Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 5
Conde Vertigo Ataca


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Oi Laurel, eu sei que você está ocupada. Mas só passei aqui porque precisava te ver. – ele disse olhando para o chão – Posso entrar? – assenti ainda sem acreditar que estava diante de Oliver.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não exatamente. Eu só precisava te ver. – ele sentou na poltrona que estava na minha frente – Isso é uísque?

— Na verdade é água. Estou no meio de um julgamento e ao contrário de você, não posso entrar no tribunal bêbada. – falei em tom descontraído e o loiro riu ao lembrar da vez que fez isso.

— Em minha defesa... Tá, não tenho nada pra usar em minha defesa. – nós rimos. Era estranho esse clima “normal” entre mim e Oliver. Mas ainda ficar brava com ele só iria piorar as coisas, pois me manteria presa no passado e eu quero viver o presente. Esses cinco anos não serviram apenas para mudar Oliver, mas também para me mudar, pois agora eu evoluí como pessoa e sinto que perdoá-lo é uma boa maneira de demonstrar isso. – Como está indo o julgamento?

— Deixei o advogado do Bertinelli bem irritado, mas essa era a intenção. – sorri vitoriosa.

— Sei que você tem potencial pra vencer esse julgamento, mas só tome cuidado. Esse homem é perigoso.

— Obrigada pela preocupação, mas sei me virar sozinha. A propósito, o outro advogado dele foi atacado noite passada, então Frank não deve estar muito concentrado no julgamento.

— Acho que vi algo na televisão, uma tal de Caçadora, não é?

— Sim. Mas ela não fez nada com ele, porque o Arqueiro Verde e a Canário Negro chegaram antes. – me senti vitoriosa falando de mim dessa maneira.

— E o que você acha deles? – arregalei os olhos de leve, porém sem Oliver perceber. Aquela pergunta havia me pegado de surpresa.

— Bem, como era de se esperar, meu pai não gosta deles. Mas eu acredito que eles possam fazer a diferença. – respondi tentando não parecer nenhum pouco suspeita.

— Entendo, também gosto deles.

***

— De novo. – levantei e escorei as mãos nos meus joelhos, recuperando o fôlego. Logo depois avancei na direção do Arqueiro Verde com um chute, mas o mesmo segurou meu pé e me empurrou para trás, fazendo com que eu caísse novamente. – Você tem que ser rápida. Me chutar e dar o próximo golpe antes que eu tenha tempo de pensar em segurar sua perna.

— Tá, ser rápida. Entendi.

— De novo. – antes que nós continuássemos o alarme soou novamente. – Henry! Ah certo, entendi. Ao que parece um meta-humano está atacando no centro. – ele me disse e subiu na moto.

— Achei que eu fosse pilotar.

— Não temos tempo pra isso, vamos logo. – subi na moto, segurei na cintura dele e ele acelerou e saiu cantando pneus.

A sensação de andar de moto com o Arqueiro Verde me lembrou quando Oliver me levava para viajar assim. Eu segurava na cintura dele e me escorava em suas costas. Isso me fazia sentir livre. Parece que sempre tive esse espírito meio selvagem dentro de mim, mas pelo fato de ser uma advogada e filha de um policial, não podia demonstrar isso.

Depois que Oliver tinha ido viajar de barco com seu pai – e levado a Sara -, fiquei destruída quando soube que eles não voltariam nunca mais. Não sabia se ficava com raiva ou se ficava triste. Então comecei a fazer meus passeios de moto sozinha. No começo foi difícil, porque eu não sabia dirigir tão bem, porém fui treinando e agora sei o que estou fazendo – modéstia à parte. Mas o ponto é que depois eu descobri que o que eu mais gostava nas viagens com Oliver, não era apenas estar com ele e sim me sentir livre de toda a pressão de viver como Dinah Laurel Lance em Star City.

— Canário!

— O que foi? – balancei a cabeça, saindo do transe.

— Te chamei pelo menos umas três vezes, você está bem?

— Sim, eu só estava me lembrando de uma coisa. Mas o que você quer?

— Que você grite! – o Arqueiro Verde freou a moto e parou de lado para um cara estranho todo verde. Antes de qualquer coisa, usei o grito da Canário, o deixando atordoado. – Esse meta-humano pode controlar mentes, segundo o Henry, tome cuidado!

— Vejo que a dupla mais imprudente da cidade veio tentar me deter. Arqueiro Verde e Canário Negro, que prazer vê-los aqui. – ele riu enquanto ficava de pé.

— E como devemos te chamar? Maluco Verde? Podia pelo menos ter escolhido outra cor, essa já é minha!

— Não, eu sou o Conde Vertigo. – dito isso, o vilão partiu para cima de nós dois. Haviam mais dois homens que vieram pra cima de mim enquanto o Arqueiro Verde lutava com o Conde.

Os dois homens pareciam lutar meio atordoados, então foi fácil derrubá-los. Porém um deles segurou meu pé antes que eu pudesse ajudar o Arqueiro e eu caí no chão com tudo.

— Canário Negro! – o Arqueiro Verde se distraiu quando um dos homens ficou por cima de mim, dando brecha para o Conde Vertigo o derrubar. Eu soquei o cara que estava por cima de mim e consegui derrubá-lo, em seguida usei meu grito para tirar o Conde de perto do Arqueiro.

Ouvimos sirenes se aproximando e eu corri até a moto.

— Vem logo! – o Arqueiro parecia me ouvir mas estava atordoado demais. Então eu gritei novamente para afastar o Conde ainda mais e saí puxando o Arqueiro Verde até a moto. Subi na frente e senti os braços dele ao redor da minha cintura. – Segura firme!

Assim que chegamos no esconderijo do Arqueiro, o ajudei a chegar mesa de metal e ele se deitou.

— Canário Negro! – ele chamou ofegante e suando.

— O que houve? O que está sentindo?

— Eu não sei. – rapidamente peguei meu celular e liguei para Cisco.

— Laurel?

— Sim, preciso da sua ajuda. O Arqueiro Verde está ferido, um meta-humano chamado Conde Vertigo que pode controlar mentes.

— Controlar mentes? Não temos nenhum registro de um meta-humano que possa fazer isso, mas tudo é possível...

— Cisco! Ele está suando e a respiração está acelerada.

— Como?

— Parece que foi drogado. – um estalo veio a minha mente e eu lembrei do traje do Conde Vertigo, haviam luvas que pareciam tecnológicas – Na verdade, eu acho que há uma possibilidade de ele ter sido drogado. - Antes que Cisco dissesse mais alguma coisa, o Arqueiro Verde ficou de pé e partiu para cima de mim. Coloquei o celular no Viva Voz e o depositei em cima da bancada.

— Como assim?

— Ele está me atacando.

— Então o Conde Vertigo pode mesmo controlar mentes.

— Não acho, pois o efeito teria passado. – desviei de um soco – Acho que é algum tipo de droga! Como eu tiro isso do corpo dele? – o Arqueiro Verde acertou um soco no meu queixo eu caí para trás.

— Deixa comigo! – alguém disparou uma bala no Arqueiro Verde e ele caiu desacordado.

— Não! O que você fez?

—Relaxa! Eu sou o Henry, o cara que o Ol... Arqueiro Verde contata e isso é um dardo tranquilizante. Você deve ser a Canário Negro?

— Sim, sou eu. Como voc...

— Eu ouvi pelo comunicador. Pode me ajudar a colocar ele em cima dessa mesa. – assenti e segurei os pés do Arqueiro Verde enquanto Henry segurava os braços. – Descobri que o Conde Vertigo não controla mentes, ele apenas injetou uma droga. 

— Laurel, quem está aí? – arregalei os olhos quando Cisco disse o meu nome alto e corri até o telefone.

— Depois eu te ligo, tchau. – desliguei e encarei Henry.

— S-Seu nome é L-Laurel?

— Por favor, não conte à ninguém. Nem mesmo ao Arqueiro Verde. – o homem parecia esquisito mas assentiu. – Obrigada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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