Coração de Fogo escrita por Pietra Le Fay


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Long time, no see...
Então ne, eu tenho q me desculpar por demorar tanto pra transcrever pro pc, mas qm tem q se desculpar mesmo é minha mãe que me colocou de castigo e quebrou meu teclado. EU ESTOU ESCREVENDO POR TECLADO VIRTUAL!!! entao, aproveitem o cap e qnd eu receber um teclado novo, eu volto e att vcs. ; )



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CAPITULO 4

Após organizar todos os assassinos silenciosos na frota de Wendlyn e mandar as frotas de Ansel, Enda e Galan para Terrasen, não restava nada para Aedion e Lysandra fazerem além de remoer seus sentimentos mais obscuros e se encararem com raiva quando ninguém estava olhando.

Os dois eram simplesmente uma bagunça de sentimentos, cada um com seus pensamentos contraditórios, culpa para os consumir, preocupação com sua rainha... Não que eles reconhecessem isso. Não. Estavam ocupados demais com o rancor; mas sentir ódio era mias fácil, certo? Pelo menos os impedia de quebrar sob a pressão.

Mas agora com tudo arrumado, só restava uma longa jornada de volta pra casa aonde os problemas o aguardavam. como por exemplo, Darrow e os lordes.

Ainda teriam que marcar um encontro com eles. Só podiam esperar que esse não fosse tão desastroso quanto o último.

Apesar que, depois de tudo o que Aelin havia feito, os lordes dificilmente negariam suas entradas em Orynth. O que só tornava mais difícil encarar todo o caminho que tinham pela frente.

Planos. Tantos planos que foram omitidos de toda corte.

O que doía, para Aedion, era o fato de que Aelin pensara em todos, não só no futuro do reino e do mundo, mas nos amigos e família. Mesmo assim, ninguém pensou na prima, nem mesmo ela. O mundo fora tão cruel com a rainha, que ela não conseguia acreditar que eles a amavam tanto quanto ela os amava. Ela não se considerava digna desse amor. E eles fizeram um péssimo trabalho tentando a convencer do contrário.

Com isso em mente, ele foi escrever uma carta a Darrow, tentando honrar esse sacrifício e se preparando para o momento em que teria que a mostrar para Lysandra-Aelin.

~*~

Lysandra após terminar uma conversa sem muitas palavras, mas cheias de significado com Ilias, ela decidiu que já dava de interação, que não conseguiria mais fingir. Galan, graças a Wyrd, não gastou muito tempo tentando conhecer a prima – estava ocupado demais organizando seus homens. Ela sabia que não escaparia da conversa para sempre, mas por ora, ela podia se dar o luxo de se trancar no quarto e se transformar de volta.

Recostada contra o batente da porta aberta, com uma visão clara de seu reflexo no espelho, sentiu-se mais suja do que já se sentira ao se deitar com qualquer um. Usar a pele de sua amiga, não era algo fácil, ainda mais quando a mesma estava sofrendo, enclausurada no escuro. A cortesã não falharia, não se permitiria oscilar, mas no momento, precisava de um banho. No seu corpo. Então se transformou, e estava quase terminando de se despir quando bateram à porta. Modificando rapidamente a voz e se enrolando em um robe, caminhou até a entrada.

— Quem é?

— Sou eu, Aedion.

— Merda - sussurrou.

Abrindo a porta, tomando muito cuidado para se esconder atrás dela, liberou a passagem de Aedion, o quarto se tornando rapidamente pequeno demais.

Qualquer um perceberia a tensão entre os dois, as palavras não ditas, a raiva reprimida...

Mas ninguém seria capaz de ver o que se passava realmente em seus corações, não quando eles próprios não conseguiam decidir o que sentir. O coração é um órgão pequeno demais para comportar a torrente de sentimentos que vazava dali.

Com um olhar de surpresa, Aedion adentrou o cômodo. Não estava esperando ver Lysandra em sua forma real, mas realmente, não havia razão para a cortesã usar a pele de Aelin todas as horas do dia. Com meio pensamento, decidiu não comentar sobre. Precisavam deixar toda a frustração de lado por tempo suficiente para agirem como pessoas civilizadas.

Fechando rapidamente a porta, Lysandra se virou, encarando Aedion nos olhos. Talvez eles finalmente conseguissem se entender. Ela estava dando espaço para ele se resolver. Sabia que ele se sentia traído e magoado, mas que culpa ela tinha? Que culpa qualquer um tinha? Não era como se estivesse sendo exatamente fácil pra ela. Então, esse espaço funcionava como uma via de mão-dupla. Não atiçava a raiva dele e a impedia de explodir com o guerreiro. Mas... aquela era uma oportunidade para levantar a bandeira branca.

— Então, por que está aqui? – apesar da voz cautelosa, um olhar endurecido recebeu o esperançoso e ela viu que nenhuma bandeira seria levantada ali.

— Um novo encontro com os lordes tem que ser marcado. Já escrevi a carta. Pretendo mandá-la o mais rápido possível. – Curto e objetivo, palavras cuidadosamente escolhidas, apenas a informando da situação.

— Posso lê-la?

Ele assentiu, retirando um pergaminho cuidadosamente dobrado do bolso e a entregando. O primeiro pensamento que passou pela mente de Lysandra foi que a caligrafia de Aedion não era nada parecida com o que ela imaginava. Esperava que fosse se deparar com letras desajeitadas e corridas, típicas de um comandante que precisa enviar mensagens apressadas no meio de uma batalha. Mas ao invés disso, letras perfeitamente arredondadas e alinhadas a cumprimentaram. Dignas de um príncipe.

Por que mesmo estava prestando tanta atenção na caligrafia dele?

Concentrando-se no conteúdo da carta, percebeu que apesar de ter sido escrita com maestria, alguma coisa estava estranha. Devia ter deixado isso estampado em suas expressões, pois logo Aedion se manifestou.

— Alguma coisa errada? – era impossível ignorar o não tão leve tom de irritação que transparecia em sua voz.

— É só que... – hesitou, temendo sua reação – está parecendo que estamos implorando por um minuto do precioso tempo deles. Não precisamos disso...

— Eu sou o general da devastação. – interrompeu ele – Você pode vestir a pele de Aelin, mas não é uma rainha.

Lysandra não deixou que a alfinetada se instalasse em seu coração e apenas a ignorou. Não se sentiria culpada. Fez o que foi preciso para sua sobrevivência – e a do mundo. E não tinham todos feito o mesmo? Ela achou engraçado. Sua vida parecia se resumir a isso.

Faça o que for preciso, não importa quão horrível ou degradante seja.

Não demonstre o que você sente, pode ser usado contra você.

Engula a dor, ninguém se importa.

E, agindo exatamente como fora treinada, continou:

— Ainda assim, Aedion... – Ela controlava o próprio temperamento, falando com calma - depois de tudo o que Aelin fez, poderíamos chegar arrombando as portas do castelo que eles não teriam o que reclamar. Não temos que nos vender aos lordes.

— Você saberia sobre isso, não ?

Levou um segundo a mais para que Lysandra digerisse as palavras praticamente cuspidas em sua cara. Wyrd sabia o que ela havia aturado durante todos aqueles anos em Forte da fenda, todos os insultos e piadinhas quanto a sua profissão. Aprendera a se abstrair e não deixar que a afetassem. Tanto.

Mas aquilo ela não conseguia simplesmente deixar passar. Não vindo dele. Não depois de tudo. Aquela era a última gota que faltava para que um recipiente bem fundo transbordasse. Um limite havia sido ultrapassado ali.

~*~

No momento em que as palavras saíram de sua boca, ele se arrependeu. Se amaldiçoou por ter sequer pensado naquela forma tão horrível de a insultar.

Nos olhos de Lysandra, um lampejo de dor e... vergonha? Tão rápido que ele poderia jurar que tinha imaginado. Mas não tinha. Aedion sabia que a cortesã era muito bem treinada na arte de ocultar emoções. Entretanto, o que estava estampado no rosto dela não era inteiramente uma máscara. Ódio frio cintilava em seus olhos e cada centímetro de suas feições estava perfeitamente construído para não revelar nada, além, é claro, da emoção mais sobrepujante no momento.

— Lysandra, eu si...

— Vá se foder. Vá. Se. Foder. – as palavras tão afiadas e tão parecidas com lâminas que ele as sentiu perfurar seu peito. – Quer descontar sua frustração com o mundo? Soque a parede! Não estou aqui para ser seu saco de pancadas. Todos já temos merdas o suficiente pra lidar.

— Eu não quis dizer aquilo – diante do ódio de Lysandra, sua voz pareceu insignificante. Mas ela não tinha acabado.

— Quer rastejar para os lordes? Vá em frente, General. Porém faça isso em outro lugar. Saia!

Não importava o quanto estivesse com raiva, nada justificava o que ele tinha dito. Pegando a carta e sua vergonha, saiu do quarto.

Apesar de tudo, não mudou a carta. Talvez ele realmente começasse a socar paredes, tamanha a fúria que vazava dele. Não estava nem perto de se esvair por completo. Mas uma pequena parte de si, percebeu que talvez, apenas talvez, estivesse direcionando a raiva para o lugar errado.


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Notas finais do capítulo

Como eu tenho q me submeter às vontade da autoridade maior(mãe), n sei qnd voltarei, tentarei ser o mais breve e lhes entregar o cap Manorian (♥)
até lá, bjon.

XOXO
Pietra
(se vc, assim como minha amiga, tbm n entendeu o motivo da briga, me mande uma mp ou comente ; ) )



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