeita no banco, mais pra cima. E levanta a cabeça, me olhando. Meu coração acelera, eu já vi esse olhar. Mas, dessa vez, não faço nada. Fico parado, como uma estátua. Eu ainda tenho namorada. Que aliás, larguei na festa.

Ela passa a mão no meu rosto e vem se aproximando. Eu sei o que é isso, eu mesmo fiz. Continuo encarando ela, que desce os olhos pra minha boca, e passa a língua pelos próprios lábios. Eu quero me mexer, mas minha mente diz que não devo. Lexi tá dentro da minha cabeça gritando “você tem namorada” e eu repito isso, alto, quando ela está tão próxima que respiro o mesmo ar.

— Elena... Eu tenho namorada.

— Eu sei.

Ela fala já colando os lábios nos meus e eu esqueço qualquer coisa que me impeça de retribuir esse beijo. Meu coração parece querer pular do meu peito pra fora, e sinto meu estômago revirando. Ela me beija e minha cabeça me projeta pra uma noite de vitória, com fogos e comemorações.

Percebo que ainda tô parado, igual um idiota, e levo minha mão até a nuca dela, puxando ela pra mais perto e tornando o beijo mais intenso. George quebra o clima anunciando que chegamos. Eu olho pra Elena, na minha frente, só tenho um pensamento e verbalizo.

— Eu vou terminar com a Rebekah hoje. - ela sorri.

Saímos do carro, atravessamos a rua e entramos no prédio, uma figura loira se aproxima, furiosa.

— Rebekah, o que você tá fazendo aqui? - pergunto, estranhando.

— Esperando vocês chegarem há horas. Você disse que não queria nada com ele. Você só queria que eu parasse pra poder dar o bote no meu namorado, sua maldita!

— Rebekah, se controla, a gente tava na delegacia, te mandei mensagem... - ela não me deixa terminar e continua ameaçando Elena.

— Essa sonsa, você ainda defende ela? Sabia que foi ela que deixou meu cabelo roxo? E colocou coisa na minha bebida pra eu parecer bêbada! Descosturou meu short e ainda gravou aquele video...

— O video eu não tenho culpa não! - Elena responde e eu fico confuso. - Isso foi coisa de algum idiota que tava com a câmera ligada bem na hora.

Rebekah bufa e bate o pé, irritada. - E eu engordei por causa dela, me deu umas barrinhas dizendo que queimava caloria, eu comi várias e era de carboidrato. Desgraçada. - Rebekah faz que vai voar em cima da Elena, e seguro.

Olho pra ela que não se defende. Ela olha pra baixo, sem dizer nada, e eu tento não acreditar no que tô ouvindo. Continuo olhando, aguardando uma explicação, que não vem. Rebekah continua reclamando, mas, ignoro, esperando a resposta de Elena.

— Rebekah, chega! - me canso de esperar. - Eu acabei de voltar da delegacia, Elena foi atacada e eu vou subir com ela, pra deixá-la em casa. Espera aqui, quando eu descer a gente conversa.

Ela ainda retruca, e eu olho raivoso, ela desiste e se cala. Pego o elevador, acompanhando Elena. A porta fecha e pergunto.

— Você fez tudo isso?

— Fiz. - ela responde e olho, indignado. - Ela começou, e se eu não me vingasse, ela não ia parar nunca.

Eu tento compreender, mas, ela se esquivar desse jeito me irrita. - Você não me contou. De novo. - abaixei a cabeça tentando absorver. Eu não quero falar nada agora, eu tô puto com essas mentiras, só que não acho que é o melhor momento pra discutir isso.

— Eu não tinha provas. Eu ia dizer o quê? Você sempre fica do lado dela. Quando ela colocou a foto no meu armário e disse que não foi ela, você acreditou e brigou com a Lexi, você não facilita. - Eu não quero discutir, mas a forma como ela se defende culpando o entorno me aborrece demais.

— Você tá me culpando? É isso? - A porta abriu e saímos do elevador.

— Não. Eu...

— Você prometeu que ia me contar, você me pediu desculpas e prometeu. Eu confiei em você, porque eu achei que podia. Eu acreditei em você. Em vez disso você decidiu agir como ela, se vingando, criando situações constrangedoras. A Lexi também participou disso?

— Sim. Mais ou menos. Quer dizer, ela sabia da briga, mas, eu fiz tudo sozinha.

— Hum... Vocês me fizeram de idiota. - sorrio, debochado, controlando minha raiva. - Eu achei estranho aquela tinta só no seu armário, e todas aquelas situações e vocês dizendo que era acidente. Eu te perguntei de novo, quando teu telefone tocou na aula, e você negou. Você já estava planejando se vingar. Eu achei que você era diferente dela. Ela me manipula, e eu sei. Ela joga comigo o tempo todo, brincando com meu tesão por ela. E eu sei disso, porque esse joguinho dela é claro. Você não, você me manipulou sendo minha amiga, ganhando minha confiança, sendo doce e gentil. E eu me apaixonei por você. Mas, na verdade, você é só uma versão piorada da Rebekah. Ela, pelo menos, não esconde que é histérica, ela não finge ser alguém que não é. - eu digo sem alterar meu tom de voz. Foi uma péssima noite pra ela e não quero tornar ainda pior, mas, descobrir isso assim, foi como se eu tivesse tomado um soco no estômago.

— Stefan, não faz isso...

— Eu preciso ir embora, Elena. Você já tá em casa, tá segura agora. Sua irmã tá aí?

— Tá.

— Ok, fica bem. - passo a mão na cabeça dela, me despedindo e chamo o elevador de volta. Ela me olha, chorando. Continuo olhando pra frente e levanto a cabeça, pra ver qual andar está.

— Stefan... - ela me chama, colocando a mão no meu braço. Olho, virando apenas a cabeça. - Eu sinto muito.

O elevador chega, a porta abre. Coloco minha mão entre o pescoço e o rosto dela, e dou um beijo na testa.

— Eu também. - entro no elevador sem olhar pra ela. Não consigo digerir toda essa história e me sinto um retardado por não ter percebido todas as artimanhas das duas. Desço tentando esfriar minha cabeça, ainda tem outra ardilosa me esperando, e só o que penso é em terminar com ela e acabar com toda essa palhaçada de uma vez.


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