Blossoming Heart escrita por Alyssa


Capítulo 8
Cortina bege!


Notas iniciais do capítulo

Fala, meu povo :B

Depois de dois meses e pouco eu voltei para vocês ♥
Pra falar a verdade nem percebi que havia passado tão rápido assim, pensei que fosse menos tempo x.x
Então peço desculpas por sumir do nada.
Volto a dizer: não vou desistir dessa fanfic facilmente. Vou com ela até o fim.

Talvez engatinhe, mas não solto ela xD

Vamos ao capítulo ♥



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Capítulo 7 — Cortina bege...

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Kikyou encarava a pasta de documentos posta sobre a mesa à sua frente. Kagome era rápida quando o assunto era investigar, sabia que tinha pedido a pessoa certa. Entretanto, quando finalmente conseguiu o que queria não tinha coragem de abrir. Ali jazia pouca, mas alguma informação de valor sobre o Professor Takeuchi. De fato não estava se reconhecendo desde que o conheceu. Recapitulando, ela era Higurashi Kikyou, a mulher indicada para ser uma famosa designer de moda no Japão. Não tinha tempo para sentir uma atração adolescente pelo professor mais velho do bloco vizinho.

Isso já estava passando dos limites.

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— Eu não devia ter começado essa loucura — Kikyou suspirou — E ainda mais envolver a minha irmã nessa loucura.

Segurou a pasta azul firme.

“Tirando todo esse romantismo louco, quem sabe eu devesse dar uma olhadinha” — A morena olhou em redor — “Bem, Kagome teve todo esse trabalho para conseguir para mim”.

Kikyou andava em círculos pela sala abandonada.

— E se eu ver alguma coisa que não gostaria?! — Parou no lugar na hora — Bem, não é como se ele fosse um tipo de assassino ou um lolicon, não é?

Ria de nervoso da sua tentativa fracassada em ficar mais calma, foi quando a porta da sala começou a estalar. Apesar dessa construção ser velha, sabia muito bem o barulho todo que ela dava ao tentar abrir a porta.

“Espera. Não deveria vir ninguém aqui…” — Kikyou olhou em redor, precisava se esconder urgentemente — “O que eu faço?” — A porta se abria lentamente.

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Casarão Higurashi

Em plena segunda-feira ali estava Rin totalmente petrificada, enquanto tentava associar o que acontecia consigo. Olhou em redor para ter certeza que estava em seu quarto, apesar da parede salmão não ser o suficiente para si. Beliscou o braço com vontade e, a dor em seguida lhe deu plena certeza de estar acordada.

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— Isso é algum tipo de pegadinha da Kanna?

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Rin encarava a tela do seu celular ainda atônica. Ok, sempre acreditou que coisas estranhas poderiam acontecer na vida de qualquer pessoa, inclusive na sua. Imagina senão. No entanto, não era todo dia que você recebe uma mensagem assim, de um completo estranho. Não, não, apesar de ambos saberem o nome um do outro, isso não os faziam íntimos o suficiente para ter algo como troca de mensagens.

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— Espera…

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Rin respirou fundo, tentando voltar a sua calma habitual. Pegou seu celular novamente em mãos. Desbloqueou a tela e voltou a ler a rápida mensagem. Ok, era como se naquele instante uma forte descarga elétrica tivesse lhe atingido. Um estranho calor tomou conta de seu coração. Apesar de estar sentindo tudo isso, Rin ainda achava estranha e totalmente impossível tal sentimento consigo.

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— Tenho certeza que a vovó tem o número de um bom cardiologista na agenda — murmurou pensativa — “Agora pensando sério, como ele conseguiu o meu número…”

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De fato havia muitas coisas para se preocupar, mas no momento descobrir quem havia dado seu número para ele parecia algo verdadeiramente importante para si. Era engraçado pensar por esse lado, ainda mais quando se tinha uma mensagem de um Sesshoumaru totalmente preocupado. Isso deveria ser o motivo para sua curiosidade, no entanto, ele deveria ter um coração para outras funcionalidades além de bombear sangue.

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— Acho que sei quem pode me contar essa — Discou o número e esperou chamar.

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Pátio principal…

Kagome correu para atender a chamada de sua prima fora da sala. Antes de tudo já pensava o pior, mas ao refletir melhor se fosse algo muito urgente seria o telefone de casa quem chamaria, no caso sua avó e, não o da própria doente. Parou próximo aos bancos e, encarou a tela do celular mais uma vez. Uma sugestão do assunto passou pela sua cabeça.

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— Ok — Por fim atendeu — Alô, Rin?

 Kagome… — Tossiu do outro lado da linha.

— Rin, sua tosse ainda não passou? — Kagome suspirou frustrada.

— Um pouco — Ouviu-a suspirar.

— Trate de tomar o remédio certinho, ou faço questão de enfiar goela a baixo…

— Obrigada Kagome por me lembrar o quanto era medonho ver você medicar o Buyo na infância — Rin cortou a prima.

— Ah, era o único jeito dele aceitar o remédio…

— Muito bem — Rin ficou séria — Estou curiosa com uma coisinha, sabe.

— Hm? — Kagome tombou a cabeça para o lado confusa — O que houve?

— Sabe o irmão daquele seu amigo, o InuYasha?

— Oh, o que tem ele? — Kagome tossiu disfarçadamente.

— Acredita que ele me mandou uma mensagem essa manhã?

— Como? — Kagome se fez de surpresa — Você realmente está falando sério?

— Vai ficar me respondendo com pergunta ou admitir a verdade? — Rin ficou séria.

— Hã?! — Kagome ficou de cara.

— Olha, Kagome eu conheço a família que tenho — Rin deu uma risadinha — Kikyou não perderia tempo com uma pegadinha dessa. Você é a única que iria se divertir às custas do meu mau estar.

— Ai, assim até parece que sou uma prima ruim — A morena ficou emburrada.

 Me diz agora se estou mentindo?

— Tudo bem, fui eu — Suspirou vencida — Ele merecia uma lição por não ter lhe dado uma simples carona.

— Ah, sua louca — Rin choramingou — Como acha que vou encará-lo amanhã?

— Amanhã? — Kagome riu — A senhorita não está boa o suficiente para estudar ainda.

— Que!? — Rin surtou — Kagome não brinca com isso, estamos entrando em época de provas. Eu preciso estar presente.

— Se você melhorar bem, então talvez eu deixe você vir…

— Eu vou tomar todos os remédios, não se preocupa — A menina se apressou — Vou agora mesmo descansar. Até mais tarde, te amo.

— É disso que estou falando — Kagome gargalhou — Até mais tarde, minha pequena. Também te amo — Desligou ainda rindo.

— Espero que seu coração continue a ser puro assim — Kagome desejou do fundo de sua alma — Que não precise sentir a dor desse mundo novamente.

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~*~

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Sala 304

Sango explicava seu ponto de vista para um colega de classe. Usava todos os argumentos e informações que tinha. A ideia do “jogo” era improvisar um caso e, tentar defendê-lo em base nas poucas informações que o outro escolhesse. Usavam essa técnica para ajudar uns aos outros. O professor de Processo Penal não era alguém páreo e, não aceitaria qualquer linha mal elaborada.

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— Eu ainda acho que uma melhor elaboração no final ficaria melhor — Houjou expressava calmamente.

— Ficou em aberto, não é? — Sango pensava calmamente — Eu penso em mudar a ordem.

— Pode ajudar também, apesar de que dessa vez você pegou mais pesado para defender.

— Eu vejo por esse lado também.

— Quem sabe começar a ideia do zero não resulte em algo melhor — Sango levou um susto ao ouvir uma voz atrás de si.

— Finalmente deu o ar da graça, meu amigo Miroku — Houjou o cumprimentou.

— Tinha alguns assuntos para resolver — Miroku falou de qualquer jeito — E o professor?

— Está atrasado, pelo visto.

— Estranho — Olhou em redor e, viu todos jogando conversa fora — Sango.

— Miroku — O cumprimentou.

— Que coisa mais formal — Houjou revirou os olhos.

— Eu não tenho pressa — Miroku riu para Houjou e, piscou para a morena.

— Então deite e durma — Sango desviou o olhar rubra.

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~*~

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Naquele instante Kikyou correu para o primeiro lugar que viu, claro que atrás de uma simples cortina não faria diferença nenhuma. Apesar da mesma ter o comprimento até o chão e, a cor naquele tom de bege não deixasse a luz passar fosse ajudar muito. Engano era o seu que ninguém iria perceber o jeito estranho que a cortina havia ficado, toda repuxada para um único ponto fixo do varão. Se bem que na hora do desespero ninguém consegue pensar direito.

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“Dessa vez eu não escapo” — Kikyou parou de respirar, a cortina poderia se mexer ainda mais.

— Estou curioso agora… — Aquela voz rouca que ela conhecia tão bem estava próxima a si — Isso foi uma tentativa de passar despercebida, ou realmente está me convidando para brincar de esconde-esconde? — Chegou próximo a Kikyou.

— Bem, isso vai depender do seu ponto de vista — Kikyou respirou fundo.

— Nossos pontos de vistas são diferentes demais para fazer algum tipo de sentido.

— Eu não temo me aventurar por opiniões diferentes da minha — Kikyou sentiu a cortina se puxada de si.

— Então sugiro que vá ouvir a Professora Kimura sobre a arte de tentar se esconder da vida real — Naraku surgiu próximo ao ouvido da morena — Ela é uma ótima professora de psicologia. Quem sabe uma boa ouvinte também.

“Ele está me evitando novamente” — Kikyou suspirou firme — Eu realmente prefiro ficar aqui com você…

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Kikyou se virou sem aviso prévio. Naraku não esperava por um movimento assim do nada, deixando-o alguns segundos sem reação. Kikyou acabou se enroscando na cortina por causa do seu salto, fazendo-a perder o pouco equilíbrio que tinha. Como uma boa desastrada que levava por causa do seu gene compartilhado com sua adorada gêmea, Kagome. Kikyou não iria para o chão tão sozinha assim, agarrou-se completamente a única coisa que havia perto de si, o professor. Naraku ao se puxado de surpresa não teve tempo de se firma no lugar, caindo assim junto da morena. Juntos e enrolados pela longa cortina bege era a situação presente dos dois. Kikyou sorria amarelo, enquanto sentia-se confortável em cima do peito forte de Naraku. Ele respirou fundo antes que surtasse com tal cena. Agradecia aos céus pelo prédio ser abandonado ou isso ficaria bem na capa do jornal da Faculdade.

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— Isso não está parecendo aquelas cenas fofas de romance juvenil… — Kikyou murmurava alegremente, de alguma forma precisava disfarçar a sua vergonha.

— Saia de cima de mim! — Naraku falou calmamente.

— Talvez eu consiga sair, mas não tenho certeza — Tentou se levantar, mas a cortina havia enrolado eles de jeito — Complicado.

— Eu mereço — Naquele instante adoraria fumar o seu cigarro em paz.

“Ele parece irritado, mas uma chance dessa nunca mais terei de novo” — Kikyou sorriu tímida enquanto abraçava o homem carrancudo.

— Espera aí, você está se aproveitando da situação? — Naraku se remexeu — Está querendo se presa por assédio, garota?

— Hm. Do que você está falando? — Kikyou se fez de desentendida — Estou procurando um jeito de me soltar.

— Saia logo, preciso dar aula — Fechou os olhos irritado.

— Não é tão fácil assim — A morena foi se levantando devagar, entretanto uma ideia sapeca passou por sua cabeça — Oh, acho que estou conseguindo me livrar.

— Perfeito. Saia logo! — Naraku encarou Kikyou sério.

— Claro… — Kikyou escorregou sua mão propositalmente, caindo por cima do homem novamente.

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O que deveria ser apenas mais uma cena fofa e ao mesmo tempo provocativa, acabou por virar algo sério. Ao mesmo tempo em que Kikyou escorregou por cima do homem, não apenas caiu, mas também acabou por roubar seus lábios num selinho demorado. Sentou-se para trás espantada com o que acabara de acontecer. Encarou Naraku que não tinha expressão alguma. Seu olhar perdido dizia tudo, ele estava puto da vida. Não precisava conhecê-lo bem para saber da sua fama na faculdade. Ele era páreo duro para qualquer aluno e, todos diziam que quando o silêncio viesse e ele não lhe encarasse mais nos olhos, então era melhor correr sem pensar. Kikyou não esperaria para descobrir tal cena. Se levantou de qualquer jeito e correu dali, apesar de perder um dos seus sapatos preferidos pelo caminho, no momento não teria como voltar e buscar.

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“Dessa vez eu realmente cutuquei a onça com o dedo mindinho” — A morena não tinha coragem de olhar para trás.

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~*~

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Casarão Higurashi
 

A noite chegou rápido naquele dia para a alegria de uma certa morena. Kikyou usou seu salto reserva no restante da manhã, embora não combinasse em nada com sua roupa do dia, alguns sacrifícios tiveram que ser feito. Kagome enrolou a manhã toda para dar uma resposta a Sesshoumaru que não parava de importuná-la, já que sua amada prima Rin não havia lhe respondido. Claro que o mesmo achou que ela realmente tivesse tido um treco e morrido ali mesmo. Kagome não acreditava no que tinha que ouvir, mas se calava ao lembrar que a culpa era apenas sua. Um dia agitado na vida dessas gêmeas era algo normal no fim, apesar de preferir um dia a dia mais simples.

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— Eu não sei o que fazer — Kikyou andava de um lado para o outro.

— O que houve com você hoje? — Kagome secava seu cabelo com a toalha.

— Nada demais — Respondeu rapidamente — Eu só… — Parou de falar ao perceber que colocara seus dedos por cima dos lábios. Se lembrou do “beijo”.

— Estranha demais — Kagome resmungou.

— Talvez eu seja mesmo.

— Concordando comigo assim?! — Kagome parou o que fazia — Estou espantada!

— Não me enche, Kagome — Kikyou sentou-se no sofá.

— Vai, me conta — A morena sorriu sapeca pra irmã — O que você aprontou dessa vez?

— Eu…

— Ei — Rin apareceu na sala com o telefone em mãos.

— Você deveria estar na cama — Kagome pulou do sofá.

— Eu estaria se vocês tivessem ouvido o telefone — Rin revirou os olhos — Vovó não está em casa.

— Quem é? — Kikyou notou o telefone.

— Ah, é da faculdade pelo jeito — Rin deu de ombros — Quer falar com uma Higurashi…

— Qual das duas? — Kagome perguntou o óbvio.

— Não disse — Rin murmurou confusa — Apenas citou uma cortina beg…

— Eu atendo — Kikyou pegou o telefone rapidamente.

— Calma — Rin se espantou com o ataque da prima.

“O que houve com ela hoje?!” — Kagome encarou Kikyou se distanciar.

— Quer que eu te ajude com o cabelo? — Rin se ofereceu.

— Por favor — Kagome entregou a toalha — Não quero secar com o secador hoje.

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Kikyou praticamente correu para o seu quarto a toda. Uma conversa como essa não poderia ser dita simplesmente na frente das duas assim. Não tinha certeza de como as coisas ficariam de agora em diante, mas sabia que não era algo bom desde que o mesmo ligou para a sua casa. Não tinha a coragem necessária, mas precisaria atender logo.

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— Alô? — Respirou fundo.

— Aquela cortina é cara, sabia — Ouviu uma voz baixa do outro lado da linha — E você ainda ousou fugir daquele jeito.

— Naraku? — Kikyou disse confusa.

— Errou, menina... 

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Continua...


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Notas finais do capítulo

Enfim chegou mais um capítulo -w-
Err, acho que estamos entrando num arco tenso para esse casal e.e
Os outros estão na simplicidade do dia a dia, mas sinto que o próximo capitulo as coisas andam -q

Obrigada por lerem e até mais ♥



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