Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 6
O Resgate da Donzela


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Desviei dos demais fotógrafos após responder algumas perguntas de alguns repórteres e entrei no meu carro. Assim que o fiz, segurei no volante e respirei fundo. Depois comecei a rir. Eram reações estranhas, eu sei. Mas eu tinha acabado de colocar Frank Bertinelli na cadeia.

Estava com um sensação boa por ter feito isso. Claro que devo muito ao Arqueiro Verde, mas eu também tenho meu mérito.

Dei a partida no carro e dirigi. Logo recebi uma ligação, vi que era número desconhecido mas atendi mesmo assim.

— Alô?

— Canário Negro? É o Henry!

— Henry, como...

— Não temos tempo para isso. E não se preocupe, não contei ao Arqueiro Verde quem você é, só estou te ligando porque ele precisa da sua ajuda. Estão perseguindo ele nesse momento.

— Quem está perseguindo ele?

— A polícia.

— Como assim? Sabia que não gostavam dele, mas...

— Tem um arqueiro que está se passado por ele. Esse arqueiro matou uma repórter para incriminá-lo. A polícia não acreditou que não era ele, como você deve saber.

— Certo, vou para o esconderijo então. – desviei a minha rota e logo cheguei no local, pois não estava muito longe. Vesti meu traje, que estava sempre comigo e peguei a moto do Arqueiro Verde, já que o carro era na verdade do meu pai.

— Canário Negro?

— Ela mesma. Onde o Arqueiro está?

— Quinta Avenida, na direção do estádio.

— Entendido. Contate ele e diga que estou à caminho. – espero que meu pai não esteja envolvido na perseguição, mas o conhecendo como conheço, duvido que não esteja. – Aqui! – gritei ao avistar ele correndo entre as vigas e caixotes de uma construção. Assim que ele me viu, pulou por cima dos caixotes e eu aproximei a moto para que ele pudesse pular e segurar em mim.

— Bem à tempo! Obrigado por vir!

— Tive que regatar a donzela em perigo! – ele riu.

— Certo, eles ainda estão atrás de nós.

— Atrás de você, na verdade.

— Tecnicamente, agora você se tornou minha cúmplice e eles estão atrás de você também.

— Que ótimo! – revirei os olhos – Qual é o plano?

— Não quero deixar ninguém ferido, pensei em apenas despistar. Mas não tenho certeza se vai funcionar.

— Entendi. – virei à esquerda e depois à esquerda novamente, indo na direção que estávamos antes.

— Porque está voltando?

— Porque acho que tenho um plano.

— É bom esse seu “acho” se tornar um “tenho certeza”. – dei um sorriso de canto.

— Vamos descobrir. – virei à esquerda e depois a direita, voltando à construção que estávamos antes.

— Passarinho, o que você está fazendo? – ele disse ao notar que eu estava indo na direção de um muro.

— Segura firme! – logo que disse ele o fez e eu usei o grito da Canário para destruir o muro, espaço o suficiente para uma moto passar, mas não para um carro. Em seguida entrei na estrada novamente e segui para o esconderijo.

— Garota, você é sensacional! – sorri e acelerei.

***

— Depois dessa fuga fantástica que terminou com você arrebentando um muro no grito, precisamos sentar e pensar sobre esse Arqueiro.

— Porque ele te incriminaria? Pode ser alguém que te conhece por baixo da máscara?

— Acho difícil. – ele sentou e fez uma careta pensativa, colocando a mão em baixo do queixo. Confesso que ao vê-lo assim me trazia uma sensação estranha. Mesmo com máscara ele era muito bonito e sua pose durona o deixava mais atraente. – Mas posso considerar essa possibilidade. – meu celular tocou e era Tommy me ligando, quase tinha esquecido que havia marcado um jantar com ele.

— Bem, eu adoraria ficar aqui confabulando com você, mas preciso ir. – acenei e saí.

***

— O Oliver mudou mas em certos pontos continua o mesmo. – disse Tommy.

Tommy Merlyn é o melhor amigo de Oliver. Depois que o Queen’s Gambit afundou, nos tornamos mais próximos por motivos óbvios. Com o tempo Tommy demonstrou interesse por mim, mas desde que Oliver havia ido, não estava pronta para nenhum relacionamento e nem sei se ainda estou.

— Eu sei, mas quero deixar as coisas ruins que aconteceram entre nós no passado. – falei. – Mas enfim, como foi de viagem?

— Foi bem. A convenção estava meio chata, mas depois que cheguei e encontrei Oliver, larguei um pouco o serviço para recuperar o tempo perdido. Embora meu pai tenha ficado me enchendo por isso.

— Ele ainda quer que você seja médico?

— Sim. Ele fica com aquela bobagem de “filho perfeito” na cabeça. Mas acontece que eu não sou assim. De uns tempos pra cá ele tem ficado pior. – ele bufou - Bem, vamos esquecer meu pai maluco e falar de você. Como está no trabalho? Fiquei sabendo que conseguiu colocar Frank Bertinelli atrás das grades.

— É, foi difícil mas eu consegui. – sorri vitoriosa – Mas infelizmente, meu trabalho nessa cidade ainda não acabou. Existem muitos criminosos que precisam ser levados à justiça e eu pretendo fazer isso.

— Dinah Laurel Lance, sempre tentando salvar o mundo!

***

— Porque chegou tarde hoje?

— Estava em uma breve perseguição. – meu pai respondeu.

— Ah, é? Quem estavam perseguindo?

— O Arqueiro Verde. Estávamos quase pegando ele, mas aí a Canário Negro apareceu e o ajudou a fugir.

— Hum, entendo. – não estava me sentindo muito bem omitindo essas informações do meu pai, mas era preciso, ele não entenderia se eu contasse a verdade.

— Aliás, parabéns pela prisão de Frank Bertinelli. Sua mãe ficaria orgulhosa. – sorrimos – Só tome cuidado, aquele cara pode ser bem perigoso até mesmo na cadeia.

— Tudo bem pai, consigo me cuidar sozinha.

***

Hoje o dia havia sido corrido. Tive que pegar alguns papéis em Central City novamente e aproveitei para ver Cisco e o atualizar das novidades. A cada vez que eu falava sobre o Arqueiro Verde ele soltava um gritinho. Acontece que ele é muito fã.

E agora eu estava encarregada de arrumar uma papelada gigante. Não via a hora de sair do escritório e ir ajudar o Arqueiro Verde, porém por infelicidade minha, teria que ficar até mais tarde.

Então depois de um longo expediente, terminei tudo e finalmente pude ir para casa. Sorte minha que meu pai tinha me emprestado seu carro novamente, então eu não precisaria caminhar tanto. Pois agora que sou a Canário Negro, o perigo das ruas não tem me assustado tanto.

Destravei o carro e antes que eu abrisse a porta, uma flecha passou entre minha mão e a maçaneta.

— Arqueiro Verde? – olhei para cima me deparando com a figura encapuzada, mas conhecia o Arqueiro Verde o bastante para saber que não era ela. Era o arqueiro impostor, ou Arqueiro Negro, como Cisco insistiu em chamar. Mas porque ele viria atrás de mim? – O que você quer?

— Você! – disse ele e veio atrás de mim. Abri a porta do carro rapidamente e joguei minha bolsa, mas quando fui entrar ele disparou outra flecha, dessa vez explosiva, entre mim e a porta. Então rapidamente corri para o outro lado já que ele se aproximava.

O Arqueiro Negro se aproximou e num movimento rápido eu virei e acertei um soco nele, em seguida virei de lado e desferi um chute, mas ele segurou o meu pé, me atirou no chão, preparou uma flecha e apontou a mesma para mim.

Eu poderia usar o grito da Canário para sair facilmente dessa situação, mas não podia revelar minha identidade secreta. Então pensei rápido e chutei suas pernas para que ele caísse, no entanto ele levantou junto comigo e atirou um flecha na minha direção. Desviei da mesma me abaixando. Ele tentou acertar um chute mas desviei colocando meu ombro para trás.

— Fique parada, não quero te machucar!

— Pena que eu não posso dizer o mesmo! – avancei acertando dois socos no rosto dele, no entanto quando fui acertar o terceiro, ele segurou minha mão e bateu ao lado do meu corpo e eu caí no chão.

— Larga ela! – uma flecha verde parou entre mim e o arqueiro impostor. Então Arqueiro Verde desceu por uma corda e iniciou uma luta com o outro. – Laurel, saí daqui! – eu queria ajudar, mas assim não podia, então obedeci.

— Não, ela fica! – me virei para eles, logo o Arqueiro Negro atirou uma flecha que atravessou a minha perna direita e eu caí de joelhos com as mãos na boca. Era uma sensação horrível mas eu não podia gritar. A dor era insuportável, minha respiração era pesada, lágrimas saiam dos meus olhos mas eu não podia gritar.

Naquele momento parecia que eu era a donzela em perigo que precisava de resgate, mas nem por ajuda eu podia gritar.


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Notas finais do capítulo

Não se preocupem, pois não vai demorar muito pra vocês verem a Canário Negro badass que vocês estão acostumados ou querem muito :p
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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