Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 9
O Retorno de Dinah Laurel Lance


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e favoritos ♥
Boa Leitura!!!



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Não acredito que você está voltando! – Cisco comentou animado – E essa moto que o Batman te deu? Você precisa vir me visitar para eu ver ela de perto!

— Não se preocupe, assim que eu resolver as coisas por aqui e tiver tempo, vou te visitar e contar tudo sobre a minha estadia em Gotham.

— Foram três meses sem previsão de volta. Não sei se “estadia” é a palavra certa.

— Enfim, conto tudo assim que der.

— Ah, não se esqueça de fazer aqueles exercícios de frequência, vão melhorar muito seu grito.

— Tá bom. Agora será que pode me dar a localização?

— Nossa, pra quê essa grosseria? – pelo seu tom de voz, dava pra imaginar a careta que ele fazia.

— Cisco! – o repreendi rindo.

— Glades, obviamente. Rua principal, esquina com a Holgate St.

— Ok, obrigada. – como conheço todas as ruas de Star City, não foi difícil achar o meu destino.

Quando cheguei avistei a Canário Branco lutando com o Arqueiro Verde. Pelo visto ela era mesmo boa, assim como Oliver.

Acelerei a moto e passei entre os dois, em seguida freei enquanto eles me olhavam. A Canário Branco foi esperta e aproveitou o momento de distração do Arqueiro para derrubá-lo. Então usei meu grito para jogá-la longe.

Dessa vez eu aproveitei a oportunidade e acertei uma joelhada no queixo dela, que caiu para trás, porém logo ficou de pé. Ela tentou me chutar nas pernas mas eu fui para trás.

— Ela é mais habilidosa do que você pensa! – Oliver falou enquanto levantava e vinha na minha direção.

— Acontece que eu também. – saltei duas vezes desferindo chutes, mas ela os bloqueou, em seguida ela girou o corpo e acertou um chute na minha costela. Eu cambaleei para o lado mas me abaixei a tempo de levar outro chute. Logo levantei, girei meu corpo e acertei uma cotovelada nela, depois um chute de frente e outro chute de lado.

A Canário Branco tirou um aparelho do bolso e emitiu um som que simulava meu grito sônico, atirando eu e Oliver pra trás. Quando nós levantamos, ela já não estava mais lá. Fiquei de pé e olhei para os lados para conferir mas ela já tinha ido embora.

— Isso não acabou! – murmurei.

— Você voltou... – ouvi Oliver falando atrás de mim e me virei para encará-lo. Minha postura assustada e surpresa de antes, agora dava lugar à postura confiante e determinada.

— Voltei porque tem uma idiota sujando meu nome. Se não fosse por isso, acredite, eu não estaria aqui. – disse subindo na moto.

— Achei que tinha parado.

— Achou mesmo que eu ia parar porque você disse? Fiquei longe para treinar e agora posso finalmente chutar o seu traseiro quando me der vontade.

— Então vai ser uma vilã agora? – ri de forma irônica.

— Só porque quero te arrebentar não significa que quero o mesmo pra essa cidade. – liguei a moto – Passar bem, Ollie. A propósito, adorei o projeto de cavanhaque. – acelerei e por fim saí, o deixando sozinho.

Felizmente, agora não sou a mesma pessoa que era quando deixei a cidade.

***

— Não sabe o quanto estou feliz em te ver, querida. – meu pai sorriu e me abraçou forte.

— Tudo bem, mas eu não consigo respirar. – ele riu, me soltou e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

— O que te fez voltar? Está tudo bem com as Indústrias Wayne? Não foi demitida, não é?

— Não, está tudo bem. Eu só... – respirei fundo – Preciso te contar uma coisa.

— O que é? – fiquei o encarando por um tempo. Talvez não fosse a melhor escolha, mas eu precisava contar à ele. Chega de mentiras.

— Eu sou a Canário Negro.

***

Agora as coisas estavam diferentes em Star City, como o fato do Arqueiro Verde não ser mais considerado um criminoso e sim um herói. Então isso meio que ajudou meu pai a entender que eu também era uma heroína, pois confesso que esperava uma reação bem pior dele. Primeiro ele gritou, depois listou as coisas que poderiam acontecer comigo me arriscando e por último aceitou desde que eu não “aparecesse morta”, pois segundo ele, nesse caso ele me ressuscitaria só pra poder me matar de novo. Parece rude, mas eu sei que é só o jeito dele de dizer “tome cuidado” e “eu te amo”.

— É bom ver você, Laurel.

— Digo o mesmo, Thea.

— Sei que ainda deve estar brava com o Ollie, mas eu...

— Olha, eu o perdoei e tudo mais. No entanto isso não significa que seremos grandes amigos. Também não significa que eu tenha algo contra você. Felizmente você não é como seu irmão. – ela sorriu.

— Que bom que pense assim! Mas então, como foi em Gotham? Você conheceu o Bruce Wayne? Ele é tão gato pessoalmente quanto na televisão? – eu ri e tomei um gole de café.

— Conheci ele sim. Trabalho como uma das advogadas da empresa dele. E sim, ele é tão bonito pessoalmente quanto na televisão.

— Eu vi a notícia que a última festa beneficente dele foi atacada. Você estava lá?

— Sim. Bruce tinha acabado de falar comigo e com o meu amigo.

— Hum, que amigo é esse? – ela fez uma careta sugestiva.

— Alguém que conheci no trabalho, mas nada demais. Tá mais para um irmão. – rimos.

Thea Queen é a irmã do Oliver. Sempre nos demos bem, porém depois do acidente há cinco anos atrás, eu apenas me afastei da família Queen. Sem brigas, até porque não era culpa deles, apenas de Oliver e Sara.

Fiquei surpresa quando ela me chamou para tomar um café, mas aceitei mesmo assim, porque como eu disse não tenho nada contra ela.

***

— Filha, você está... Você sabe...

— Sim pai. Vou pegar uns bandidos e assim que o fizer vou te encontrar pra gente jantar junto. – falei enquanto dirigia a moto até o píer, onde no momento estava acontecendo um tráfico de armas.

— Qualquer coisa peça reforços. E não se atrase.

— Certo.

— E Laurel! Tome cuidado. – sorri.

— Pode deixar, eu vou tomar. – acelerei e logo cheguei no píer de Star City. Estacionei a moto em um local onde não podia ser vista e observei de longe os criminosos trocando armas.

— Se eu fosse você iria pra casa, as coisas vão ficar feias por aqui. – olhei para trás e me deparei com Oliver observando os traficantes ao meu lado.

— E se eu fosse você, o que graças à Deus não sou, ficaria bem longe de mim.

— Olha, eu sei que você não vai simplesmente ir pra casa, então sugiro que a gente trabalhe juntos. – o encarei com descrença – Pelos velhos tempos. O que me diz?

— Só vou fazer isso porque preciso chegar a tempo de jantar com o meu pai.

— Certo. Eu vou por cima e você por baixo.

— Sem chance. Eu vou por cima.

— Nós dois vamos por cima então. Beleza? – assenti e comecei a subir no contêiner. Nós estávamos bem próximos, de maneira que ele não conseguiam nos ver.

— Tem muitas armas.

— Você pode usar o grito da Canário para atordoar eles e eu explodo o carregamento com uma das minhas flechas especiais.

— Pode ser. Se prepara. – ele pegou uma flecha na aljava e apontou.

— Quando quiser, passarinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykissess xx



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