Canary Cry escrita por ladyenoire
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura!!!
Três meses depois:
Caí no chão e permaneci ali deitada por alguns segundos, ofegante e suando. Mas logo me senti obrigada a levantar e me coloquei em posição.
— Caramba, Dinah! Já está cansada?
— Sabe que eu prefiro que em chamem de Laurel, Ted. – ele riu.
— Mas Dinah é seu primeiro nome. Também é bonito.
— É o nome da minha mãe. – sorri ao lembrar.
— E porque não a homenageia?
— Até que você tem boas ideias. – avancei contra ele e acertei uma sequência de chutes no homem, que caiu deitado.
— Você evoluiu demais em pouco tempo. – ofereci a mão para o levantar e ele a pegou – Admiro essa sua força de vontade. Mas você nunca me contou o motivo de vir até mim.
— É complicado.
— E é isso que você responde toda vez que tocamos no assunto.
— Olha Ted, eu prometo que vou te contar quando eu estiver pronta. Eu só preciso... – fui interrompida pelo toque do comunicador dele. – O que aconteceu?
— O Morcegão está com problemas!
— Como assim?
— Batman enviou um comunicado. Ele está cuidando de uns probleminhas com o Coringa e precisa que alguém impeça a Mulher-Gato.
— Seria muita audácia da minha parte pedir pra ir junto com você?
— O Pantera e a Canário Negro? Essa dupla com certeza vai ser animal!
— Não acredito que fez piada com isso. – ri mesmo sendo um trocadilho horrível e clichê.
— O que eu não acredito é no Batman pedindo ajuda.
***
Depois que eu o Pantera impedimos o caos que a Mulher-Gato estava espalhando por Gotham, fizemos uma típica parada de super-herói, no topo de um prédio. Observar a noite de cima, trazia uma sensação de liberdade e eu amava isso.
— Você destoa dessa cidade. – Ted comentou e eu me virei sem entender.
— Como assim?
— Gotham é uma cidade escura e sombria. Mas você tem uma luz que a torna diferente do resto das pessoas e das construções. – sorri.
— Eu era de Star City.
— Eu lembro de ver as notícias. Você também destoa de lá.
— É. – sentei em um dos caixotes que havia no topo do prédio, de frente pra ele – Me mudei pra cá depois de um acidente.
— Está pronta para me contar? – assenti.
— O motivo pelo qual eu quis treinar mais foi para ninguém nunca mais me machucar de novo – nesse ponto eu entendia Tommy, ele treinou para não ser machucado. Mas isso não justificava o que ele fez. Oliver me machucou da pior forma possível, porém eu não tentaria matar alguém que ele ama por isso –. Sempre tive essa necessidade de ser livre. E eu sou um advogada e filha de um policial, óbvio que não ia dar certo. Então depois que eu ganhei meus poderes tive a oportunidade, só precisava aproveitar.
— E o Arqueiro Verde? Você tinha alguma relação com ele? – respirei fundo. Desde que cheguei em Gotham, nunca falei sobre esse assunto.
— Ele era meu namorado que me traiu com a minha irmã, fugiu com ela e agora ela está morta.
— Nossa! Você o perdoou?
— Sim. Mas como eu disse à ele, posso ter perdoado, mas jamais esquecerei.
***
— Queria agradecer aos dois por terem me ajudado naquele problema. O Coringa realmente tomou muito do meu tempo. – Bruce pegou uma taça de champanhe e parou ao nosso lado.
Eu e Ted estávamos em uma das festas beneficentes das Indústrias Wayne. Depois que Bruce me confiou o seu segredo, me senti importante. Afinal, ele era o Batman e me contou isso.
— Não foi nada. Há um bom tempo que a Canário Negro não saia em campo, ela precisava dar uma aquecida. – Ted comentou e eu ri.
— Laurel...
— Dinah, por favor. – corrigi.
— Dinah, então. Você foi ótima! Eu mesmo já treinei com Ted e ele é um grande mentor.
— Obrigada, Bruce! Sei disso, fiquei honrada em poder treinar com ele.
A festa estava maravilhosa, mas como tudo que é bom dura pouco, o teto de vidro foi quebrado pelo Exterminador e seus homens. Eu e Ted corremos para o local onde tínhamos deixado nossos trajes prontos para qualquer emergência e os vestimos.
— Precisamos dar cobertura pro Bruce colocar o traje dele.
— Certo. É uma pena eu ter que tirar aquele vestido, eu estava muito linda. – brinquei e nós dois saímos correndo.
Usei meu grito para tirar um dos homens de cima de Bruce. Logo avistamos o Exterminador que vinha na nossa direção com suas duas katanas na mão.
— Distraí ele que eu já venho. – assenti enquanto o ajudava a ficar de pé.
— Ouvi falar de você, Canário Negro, não é? Vamos ver o que pode fazer! – ele avançou na minha direção e eu me abaixei, desviando das katanas, em seguida acertei minha perna nas dele, o que o fez cair. Enquanto ele levantava, girei meu corpo e acertei um chute na katana, fazendo com que ela voasse longe. – Até que para uma loira você não é tão burra.
— Até que para um homem você não é tão forte. – rebati. O Exterminador ficou irritado com meu comentário e partiu pra cima. Eu logo subi em uma mesa, pulei na direção dele e entrelacei minhas pernas ao redor do seu pescoço, impulsionei meu corpo para trás, apoiei minhas mãos no chão dando outro impulso e o joguei para frente. Rapidamente fiquei de pé e chutei a outra katana pra longe.
— Você vai pagar por isso!
— Eu acho que não. – acertei um chute no vilão, que cambaleou para trás. Então por último usei o grito da Canário para o atirar contra o vidro da janela, quebrando a mesma e levando ele a cair para fora. Mas logo, Batman chegou bem à tempo de segurá-lo pelo pé.
Bruce deu um impulso, rolou para dentro do salão atirando o Exterminador no chão. Logo usei meu pé para parar o corpo dele, já que ele aparentemente estava desmaiado.
Vi algumas pessoas tirando foto com seus celulares, porém nem me importei. Desde que eu tinha chegado em Gotham a Canário Negro agia somente nas sombras, sem ser vista, mas hoje seria diferente.
***
— Você viu o que o Bruce te mandou? – disse Ted, logo que entrou na cozinha. Eu estava morando com ele depois que nos conhecemos. Ele era como um pai pra mim e nós nos dávamos muito bem.
— Não. O que ele mandou?
— Vem comigo. – o segui até a garagem da sua casa e lá estava uma moto preta com alguns detalhes em amarelo. A única coisa que pude fazer, foi abrir a boca. – Ele disse que foi em agradecimento por ter ajudado ontem à noite.
— É oficial, eu amo Bruce Wayne! – brinquei enquanto encostava na moto e analisava todos os detalhes.
— Aproveite, ele tá solteiro. – disse Ted de escorando no batente da porta e eu ri.
— Mande um grande obrigado pra ele.
— Pode deixar, mando sim. – nós dois entramos na casa e paramos um pouco para assistir televisão. – Estão falando da gente. – apontou para a repórter que comentava as filmagens da festa beneficente.
Logo depois a reportagem mudou para imagens de uma mulher loira vestida com um traje branco, meio acinzentado, lutando contra policiais.
— “E em Star City a coisa piora com o surgimento da Canário Branco”.
— O quê? – me inclinei para frente.
— “A criminosa usa ondas sonoras para atordoar o inimigo. Muita gente acredita que a única diferença entre a Canário Negro e Canário Branco é apenas a cor do traje”. – encarei Ted que parecia tão confuso quanto eu.
— Acho que preciso resolver isso. Não posso deixar essa criminosa sujar meu nome.
— Então o que pretende fazer?
— Voltar para Star City.
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Agora sim a Canário badass ta surgindo:v
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx