Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 39
Capítulo 70


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 70

Bella diz:

— Jacob questionou o que era isso e Carlisle lhe disse que não sabia, porque nem o ultrassom e nem agulhas penetravam no saco embrionário. Alice também disse que não conseguia ver nem o bebê nem meu futuro. Carlisle disse que só sabiam que era forte e crescia rapidamente. Então Jacob perguntou por que não tiravam isso de mim, assim como Edward ele não gostava da ideia de algo que estava me machucando. Mesmo que eu não pensasse assim.

— Você foi muito corajosa e forte, querida – Edward diz orgulhoso da esposa.

— Rose ficou revoltada e disse que não era da conta dele. Esme a repreendeu dizendo que não era bom esse clima para mim. Alice disse que o feto não era bom para mim. Rose rebateu dizendo que era apenas um bebê. Edward chamou então Jacob para irem conversar lá fora...

‘Depois eles dois retornaram e Jacob veio falar comigo. Na verdade ele tentou me fazer desistir da ideia absurda de ter esse bebê. Todos achavam que eu não iria conseguir, mas contrariando todas as expectativas eu consegui. E aqui estamos nós.

— Eu não pensava isso – diz Rosalie se defendendo.

— É verdade Rose, você era a única que estava do meu lado.

— Ei! – protesto. Esme estava com ela também, não é justo ela dizer que só Rose estava.

— Ah claro, Esme também estava. Mas não tanto quanto Rose. Eu não queria que ela e Carlisle brigassem ainda mais. Era melhor Rose do que Esme.

— De toda forma eu e meu marido estávamos um pouco distantes – diz mamãe. – mas poderia ter sido pior. Se Carlisle realmente forçasse Bella a fazer um aborto... - ela não terminou a frase mas eu sei o que ela queria dizer mesmo sem ter o dom de meu irmão. Nossas mentes estão sintonizadas na mesma frequência ou tão próximas que quase posso ver o que ela pensa. Ela não iria gostar nada.

— Para fazer isso teríamos que amarrar você e a Rose, mãe – diz Edward. – Emmett não permitiria. E sem falar que seria uma covardia fazer isso com minha esposa.

Que mudança! Ano passado ele queria matar a própria filha e esse ano pensa totalmente o contrário.

Bella prossegue:

— Mas Jacob não conseguiu me convencer a abrir mão do meu filho. Do filho de Edward. Meu pequeno EJ. Como assim ele queria que eu tentasse de novo? Qualquer bebê de meu marido seria igual, porque abrir mão daquele, que eu já havia sofrido tanto, para tentar outro e sofrer tudo novamente? Não tinha sentido. Aí então eu pensei que ele estava sugerindo uma inseminação artificial. Como se eu trocaria o filho do meu marido pelo filho de um desconhecido... Não, ele me falou que Edward não havia dito nada sobre ‘sei lá o quê’ artificial.

‘Então eu compreendi o que ele estava tentando me sugerir. A ideia era muito... Não há palavras. Ele estava me sugerindo que eu tivesse filhos com ele? Mas se eu quisesse ter filhos com ele eu teria escolhido casar com ele e não com Edward. Ele era, ainda é, meu melhor amigo, mas daí concordar com isso? Ele estava maluco. Enlouqueceu? O que ele estava pensando?

— Você pensou mesmo que seja apenas por um segundo em ter filhos comigo, admite vai - diz Jacob.

— Sim, mas superei isso há muito tempo. Foi um futuro que morreu antes de viver.

‘Edward fazia tudo que pudesse para me salvar, e não havia muito do que Jacob também não fizesse para salvar a minha vida. Agora estava provado, era evidente. Ele até mesmo se rebaixou e fez essa proposta indecorosa.

— Ugh! Edward preferia que ela tivesse cachorrinhos a ter seu filho – Rosalie faz expressão de repulsa.

— Eu estava pensando na vida de Bella, Rose.

— O que você está insinuando? Que eu não estava pensando na sobrevivência dela e só queria o bebê?

— Eu sei que era esse pensamento que estava no fundo da sua mente. Não precisa mais negar, Rose. Mas Bella sobreviveu. Você estava certa ao menos na parte do suporte médico.

Rosalie sai da sala e se junta a Emmett na sacada.

— Isso que eu estava querendo dizer a vocês, mas ninguém me ouvia – diz Bella.

 - Nem eu acreditava tanto na medicina – diz papai.

Se até papai não tinha esperanças o negócio era mesmo muito feio! Não consigo sequer imaginar.

— Eu não merecia um amigo tão bom como Jacob e nem um marido tão bom quanto Edward. Eu era tão ingrata! Eu lhes fazia mal, não sei como simplesmente não me deixavam e iam embora...

— Eu jamais faria isso – diz Jacob. – Eu não podia deixá-la, talvez porque Renesmee já me prendia ali junto. Éramos como você disse, uma família.

— Eu também não poderia abandoná-la – diz meu irmão.

— Mas foi assim que eu me senti. Você estava bravo comigo porque eu tinha decidido ter o nosso filho. Isso não é o que um marido espera da esposa?

— Não Bella, meu amor. Eu não estava bravo porque você tinha feito isso, mas porque você estava morrendo e havia decidido isso sozinha. Talvez eu estava revoltado comigo mesmo.

— Ele sempre foi assim - diz Alice. para tranquilizar Bella.

— Eu morreria de qualquer forma, não há como ser vampira e ao mesmo tempo ser humana. E você havia decidido também sozinho a tirar nosso filho então não podia reclamar que eu havia decidido sozinha a ter nosso bebê.

— Eu não acho que conseguiriam tirar Renesmee – depois de falar percebo que interferi numa discussão entre o casal e fico constrangida me encolhendo imediatamente querendo sumir.

— Provavelmente – diz papai para me socorrer. – Se nenhuma agulha penetrava no saco embrionário dificilmente uma cânula de sucção poderia.

Jacob continua, agradeço sua intervenção providencial. Ele me 'salvou':

— No dia seguinte eu voltei para a casa dos Cullen. Eu não conseguia ficar longe por muito tempo, não sei se era minha atração doentia por Bella, como um viciado em drogas que sabe que o estoque está no fim, mas não consegue ficar sem, ou talvez já fosse poder de atração de Renesmee sobre mim – por isso que a força crescia conforme a barriga de Bella crescia, como gravidade.

‘Eu não podia evitar, eu precisava saber como ela estava. Quanto tempo mais teria? Não sei, então era melhor aproveitar o tempo que eu tinha. Bella estava mais debilitada que no dia anterior, realmente parecia que ela só tinha algumas horas de vida. Eu estava tão indignado, transtornado que o monstro a estivesse matando. Eu tive um pensamento de que o que a coisa queria era alguém em quem pudesse cravar os dentes, e como não tinha mais ninguém se contentava em drenar apenas a própria mãe. Filho de mostro, só podia ser monstrinho. Desculpe Ness, mas você sabe que era assim que eu pensava na época.

— Eu sei Jakey, tudo bem. Eu entendo, nenhum de vocês me conhecia como poderiam saber como eu era? Não os culpo por presumirem, o que vocês viam não lhes dizia quem eu era. Ao contrário colaborava ainda mais para terem raiva de mim e me odiarem.

— Mas isso mudou quando eu pude ouvir seu pensamento, minha filha – diz Edward. – Pudemos conhecer você e saber que você não queria fazer mal para sua mãe.

— Eu era fraca – diz Bella a título de desculpas.

— Realmente o feto não era compatível com seu corpo, Bella – diz papai.

— Mas então Edward leu na minha mente meu pensamento e eles decidiram fazer com que Bella tomasse sangue. Ela concordou, é claro, se isso iria ajudar o bebê, pouco importava o que ela teria que fazer. Eu fiquei enjoado, mas não disse nada. Eles tinham um estoque de sangue para caso Bella precisasse para quê? Para uma transfusão? E colocaram num copo plástico opaco, daqueles com canudinho. Porém parece que teve um efeito positivo, fazendo com que as olheiras diminuíssem e a cor dela retornasse, evidente que Bella não parecia mais a beira da morte como antes.

‘Rosalie queria que Bella tomasse mais, mas Carlisle lembrou que ela ainda era humana e pediu se ela queria comer alguma coisa em especial. Ela respondeu ovos e trocou um olhar com Edward. Alguma mensagem que eu não compreendi na hora, mas hoje eu sei que foi o que Bella mais comeu durante a lua-de-mel na ilha, no Brasil.

— Sangue? Que tipo de sangue?

— Sangue doado – responde papai ao mesmo tempo que Bella.

Penso e me lembro que eu também já tomei sangue, mas foi meu próprio sangue. Na época eu nem imaginava que um dia eu fosse querer ser uma vampira, então não posso dizer que já estava treinando...

Mas eu tomei meu próprio sangue, o que era bem mais seguro, a meu ver, do que beber sangue doado. No entanto minha irmã tomou sangue de outras pessoas! E o que é ainda mais assombroso, enquanto ainda humana! Isso foi quase canibalismo. Não sei como poderia chamar isso. (hematofagia)

Se bem que o sangue doado passa por muitos processos para assegurar a sanidade para o receptor e por isso é livre de qualquer infeccioso. Carlisle sabia disso, ele não arriscaria a vida da filha se não fosse seguro.

— Eu tentava, mas a náusea provocada pelo cheiro de sangue me fez finalmente sair. – acrescenta Jacob. – Bella bebeu tantos copos!

— Na verdade, na primeira vez foi só dois – Bella contra-argumenta.

— Que seja – ele revira os olhos – mas mesmo assim foi nojento.

— Isso porque você não se alimenta disso – Os defendo. Para eles o líquido vital é sangue animal assim como para nós humanos é a água. – Por acaso você tira o sangue e só come a carne dos animais que caça na forma de lobo? Ou você cozinha antes?

— Caroline – Carlisle me repreende.

— Eu prefiro não caçar assim, mas quando eu faço é claro que não. Mas é diferente Carol, nós não bebemos apenas o sangue. Caçamos como qualquer predador faria. Nossa parte lobo é assim.

Os vampiros poderiam tomar o sangue de um animal e ele comer a carne então se ele não quer sangue. Mas não acho que alguém iria concordar em dividir uma refeição. Eles se divertem caçando e ninguém iria querer abrir mão. Ou poderiam alternar a vez de quem caça.

 Jacob prossegue:

— Quando eu estava saindo eu ouvi os uivos de Seth e Leah que avisavam da aproximação dos outros. Não era um alarme falso, dessa vez a urgência do alarme era perceptível. Antes que eu pensasse direito sai pela porta e me transformei antes de tirar a minha roupa. Não havia tempo a perder. Minha última muda de roupa se rasgou com a explosão do volume de meu corpo. Droga! Que ótimo, agora estava sem roupas. Iria ter de ficar na forma de lobo o tempo todo.

‘Por sorte Edward ouviu meu pensamento e contou tudo o que acontecia ao outros. Esme ficou muito sensibilizada ao saber que eu não tinha mais roupas e que nós três não podíamos mais retornar para casa. Ela queria nos ajudar com o que fosse preciso, assim ela não se sentiria tão culpada por estarmos sem poder voltar para nossas casas. Sua oferta foi muito bem recebida por Seth e por mim, apenas Leah não aceitou. Eu tentei dar o exemplo para ela, mas nem isso adiantou. Não poderia obrigá-la se ela não queria, ela poderia ficar ao menos enquanto não fizesse nada contra os Cullen.  - o que ela fez quando veio 'conversar' com Bella. - Ela nunca gostou deles, estava aqui apenas para não ter que ficar na matilha de Sam.

— O que eles queriam?

— Eles vieram tentar convencer Seth e Leah  a voltar, mas nenhum de nós estava disposto. Iríamos ficar aqui ao menos até o ‘problema’ acabar. Se Bella morresse, seria o fim. Eu mesmo iria acabar com Edward.

— E eu iria pedir que fizesse isso – diz meu irmão calmamente.

— Edward! – reclama mamãe.

— Me desculpe mãe, mas eu não poderia viver se minha esposa não tivesse sobrevivido.

— E eu? – pergunta Renesmee.

— Eu e sua avó cuidaríamos de você. – responde Carlisle. – Ao menos uma lembrança de nosso filho e de nossa nora.

Rosalie assovia em protesto - eu me assusto e Esme imediatamente me acalma. Mesmo da varanda ele pode ouvir tudo que dizemos, mas todos parecem ignorá-la, pois já estão acostumados com o temperamento dela.

— Eu seria muito grata a vocês – diz Bella.

Olho para baixo, chocada. Se Bella tivesse morrido não haveria necessidade deles irem me buscar. Se não tivesse ela, não teria eu.

— O que foi meu amor? – Esme percebe que eu fiquei abatida de repente.

— Eu...? – a única coisa que eu consigo sussurrar pela minha garganta quase trancada.

— Carol, meu amor, é claro que teríamos buscado você. Alice teria te visto ainda.

Ou Alice me veria mesmo assim? Talvez. Um raio de esperança me atinge.

Fico mais tranquila. Não sei se foi pelo que ela disse ou Jasper teve que usar seu dom em mim.

...XXX...


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