Canary Cry escrita por ladyenoire


Capítulo 2
O Nascimento da Canário


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734971/chapter/2

Você acredita que esse canalha que estava envolvido em tráfico humano não foi preso? – joguei o jornal em cima da mesa, em frente ao meu pai, que tomava seu café calmamente.

— Acredito. Acontece que ele tem alguns amigos na promotoria.

— Que droga! Parece que a justiça não funciona mais nessa cidade!

— O que importa é que nós estamos fazendo nosso trabalho. E temos que entender que infelizmente, nem tudo depende de nós. – ele se despediu e foi para o trabalho, enquanto eu permanecia parada encarando a folha do jornal.

***

— Que bom que você aceitou minha proposta!

— Eu ainda não aceitei, não fique tão animado. – Cisco murchou o grande sorriso. – Só quero saber como seria se eu aceitasse e tal.

— Bem, precisamos criar um traje, um nome e te treinar.

— Olá Cisco, quem é sua nova amiga? – Harrison Wells apareceu em uma cadeira de rodas. Ele é o grande cientista por trás do Star Labs e do acelerador de partículas, porém infelizmente após o acidente sua popularidade caiu e o coitado ainda está em uma cadeira do rodas.

— Oi, o senhor deve ser o Dr. Wells. – apertei a mão dele – Meu nome é Laurel Lance.

— Ela é a meta-humana que falamos ontem. – Cisco explicou.

— Ah sim, é bom conhecer uma meta-humana que não queira minha cabeça. – ele riu. – Você não quer, não é?

— Não. – ri – Claro que não. Eu só vim porque precisava de ajuda com os meus poderes.

— E porque eu ofereci a ela a oportunidade de se tornar uma heroína. – Cisco completou extremamente feliz.

— Então você aceitou?

— Ainda não. Na verdade quero saber mais sobre. Por isso vim até aqui.

— Tenho certeza que Cisco vai lhe ajudar com o que precisar. Agora se me dão licença, eu preciso ajeitar alguns detalhes da minha pesquisa.

— Claro. Foi um prazer conhecê-lo.

— Igualmente senhorita Lance. – depois que ele saiu, Cisco me guiou até o seu local de trabalho.

— Não ligue para a bagunça. – larguei minha bolsa e percorri meus olhos pelo local. Estava cheio de fios, aparelhos e muito mais espalhados pelo chão e pelas mesas.

— Se você visse o escritório que eu trabalho, ia achar esse lugar bem arrumado. – brinquei.

— Gostei do seu senso de humor.

— Obrigada. – me sentei de frente para Cisco, enquanto ele mexia no computador – O que está fazendo?

— Resolvendo algumas coisas sobre seu traje.

— Ei espera! Eu não disse ainda que aceitei, eu preciso que você me fale mais dessa coisa de heroína.

— O que precisa saber?

— Tudo.

***

— Como foi seu dia?

— Diferente. – respondi e meu pai franziu a testa.

— Devo meu preocupar? – neguei com a cabeça. – Bom, o meu dia ficou meio chato depois que as provas contra Frank Bertinelli simplesmente sumiram.

— O quê? Você não está falando sério?

— Gostaria de não estar, querida.

— Mas fui eu mesma quem reuniu as provas. Como podem ter sumido? – ele fez um sinal com as mãos como quem não sabia de nada.

— A justiça em Star City está cada vez mais difícil de ser feita.

— Concordo plenamente.

Talvez eu estivesse completamente louca, mas nesse momento eu estava totalmente disposta a aceitar a proposta de Cisco.

***

Eu havia ficado por último no escritório novamente, mas dessa vez meu pai iria me buscar, porque além do mais estava chovendo.

Estava concentrada em alguns papéis quando de repente as luzes começaram a piscar e por fim se apagaram. Levantei desconfiada e fui andando até que um vulto aparece na minha frente me fazendo recuar por conta do susto. Quase gritei, mas levei a minha mão até a boca e consegui me controlar.

— Q-Quem é você? O quer comigo?

— Laurel Lance! – ele se aproximou e pela pouca claridade que entrava pela janela puder ver que era o tal Arqueiro – Aqui estão todas as provas contra Frank Bertinelli. – ele jogou uma pasta em cima da mesa – Sugiro que faça cópias da próxima vez.

— Mas como você... – quando olhei na direção dele, ele já não estava mais. As luzes piscaram até voltarem a funcionar e então eu peguei a pasta e verifiquei. Estava tudo lá.

— O arqueiro matou dois empresários só essa noite. – meu pai entrou no escritório fazendo levar um susto de leve.

— Sério?

— Sim. Os dois conseguiram construir seu império através do tráfico de animais. Sei que esse cara quer dar uma de Robin Hood, mas não precisamos que ele faça nosso trabalho. – meu pai disse um pouco irritado.

— Bem, então para animar seu dia, fico feliz em informar que encontrei as provas contra Frank Bertinelli.

— Sério? – entreguei a pasta para ele que folhou satisfeito.

— Mas é melhor fazer cópias antes de entregar. – repeti a dica do arqueiro enquanto pegava minha bolsa e me preparava para sair.

***

— Tá brincando comigo? Não é?

— Não, não estou. Aparentemente Frank Bertinelli tem amigos na promotoria e ninguém quer passar o caso adiante. – meu pai comentou me deixando indignada.

— Então as provas não sumiram, eles sumiram com elas. – concluí.

— Exatamente. – depois de almoçar com meu pai, liguei para o escritório e disse que estava passando mal. Então logo depois peguei o metrô para Central City.

***

— E o Barry, como vai? - perguntei encarando o garoto que ainda estava em coma.

— O coração dele está acelerado demais, mas graças aos nossos equipamentos ele está vivo. – Caitlin respondeu.

— Alguma previsão de quando ele vai sair do coma?

— Infelizmente não. Mas ele vai sobreviver.

— Laurel Lance, por favor me acompanhe! – Cisco falou animado e nós duas rimos. Ele me levou até uma outra parte da sala dele.

— Porque me trouxe aqui?

— Para te mostrar isso. – ele tirou um pano de cima de uma mesa, revelando um traje preto com detalhes amarelos. – Fiz pra você.

— Cisco, é maravilhoso! – passei a mão por pelo traje, maravilhada com aquilo. – Ficou incrível, muito obrigada! – o abracei.

— De nada.

— Quando foi que fez? Quero dizer, deve ter demorado.

— Acontece que eu normalmente não faço muita coisa durante o dia. – ele riu.

— Uau! Eu nem sei o que falar. Como eu posso te agradecer?

— Usando ele, junto com o nome que eu criei. – Cisco sorriu mais ainda.

— E qual é o nome?

Canário Negro!

***

Hoje é a primeira noite em que estou usando meu novo traje. Obviamente os golpes que eu sabia se limitavam ao que aprendi com defesa pessoal. Mas essa noite eu havia saído apenas para observar.

Coloquei a máscara no rosto e subi em um dos prédios através da escada de incêndio.

O uniforme que Cisco tinha feito para mim era perfeito. Fácil de se locomover, mas ao mesmo tempo me protegia contra grandes impactos.

— Ah volta aqui!

— Por favor não! Pode levar meu celular, mas me deixem em paz.

— Eu não quero seu celular, eu quero você. – uma mulher saiu correndo com um cara atrás dela.

Eu não podia ficar parada então pulei para o prédio seguinte. Quase caí, mas levantei e continuei correndo por cima dos prédios. Quando estava mais na frente deles, desci pelas escadas de incêndio e fiquei esperando no beco.

— Por favor. – a mulher passou correndo na minha frente, porém quando o cara passou eu gritei, o que o jogou no meio da rua.

— Que droga é essa?

— Deixa ela em paz! – saí das sombras e parei em baixo do poste de luz – Corre! – falei para a mulher que assentiu e saiu correndo.

— Você é uma daquelas meta-humanas de Central City. – o criminoso levantou rindo – Vocês todos são aberrações! – avancei na direção dele e tentei acertar um soco, mas ele desviou se abaixando e socou minha barriga. Cambaleei para trás e dei um pulo para o lado quando ele tentou me acertar, mas logo ele conseguiu me derrubar. – Acha que é melhor do que alguém só porque tem poderes? – ela acertou um soco no meu nariz me deixando atordoada.

Porém quando me preparei para receber o segundo, algo atingiu o cara que caiu para o lado gritando de dor. Me levantei com dificuldade e vi que o Arqueiro vinha em minha direção.

O bandido levantou mesmo com a flecha na perna e o Arqueiro preparou-se para atirar novamente, mas eu gritei até que o cara caísse no chão novamente. Só que dessa vez ele permaneceu.

— Obrigada pela ajuda. – ele me olhou e foi saindo. – Ei! Essa é a hora que você diz “de nada”!

— De nada então. – falou seco. Fui atrás dele ainda não satisfeita.

— Espera! Me diz pelo menos como devo te chamar. – ele permaneceu quieto e continuou andando – Sou a Canário Negro. – parei na frente dele.

Arqueiro Verde. Agora será que poderia sair da minha frente?

— Não. Eu queria saber mais sobre... – ele girou seu corpo e bateu o arco nas minhas pernas, me derrubando no chão.

— Vá pra casa. Já se machucou demais para uma noite só. – o Arqueiro Verde passou por mim, atirou uma fecha no topo de um dos prédios e foi puxado pela corda, sumindo na noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Canary Cry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.