Blossoming Heart escrita por Alyssa


Capítulo 10
Tempestade de sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Olar :B

Bem, agosto passou tão rápido que eu nem postei nada e_e
Sacanagem, eu sei, mas foi bom até. Pude trabalhar melhor nas ideias e já tenho até um rumo -w-
Agora os capítulos devem pegar fogo. Não vamos mais ficar com coisas paradas, hora de jogar e revelar xD
Façam suas apostas nos próximos acontecimentos =w=

Boa leitura!



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Capítulo 9 — Tempestade de sentimentos

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Sesshoumaru encarou InuYasha de longe. Não ia esperar até que o mesmo fosse lhe dar atenção. Mandaria uma simples mensagem e, sairia para beber em outro lugar. Um sem pessoas bêbadas em cada canto. Se virou então para ir embora, porém foi quando acabou se esbarrando com alguém. Primeiro achou que fosse mais uma mulher se jogando para cima de si, mas então deu de cara com aqueles olhos castanhos tão conhecidos.

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— Rin?

— Eh… — Rin o encarou rubra — Sesshoumaru!

— O que faz aqui, Rin?

— Me ajuda, por favor… — Com apenas um simples olhar Sesshoumaru entendeu do que se tratava.

“Realmente…” — Encarou os dois homens atrás de Rin — Venha comigo então — Dizendo isto passou um braços nas costas de Rin.

— Você a conhece? — Um dos cara ainda tentou chegar perto.

— Melhor do que você imagina — Se limitou a apenas uma resposta curta. Não estava com paciência para um bando de bêbados tarados.

— Ela já tem dono, cara! — O outro gargalhava do semblante fechado do parceiro. Totalmente bêbado já.

— Idiotas! — Sesshoumaru puxou Rin dali rapidamente.

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Sesshoumaru apenas focava na saída que ficava logo à frente. Talvez não tivesse dado conta ainda, afinal havia sido por impulso, mas sua mão estava entrelaçada com a delicada de Rin. Se apenas dissesse que aquilo era algo normal para si estaria mentindo na cara dura. Entretanto, não conseguia por em palavras ou em pensamentos o que estava representando para si, apenas que era aconchegante segurar a mão dela naquele momento.

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Rin por outro lado sentia todo o seu rosto queimar só de sentir o calor da mão dele na sua. Estavam de mãos dadas e isso não era somente um sonho de sua parte; era tudo real. A noite na boate que foi por um impulso louco de sua parte, mas que agora estava sentindo que às vezes era ótimo seguir algumas intuições também. Naquele momento desejou que a saída nunca chegasse... Ok, o que tinha naquela água tônica, Rin?!

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Saíram pela porta da frente rapidamente sem mesmo olhar para trás. Sesshoumaru jurou a si mesmo que nunca mais deixaria o insistente do seu irmão lhe convencer de loucuras assim. Sua noite estava realmente fantástica, a começar pela aparição de Hayato depois de anos. Agora estava dando uma de Romeu e salvando sua donzela. Ok, não era bem sua, mas não reclamaria dessa parte. Ajuda Rin jamais seria um peso para si… De fato, a bebida daquele lugar tinha um gosto estranho.

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— Sesshoumaru?! — Rin o chamou confusa quando pararam do nada.

— Você já estava indo para casa? — Perguntou apenas a olhando por cima do ombro.

— Não estava pensando nisso — Rin pensou rapidamente — Cheguei faz pouco tempo…

— Quer ir a algum lugar mais calmo só nós dois então? — Perguntou se rodeios.

— Eh?! — Rin voltou a si — “Calmo… Ele não que dizer um…”

— Eu conheço um barzinho aqui por perto — Explicou antes que ela tirasse qualquer conclusão — Ele é calmo o bastante para não ter um monte de bêbados lhe importunando.

— Ah, entendi — Rin sentiu um tapa na alma com a revelação.

— Espera o que você estava achando? — Sesshoumaru se virou para ela. Agora havia ficado curioso.

— Nada demais — Ela riu sem jeito — Vamos a esse lugar então.

“Agora eu realmente quero saber o que se passa na cabeça dela” — Ele a conduziu até o seu carro.

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~*~

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Pista de dança

Naquela noite Kagome se produziu do melhor jeito que pôde. Sempre deixava claro seu jeito simples e arrumado, mas somente hoje decidiu que iria brilhar mais que aquelas luzes no meio da pista. Seu fios estavam devidamente presos, mas sabia que era questão de tempo até eles escaparem. Hoje Kagome veio decidida a se divertir até não poder mais e, Kouga parecia se sentir do mesmo jeito. Juntos dançavam sem se preocupar com mais nada. Hoje a noite era apenas deles.

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— Eu já disse o quanto você está linda hoje? — Kouga murmurou próximo ao ouvido dela.

— Depende, você já elogiou o meu cabelo, o vestido e o sorriso — Kagome sorriu sapeca.

— Então eu vou continuar te elogiando, mas antes preciso provar um pouquinho… — Kouga já estava um pouco alterado, mas ainda se mantinha firme em não atacar a bela morena.

— Devo alertar que se tentar provar um pouco não conseguirá mais parar — Piscou para ele mordendo o lábio inferior de leve.

— Estou pronto para as consequências — Puxou Kagome para si — Será que você estará preparada para mim?

— Eu sou vou descobrir tentando — Kagome passou a mão de leve pelo rosto dele.

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Kouga apenas sorriu com o jeito levado de Kagome. Hoje finalmente seria o seu dia, afinal eram quase 6 meses gostando pra valer dela. Kagome era uma mulher difícil de conquistar e tê-la assim em seus braços era um vitória para si. Naquela noite ela finalmente seria apenas sua. Não querendo mais perder tempo em pensamentos, Kouga puxou Kagome ainda mais para si e, numa rápida aproximação de rosto iria finalmente capturar aqueles lábios carnudos de jeito.

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Bem, ele iria fazer fazer isso com certeza. Entretanto, não imaginou que iriam se esbarrar com alguém daquele jeito. Seu primeiro beijo com Kagome acabara de ser arruinado. Kouga olhou para Kagome confuso que também não estava entendendo mais nada. Ao olhar para o lado pôde ver um homem sorrindo travesso para eles. Ao mirá-lo melhor consegui reconhecer como o amigo sumido de InuYasha, este que não lhe descia de jeito nenhum.

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 Hayato! — Kouga o encarou irritado.

— Atrapalho os pombinhos? — Hayato chegou mais perto de Kouga.

 Maldito — Kouga virou o rosto em sua direção — O que faz aqui?

— Oh, nada. Apenas observando algumas belezas.

“Esse cara…” — Ele semicerrou os olhos.

— Kouga, está tudo bem? — Kagome perguntou de longe. Acabou sendo um pouco afastada por causa de outras pessoas dançando.

— Está sim, Kagome — Kouga deu seu melhor sorriso — Depois de resolver as coisas por aqui já vou ai.

— Como? — Kagome deu um passo em direção a eles.

— Me espere — Dizendo isso Kouga acertou uma em cheio na cara de Hayato — Agora é entre nós dois.

— Você bate feito uma donzela — Hayato passou a mão onde havia sido acertado — Nem marca vai ficar.

— Não se preocupe porque a donzela aqui também sabe chutar — Kouga foi para cima dele.

 Está querendo impressionar a princesa, é? — Hayato gargalhou ao se esquivar de um chute — Presta atenção amigo, eu já estou interessado nela.

 Presta atenção você! — Kouga rangeu os dentes — Eu a conheço a muito mais tempo que você.

— Não me interesso por isso — Hayato já cansado de desviar das investidas dele, finalmente revidou, acertando o estômago de Kouga em cheio.

— Argh! — Kouga se desequilibrou por alguns segundos — Eu vou te… matar! — Naquele instante o  DJ parou de tocar.

— À vontade para tentar — Hayato sorriu triunfante.

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— Kouga… — Kagome tentou ir ajudá-lo, mas foi parada por uma mão em seu ombro — Ei, me solte.

— Desculpe, mas não vai dar — InuYasha a puxou com mais força — Vamos dar um tempo enquanto eles se matam ai.

— Como? — Kagome o encarou furiosa — Você vai deixar desse jeito?

— Eu não me envolvo em briga de babacas — Deu de ombros.

 InuYasha, seu idiota! — Kagome se soltou e começou a caminhar em direção à Kouga.

— Lamento, mas não posso deixar que faça isso — InuYasha segurou a mão dela por impulso.

— Você… — Kagome sentiu algo passar por todo seu corpo.

— Vamos, o Miroku vai parar com isso — Apontou para o amigo no meio da confusão.

— Oh, ele é bem forte mesmo — Kagome já não conseguia raciocinar direito.

— Venha comigo — InuYasha jogou Kagome nas suas costas e, começou a caminhar em direção às escadas.

 Ei, me solte! — Kagome se debatia — Eu não sou um saco de batatas!

— No momento você não tem muita diferença com um — InuYasha riu.

— Está me chamando de gorda?

— Não, mas a cor do saco de batata daqui é o mesmo.

 Ah… — Kagome parou de se debater — “Agora entendo porque a Kikyou não foi muito com a cara desse vestido.”

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Mesmo vindo todos juntos para a boate e estando na mesma mesa, alguns se distanciaram um pouco. Miroku notou que Sesshoumaru sumiu pouco depois de chegar e Rin havia sumido também. Estava e não estava preocupado com ela, por alguma razão desconfiava que os dois estivessem juntos. Kagome desde cedo ficou junto de Kouga e, InuYasha estava apenas bebendo em seu canto. Sango decidiu ficar consigo desde que os dois haviam vindo juntos. Ela revelou não ser muito fã desses lugares, mas esse era um dia para comemorar. Ouvir aquela declaração vindo dela assim o fazia nutrir ainda mais esperanças.

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A noite poderia ter sido perfeita se não fosse pela aparição de um estranho amigo de InuYasha. Aquele tal de Hayato havia se juntando a eles sem ser convidado e, InuYasha parecia não gostar muito, mas ao mesmo tempo parecia estar sempre de olhos nele. E agora estava ali observando a briga entre Hayato e Kouga. Naquele instante entendeu o jeito de InuYasha mais cedo, e claro, o porquê de não ter ido com a cara do desgraçado. Ninguém que tentasse mexer com a família Higurashi sairia de boa assim. Não quando os considerava tanto.

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— Kouga, não vale a pena — Miroku tentou segurá-lo.

 Me deixa! — Kouga se desvencilhou do amigo — Eu vou fazer ele tirar o que disse sobre Kagome.

— O que? — Miroku encarou o sorriso folgado do cara.

— Ele praticamente a chamou de vagabunda — Kouga apertou seu maxilar — Disse que essa noite ela seria uma perfeita sobremesa.

— Ele… — Miroku respirou fundo.

— Miroku? — Kouga olhou de canto ao perceber que o mesmo havia ficado quieto.

— Você o segura bem e eu arranco fora as tripas — Miroku estalou todos os seus dedos — Ninguém fala assim dela. Não quando eu a considero como minha irmã.

— Miroku… — Kouga por um instante sentiu um calafrio passar por seu corpo. Ok, ele nunca havia visto Miroku irritado desse jeito.

— Vocês vão é acabar sendo presos — Sango puxou os dois pelo braço.

— Sango, fique longe — Miroku tentou ir.

— Espera, Miroku — O puxou novamente — Os seguranças já estão vindo. Vamos sair daqui.

— Tudo bem — Miroku longo notou quatro seguranças gigantes chegando ali — Kouga saia também.

— Ei, onde vocês vão? — Kouga ficou para trás.

— Só sai — Miroku gritou de longe, enquanto sumia por entre a multidão de curiosos junto de Sango.

 Esse cara — Kouga revirou os olhos — Kagome! — Olhou em todas as direções, mas não a viu.

— Vai fugir, covarde? — Hayato gritou no meio de todos.

— Desgraçado! — Kouga sentiu sua mente ficar em branco, enquanto corria para cima de Hayato.

— Segure eles! — Um dos segurança gritou — E leve-nos daqui.

 Circulando, circulando — O outro segurança gritou, dando sinal para o DJ continuar.

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Logo o episódio da briga foi esquecido por todos. Para alguns a festa só estava esquentando.

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~*~

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Em algum barzinho da cidade
 

Assim como combinado, Rin acompanhou Sesshoumaru até o local que ele dizia aprovar. O percurso no carro havia sido em silêncio, por alguma razão nenhum dos dois conseguiam falar. Rin por ser um tanto tímida perto dele e, bem, vai que ele achasse ela uma idiota e simplesmente a abandonasse no meio do caminho. E claro, isso não seria estranho de um cara que nem uma carona no dia de chuva lhe ofereceu. Rin apenas tentava se precaver do pior.

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Olhando pelo ponto de vista de Sesshoumaru ele realmente agradecia pelo silêncio. Toda vez que saia com sua mãe ou seu irmão algo sempre acontecia. Ambos não calavam a boca quando estavam no assento do passageiro e, logo o irritavam. Só de lembrar da última vez que saiu com ambos suas mão travavam. E pensar que quase atropelou a galinha do vizinho em cheio e, ainda por cima a coitada era de estimação.

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— Chegamos — Murmurou simplesmente estacionando o carro — Eu gostaria de ter mostrado aquele, mas hoje estavam fechados.

— Tudo bem — Rin sorriu — Esse parece ser muito bom também — Olhou o local pelo vidro do carro.

— Eles têm ótimos acompanhamentos aqui — Destravou o cinto — Você não vai precisar apenas beber a noite inteira.

— Isso é ótimo… “Afinal eu sou um pouco fraca com bebida” — Rin suspirou destravando seu cinto também.

— Espere um pouco — Sesshoumaru saiu do carro rapidamente, deu a volta parando na porta do passageiro — Me avise quando quiser ir embora.

— Oh, não precisava de tudo isso… — Rin ficou corada com tanto cavalheirismo.

— Eu a convidei hoje, então serei extremamente educado essa noite — Dizendo isso ajudou-a sair do carro.

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O lugar fazia extensão com um dos melhores hotéis do país. Não era por nada que este era um bar tão famoso pela cidade. Rin não se preocupou muito com os detalhes de fora, seguindo-o rapidamente para dentro do local. E de fato, Sesshoumaru tinha um ótimo gosto mesmo. O barzinho era incrível, nada muito extravagante como pensou, mas era aconchegante estar ali. A iluminação era fria, mas o ambiente parecia ser quente. Algumas mesas bem posicionadas e decoradas a gosto. Um leve jazz tocava ao fundo, criando um clima agradável. E o melhor de tudo ali era: sem bêbados.

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— Eu posso me acostumar com isso — Rin olhou um pouco mais o local.

— Não seria má ideia uma companhia de vez em quando — Sesshoumaru murmurou, mas já dando atenção ao garçom.

“Isso foi uma espécie de convite?” — Rin parecia confusa.

— Hoje está acompanhado? Que raro — O garçom e, bastante conhecido de Sesshoumaru os recepcionou.

— Não diga raro como se já tivesse trazido mais pessoas para cá.

— Seu irmão foi o único que eu me lembro — Brincou.

— Aquela vez mal conta — Deu de ombros.

— Acredito que queira a sua mesa de sempre — Murmurou — Por aqui — Os levou até uma mesa mais ao fundo.

— Você vem bastante aqui? — Rin voltou sua atenção a ele.

— Já faz algum tempo que não venho — Caminhou na frente, puxando a cadeira para ela.

“Ele quer me matar de vergonha hoje” — Rin aceitou com um sorriso forçado.

— O que desejam? — O garçom puxou sua caderneta do bolso.

— Eu vou querer o de sempre e, para ela pode ser algo leve.

— Oh, temos um paladar doce aqui — Anotava com cuidado.

— Leve? — Rin fez bico — Pode trazer o mesmo que o dele, não sou mais criança.

— Ela é corajosa, devo admitir — Sorriu o garçom — Trarei o novo acompanhamento do cardápio.

— Obrigado.

“Apesar de frisar que não sou mais criança… esse comportamento mostrou o contrário” — Rin queria bater sua cabeça com força na mesa.

— Espero que não faça alarde quando sentir o gosto rasgar a sua sensível garganta — Sesshoumaru deu um pequeno sorriso de deboche.

— Ah é? — Rin cruzou suas pernas majestosamente — Pois aposto que viro várias dessas de boa.

— Você quer apostar comigo? — Sesshoumaru entrou na provocação — Você realmente não sabe com quem está lidando.

— Pode ter certeza que sei e muito — Sorriu triunfante — Aposto o que quiser.

— Cuidado, essas palavras são perigosas para uma menina — Piscou.

— Não me chame de menina, vamos fazer um acordo agora mesmo.

— Você pode…

— As bebidas! — Rapidamente o garçom serviu ambos — E o aperitivo.

— Uau, tem uma cor linda — Rin se encantou com o tom azul.

 Tem uma caneta e um papel ai? — Sesshoumaru perguntou baixo.

 Claro, mas…

 Me empreste um pouco.

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~*~

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Terraço da Kujira

Logo que saíram do meio da confusão, InuYasha subiu com Kagome em suas costas. Após alguns minutos a mesma ficou em silêncio e, ele tinha certeza que era o seu comentário um tanto maldoso. Tudo bem, InuYasha tinha que confessar que foi o único jeito de levá-la mais facilmente embora. A noite estava fadada a ser uma catástrofe desde que viu Hayato presente ali. Por um lado estava feliz de rever um antigo amigo, mas agora não sentia mais a mesma coisa. Não quando o mesmo havia mudado da água para o vinho. Sinceramente não o conhecia mais.

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Kagome estava naquele exato minuto ao lado de InuYasha. Parou para pensar no que aconteceu naquela noite desde que entrou no Kujira e, não acreditava que uma briga por sua causa havia acontecido. Sua vontade naquele instante era de gritar aos quatro ventos o quantos todos os homens eram idiotas. Ou quem sabe apenas ir até aqueles dois e dar uma boa surra. Respirou fundo e por alguns minutos jurou que iria se portar como uma mulher normal.

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— InuYasha? — Kagome murmurou baixo.

 Hã?! — O mesmo que estava preso em pensamentos acordou — Aconteceu algo?

— Você o conhece bem, não é? Esse tal de Hayato.

— Eu achava que conhecia ele — Suspirou — Mas agora é apenas mais um desconhecido para mim.

— O que houve com ele? Você parece incomodado hoje.

— Kagome, eu não sei como te responder isso — InuYasha se virou para ela — Eu conheço Hayato desde pequeno. Fomos ao jardim juntos.

— Deve ser ruim ver o seu amigo virar uma bosta na fase adulta… — Kagome se arrependeu no mesmo instante — Não quis dizer bem nesse contexto….

— Não, ele realmente virou um lixo mesmo — InuYasha riu — Eu não o reconheço mais.

— É realmente um idiota — Concordou.

— Ele esteve presente na pior época da minha infância… Só não lembro como exatamente — InuYasha estava confuso com seus pensamentos.

— Não force então — Kagome tocou de leve no ombro dele — Algumas coisas somem da nossa mente, mas é para dar um pouco de paz a quem continua a viver.

— Eu acho que estou incomodado com essa paz desde que te conheci — InuYasha encarou Kagome nos olhos.

— Eu!? — Kagome deu passo para trás.

— Que é você, Kagome? — Caminhou em direção a ela — Por que aparece nos meus pensamentos desse jeito?

 InuYasha… — Somente naquele instante Kagome não saberia o que dizer. Toda a sua mente estava em branco.

InuYasha tampouco sabia que o seu passado estava cada vez mais próximo.

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~*~

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Estacionamento da Kujira

Sango saiu do local arrastando Miroku com toda a força que tinha. Cabeça quente como ele estava no momento, era capaz de correr lá para dentro e fazer uma loucura. De fato, Sango nunca havia visto Miroku agir desse jeito agressivo. Pensando bem, ele sempre estava com uma expressão relaxada e um sorriso terno nos lábios. Por alguma razão sentiu um incômodo ao perceber que ele estava desse jeito por causa de outra mulher.

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— Aquele desgraçado! — Miroku se encostou no carro e respirou fundo.

— Já devem ter resolvido tudo lá a essa hora — Sango tentou relaxar.

— No entanto eu não estou resolvido ainda.

— Miroku…

— Ninguém fala assim de Kagome... — Segurou sua cabeça com as mãos — Seja pela minha frente ou pelas costas.

— Você realmente gosta dela — Sango murmurou de qualquer jeito.

— Ela é… — Miroku se calou ao perceber o jeito de Sango — Você… — Se cortou ao ouvir seu celular tocar.

— Não vai atender?

— É só uma mensagem — Deu de ombros.

— Pode ser importante — Sango suspirou — De alguém importante.

— Oh.

“Droga, por que de repente eu falei desse jeito tão suspeito?” — Sango tentou se recompor — Digo, pode ser sobre a Kagome…

— Ah, e é mesmo — Ele leu rapidamente a mensagem e, logo enviou uma resposta — Ela está bem. InuYasha está com ela.

— Então ela ficará segura — Sango concordou com total confiança em seu amigo — Ele é alguém que a protegerá — Sorriu.

— Eu também posso proteger muito bem, sabe — Miroku murmurou irritado.

“O que foi isso agora?” — Sango se sentiu confusa — Bem, acho que a noite terminou assim — Sango se preparava para ir embora.

— Espera! — Miroku segurou sua mão de leve — Ainda é muito cedo.

— Eu sei, mas ali eu não entro mais.

— Tudo bem, então vamos a algum lugar para conversarmos — Miroku necessitava da companhia dela por mais tempo.

— Acho que não tenho problema em ficar um pouco mais — Limpou a garganta — Alguma sugestão?

— Vamos a algum lugar legal... Olhar as estrelas, quem sabe.

— Será? O céu está um pouco fechado — Sango olhou para cima.

— Lembrei de um ótimo lugar agora — Miroku apontou para uma direção atrás deles — Se seguimos por lá, veremos uma colina. A subida é um pouco chata, mas a vista é incrível.

— Eu nunca estive lá antes — Sango sentiu um ar gelado passar por si.

— Você vai adorar então — Ele havia se empolgado — Meus verões eram sempre lá…

— Na sua infância? — Por alguma razão era algo delicado para ele.

— É, na minha distante infância — Por alguns segundos Miroku parecia estar em outro lugar.

— Então será ótimo relembrar um lugar agradável, não é? — Sango sorriu amavelmente.

— Com você qualquer coisa fica ótima — Segurou ambas as mãos dela gentilmente.

— Você dirige, pois conhece o lugar — Sango fugiu rapidamente. Seu coração batia forte.

— Tudo bem — Miroku ficou parado no mesmo lugar alguns segundos.

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O caminho até o local era rápido desde que a cidade estava calma. Por sorte deles a estrada para a colina também havia sido reformada, bem ao menos o trecho mais perigoso havia sido corrigido. Se lembrava que bem perto do lugar teriam que enfrentar um quilômetro de estrada de chão. Entretanto, passar aquele momento com Sango valeria até mesmo uma escalada direta. E, naquele momento vê-la olhar as mudanças de cenário tão curiosa só o fazia desejá-la ainda mais.

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Infelizmente a sorte não estava muito a favor deles, ou pelo menos a meteorologia não estava ajudando. Quando estavam quase chegando a estrada de chão, gotas grossas de chuva começaram a despencar do céu. Miroku tentou se apressar e ao menos chegar ao destino antes de piorar, entretanto, não conseguiram a tempo. Logo a rua em que tentavam passar estava em puro lodo, desde que havia chovido algumas vezes na semana. E a má sorte não parou por ali, pois o carro logo se atolou junto, os prendendo no lugar.

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— O que aconteceu, Miroku? — Sango se assustou ao perceber que haviam parado do nada — Por que o carro não anda?

— Estou tentando, mas não está adiantando muito — Miroku pisou ainda mais no acelerador — Estamos encalhando ainda mais.

— A gente não pode ficar presos aqui — Sango estava realmente assustada — Eu vou descer e empurrar.

— Sango! — Miroku segurou ela rapidamente — Está chovendo muito agora.

— Eu sei, mas eu preciso tentar — Tentou escapar novamente.

— Mesmo que nós dois empurramos não vai adiantar muito — Explicou — O pneu já afundou demais.

— Você só pode estar brincando comigo — Sango bateu os pés nervosa.

— O jeito é esperar a chuva passar — Miroku desistiu de acelerar. Desligou o carro e, descansou os braços no volante.

— Que belas estrelas que temos aqui, não é?! — Sango riu sarcasticamente.

— Você realmente vai ser assim? — Miroku olhou para Sango — Sabe, eu não esperava que fosse chover tão cedo.

— Eu sei, me desculpe — Sango suspirou — Estou nervosa com a situação.

— Vamos ligar para o reboque e aguardar — Miroku pegou o seu celular — 7% de bateria…

— Você é um idiota! — Sango pegou o seu — Tenho bateria o suficiente, mas a área não está boa.

— Somos idiotas, você quer dizer! — Miroku sorriu — Espere a chuva parar. Podemos procurar área com o seu.

— Tudo bem — Respirou fundo.

O silêncio entre eles se instalou, apenas a chuva rebatendo contra o carro era ouvido.

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— Essa chuva realmente não vai parar — Sango murmura desanimada.

— Sempre achei que só as chuvas de verão fossem assim — Miroku se ajeitou no banco — Ao menos não é um tufão.

— Está quase parecendo um.

— Nós vamos ficar bem — Segurou a mão dela delicadamente.

— É claro que vamos, ao menos a Kagome está segura — Sango deu de ombros.

— Por que falou da Kagome de repente? — Miroku estava confuso — Sango você não estaria com ciúmes, certo? — Uma pontada de esperança lhe atingiu.

— Ciúmes?! — Sango riu — Por que estaria com ciúmes dela…

— Kagome é como uma irmã para mim — Miroku suavizou — Aconteceram tantas coisas naquela família desde cedo. Eu apenas me tornei alguém em quem elas poderiam confiar.

— Eu entendo… — Sango virou seu rosto vermelha — “Ele me deixa louca!”

— Se você entende essa parte então porque virou o rosto para lá? — Miroku tentava olhar — Espera, você está toda corada?

— Não estou! — Ela tentava se esconder — Não me olhe!
    — Sango! — Miroku puxou o rosto dela devagar — Olhe para mim!

 Miroku… — Sango o encarou ainda vermelha.

— Você realmente estava com ciúmes da Kagome?

— Do que você está falando — Sango baixou o olhar — Por que eu iria ter ciúmes assim?!

— Seria melhor se você simplesmente fosse mais sincera consigo mesmo — Ele sorri terno.

— Como se você fosse assim a todo momento — Ela fez bico.

— Verdade, talvez eu devesse ser sincero agora — Ele concordou — Sango…

— O que? — Ela levantou seu olhar para ele.

— Eu estou apaixonado por você!

— Como? — Sango ficou boquiaberta — Do que você está falando, Miroku?

— Estou sendo sincero com você — Ele sorriu — E agora serei desse jeito franco.

 Miroku…

— Não vou mais me segurar — Se aproximou dela — A partir de agora irei lhe conquistar de qualquer jeito — Seu rostos estavam cada vez mais próximos.

— Eu… — Sango não pode terminar sua frase, pois seus lábios haviam sendo capturados por Miroku — “O que devo fazer?” — Mesmo que se sentisse confusa com o ato inesperado dele, logo se deixou relaxar e retribuir o beijo.

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Ao longe os raios cortavam o céu nublado. Dentro do carro dois amantes se esqueciam do mundo, enquanto trocavam suas primeiras juras de amor.
 

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~*~

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No outro dia

Naquele horário o sol já estava alto na cidade. Os raios atravessavam a grande janela e incomodavam uma certa bela adormecida. Rin estava bem dormindo à vontade daquele jeito. Não lembrava de ter um colchão tão bom quanto aquele, mas talvez fosse verdade o que diziam, quando se está cansado até o chão vira algo confortável. Porém, algo não estava certo ali, apesar de ainda não ter aberto seus olhos. O ar em torno de si era limpo demais, não que seu quarto não fosse bom também… Entretanto, ali não tinha o cheiro de incensos de sua avó.

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— Onde eu estou? — Rin abriu seus olhos de imediato — Isso não é meu quarto, nem minha casa.

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Levantou-se rapidamente ao notar onde estava, mas se arrependeu no mesmo segundo. Sua cabeça latejava pela forte dor de cabeça. Ok, estava cada vez mais estranho. Olhou em redor devagar e percebeu ser um quarto de luxo. Definitivamente não tinha dinheiro para pagar uma diária ali, não agora.

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— O que aconteceu ontem… — Rin respirou fundo — Tudo bem. Eu sai com minhas primas. Fui assediada por bêbados… — Suspirou — Salva por Sesshoumaru. Isso… Depois… Depois eu sai pra beber com ele?!

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Rin voltou a olhar em redor confusa. Estava pronta para quebrar sua cabeça no meio e tentar lembrar o que houve após o primeiro gole do licor azul, quando notou algo em cima do criado mudo ao lado da cama. Era um papel devidamente dobrado com um cartão em cima, supôs ser a chave do quarto. Olhando com cuidado o tal cartão, descobriu estar num hotel incrível. O Hotel The Celestine Ginza, este que era conhecido por seu alto luxo.

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— Oh, aqui está a resposta de tudo — Pegou o papel animada — É tudo uma pegadinha de todos. Esses bobos… — Desdobrou o papel com cuidado já notando a letra bela e cursiva de alguém.

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Bom dia, Rin!

Espero que tenha acordada inteira e sã já. Apesar de ser um tanto divertido lidar com você bêbada também. Sobre ontem, nossa, não tenho palavras para descrever como você foi intensa. Não esperava algo assim vindo de você. Com certeza me pegou de jeito.

Att, Sesshoumaru

Ps: Não se esqueça da nossa aposta. Voltarei a cobrar ela, desde que eu venci.


 .

— Espera… O que eu fiz com ele ontem… — Rin soltou o papel pálida — Eu… — Segurou a coberta branca que lhe cobria firmemente. Respirou fundo e olhou debaixo dela; gritando logo em seguida.

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Naquele momento Rin teve certeza que sua vida havia virado de vez.

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Continua…


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Notas finais do capítulo

Já avisei desde o início, minha pessoa não sabe escrever hentai E-E
Então minhas fanfics são tudo paz e amor. Tem um certo nível de insinuação apenas xD
Quem sabe no futuro eu não consiga alguém pra parceira de safadezas lol /corre

Mas sério, espero que tenham curtido até aqui ♥
Eu já estou ansiosa pelo próximo xD

Obrigada por ler e comentar ♥



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