Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 8
Gotham


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Três meses depois:

Caí no chão e permaneci ali deitada por alguns segundos, ofegante e suando. Mas logo me senti obrigada a levantar e me coloquei em posição.

— Caramba, Dinah! Já está cansada?

— Sabe que eu prefiro que em chamem de Laurel, Ted. – ele riu.

— Mas Dinah é seu primeiro nome. Também é bonito.

— É o nome da minha mãe. – sorri ao lembrar.

— E porque não a homenageia?

— Até que você tem boas ideias. – avancei contra ele e acertei uma sequência de chutes no homem, que caiu deitado.

— Você evoluiu demais em pouco tempo. – ofereci a mão para o levantar e ele a pegou – Admiro essa sua força de vontade. Mas você nunca me contou o motivo de vir até mim.

— É complicado.

— E é isso que você responde toda vez que tocamos no assunto.

— Olha Ted, eu prometo que vou te contar quando eu estiver pronta. Eu só preciso... – fui interrompida pelo toque do comunicador dele. – O que aconteceu?

— O Morcegão está com problemas!

— Como assim?

Batman enviou um comunicado. Ele está cuidando de uns probleminhas com o Coringa e precisa que alguém impeça a Mulher-Gato.

— Seria muita audácia da minha parte pedir pra ir junto com você?

— O Pantera e a Canário Negro? Essa dupla com certeza vai ser animal!

— Não acredito que fez piada com isso. – ri mesmo sendo um trocadilho horrível e clichê.

— O que eu não acredito é no Batman pedindo ajuda.

***

Depois que eu o Pantera impedimos o caos que a Mulher-Gato estava espalhando por Gotham, fizemos uma típica parada de super-herói, no topo de um prédio. Observar a noite de cima, trazia uma sensação de liberdade e eu amava isso.

— Você destoa dessa cidade. – Ted comentou e eu me virei sem entender.

— Como assim?

— Gotham é uma cidade escura e sombria. Mas você tem uma luz que a torna diferente do resto das pessoas e das construções. – sorri.

— Eu era de Star City.

— Eu lembro de ver as notícias. Você também destoa de lá.

— É. – sentei em um dos caixotes que havia no topo do prédio, de frente pra ele – Me mudei pra cá depois de um acidente.

— Está pronta para me contar? – assenti.

— O motivo pelo qual eu quis treinar mais foi para ninguém nunca mais me machucar de novo – nesse ponto eu entendia Tommy, ele treinou para não ser machucado. Mas isso não justificava o que ele fez. Oliver me machucou da pior forma possível, porém eu não tentaria matar alguém que ele ama por isso –. Sempre tive essa necessidade de ser livre. E eu sou um advogada e filha de um policial, óbvio que não ia dar certo. Então depois que eu ganhei meus poderes tive a oportunidade, só precisava aproveitar.

— E o Arqueiro Verde? Você tinha alguma relação com ele? – respirei fundo. Desde que cheguei em Gotham, nunca falei sobre esse assunto.

— Ele era meu namorado que me traiu com a minha irmã, fugiu com ela e agora ela está morta.

— Nossa! Você o perdoou?

— Sim. Mas como eu disse à ele, posso ter perdoado, mas jamais esquecerei.

***

— Queria agradecer aos dois por terem me ajudado naquele problema. O Coringa realmente tomou muito do meu tempo. – Bruce pegou uma taça de champanhe e parou ao nosso lado.

Eu e Ted estávamos em uma das festas beneficentes das Indústrias Wayne. Depois que Bruce me confiou o seu segredo, me senti importante. Afinal, ele era o Batman e me contou isso.

— Não foi nada. Há um bom tempo que a Canário Negro não saia em campo, ela precisava dar uma aquecida. – Ted comentou e eu ri.

— Laurel...

— Dinah, por favor. – corrigi.

— Dinah, então. Você foi ótima! Eu mesmo já treinei com Ted e ele é um grande mentor.

— Obrigada, Bruce! Sei disso, fiquei honrada em poder treinar com ele.

A festa estava maravilhosa, mas como tudo que é bom dura pouco, o teto de vidro foi quebrado pelo Exterminador e seus homens. Eu e Ted corremos para o local onde tínhamos deixado nossos trajes prontos para qualquer emergência e os vestimos.

— Precisamos dar cobertura pro Bruce colocar o traje dele.

— Certo. É uma pena eu ter que tirar aquele vestido, eu estava muito linda. – brinquei e nós dois saímos correndo.

Usei meu grito para tirar um dos homens de cima de Bruce. Logo avistamos o Exterminador que vinha na nossa direção com suas duas katanas na mão.

— Distraí ele que eu já venho. – assenti enquanto o ajudava a ficar de pé.

— Ouvi falar de você, Canário Negro, não é? Vamos ver o que pode fazer! – ele avançou na minha direção e eu me abaixei, desviando das katanas, em seguida acertei minha perna nas dele, o que o fez cair. Enquanto ele levantava, girei meu corpo e acertei um chute na katana, fazendo com que ela voasse longe. – Até que para uma loira você não é tão burra.

— Até que para um homem você não é tão forte. – rebati. O Exterminador ficou irritado com meu comentário e partiu pra cima. Eu logo subi em uma mesa, pulei na direção dele e entrelacei minhas pernas ao redor do seu pescoço, impulsionei meu corpo para trás, apoiei minhas mãos no chão dando outro impulso e o joguei para frente. Rapidamente fiquei de pé e chutei a outra katana pra longe.

— Você vai pagar por isso!

— Eu acho que não. – acertei um chute no vilão, que cambaleou para trás. Então por último usei o grito da Canário para o atirar contra o vidro da janela, quebrando a mesma e levando ele a cair para fora. Mas logo, Batman chegou bem à tempo de segurá-lo pelo pé.

Bruce deu um impulso, rolou para dentro do salão atirando o Exterminador no chão. Logo usei meu pé para parar o corpo dele, já que ele aparentemente estava desmaiado.

Vi algumas pessoas tirando foto com seus celulares, porém nem me importei. Desde que eu tinha chegado em Gotham a Canário Negro agia somente nas sombras, sem ser vista, mas hoje seria diferente.

***

— Você viu o que o Bruce te mandou? – disse Ted, logo que entrou na cozinha. Eu estava morando com ele depois que nos conhecemos. Ele era como um pai pra mim e nós nos dávamos muito bem.

— Não. O que ele mandou?

— Vem comigo. – o segui até a garagem da sua casa e lá estava uma moto preta com alguns detalhes em amarelo. A única coisa que pude fazer, foi abrir a boca. – Ele disse que foi em agradecimento por ter ajudado ontem à noite.

— É oficial, eu amo Bruce Wayne! – brinquei enquanto encostava na moto e analisava todos os detalhes.

— Aproveite, ele tá solteiro. – disse Ted de escorando no batente da porta e eu ri.

— Mande um grande obrigado pra ele.

— Pode deixar, mando sim. – nós dois entramos na casa e paramos um pouco para assistir televisão. – Estão falando da gente. – apontou para a repórter que comentava as filmagens da festa beneficente.

Logo depois a reportagem mudou para imagens de uma mulher loira vestida com um traje branco, meio acinzentado, lutando contra policiais.

— “E em Star City a coisa piora com o surgimento da Canário Branco”.

— O quê? – me inclinei para frente.

— “A criminosa usa ondas sonoras para atordoar o inimigo. Muita gente acredita que a única diferença entre a Canário Negro e Canário Branco é apenas a cor do traje”. – encarei Ted que parecia tão confuso quanto eu.

— Acho que preciso resolver isso. Não posso deixar essa criminosa sujar meu nome.

— Então o que pretende fazer?

— Voltar para Star City.


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Notas finais do capítulo

Agora sim a Canário badass ta surgindo:v
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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