Quimera escrita por iago90


Capítulo 8
Capitulo 8 = A Reunião


Notas iniciais do capítulo

Ainda devo postar mais alguns capitulos ainda hoje. Eu sei que a fict ta bem viajada, mas isso tudo tera um motivo. E sim, eu sei que as coisas estão confusas. São pra elas serem confusas mesmo



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Wallace permaneceu quieto, apenas fazendo sim com a cabeça. Acho que já assustei aquele cara o suficiente. Puxei o celular que tinha roubado do corpo de um dos caras que eu matei. Hey, ladrão que rouba ladrão, 100 anos de perdão. Ah qual é vai, o cara tentou me matar, eu só estava reivindicando os meus prêmios de batalha. De qualquer forma, foi eu e William nos distanciando da favela. Eu não fazia ideia de onde estava, e William também não. Fomos andando pela rua até que vimos uma banca de jornal e decidimos perguntar. São Conrado foi o que o cara disse. Estávamos em São Conrado. Voltar para a Cinelândia seria uma aventura imensa. Eu nem sabia se era existia ônibus daqui pra merda da Cinelândia. Mas falando um pouco mais com o jornaleiro, descobrimos que existia um ônibus para lá. Um não. A gente teria que pegar 2 ônibus para lá. Correção, teríamos que dar um calote em dois ônibus para poder chegar em “casa”. Ou seja, fudeu. Mas fudeu para um caralho gigantesco! Eu já parecia um puta traficante, William um daqueles pedófilos bem sacanas. Que motorista em são consciência iria abrir a porta de trás para nós dois? Andamos mais um pouco na esperança de pegar o primeiro ônibus para a Gávea. Um celular no bolso, mas sem carteira nenhuma, ninguém merece. Pegamos o primeiro ônibus depois de 7 tentativas. A viagem até a Gávea foi demorada. Engarrafamento infernal. Para a nossa sorte o ônibus tinha ar condicionado. Nunca achei que iria pegar um ônibus na minha vida, quanto mais um com ar condicionado. Eram 11:48 quando pegamos o ônibus, perto do horário de almoço. Assim que sentei no ônibus eu apaguei. E minha mente foi puxada com violência de novo para algum desses novos espaços desbloqueados na mesma. Eu sentia que estava sendo amassado e depois espremido ao extremo. Will tinha me falado uma vez sobre os buracos negros, e o que acontece com a matéria dentro deles. Minha mente estava quase que igual. A dor não demorou para vir. Mil, não, dez mil agulhas perfurando meu corpo com raiva. E então, a escuridão em que minha mente se encontrava foi brutalmente substituída por um clarão de luz. Conforme a luz foi se esvaindo, o local foi sendo revelado para mim. Estava em um salão, no que aparentava ser uma reunião. Eu estava de pé ao lado de uma mesa imensa e circular. A mesa, de duas cores sendo estas vermelho-escarlate e a outro em um roxo levemente azulado. 7 pessoas de cada lado. Estavam sentadas de forma que quando olhassem para frente, vissem algum outro membro da reunião, mas do lado oposto. E de todos os 14 sentados, duas cadeiras se mostravam serem mais importantes, ou pelo menos mais impotentes. Neles, que também estavam de lados opostos, estavam os mesmos líderes de exército que estavam da mesma vez em minha outra memória. Olhando mais de perto, percebi que eram de fato os mesmos. Todos eles. Eles estavam naquele deserto. Os 14.

—-O que espera que façamos hein Vladmir? Que meu clã fique parado enquanto você e seus cãezinhos se divertem?

—-Divertir? Divertir?! Cale-se Lorenzo, você não faz a menor ideia do que estamos enfrentando! E pelo que eu saiba, cachorros é com vocês não acha?—disse o que estava sentado à direita do que parecia ser o líder do lado escarlate. O tal Vladmir.

—-Essa reunião é uma perda de tempo—disse a líder do lado roxo—Não vamos ajudar vocês e saibam já que estamos em guerra. O que me garante que essa ameaça que vocês estão falando é real e não alguma armadilha?

—-Está me chamando de mentiroso em minha casa Elena?—falou Vladmir

—-Sim, estou sim.

—-Ouso discordar minha senhora

—-O que disse Katie?

—-Entenda, somos Vampiros e Lobisomens. Criados para a guerra pelos Humanos. Temos partes de demônios, anjos e animais em nós e...

—-O que disse é que essas partes que você disse são na verdade DNA’s deles em nós. Acontece que nossa parte humana foi substituída por completo

—-O ponto é, Lucressi, que como fomos criados para isso, não conseguimos nos expandir para além disso. E isso já faz o que? 5 séculos?—terminou Kate, interrompendo o tal Lucressi

—-e meio

—-Calado Lucressi. Como eu estava dizendo, todos nós sabemos que demônios são reais e que eles já tentaram invadir. Karalho e se o que Vladmir é verdade

—-é verdade sim, eu mesmo vi eles—disse uma mulher que estava ao lado esquerdo Vladmir

—-CASSETE SERÁ QUE TODO MUNDO NESSA SALA VAI ME INTERROMPER!?—gritou Katie enquanto se levantava de sua cadeira e batia na mesa com seu punho fechado, o que surpreendeu seus parceiros do lado roxo. Seu cabelo loiro tinha até se soltado do coque que tinha feito devido a tamanha brutalidade. O silencio se instaurou no salão—Obrigado. Agora, como estava falando, se o que Vladmir disse for verdade, então temos que considerar um cessar fogo de ambos os lados—disse ela olhando para todos na mesa—Meu clã, o clã dos lobos cinzentos, vota pelo sim em relação ao cessar fogo. Estou de acordo e confio em você, Rei vampiro

O rei vampiro, ou Vladmir, se levantou de sua cadeira, ou devo dizer trono e fez um sinal de agradecimento para Katie. Mas quando ia abrir a boca, a porta que se localizava atrás do trono do mesmo produziu um som alto e grave, e enquanto era aberta, uma figura de no máximo 1,05 m de altura, entrou na sala. A criança tinha uma pele escura, e com um cabelo claramente rebelde como um Black Power. Os olhos estranhamente verdes e incrivelmente lindos. Não deveria ter mais que 5 anos de idade.

—-Papai, papai—falou ele invadindo a reunião. Essa invasão do pequeno me permitiu ver o local com mais clareza. Era uma sala que tinha um formato de um quadrado de aparentemente 12 a 13 metros. A altura parecia ser o dobro do tamanho da sala. No teto havia uma imagem de uma espada dividida bem no meio. De um lado era do mesmo vermelho escarlate que o da mesa, e logo depois duas imagens. A primeira de um morcego preto gigante, e logo abaixo era de fato uma gárgula também preta, com os olhos de cor vermelha de ambos. Eu sabia que era uma pois Regis já havia me descrevido uma para mim. O outro lado da espada era novamente o mesmo roxo azulado da mesa, e possuía um lobo branco uivando em destaque no mesmo nível do morcego e logo abaixo a forma de Lobisomem. Ambos com os olhos roxos. Haviam pilastras no salão. 8 no total. Formando um Octógono ao redor da mesa com um espaço de 1,5m de distância da mesma. As cadeiras em si eram todas com braçadeiras. Feitas de madeira com detalhes em alto relevo, como por exemplo: as cadeiras do lado escarlate, tirando o trono do Rei vampiro, possuíam um símbolo em suas costas. Algo como Runas, desenhos místicos ou sei lá o que. Mas cada um deles possuía um, e logo abaixo o morcego. Já as cadeiras do lado roxo, possuíam nomes. Nomes que eu não saberia dizer em qual língua se encontravam. Mas haviam o mesmo Lobo abaixo de cada nome. O trono onde o rei vampiro se encontrava era todo detalhado em ouro, como se quisesse impor poder. O assento também roxo o que eu estranhei no começo e até que vi o trono em que a aparente rainha dos lobisomens se encontrava. Seu trono também era detalhado em ouro e o assento era da cor escarlate. A princípio não entendi muito bem. Por que colocar os assentos de cores diferentes? Uma mudança de cor tão simples, mas isso ainda me intrigava.

—-Oi Filho—falou Vladmir se virou e pegou o filho no colo—eu já não falei pra você não entrar no salão quando o papai estiver com os amigos dele?

A criança só sabia rir enquanto Vladmir ficava brincando com ele. Todos na reunião suavizaram os olhares e expressões. Menos o tal de Lucressi...Lucezi...Lunessi...aquele nome esquisito. O cara estava do lado roxo da mesa mas ele de longe não parecia estar interessado nessa reunião.

—-Pai, quem é aquela?—falou o garotinho apontando para a outra ponta da mesa, para Elena

—-Aquela é a Elena

—Ah...—o garoto parecia estar preste a falar algo comprometedor, só estava aguardando seu pequeno cérebro processar as palavras.—meu pai disse que você é a mulher mais linda que ele já viu

Não precisei nem olhar para o rosto de Elena para saber que ela estava vermelha como um pimentão, assim como Vladmir, enquanto os membros da reunião se seguravam para não rir

—-Ta bem você já fez sua graça—falou Vladmir ainda sem jeito colocando a criança no chão—papai já vai já ficar com você

A criança abriu um sorriso e saiu cantarolando. Quando Vladmir voltou os olhos para a mesa, todos o encaravam com a boca explodindo de tanto segurar o riso. Elena desviava o olhar e evitava ao máximo olhar para ele.

—-Então...—disse Vladmir tentando recuperar a reunião—onde estávamos? Ah sim, invasão demoníaca. Eu sei que posso estar falando besteira para vocês, mas acreditem. Um portal

—-Portais? Sério?

—-Geralt, silencio. Continue Vladmir—disse Elena

—-Bem, eu sei. Abrir um portal iria requerer uma quantidade enorme de energia magica e mais energia que os humanos podem usar. Olha, sei que não sou a Leona, mas isso é matemática básica. A quantidade elétrica para romper o tecido espaço-tempo seria igual a um raio. E isso não é tudo. Manter o portal aberto, estabilizar o mesmo, e ligar ele com o inferno...

—-Bem, as formulas só para conseguir criar um são extremamente complicadas—disse uma mulher que estava mais à direita de Elena, na ponta direita do círculo roxo—então, se um portal como esse que você diz existe, então você sabe muito bem o que esta acontecendo.

—-Hã...então...eu não sei—disse Geralt, ajeitando seu cabelo branco, tirando alguns fios teimosos de sua testa

—-Não é obvio? O único objeto que pode gerar tanta energia magica e elétrica para abrir um portal dessa magnitude é o...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^



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