Sweater Weather escrita por Skriven


Capítulo 15
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu tive um tempo hoje, depois que cheguei da aula e escrevi esse capitulo rapidinho (ele está bem grande) e queria postar antes de ir dormir porque eu achei super fofo e cheio de amorzinho ♥ ashduahsduha
Espero que gostem...



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POV INO

Estava na sala de Tsunade, acompanhada de meu pai, minha madrasta ridícula e dois policiais. Havia ido naquela manhã, antes de sermos dispensados, e contei tudo a diretora. Ela olhou as marcas que Sai deixara em meu pescoço, e Kaya, Sakura, Itachi e Temari foram comigo para confirmar minha história. Elas falaram a versão da história delas. Que quando estavam indo para o dormitório de Kaya e Sakura, haviam ouvido barulho de cadeiras e quando chegaram, Gaara e Sai estavam brigando na sala da orquestra. E Itachi confirmou, dizendo que fora no dormitório guardar sua guitarra e quando voltou ouviu gritos e barulhos estranhos, e então resolveu ir ver o que era.

Gaara havia sido chamado separadamente de nós, e havia contado que chegou na sala e eu estava sendo agredida por Sai, por isso ele não teve outra escolha, se não tentar me defender. A diretora preferiu chamar a policia,  e conversar com meu pai antes de mandar notificações para a família de Sai, pedindo que comparecessem urgente na escola.

Gaara levou uma advertência verbal, e Tsunade deixou claro que não queria mais vê-lo se metendo em encrenca, mas agradeceu-o por ter me ajudado. Meu pai fizera um escândalo na escola, dizendo que não era possível que os superiores não haviam notado que eu estava presa em uma sala com um agressor, que ninguém havia notado os barulhos, a não ser meus amigos. Ameaçou até processar a escola, se essa não tomasse medidas contra Sai. Mas depois dos policiais dizerem que não cabia a escola, mas sim a policia, e prometer que eles fariam o possível para que Sai pagasse, meu pai se acalmou.

Fomos para a casa e Fuka fez uma sopa, tentando fingir que estava preocupada com o que eu havia passado. Minha amigas foram me ver a tarde, disseram que voltariam na quarta feira, já que era feriado e não tínhamos nada marcado. Agradeci a preocupação. Naruto, Shikamaru e Itachi passaram lá também, e Itachi pediu desculpas por ter contado a eles o que acontecera, mas se defendeu dizendo que Naruto não parava de importuná-lo e ele não teve escolha. Eu consegui rir disso, e fiquei extremamente grata por eles se preocuparem comigo.

Quando já era noite e eu já não esperava mais ninguém, meu pai havia saído para comprar comida e Fuka estava lá em cima no quarto, ouvi a campanhia. Como era véspera de feriado, nossa empregada tinha ido visitar a familia, então eu mesma fui atender a porta. Levei um susto quando vi Gaara parado em minha porta, segurando uma caixa de chocolates e uma garrafa de vinho, da mesma marca que tínhamos tomado na casa dele quando nos beijamos.

— Oi – ele disse, e eu dei espaço para ele entrar – Temari me disse onde era sua casa, então vim trazer essas coisas que sei que você gosta. E também... ver se você está bem.

— Ah – disse, pegando as coisas e fechando a porta. – estou bem sim, obrigada.

— Então... – começou ele, meio sem jeito – como estão as coisas com o Sai ? Tsunade falou algo sobre isso ?

— Passei a manhã inteira falando sobre isso com ela e mais dois policiais – expliquei, colocando as coisas em cima da mesa da sala de jantar e me dirigindo a sala, Gaara me seguiu – os policiais disseram que não possivelmente Sai não vai ser punido tão severamente, ele é menor de idade e essas coisas. Mesmo assim, Tsunade já comunicou seus pais e indicou outras escolas para ele, ela disse que não quer mais que ele fique em KONOHA.

— Que boa noticia – ele disse, enquanto nos sentávamos no sofá – pelo menos você não vai precisar mais trombar com ele pelos corredores.

— É – eu concordei – já é uma grande coisa.

— Olha, Ino – ele disse, se aproximando de mim e fazendo carinho em meus cabelos – gostaria de conversar sobre nós...

— Conversar sobre o que ? – perguntei – você gosta da Kaya, e eu acabei de ser agredida pelo meu namorado, que agora é ex... Nós precisamos de um tempo, Gaara, antes de qualquer coisa.

— Eu sei – ele respondeu, afastando a mão de meus cabelos – mas gostaria que fossemos amigos pelo menos, eu quero ajudá-la a superar isso, Ino. Você é tão frágil, tão sensível... Vê-la assim, destruída, me deixa triste.

— Nós podemos ser amigos – eu disse – mas mesmo assim, você não pode tirar essa tristeza de mim. Só eu posso fazer isso, e vou conseguir com o tempo.

Nós ficamos nos olhando, sérios, um para o outro. Desde que nos beijamos na casa dele, eu não conseguia parar de pensar em como ele era lindo e em como ele conseguia me fazer bem. Mas eu sabia que agora não era o momento, ele estava confuso, principalmente por causa de Kaya, querendo ou não o pouco tempo que eles ficaram juntos foi o suficiente para ele começar a sentir algo por ela. E eu teria que ter paciência, primeiro precisaria acertar as coisas que diziam respeito a minha vida, precisaria de tempo para isso e então só depois, eu conseguiria vê-lo como outra coisa além de amigo.

Mas eu não consegui me conter quando ele pegou em minha mão. E nesse momento já estávamos prestes a nos beijar. Por algum motivo, nós parecíamos imã e metal, éramos atraídos espontaneamente um para o outro.

— Ino – disse, meu pai, entrando na sala. Ele havia chegado e eu nem percebera. Eu e Gaara nos separamos imediatamente. – trouxe aqueles bolinhos que você gosta... Ah, temos visita ? Que bom. Eu trouxe bastante comida, podemos jantar todos juntos. Quem é o amigo ?

— Pai – eu disse, enquanto Gaara estendia a mão para cumprimentá-lo – esse é Gaara. Irmão da Temari.

— Ahhh – meu pai apertou a mão de Gaara, sorrindo como um bobo – então é você que ajudou minha linda garotinha? Tenho muito a agradecer a você, por favor, fique para o jantar. Temos comida chinesa.

— Ah, tudo bem  – disse Gaara – eu já estava indo embora.

— Não, eu faço questão que você fique para o jantar. Eu preciso dar um jeito de agradecê-lo, pelo que fez. Ino me disse que se não fosse você, ela não sabe o que teria acontecido. Eu tenho muito que agradecer à você.

Gaara sorriu sem jeito. Olhou para mim e acenei com a cabeça o encorajando.

— Então tudo bem – ele disse, sorrindo – eu fico. Muito obrigado pela gentileza, senhor Yamanaka.

—  Apenas Inoichi, por favor –  disse meu pai, indo para a cozinha.

—  Obrigada por não me deixar sozinha com meu pai e a namorada doida dele –  eu disse, quando estávamos pegando os pratos na cozinha.

Gaara sorriu em resposta. Nós jantamos conversando, Gaara e meu pai logo entraram em um assunto sobre empresas, já que Gaara queria cuidar da empresa do pai dele. Meu pai ficara encantado com tamanha educação, eu nunca vira ele ficar tão interessado em uma garoto como ficara com Gaara. Talvez ele já desconfiasse de nossos sentimentos, ou talvez Gaara só fosse interessante mesmo.

...

POV SASUKE

Tinha acabado de me arrumar para ir para a casa de Sakura. Ela me mandara uma mensagem, dizendo que os pais saíram e que podíamos ver um filme e comer alguma coisa. É claro que eu me preparei, coloquei uma das minhas melhores roupas e passei muito perfume. Talvez fossemos fazer mais do que só ver filme.

Desci para a sala e Itachi e Shisui jogavam vídeo game. Como estava adiantado, resolvi mandar uma mensagem para Sakura, dizendo que chegaria em quinze minutos e coloquei meu celular na mesinha de centro. E joguei uma partida contra Shisui.

— Onde você vai, todo arrumado ? – perguntou Itachi, voltando da cozinha com uma cerveja na mão e se sentando no sofá. – Sair com a Sakura ?

— Vou na casa dela – eu disse – e você está bebendo a cerveja do tio Obito.

— Ele vai voltar só amanhã da missão, e aí eu já terei comprado outra – ele respondeu, sorrindo tendencioso – e você vai lá na casa da Sakura pra fazer o que hein ?

— Vamos ver um filme, só isso – respondi

— Sei – ele respondeu, me dando um soco no braço – e você passou todo esse perfume pra que então ?

— Para de ficar pegando no meu pé – eu disse, rindo e me levantando.

— Use camisinha, Sasuke. Não quero ter sobrinhos ainda – ele disse, enquanto Shisui ria e eu saia pela porta envergonhado.

Segui até a casa de Sakura a pé mesmo. Morávamos no mesmo condomínio. Toquei a campanhia e ela ainda demorou alguns minutos para abrir a porta. Estava linda, usando apenas um vestido rosa e com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo curto. A noite estava quente, afinal, nós morávamos na Califórnia.

— Oi – ela disse, sorridente, me dando um beijo.

— Oi – eu disse, entrando na casa – você está linda. E o cheiro da sua casa está ótimo também.

— Obrigada – ela respondeu, enquanto me puxava pela mão até a cozinha – eu estou fazendo carne assada.

— Você sabe cozinhar ? – perguntei, me sentando na bancada da cozinha.

— Ah, – ela disse, cortando alguns legumes na pia – você sabe, me arrisco de vez em quando.

— O cheiro está bom, deve ter ficado uma delicia. – eu disse, descendo do banco e abraçando-a por trás.

Ela sorriu e suspirou quando beijei seu pescoço. Eu sabia que Sakura gostava quando eu era romântico, por isso estava tentando ser o máximo possível. Beijei seu rosto e ela se virou para mim, me beijando demoradamente. Desci minhas mãos até suas pernas, que estavam nuas, porque seu vestido era curto. Ela sorriu, entre nosso beijo.

— Você não quer jantar ? – ela perguntou, me olhando com aqueles grandes olhos verdes cheios de intenção.

— Podemos fazer isso mais tarde. – eu disse, colocando-a de costas para mim de novo e a debruçando na pia, passando minha mão por toda sua coxa até sua bunda. Erguendo seu vestido, deixando à mostra sua calcinha rosa de bolinhas verdes. Sorri com aquela imagem.

— Tem razão, a carne ainda vai demorar alguns minutos para terminar de assar – respondeu ela, enquanto suspirava com minhas carícias.

Eu apertei seus seios e ela gemeu, como se estivesse realmente gostando. Continuei apertando enquanto beijava e mordiscava delicadamente seu pescoço. Ela já estava respirando ofegante, quando se virou para me beijar e eu a peguei no colo colocando-a sentada na pia, e ficando entre suas pernas. Ela agarrou-as em volta de minha cintura e nós continuamos nos beijando, até que desci lentamente a alcinha de seu vestido, dando um beijinho em seu ombro. Ela sorriu.

Fechei meus olhos sentido sua língua passar pelo glóbulo de minha orelha esquerda, e depois descer para meu pescoço, onde ela mordeu com força, certamente deixando uma marca. Nesse momento, eu já estava tão excitado que começava a respirar pesadamente.

—  Vamos lá pro meu quarto –  ela sussurrou em minha  orelha. Eu não pensei duas vezes e a peguei no colo, subindo as escadas. Ela me indicou onde era a porta de seu quarto.

Joguei-a na cama com violência, e ela se enroscou novamente com as pernas em minha cintura. Seu vestido estava totalmente erguido agora, e ela não deixou barato, foi logo tirando minha camisa com pressa. Nós respirávamos ofegantes e nos beijávamos com violência. Elas desabotoou as minhas calças e com um movimento rápido eu as tirei. E então, tirei seu vestido pela sua cabeça e seu cabelo acabou desamarrando no processo. E para a minha sorte, ela estava sem sutiã.

— S-Sasuke... – ela gemeu, de olhos fechados, quando passei meu dedo indicador em seu sexo – eu queria dizer uma coisa antes...

— O que ? – perguntei, parando para olhá-la.

— É minha primeira vez – ela disse, abrindo os olhos, parecendo envergonhada.

— Você tem certeza que quer que seja agora ? – eu perguntei

— Tenho – ela respondeu, sorrindo – quero que seja com você!

— Tudo bem – eu respondi.

E então a beijei, e desci os beijos em seus seios e  até sua barriga e em seguida sua intimidade. Dei um beijo demorado ali, e ela se remexeu. Tirei sua calcinha e continuei usando a boca, enquanto ela gemia lindamente para mim, puxando meus cabelos com força. Quando ela já não agüentava mais e gemia alto, eu parei e ela pareceu desapontada, mas subi minha cabeça a dando um beijo demorado.

— Tem certeza, Sakura ? – perguntei mais uma vez.

— Sim! – ela respondeu, e estava corada com o prazer. Sorri, era linda.

E então, penetrei nela e pude sentir uma explosão de sentimentos em meu peito. Poderia ser facilmente o melhor sexo de minha vida. Eu fiz movimentos delicados e devagar para que ela se acostumasse com isso, e ela parecia estar gostando. Em um determinado momento, ela começou a remexer o quadril, e então, entendi que era um aval para eu acelerar os movimentos.

Nós dois estávamos em completa sintonia. Ela gemia e arranhava minhas costas e eu a beijava e agarrava o lençol, com as mãos em volta do corpo dela. Estávamos num ritmo eufórico, e eu certamente não agüentaria por muito mais tempo. Até que ela começou a se contorcer de prazer, e eu por fim, pude me soltar. Gozamos juntos.

Ficamos deitados na cama por um tempo, eu estava fazendo carinha na cabeça dela e ela estava deitada de bruços olhando para mim, com um rosto avermelhado. Eu sorri ao olhá-la, ela estava linda. Os cabelos rosas estavam bagunçados e ela estava nua, comigo, e feliz. Eu não poderia desejar outra coisa. Ficamos assim, até que ela se lembrou da carne assada, e tivemos que descer até a cozinha para verificar.

Infelizmente, havia queimado. Então, jogamos tudo no lixo e pedimos uma pizza. Passamos a noite comendo pizza e vendo filme de extraterrestres. E ela dormiu em meus braços, no sofá. E eu não poderia me sentir mais completo.

...

POV NARUTO

Estava na casa de Hinata. Parado na porta da frente, me sentindo extremamente nervoso por ter ido conhecer os pais dela. Eu já conhecia, obvio, eles financiavam dinheiro para a ANBU, então Tia Rin e Tio Kakashi me arrastavam para os eventos que eles faziam. Mas hoje era diferente, eu iria me apresentar a eles como namorado de sua filha, e isso estava me deixando com uma dor na barriga que poderia me matar a qualquer momento.

Eu segura o vinho, que Tio Kakashi comprara para eu levar para o jantar, tão apertado que ele poderia estourar em minhas, se eu não fosse cuidadoso. A noite estava quente, mas eu soava mais do que o normal. Respirei fundo umas três vezes, antes de finalmente tomar coragem e apertar a campanhia. Hinata demorou a abrir a porta, e eu já estava pronto para desistir, quando ela abriu sorridente, e eu me lembrei que por ela, valia a pena ser odiado.

Eu sabia que os pais dela não iam muito com a minha cara, eu era amigo do Neji e estavamos sempre aqui para ensaiar com a banda, e eu sabia que Hiashi me achava um adolescente problemático e hiperativo. Eu nunca me importara com isso, afinal, eu era mesmo hiperativo, e dera algum trabalho para meus tios. Mas agora, eu estava extremamente arrependido por ter sido rebelde, se eu fosse um gênio como Neji e soubesse o que quero para meu futuro, talvez não estivesse tão nervoso assim em conhecer o pai da minha namorada.

— Oi – disse Hinata. Eu poderia parafrasear Shakespeare e dizer que estava olhando para o leste, e Hinata era o sol. ¹

— Você está linda – eu disse, me apaixonando mais a cada sorriso que ela dava.

— Obrigada – ela respondeu, enquanto fechava a porta atrás de mim.

— Boa noite, senhor Uzumaki – disse a mãe de Hinata, sorridente, me cumprimentando com um beijo em cada lado do meu rosto.

— Boa noite – estranhei muito aquilo. Não era acostumado a cumprimentar as pessoas com dois beijos nos rosto.

— Finalmente você chegou – disse Hanabi, aparecendo no pé da escada – a Hinata estava quase fazendo um buraco no chão de tanto andar pelo quarto, nervosa.

Eu sorri quando Hinata corou com o comentário. Neji e a mãe dele também estavam lá, eles moravam com Hiashi desde que seu pai morrera. Neji me cumprimentou como sempre cumprimentava, e sua mãe, parecia gostar muito mais de mim do que a mãe de Hinata. Hiashi apareceu por último, e me olhou de cima a baixo antes de me dar boa noite.

— Boa noite, Naruto – ele disse, enquanto eu entregava o vinho para ele. Que olhou e ergueu as sobrancelhas. –  Muito boa escolha de vinho, aposto que foi Kakashi que indicou.

—  Sim –  eu disse, tentando ser educado –  foi um presente dele. Eu não bebo –  menti, enquanto Neji e Hinata riam silenciosamente. Afinal, eu era o primeiro dos meus amigos a cair quando estávamos em festas.

—  Faz bem, –  disse ele, entregando o vinho para a empregada, que tratou de abrir – você ainda é menor de idade.  

— Senhor Hyuga, com licença – disse a empregada, entrando na sala – o jantar está servido.

Hiashi agradeceu e então nós fomos até a sala de jantar. Eu fiquei assustado com a formalidade que eles estavam me tratando, afinal, eu sempre aparecia por aqui, até abria a geladeira e bebia os refrigerantes deles. Mas hoje ele estava diferente, estava me tratando com seriedade, eu sabia que a qualquer momento ele iria me dizer algo sobre meu relacionamento com Hinata, era questão de tempo.

— Então, Naruto – começou a mãe dela – você já sabe o que fará depois que sair da escola ?

— Eu não penso muito nisso – eu disse, mas me arrependi instantaneamente, quando vi o olhar de Hinata de “cala a boca”. – Bem, quer dizer, eu vou conseguir bolsa nas faculdades porque eu jogo futebol, mas ainda não decidi o que quero cursar. Eu gostaria muito de entrar para a ANBU, assim como meus pais e meus pais de criação.

— E Kakashi e Rin sabem disso ? – perguntou a mãe de Neji – Eles aceitam numa boa ? Quer dizer, os seus pais morreram porque trabalhavam lá.

— É – eu disse, sem graça. Engolindo em seco. Odiava que citassem essa história sobre meus pais – Eles sabem, e me apóiam. Eles tem muito amor pelo que fazem, e ficariam felizes se tivessem um “filho” que seguisse o mesmo caminho.

— Certo – disse Hiashi, abrindo um sorriso. Caramba, ele estava gostando de mim. – você tem um grande futuro pela frente, rapaz. Trabalhar na ANBU é um grande passo na vida. Eu admiro seus pais adotivos, e qualquer um que trabalhe lá.

Sorri. Eu havia conseguido conquistar a confiança do meu sogro. Agora o nervosismo até passara. O jantar seguiu tranqüilo, a familia de Hinata, apesar de tradicional e totalmente diferente da minha, que não era nada formal, era legal. A comida estava boa e o mais importante, eu e Hinata estávamos juntos

Depois do jantar ficamos na varanda da entrada da casa dela. Eu, Neji, ela e Hanabi, eu e Neji tocávamos violão e cantávamos e as meninas ouviam quietas. Hinata me olhava, apaixonada e eu a olhava enquanto cantava. Ela era meu motivo de querer levantar. Se o mundo fosse acabar amanhã, eu gostaria de estar junto com ela. Gostaria de estar junto com ela daqui pra frente, até o dia da minha morte.

...

POV ITACHI

Estava em casa sozinho, procurando algo na TV. Sasuke havia ido para a casa de Sakura fazia algum tempo, e Shisui saiu com Iahiko, Kisame e Nagato. Eu neguei, pois não estava com disposição para sair. Hoje era um dia em que queria ficar em casa, pensando sobre tudo, e escrevendo minhas musicas.

Mas no fim, acabei aqui, deitado no sofá, trocando de canal a cada cinco minutos, entediado. Quase desejei ter ido com os garotos para o bar, mas no fim das contas, tinha certeza que me sentiria entediado lá também. Enquanto pensava nisso percebi que havia um celular na mesinha, e ele vibrava. Era de Sasuke, ele deveria ter esquecido aqui quando saiu. Olhei a tela e havia uma foto de Kaya, ela estava com uma tiara de chifre de unicórnio e suja de tinta fluorescente. Eu lembrava dessa foto, foi quando fomos em um bar temático, o tema era Brasil e estava tendo carnaval. Sorri. Mas depois, pensei duas vezes antes de atender o telefone.

— Sasuke – ela disse com a voz embargada, quando finalmente atendi – tô encrencada. E bem bêbada. O Naruto está na casa da Hinata, não quero estragar as coisas pra ele de novo, então será que você poderia vir me buscar ?

— Onde você está ? – perguntei, ela demorou alguns minutos para responder.

— Itachi ? – perguntou ela, confusa – o que está fazendo com o celular do Sasuke ?

— Ele esqueceu aqui em casa, ele está na Sakura – respondi – Onde você está ? Eu vou te buscar.

— Não precisa – ela disse. Sempre sendo orgulhosa – eu dou um jeito, está tudo bem. Obrigada.

E dizendo isso desligou o celular. Revirei os olhos, será que ela nunca daria o braço a torcer ? Ela era sempre tão orgulhosa com tudo, isso me dava nos nervos. Idiota. Enquanto eu bufava de raiva, o celular começou a vibrar mais uma vez. E era a mesma foto que mostrava na tela.

— Kaya ? – perguntei

— Vou te mandar minha localização por mensagem – ela disse, e desligou.

Eu sorri. Ela finalmente tinha engolido o orgulho. Senti meu celular vibrar no bolso e visualizei a mensagem que ela me mandara, fiquei levemente preocupado quando vi o tipo de bairro em que ela estava. Mesmo assim, peguei as chaves do carro de Shisui, calcei o tênis e sai apressado pela cidade. A noite estava tão quente que começou a chover na metade do caminho, e a chuva era bem forte. Encontrei Kaya na rua que estava marcada em meu celular. uns dez minutos depois. Ela reconheceu meu carro na hora e entrou, descalço, segurando os sapatos de salto na mão, toda molhada e com a maquiagem borrada.

— Você está bem ? – perguntei, enquanto ela tremia. Por mais que estivesse quente hoje, ela estava toda molhada e parecia sentir frio.

— Estou – respondeu ela – Só um pouco bêbada.

— Como você veio parar aqui nesse bairro ? – perguntei, me referindo ao bairro mais perigoso da cidade.

— Vim com uns amigos da escola – ela respondeu – mas me perdi deles na festa, acho que eles acabaram indo embora sem mim.

— E por que não ligou pro seu namorado ? – perguntei, provocando-a.

— Namorado, Itachi ? – perguntou ela, me olhando descrente – Você, mais que ninguém, deveria saber que nós não vamos ser namorados nunca mais. Além disso, ele deve estar com a Ino numa hora dessas.

— Por você tudo bem ? – perguntei, sabendo que não estava. Por mais que Kaya se fizesse de forte, ela estava um pouco entristecida por Ino e Gaara terem se beijado.

— Tudo bem – ela respondeu, apoiando a cabeça no banco do carro e fechando os olhos – eu quebrei o coração dele e ele ficou com a minha amiga. Estamos quites.

Eu ri, mesmo sabendo que não podia. O humor ácido de Kaya quando ela estava bêbada era realmente uma dádiva. Quando finalmente chegamos em casa, eu tentei levá-la para a casa dela, mas Kakashi e Rin não estavam lá, Naruto também não e Kaya havia perdido a chave na festa em que estava.

— Liguei para o Naruto – eu disse, enquanto ela entrava em minha casa – ele disse que não sabe a hora que chega, talvez nem venha para a casa hoje, está chovendo muito e o pai de Hinata disse que ele pode ficar no quarto de hóspedes.

— Eu to ferrada – disse Kaya, rindo. – está chovendo, Naruto decidiu dormir na casa da Hinata justo hoje e meus pais estão em missão, eu vou dormir na rua.

— Você pode ficar aqui – eu disse, mas me senti envergonhado depois de perceber que eu falara alto.

— Talvez eu consiga escalar até a janela do meu quarto – ela disse, pelo jeito ela nem ouvira o que eu dissera.

E lá estávamos nós no quintal da casa dela. Eu fazendo pézinho para uma Kaya de vestido apertado, na chuva descalça e muito pequenininha para alcançar a janela. A situação era engraçada, ela era desastrada e ainda mais quando estava bêbada. No fim, ela acabou escorregando e caindo na grama, ficando toda suja de barro. Eu a ajudei a levantar, e nós voltamos para dentro da minha casa. Ela estava molhada, com grama nos cabelos, na cara e no corpo, suja de barro e tremendo de frio.

— Kaya – eu disse, entregando uma toalha a ela – você precisa tomar banho.

— Não precisa – ela disse, e então deu um espirro baixinho

— Você vai ficar doente – eu respondi, enquanto ela revirava os olhos e pegava a toalha da minha mão.

Ela tomou banho no banheiro do quarto de Sasuke, enquanto eu tomava banho no banheiro do meu quarto. Quando acabou, eu já estava trocado e sentado na minha cama mexendo no celular. Ela parou na porta, apenas de roupão e uma toalha na cabeça.

— O que foi ? – perguntei

— Será que você poderia me emprestar uma camiseta sua ? As do Sasuke cheiram perfume, e eu sou alérgica.

— Claro – eu disse, colocando meu celular do lado e indo até o guarda roupa. Lhe entreguei uma camiseta cinza e branca, com uns desenhos na frente. Ela continuou me olhando, séria – Tudo bem ?

— Será que você poderia sair para eu me trocar ? – perguntou ela, como se fosse obvio.

Assenti e sai do quarto. Esperei alguns segundos e então me virei, a porta estava entreaberta e eu pude ver ela de costas, colocando minha camiseta. Fiquei excitado imediatamente ao ver aquelas costas branquinhas e aquelas covinhas, a bunda grande e as pernas grossas dela. Me virei de costas novamente e respirei fundo.

— Pronto – ela disse, e eu entrei de volta no quarto, agora já mais calmo.

Ela estava linda com minha camiseta, penteando os cabelos em frente ao espelho do banheiro do meu quarto. Os cabelos molhados caindo em suas costas, ela descalça ali, se olhando no espelho, apenas com a minha camiseta, que ficava quase como um vestido para ela. Eu quase podia me lembrar de como éramos antes.

— Obrigada – ela disse, e fez menção de sair do quarto.

Nesse momento um trovão estrondou no céu e todas as luzes da casa se apagaram.

— Itachi! – ela disse, nervosa. Eu não conseguia vê-la no breu que estava, mas a conhecia o suficiente para saber que ela tinha medo de escuro.

— Já vou – respondi, pegando meu celular e usando a lanterna. A peguei pela mão e a levei até minha cama. Ela se encolheu toda e ficou quieta por um tempo – você ainda tem medo de escuro ? – perguntei, enquanto colocava meu celular entre a gente, para ficarmos iluminados.

— Muito – ela respondeu, me olhando. Estava linda naquela meia luz.

— Você pode ficar aqui se quiser. – disse, e senti meu rosto queimar de vergonha. Agradeci por estar quase completamente no escuro.

— Obrigada – ela respondeu.

Ficamos em silêncio por algum momento. Estávamos constrangidos um com o outro. Isso era incômodo para mim, antigamente éramos tão próximos que dormíamos juntos todos os finais de semana, e agora, somos tão estranhos e não conseguimos nem dividir uma cama.

— Vou acender umas velas pela casa, caso você queira ir para a cama de Shisui ou Sasuke mais tarde – disse, me levantando – vou precisar do meu celular, ok ?

— Tudo bem – ela respondeu – eu tenho lanterna no meu.

E acendeu a lanterna do celular dela. Eu desci as escadas e estava procurando as velas na gaveta da cozinha quando ouvi passos atrás de mim, e quando olhei Kaya estava nos meus calcanhares. Era obvio que não demoraria para ela vir atrás de mim, ela tinha muito medo de ficar sozinha no escuro. Ela ficou em pé no canto da cozinha, enquanto eu acendia algumas velas por lá.

— Você está com fome ? – perguntei – tem pizza aqui, que Shisui comprou.

— Obrigada – ela disse, se aproximando – onde ele está hoje ?

— Está por aí com os meninos – respondi, pegando dois pedaços de pizza, colocando em um prato e oferecendo para ela.

Ela apenas balançou a cabeça e aceitou o pedaço de pizza, deixando-o ao lado, no balcão. Me olhou nos olhos, enquanto a vela derretia ao nosso lado. Eu podia sentir a energia que emanava de nós dois, era como se estivéssemos sendo puxados por uma força maior. Me aproximei dela e ela fez o mesmo no exato momento, e quando estávamos prestes a nos beijar, outro trovão ecoou no céu e  a luz voltou. Ela pareceu acordar de um sonho e suspirou, se afastando e pegando o prato de pizza de cima do balcão.

— Vou ficar no quarto de Sasuke hoje – ela disse seca, se virando e saindo andando – boa noite.

Me senti um tanto decepcionado. Kaya ia de 0 a 100 em dois segundos e isso era muito para mim. Eu não sei se agüentaria tudo isso pelo resto do ano. Peguei um pedaço de pizza, apaguei as velas e voltei para o meu quarto, liguei a televisão e coloquei em um filme bobo que estava passando, e assim fiquei o resto da noite. Adormeci e acordei ouvindo Sasuke chegar, já eram umas três da manhã e então adormeci novamente, tendo sonhos e mais sonhos com Kaya e algumas coisas sujas que assustaria a todos se eu contasse.

...


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Notas finais do capítulo

¹- a citação que Naruto faz de Shakespeare é aquela de Romeu e Julieta "Que luz é aquela na janela ? É o leste e Julieta, o sol." para quem não entendeu.
O proximo capitulo vai ser todinho de ShikaTema e NejiTenten, amanhã eu já posto. Beijinhos ♥



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