Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 7
A Ascensão de Merlyn


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734971/chapter/7

Laurel! – o Arqueiro Verde gritou, mas foi tempo o suficiente para o Arqueiro Negro o derrubar e vir até mim. Naquele momento eu não ligava mais para o que iria acontecer, apenas abri a boca e gritei, jogando o vilão longe. – Canário... – disse o Arqueiro Verde ao ficar de pé.

— Quem diria... Os pombinhos se reencontraram novamente. – o vilão ficou de pé e riu. – Como se sente em saber que sua parceira de luta é sua namorada? Opa, digo ex-namorada!

— Mas o qu...

— Hein, como é a sensação, Ollie? – naquele momento a dor que eu sentia na perna não era nada comparada ao choque de realidade que eu havia tomado. Como não tinha percebido antes? Fazia todo sentido!

Oliver Queen era o Arqueiro Verde.

E agora ele sabia que eu era a Canário Negro.

Isso só pode ser uma brincadeira maldita do destino!

— Porque fez isso Malcolm? O que quer de mim?

— Malcolm?

— Sim. Eu segui as pistas, revi tudo que tinha e procurei mais provas. E eu não sei o porquê, mas tudo levou à você.

— Parece que houve um pequeno errinho de cálculo, Oliver. Eu não sou Malcolm Merlyn. – o Arqueiro Negro abaixou o pano que cobria sua boca e tirou o capuz – Sou o filho dele.

— Tommy? – deixei escapar num sussurro. Nada mais fazia sentido para mim.

— Acho que isso nos leva a um clichê monólogo de vilão, enquanto a nossa querida Canário Negro sangra até a morte. Eu falei, Dinah Laurel Lance sempre tentando salvar o mundo. Pena que ela não conseguiu. – Oliver correu na minha direção mas Tommy atirou uma flecha na perna dele também, o fazendo cair no chão – Sem interrupções por favor. Então, você sabia que eu era apaixonado pela Laurel, não é mesmo, Ollie? Então o que fez? Isso mesmo, virou namorado dela! Depois disso Oliver Queen foi embora de Star City, junto com a irmã da mulher que ele dizia amar e morreu na viagem. Ah, como eu queria que estivesse vivo para eu te matar de novo! Você tirou a Laurel de mim e a traiu!

— Eu nunca fui sua. – falei baixo.

— Eu disse sem interrupções, docinho. Então, onde eu estava? Ah sim! Laurel e eu fomos assaltados uma noite e eu não pude fazer nada. Lembra disso? Então comecei a treinar minhas habilidades para não me sentir mais impotente, defender a Laurel e tentar dar orgulho ao idiota do meu pai, mas nunca era o suficiente. Aí você de repente volta dos mortos e acha que pode tirar tudo o que eu conquistei? Foi questão de tempo entre eu relacionar e descobrir que você era o Arqueiro Verde. E agora qu...

— Achei que fôssemos amigos! – Oliver levantou com dificuldade e os dois começaram a lutar. Não sabia o que estava acontecendo, eu ouvia eles falando mas não entendia. Minha mente estava confusa, eu estava com dor e o sangue estava se espalhando pelo chão. – Você não sente nada por ela? Olha o que está fazendo! Olha como a deixou! – meus sentidos estavam voltando e eu juntei todas as forças para cambalear até meu carro.

— Sei que vocês dois ainda se amam e a única coisa que eu quero é tirar tudo de você, porque também sei que não tenho mais nada a perder! – encarei os dois e notei que Tommy tinha puxado um pequeno controle do bolso enquanto Oliver me encarava.

— Ollie! – tentei alertá-lo, mas foi tarde demais. Tommy apertou o que eu descobri ser um detonador depois que meu carro explodiu. Após sentir o impacto da explosão nas minhas costas me jogando para frente, não vi mais nada.

***

A primeira coisa que eu vi ao abrir os olhos, foi um teto branco. Primeiro achei que tinha morrido, mas ao virar para o lado e me deparar com equipamentos médicos, percebi que estava no hospital.

— Laurel, graças à Deus! – meu pai veio me abraçar com um sorriso. Depois do monólogo dele sobre como eu fui imprudente mas graças à Deus estava viva, conversamos pouco, pois ainda me sentia dopada.

Eu precisava de respostas, mas apenas uma pessoa podia me dar. E depois de um tempo ela passou pela porta.

— Não sabe o quanto estou feliz por você estar viva. – disse Oliver e eu sorri.

— Como está sua perna?

— Doendo. Mas não se preocupe comigo. Como você está?

— Bem. – depois de uma pequena pausa, tomei coragem para obter minhas respostas - Como... Como se tornou o Arqueiro? Tem a ver com a ilha? – ele assentiu.

— Muitas coisas aconteceram nesses cinco anos. Coisas que eu preciso não lembrar, mas que de certa forma, me fizeram uma pessoa melhor. Quando voltei para Star City, vim determinado à consertar as coisas, principalmente com você. – ele sorriu – Pensei em você o tempo todo.

— Eu também. – Oliver segurou minha mão – E o Tommy, você o pegou? – a cara dele se fechou.

— Eu escolhi socorrer você. O Arqueiro Negro ainda está por aí, mas não por muito tempo.

— Porque nós vamos pegá-lo.

— “Nós”? Não, você nunca mais vai se arriscar dessa maneira!

— O que quer dizer? – ele ficou de pé e andou até a janela.

— Laurel, você não pode mais se arriscar. Eu treinei por cinco anos e mesmo assim me feri gravemente. Eu não... Eu não suportaria a ideia de te perder novamente! Sem falar que Tommy está por aí e pode agir em brev...

— Oliver, eu sei me cuidar sozinha.

— E é por isso que você está numa cama de hospital? – esse era o problema de Oliver Queen. Ele se preocupava, mas às vezes não sabia demonstrar isso de maneira adequada. Ofensas geralmente era um dos recursos utilizados por ele.

— Como é que é?

— Laurel, você não entende...

— E porque é que eu não entendo? Só porque você treinou cinco anos naquela droga de ilha, não significa que seja melhor que eu. Preciso te lembrar que você me traiu com a minha irmã, fugiu com ela e agora ela está morta?

— Pensei que tinha me perdoado.

— E eu perdoei, mas jamais Ollie, jamais vou esquecer. – ficamos em silêncio durante alguns segundos.

— Não posso deixar que vire a Canário Negro de novo. Isso tudo não é uma brincadeira, Laurel. É a vida real, e as pessoas são cruéis. Quando iríamos imaginar que Tommy Merlyn tentaria te matar? Tem noção disso?

— Oliver, quando você e a Sara se foram eu fiquei destruída. Mas depois da explosão do acelerador de partículas, uma coisa além das minhas cordas vocais mudou. Eu senti que tinha um propósito, precisava fazer alguma coisa. De início eu só queria me livrar desse poder, mas depois eu enxerguei que ele era um caminho para me sentir livre. A sensação que eu sentia quando subia numa moto e viajava, era algo inexplicável. Eu amo ser a Dinah Laurel Lance, a advogada. Mas também amo ser a Canário Negro.

— Sinto muito, mas não posso ver você se arriscar novamente. Se voltar a virar a Canário Negro, serei obrigado a contatar seu pai. – lágrimas escorreram dos meus olhos. Oliver não podia tirar a parte de mim que eu mais amava.

— Some por favor! Eu não quero mais ver você na minha frente.

— Laurel...

— Eu disse pra sumir! – funguei e desviei o olhar. Depois de alguns segundos Oliver deixou o quarto. E foi realmente, a última vez que o vi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Calma, calma! Lembram que eu disse que as coisas relacionadas ao Arqueiro Verde não terão muita profundidade aqui, não é? Somente como envolvimento da Canário Negro.
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Canary Cry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.