Quimera escrita por iago90


Capítulo 6
Capitulo 6 = Sequestro




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Assim que cheguei ao beco, vi manchas de sangue nas paredes. Corri até onde costumava a dormir e não encontrei nem Reginaldo, nem William. E no meu canto, estava um papel em que estava escrito:

“Matou nosso amigo não é? Demoramos mas te achamos seu babaca. Pode dizer adeus ao seus amigos seu merda. Não se preocupe, não vamos pedir dinheiro pelo resgate. Mas já que você é só um mendigo, acho que vai gostar de ver a execução dos amigos. Vá até a rua em que você matou nosso amigo. Acho que nem preciso dizer que sem policia não é? Isso mesmo, bom menino, agora...se mexe seu FILHO DA PUTA!”

“Olha...Mas que legal...Agora eu tinha que salvar aqueles dois...Caralho cara, eu não sou super-herói nessa merda porra! Se aqueles filhos da puta ainda estiverem vivos quando eu chegar la...aahhh ” pensei isso enquanto me dirigia ao mesmo beco perto do largo da Carioca em que achei o maldito. Só agora que me ocorreu...Que apesar dos noticiários terem falado o nome dele direto por quase uma semana, eu nunca prestei atenção. Não sabia nada sobre aquele homem. E eu tinha matado ele. Meses se passaram...e eu ainda lembrava de seu rosto de agonia enquanto minha lamina de sangue penetrava seu pescoço. Minha mente viajou até aquele momento. Na hora eu não me dei conta, não tinha como dar conta daquela sensação nova, até por que ela só demorou por apenas 1 segundo cravado antes de ser substituída pela sensação de terror e espanto. Mas hoje, após controlar melhor meus poderes e com esses flashbacks inundando minha mente e confundindo ela ao mesmo tempo que reorganizam a mesma, eu posso ver esse 1 segundo. Eu sei...nesse 1 segundo eu fui preenchido com uma sensação de prazer, alegria e êxtase. Eu gostei de matar ele. Eu senti prazer em tirar sua vida e ouso dizer que devo ter sentido tristeza em ter acabado com ela de forma tão rápida. O que quer que eu tivesse sido...o que quer que seja...eu tenho certeza de que não sou, nem nunca fui um herói.

Fui tirado dos meus pensamentos quando passei por um relógio digital de rua. Nele marcavam que eram 03:57( e a propósito estava 23º C). O que me fez perceber que o tempo em que eu fiquei no telhado foi bem maior do que eu pensava. Estava perto do local. Me pergunto se eles estariam mesmo lá, e por que diabos o filho da puta não havia matado ambos quando pode? Se bem que ele disse que “eles estavam esperando”. N demorei muito e virei no fatídico beco. Andei um pouco por ele e logo um dos bandidos apareceram. Estava com uma pistola na mão direita e William na esquerda, preso por uma gravata e com a arma apontada para a sua cabeça

—-Olha só, o herói de vocês chegou pessoal—falou o filho da puta

Não demorou muito para outros deles chegarem. Me fecharam no beco. Lutar ali dentro seria suicídio. Tinha que leva-los para um local mais aberto. Talvez se eu dominasse melhor meus poderes...não. Lugar aberto era melhor.

—-Sim, estou aqui. Agora deixa eles irem.

—-Na na ni na não meu amigo. Eu só vou solta-los quando você estiver morto, e eu tenho um local muito especial para a sua morte. Aqui na cidade não. Muito barulho não acha?—falou ele sorrindo. Seu rosto era de alguém com no mínimo 27 anos. Meio barrigudo e com o cabelo cortado em um moicano. Tinha um jeito de durão, o que era ainda mais enfatizado pela sua. pele negra.

—-Aonde vamos então? Você vai ver moleque—depois de ele falar isso algo me acertou com força na nuca e eu fui ao chão, desmaiado

Quando acordei, estava em algum local alto, notei isso pelas encostas sujas de folhas. Arvores e mais arvores estavam ao meu redor. Estava na Floresta da Tijuca. Ou em alguma floresta que ficava perto da rocinha. Sabia quer era a rocinha por que ouvi eles falando que iriam voltar para lá depois de lidar comigo com Will e Regis

—-Bom dia bela adormecida—falou o mesmo homem de novo—Sabe...eu poderia matar você agora...mas por que? Afinal, Posso ainda me divertir com você um pouco

Um soco veio na minha direção. Estava com as mãos atadas e não pude fazer nada a não ser sentir a dor. Outros socos vieram, assim como chutes e joelhadas. Depois de mais alguns golpes, os dois que me seguravam me soltaram no chão, ao qual eu despenquei com força. Isso era mau. Eu precisava das minhas mãos para dobrar sangue, e com ambas presas atrás de minhas costas fazer qualquer coisa era impossível. Mas eu precisava tentar. Enquanto ele parava para pegar folego, eu tentei usar os meus dedos para dobrar o meu sangue que havia saído dos machucados.  Não era a maneira mais eficaz, mas estava funcionando. Consegui fazer uma faca do tamanho de um canivete. Mas eu ainda não sabia se estava preso por cordas ou por algemas. De qualquer forma, comecei a cortar usando o canivete.

—-Agora sim, que já esvaziei minha raiva em você—ele engatilhou a arma—posso acabar com você

Consegui. Estava livre mas não tinha tempo para comemorar. Ele disparou. Movi minha cabeça para a direita no momento certo. A bala passou zunindo pelos meu ouvido, passando de raspão logo acima dele, rasgando a minha cabeça de raspão. Ao cair no chão, agora com as mãos livre. Me levantei com rapidez e movi minha mão na direção de seu peito enquanto formava uma lamina na mesma. Golpe certeiro. A espada que agora estava em minhas mãos não encontrou nenhuma dificuldade em penetrar o peito do homem. Os amigos dele ficaram paralisados por alguns instantes. O tempo que eu precisava. Me virei para os 6 que ali estavam e fui na direção que estava mais perto. Estendi minha mão livre para o corpo do líder enquanto me distancia dele e forcei seu forcei seu sangue a sair do corpo do mesmo. Uma massa voadora vermelha com certeza assustou aqueles homens. Movi minha mão livre para a frente e a massa de sangue atacou o homem que bloqueava meu caminho. Ele gritou de dor enquanto era dilacerado pela mesma. A massa cresceu conforme eu também dobrava o sangue do novo cadáver para fora dele. Moldei uma plataforma usando parte da massa, ou devo chamar de nuvem, de qualquer forma, moldei uma plataforma e usei a mesma para me lançar contra os restantes.

—-atirem nesse filho da puta!—gritou um deles armando o rifle

—-É o demônio! É o demo...—ops, bem, alguém perdeu a cabeça. Minha espada passou tão facilmente quanto faca quente em um tablete de manteiga. Cabeça para um lado, corpo para o outro. Depois disso ainda sem tocar o chão fiz uma plataforma no ângulo certo em que meus pés a atingiriam e me impulsionei contra os que restaram. Criando diversas outras plataformas pequenas e finas como as que eu havia criado até o dado momento, avancei como um leão que não come há dias e vê uma zebra. Minha espada e eu éramos apenas um só. E como um falcão reivindicando a sua supremacia área, eu dançava pelo ar e entre as arvores usando as plataformas criadas por mim de forma automática, desviando facilmente dos disparos de fuzis. Em determinado momento desfiz-me da espada e substitui por um par de adagas e me lancei no meio de todos eles. O impacto que causei no chão fez eles tremerem devido a rápida mudança no ar. O que os deixou de guarda aberta, ou seja, mortos. Primeiro foi o que estava logo a minha frente. Avancei contra seu pescoço, a adaga passou sem dificuldades e logo a sua cabeça não tinha mais conexão com o seu corpo. Ainda no ar, endureci seu corpo através de seu sangue e o usei como um trampolim. Pousei nas costas do que estava atrás de mim. O círculo dos 4, agora 3, se quebrou e os que estavam nas laterais agora estavam na frente do próximo morto, apontando o fuzil para ele. Minha adaga direita achou caminho pelo seu peito, atravessando o mesmo. Seus colegas abriram fogo, as balas foram recebidas de bom grado pelo corpo do mesmo enquanto eu o usava como escudo. Esperei que eles tivessem que carregar. E assim que fizeram, desfiz a adaga e puxei seu sangue para fora de seu corpo. Moldei o mesmo em uma lança usando apenas a mão direita e a arremessei contra eles, mas ela passou direto, e como eu estava esperando, eles olharam a mesma se distanciar, e por um segundo esqueceram de mim. Avancei com um dash para frente e enquanto avançava, a nuvem se fundi ao meu braço direito e formou uma espada que eu reconheci. Não sabia como, mas eu já tinha visto esta espada. A ponta do cabo tinha um hexágono com buraco no meio, o cabo era feito de couro extremamente escuro. A guarda mão dela era a cabeça de um dragão, como se a lamina saísse de dentro dela. A lamina em si era de um vermelho escarlate intenso. E pior, é que ela possuía nome, e eu sabia qual era: Zenith. Junto com ela, eu ganhei uma manopla que se estendia até meu cotovelo. A negra, de um escuro tão forte que parecia que eu estava olhando para um buraco negro. Quando aqueles dois voltaram os olhos para mim, eu já estava em cima deles. E com um corte diagonal, eu dividi o que estava a direita em dois, e depois sem dar chance para o outro se mexer, enterrei a espada em seu cérebro.


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