Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 3
Assumindo o Caso


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734971/chapter/3

Agora além do Capuz, tem mais uma mulher atrás do Frank Bertinelli. – meu pai comentou enquanto tomávamos café da manhã.

— Jura?

— Sim. A mídia está chamando ela de “Caçadora”. – ele deu uma risada – Esses nomes malucos. – colocou o jornal sobre a mesa e continuou tomando café. – Hoje eu pretendo sair mais cedo, quer que eu te busque?

— Obrigada, mas não precisa. Megan disse que ia me dar carona. – menti. Eu precisava sair mais uma noite como Canário Negro, mas também precisava estar preparada.

***

— Como exatamente posso te ajudar Canário Negro? – Cisco disse e eu arregalei os olhos.

— Shh! – ele riu da minha reação.

— Fica calma, ninguém vai nos ouvir. Mas então, como foi sua primeira saída como heroína? – o encarei e apontei para o meu nariz – O que tem seu nariz?

— Está roxo do soco que tomei, mas você não pode ver porque cobri com no mínimo cinco tubos de base.

— Tá, precisamos trabalhar nisso. Mas e o grito da Canário? – franzi a testa.

— O quê?

— Grito da Canário. É o nome que eu e Caitlin demos para o seu poder. Na verdade é o nome que eu dei. – sorriu parecendo estar orgulhoso disso, e o conhecendo, ele realmente estava.

— Enfim, consegui controlar o meu grito e usar com o bandido. Mas eu ainda preciso aprender a controlar no dia a dia. Porque quando o Arqu... – parei de falar e encarei Cisco que parecia curioso.

— Porque parou?

— Preciso te contar uma coisa, mas também precisa guardar segredo disso. – sussurrei me aproximando e ele assentiu – Esses dias o Arqueiro Verde veio no escritório onde eu trabalho, me entregou as provas perdidas sobre um caso e foi embora.

— Uh, eu queria muito conhecer esse cara. Como ele é? Alto, baixo? Ele é do tipo fortão ou...

— Cisco! – chamei a atenção dele.

— Tá desculpa. Mas então, o que tem sobre isso?

— Eu não sei, pareceu meio estranho ele vir falar justamente comigo. Será que você poderia me ajudar nisso também? – ele assentiu animado e eu suspirei – Estou te pedindo muitos favores, não é? Nem sei por onde começar a retribuir.

— Ver você batendo na bunda dos criminosos com o meu traje e o nome que eu bolei para você, já é um grande agradecimento. – nós rimos.

— Você é o melhor!

— Sei disso senhorita Lance, sei disso.

***

— Canário Negro. – meu pai me olhou e eu arregalei os olhos.

— Como voc...

— Porque esse pessoal tem que inventar um nome pra todo maluco de máscara que enxergam? – ele riu e tomou um gole de refrigerante. Porém logo me encarou ao perceber minha expressão confusa – Não soube? Uma mulher agrediu um bandido com a ajuda do “Arqueiro Verde”. O bandido disse que ela se identificava como Canário Negro. – um alívio percorreu o meu corpo e eu relaxei a postura.

— Ah! Esse bandido disse mais alguma coisa?

— Sim, disse que ela é uma daqueles meta....

— Humanos? – ele assentiu.

— Porque quer saber?

— Ué, porque essas coisas não são exatamente comuns de acontecer por aqui.

— Verdade. O mundo está mudando e aparentemente temos que mudar com ele. – disse irônico – Que bobagem!

***

Tentar dar uma de super-heroína não era algo fácil. Principalmente para mim, pois tenho muitas questões para resolver. Preciso controlar o meu grito, aprender novos golpes, executar meu trabalho de advogada, descobrir quem é o Arqueiro Verde e no momento exato, dar um jeito de sair do campo de vista de Oliver.

— Laurel, por favor me escuta. – ele parou na minha frente e eu decidi escutá-lo.

— Fala logo antes que eu vá embora.

— Eu só... Só queria me desculpar por tudo que aconteceu. Foi difícil para mim passar cinco anos naquela ilha, você imagina como deve ter sido? – neguei refletindo – Eu era imaturo e eu sei, errei, errei feio. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, então por favor, não vire as costas pra mim como eu fiz com você. – Oliver sabia demonstrar o que sentia do jeito dele, então aquele breve discurso foi o suficiente para me deixar pensativa. Ele tinha me pego desprevenida e eu não sabia se isso era bom.

— Eu vou precisar de um tempo. – estava me esforçando ao máximo pra formar uma explicação coesa - Passei cinco anos pensando que estava morto e então você volta de repente. Também é difícil para mim pelo jeito que as coisas tinham terminado.

— Tudo bem, não vou te pressionar. Só queria que você soubesse o que eu sinto. – assenti.

— Claro. – me afastei – Passar bem, Oliver. – ele apenas assentiu com um meio sorriso e eu logo entrei no departamento de polícia.

— Olá querida. – meu pai me deu um beijo na bochecha assim que eu me aproximei – Precisa de algo?

— Apenas vim saber se conseguiram alguém para levar o caso de Frank Bertinelli adiante.

— Não conseguimos. Já disse, ninguém quer pôr as mãos no fogo.

— Então eu vou fazer isso. – disse após respirar fundo e encarar o meu pai com determinação.

— O quê? Não Laurel, você não pode fazer isso. Você sabe que ess...

— Pai! Eu sou uma advogada, ok? E além do mais eu já estou bem crescida e sei me cuidar. – ele pensou alguns instantes.

— Tudo bem, mas vou pedir que fiquem de olho em você no andamento desse caso. Me prometa que não vai fazer nada precipitado.

— Prometo! Mas acho que o senhor deveria prometer o mesmo. – ele riu.

Depois dali fui me encontrar com Cisco que ainda estava na cidade.

Cheguei ao seu apartamento e entrei sem cerimônias, ainda ficava receosa em nos verem juntos, sendo que não há motivos. Porque relacionariam nós dois com a Canário Negro? Mesmo assim queria me prevenir.

— Cisco! Você está aí?

— Sim estou. E acho que vai ficar feliz com a notícia que eu tenho pra te dar. – o encarei desconfiada.

— E o que seria?

— Acho que descobri onde fica o esconderijo do Arqueiro Verde.

***

Depois de agilizar a papelada do caso de Frank Bertinelli, consegui sair mais cedo, vestir o uniforme da Canário Negro e ir até o local onde Cisco me disse que poderia ser o esconderijo do Arqueiro Verde.

Nem eu sabia porque estava tão obcecada com o vigilante, mas algo nele me faz querer saber mais.

Cheguei em um prédio que parecia abandonado, já que estava com janelas e portas quebradas. Ainda por cima havia uma pintura antiga com o logotipo que informava que pertencia às Indústrias Queen. Ótimo!

Respirei fundo e entrei por uma das janelas, porém não tinha nada. Apenas coisas quebradas e destroços, típico de um prédio abandonado. No entanto continuei andando, Cisco não teria me dito esse local se não tivesse pelo menos alguma coisa de importante para o Arqueiro Verde ter vindo aqui várias vezes.

— O que faz aqui? – ouvi a voz dele atrás de mim e me virei para encará-lo. De início paralisei, mas depois lembrei que agora sou a Canário Negro e não devo demostrar não saber o que estou fazendo, então endireitei a postura.

— Vim falar com você.

— Como descobriu esse local? – ele veio se aproximando com uma pose intimidadora e eu fui indo para trás até bater em um pedaço de bancada.

— Eu só... – ele tentou acertar seu arco na minha cabeça mas eu me abaixei. Logo ele acertou um soco no meu nariz com a outra mão. – De novo não. – senti o sangue escorrer e limpei com a mão.

O Arqueiro Verde ficou parado sem entender e eu aproveitei para chutá-lo para frente com meu pé direito, e antes que ele avançasse eu usei o grito da Canário para fazer com que ele caísse. Ainda no chão ele chutou minhas penas e eu caí. Num movimento rápido ele ficou de pé e apontou uma flecha para mim.

— O que veio fazer aqui? Quem te mandou? Por acaso você trabalha para o Frank Bertinelli?

— Não, eu não trabalho pra ele nem pra ninguém. Quero colocá-lo na cadeia! – ele fez menção de abaixar o arco mas recobrou a postura.

— Porque eu deveria acreditar em você?

— Você me viu aquele dia batendo no cara. Na verdade você me salvou. – admiti – Sou a Canário Negro.

— E o que tem isso? Como me achou?

— Meu amigo é hacker. Ele me ajudou com os meus poderes e o traje e me ajudou a localizar você. – o homem continuou parado me olhando, como se pedisse por mais informações – Eu só quero ajudar, mas não tenho muita experiência. Ganhei esses poderes e preciso usá-los. Me sentiria inútil se não o fizesse. – falei sinceramente e segundos depois ele abaixou o arco e me deu a mão para levantar – Obrigada.

— Venha comigo. – segui ele por um tipo de buraco no chão cheio de destroços até o que parecia o porão do lugar. E ali sim, ali estava seu esconderijo. Flechas, arcos, equipamentos de treino e armas. Com certeza eu estava no esconderijo do Arqueiro Verde.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Canary Cry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.