Qual seu Destino - Destinada escrita por Mah


Capítulo 9
Capítulo 8- Confiar em quem?


Notas iniciais do capítulo

I'm Back! está aí..... Nos vemos lá em baixo...



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Quem me levou para um lugar mais confortável foi o tal do Josias que eu não pude deixar de notar em como ele era L-I-N-D-O não trocamos nenhuma palavra, mas o silêncio feito não foi desconfortável.

Ele me deixou na frente de uma porta toda decorada com ramos de verbena, olhei um tanto confusa.

— Verbena serve para proteção – disse ele com uma voz suave, quebrando o nosso silencio.

— Verbena serve para proteção – disse ele com uma voz suave, quebrando o nosso silencio.

— Exato. Contra o que? – disse ele olhando para mim com um sorriso – a questão aqui sempre é e sempre vai ser nos proteger contra o que ou quem? Não é mesmo? – continuou – Cuidado com as pessoas é só o que digo às vezes elas parecem ser algo que não são – alertou ele a mim, sem me dar a chance de falar, ele se inclinou e beijou minha bochecha.

— Boa noite – ele disse – a gente se vê depois.

Abri a boca para falar algo, mas a fechei novamente, pois ele já havia virado as costas e estava indo embora.

Balancei a cabeça tentando tirar minha confusão toquei com os dedos onde ele havia beijado e pensei que ele ou era louco ou era... Não tinha como definir, não tinha como eu pensar em nada a não ser que ele havia me deixado muito curiosa.

Entrei dentro do quarto, ele não era pequeno, mas também não muito espaçoso, e bem confortável havia uma cama de casal, num canto do quarto tinha um espelho que ia do chão ao teto, perto da cama havia uma cômoda, feita de madeira e tinha uns detalhes rústicos com um vaso cheio de rosas colombianas e peônias brancas as minhas flores favoritas eram essas duas a propósito. Estranho. No canto direito tinha uma porta decorada com ramos de lírios brancos que dava ao banheiro, dentro tinha uma pia com os mesmos detalhes rústicos da cômoda, um espelho antigo fixado na parede, em cima da pia tinha um vasinho também com flores, tulipas azuis. Abri a gaveta da pia e percebi toalhas brancas bordadas com desenhos de pássaros e flores.

Olhei para o lado e vi uma banheira. Com um suspiro fui até a cômoda ver se tinha algo para vestir quando abri a gaveta. Encarei, franzindo o cenho, as roupas dali de dentro eram todas do meu tamanho e estilo. Peguei uma regata azul marinho simples e uma saia de pregas xadrez preta, me direcionei ao banheiro peguei uma toalha bordada liguei a torneira para encher a banheira, peguei um xampu e sabonete liquida que eu achei em baixo da pia e fui tomar um banho bem demorado.   

Havia acabado de sair do banheiro. Estava arrumando meu cabelo na frente do espelho, quando terminei olhei satisfeita com o resultando, mas faltava algo, eu apenas não sabia o quê.

   Havia acabado de sair do banheiro. Estava arrumando meu cabelo na frente do espelho, quando terminei olhei satisfeita com o resultando, mas faltava algo, eu apenas não sabia o quê.

— Oi, queria me desculpar pelo beijo que dei no seu rosto mais cedo - falou ele envergonhado e desviando o rosto com suas bochechas coradas, tentei não sorrir com sua vergonha, mas não me consegui me conter. Ele olhou para mim um pouco esperançoso.

— Desculpar? – Ecoei confusa – não há pelo quê se desculpar – falei quase rindo.

— Ah tudo bem então, e qual é graça? – perguntou ele arqueando uma sobrancelha.

Eu ri com isso ele parecia confuso agora mais que tudo.

— Ora, você vir até aqui para se desculpar comigo, claro, é muito irônico, você foi o único que apareceu e que não me olhou com pena ou como se eu fosse alguma aberração que deveria estar num freak show – eu falei colocando a mão direita no meu queixo assumindo uma posição de pensadora filosófica.

— Não liga para o Jesse, é apenas mau humor, pois a nossa querida Rainha tem uma nova favorita – ele disse me avaliando de cima a baixo me senti corar com isso. Ele sorriu. Claramente feliz por eu ter ficado corada.

— Oh, Quem? A Rainha da Inglaterra? – perguntei ironicamente para tentar não mostrar meu embaraço por ter corado tão rapidamente.

— Seria uma boa. Mas a nossa Rainha não curte muito uma competição com certeza as duas seriam grandes inimigas, e a rivalidade poderia ter fim numa batalha sangrenta – disse ele convicto, mas logo riu quando viu a minha cara parte espantada e parte horrorizada.

— Muito engraçado, sabe você me magoou com isso – eu falei fazendo um olhar de decepção fingido e colocando a minha mão direita no coração e a outra na testa, fazendo uma pose clássica de drama.

— Queres perdão? – perguntou ele com um meio sorriso.

— Oh, não, não será necessário – falei fazendo sotaque britânico, erguendo meu queixo como se fosse uma riquinha esnobe e cruzando meus braços. Ele riu.

— Flores bonitas – ele disse apontando com o queixo para as rosas em cima da cômoda.

— Sim elas são – eu respondi com um sorriso.

Ele entrou no meu quarto e sem mais nenhuma palavra tirou uma rosa de lá, cortou seu caule e foi até mim colocando a rosa atrás da minha orelha e disse:

— Combinou, realçou seus cabelos e seus olhos – e logo em seguida me deu um beijo no rosto e saiu fechando a porta atrás de si.

Eu ri sozinha parte com estranheza e parte muito encantada. Além de ser lindo ele definitivamente flertou comigo, balancei a cabeça para tirar a sensação dos lábios dele no meu rosto e me olhei no espelho, então finalmente notei o que estava faltando em mim.

                                                 ***

As ordens da Rainha eram claras, mas não me parecia certo arrombar uma casa de uma adolescente e mexer em seus pertences.

Olhei a casa para ver se havia alguém nela. Janelas e portas fechadas. Concluí que não. Respirei fundo, olhei para os lados, da rua que estava deserta as casas da vizinhança estavam com as luzes acesas pensei o que essas famílias estavam fazendo, jantando? Jogando jogos de tabuleiro? Ou eram aquelas famílias desunidas que fica cada um em seu quarto? Não dava para saber ou adivinhar. Como não tinha ninguém na rua ou alguém de dentro das casas olhando para mim. Porque sendo honesto comigo mesmo era muito estranho um desconhecido encarando uma casa de uma boa vizinhança. Fui até a porta e a analisei, suspirei frustrado por algum motivo me senti mal de arrombar e pensei que devia ter uma chave escondida em algum lugar e me veio um pensamento.

Fui até o jardim e remexi em algumas pedras para ver se tinha uma falsa. Bingo. Não consegui deixar de pensar que isso era muito irônico. Minha família fazia isso, quando eu ainda era um garotinho e não tinha que me preocupar em invadir a casa de outras pessoas.

Balancei a cabeça para afastar as lembranças. Elas doíam e muito. Então me lembrei da voz melódica da Rainha me dizendo o que fazer:

“Pegue-a para mim, ela me dá um sentimento inestimável de carinho e me trás boas lembranças, encontre-a e o seu pertence será libertado e muito bem, falhe na sua missão e eu não devolverei seu pertence e o farei sofrer... E muito.”

 Voltei até a porta a destranquei, fechei a porta atrás de mim e olhei em volta a casa parecia bem normal e não a casa da ladra de uma joia rara.

Por dentro a casa era pintada de um rosa claro, a escada logo em frente era em caracol, no lado direito tinha uma porta que ia talvez para uma sala de estar, e a porta do lado esquerdo provavelmente para a cozinha. Os quartos ficavam em cima. Naturalmente.

Comecei a subir as escadas que me levou até um corredor. Estranho não havia nem uma foto nas paredes. E eu notei que lá em baixo também não tinha. Estranho. Muito estranho. Duas portas de um lado e outras duas do outro e uma no fim do corredor a do fim do corredor parecia ser o banheiro. Olhei para o lado direito pensativamente e depois para o lado esquerdo. No lado esquerdo fixada numa porta tinha uma plaquinha preta com desenhos de presas que pingavam um sangue muito vermelho e com os seguintes dizeres:

“Fique longe. Apenas entre se você for um vampiro sexy como Damon Salvatore”.

Se for uma adolescente que roubou o bem mais valioso da Rainha tinha que ser esse o quarto dela.

Respirei fundo e entrei em seu quarto. A parede do quarto era pintada de um azul bem claro quase branco. O quarto era bem arrumado com uma cama de casal em cima dela possuía vários ursos de pelúcia e três almofadas com temas: uma do “The Walking Dead”, com zumbis e Daryl em cima de sua moto matando-os. Uma do “Supernatural”, com Dean Winchester do lado esquerdo segurando sua amada faca em uma mão e na outra uma adaga angelical, no lado direito estava Sam Winchester com seus cabelos compridos segurando o Colt, no meio deles estava Castiel com suas asas brilhando, e usando o seu, sobretudo uma marca registrada do anjo de supernatural, ao seu lado estava Crowley com toda a sua obscuridade em um terno preto elegante. E a ultima almofada era obviamente de “The Vampire Diaries”, apenas com Damon e Stefan Salvatore com seus olhos bem realçados, sem a Elena. Tinha uma cômoda no lado direito do quarto com portas retratos, sem dar importância fui diretamente até lá, sem me incomodar em notar o resto do quarto da garota que claramente era obcecada por séries.

Comecei a me questionar se era o endereço certo que a Rainha havia passado a mim. Mas às vezes as aparências enganam, abri a gaveta, havia muitos, mas muitos CDs. Se houvesse alguma pedra preciosa e bem brilhante apareceria de primeira ela seria muito idiota se colocasse ali, parti para a segunda eram camisetas, sorte que ela não era nem um pouco organizada com suas roupas era mais fácil para eu procurar comecei a revirar tudo naquela gaveta. Nada. Fui para a quarta eram revistas de cantores, mexi um pouco. Nada. Suspirei isso era tão frustrante. Fui até a última gaveta com muita pouca esperança. A gaveta das calcinhas, por algum motivo eu corei não queria mexer nas coisas intimas de ninguém, mas se queria acabar com a chantagem da minha “querida” Rainha era necessário. “Muito necessário” disse a mim mesmo para consolar a minha consciência que estava começando a pesar. Remexi em suas roupas e... Nada. Não havia nada ali. Definitivamente a casa errada. Pensei enquanto fechava a gaveta com raiva.

Quando a gaveta fechou-se ela fez um barulho estranho, oco. Arqueei uma sobrancelha curiosamente e com mais esperança que antes, abri calmamente a gaveta e comecei a bater de leve no fundo da gaveta. É claro, uma droga de um fundo falso, eu fiz um barulho do fundo da minha garganta que estava entre uma risada e um soluço de deleite e alivio.

Abri o fundo falso, quando escutei o barulho de um carro, parando na garagem. Os donos da casa chegaram. Tranquei a respiração e olhei em volta do quarto. Tinha uma sacada ali perto eu apenas precisava ir até ela antes que a dona do quarto chegasse, mas a sacada dava até a porcaria da garagem, droga eles me veriam se eu tentasse fugir por ali.

O mais rápido possível abri o fundo e vi uma pedra brilhando. Passos, e uma voz feminina falando ao telefone docemente cada vez mais perto. Peguei a pedra, coloquei no meu bolso. Botei o fundo no lugar novamente com a respiração ofegante e coração acelerado. Fechei a gaveta e fui me esconder, pois não haveria tempo de fugir.

Levantei-me com a mão no meu bolso segurando a pedra protetoramente, e notei uma porta ao lado da cômoda. Banheiro. Entrei correndo nele e fechei a porta. Fiquei de modo que se ela entrasse no banheiro eu ficasse atrás da porta.

Escutei passos agora no quarto uma voz conhecida ainda falava no telefone. Não soube dizer quem era a dona da voz, e nem distinguir o que falava, mas ela entrou no banheiro e nem me notou ali, e vi quem era pela fresta da porta. Impossível. Não. Devia ser algum engano.

A Rainha era muitas coisas, mas nunca, nunca errava. Lembrei.

Ela desligou o celular, droga. Não escutei o que ela falara. Não deveria ser algo de importante. “Isso Mike minta para si mesmo”. Pensei batendo a mão na minha testa de leve. Por. Que. Eu. Fui. Fazer. Isso? Idiota.

Ela olhou imediatamente para trás, eu tranquei a respiração e fiquei imóvel. Ela ergueu uma sobrancelha e deu de ombros virou novamente para o espelho arrumando o seu cabelo e escovando os dentes.

Pouco tempo depois escutei alguém a chamando lá em baixo e ela desceu correndo, esperei que seus passos ficassem bem distantes para sair daquele local sufocante. Saí bem lentamente sendo o mais silencioso o possível. Fui para a sacada, olhei para baixo não era uma descida muito alta.

Depois que desci, eu corri. Corri muito, até perto da minha casa com meu coração acelerado. Escorei-me numa arvore que estava ali perto. Ofegando e colocando minhas mãos nos meus joelhos com meu coração quase pulando para fora da minha boca. Lembrei-me da pedra, era muito semelhante com um rubi, mas era mais brilhante, um brilho poderoso. O brilho chegava a arder meus olhos. Fechei a pedra em torno dos meus dedos, ela não era pequena a ponto de ser perdida com facilidade, mas não era grande a ponto de chamar a atenção a quilômetros. Era em poucas palavras em um tamanho discreto.

Estava muito cansado com tudo que acontecera, levaria a pedra até a Rainha amanhã de manhã bem cedo. Ao amanhecer.

Entrei em minha casa, ou melhor, um minúsculo apartamento que apenas cabia uma pessoa. Joguei-me na minha cama e meus últimos pensamentos antes de eu apagar completamente foram que eu não acreditava que tinha sido ela que havia roubado aquela droga de joia.


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Notas finais do capítulo

Sei que ficou meio grande, mas é essencial para a história, então né... Enfim, espero que gostem.....



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