Qual seu Destino - Destinada escrita por Mah


Capítulo 10
Capítulo 9- A verdade?


Notas iniciais do capítulo

Ooioioi. Nos vemos lá em baixo c:



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Estava deitada na minha cama encarando o teto, eu havia tentado sair do meu querido quarto, mas esse maldito lugar parecia um labirinto. Qualquer curva que eu entrava dava de novo na porta do meu quarto. Depois de vinte tentativas, sim eu contei, parei frustrada, pois percebi que não daria em nada e eu apenas perderia meu tempo.

Ótimo Kath! E o que você está fazendo agora é muito produtivo e não esta perdendo seu tempo”. Pensei ironicamente e revirei os olhos, quando a tal Rainha sanguinária quiser falar comigo eu iria não tinha como eu achar o lugar onde ela ficava. Seria do jeito DELA. Nós conversaríamos quando ELA quisesse, que “incrível”.

Mas eu já estava surtando aqui no meu quarto, ele não parecia mais confortável ou até mesmo fofo com as flores que eu mais gostava em cima da cômoda, eu estava com um péssimo pressentimento.

Para eu não surtar de vez eu comecei a andar em círculos pensando em meus pais em como eles estariam preocupados e no meu castigo de quando eu saísse desse lugar e se eu saísse, balancei a cabeça. NÃO. PENSE. ASSIM. Eu sairia era só conversar com a tal Rainha e talvez tudo isso fosse um engano e nós duas iríamos rir do mal entendido. É claro só poderia ser um engano.

Bateram à porta e eu dei um pulo assustada, e meu coração acelerou com quem poderia ser, mas o que tinha acontecido comigo? Ele falara comigo apenas algumas vezes. Algumas vezes? Apenas D-U-A-S. E eu já estava toda “apaixonadinha”? Eu não era assim o que estava acontecendo comigo? Minha cabeça estava passando um turbilhão de coisas que me esqueci de responder e fiquei encarando a porta como uma louca.

Lentamente a porta foi se abrindo e ele colocou a cabeça para dentro do meu quarto e eu vi seus olhos dos quais eu tanto ansiava para ver e nem tinha me dado conta disso.

— Oi, está ocupada? – ele perguntou com um sorriso tímido.

Eu apenas balancei a minha cabeça negativamente.

— Pode entrar.

Ele sorriu e entrou. E me deixou completamente sem ar. Estava usando uma roupa normal, uma calça jeans rasgada nos joelhos. E uma blusa preta um pouco justa de mangas compridas fazendo seus músculos ficarem um pouco mais visíveis, suas roupas caíram super bem nele, ele sentou-se na minha cama e perguntou:

— Está com fome?

— Não. Nem um pouco.

— Ah, mas me avise se a fome vier – ele disse com um sorriso do qual eu não pude deixar de retribuir.

Ficamos um pouco em silencio quando eu finalmente soltei a respiração que nem sabia que eu segurava.

— Por que eu estou aqui Josias? – perguntei com os olhos já marejados. Não. Eu não podia chorar na frente de um desconhecido.

— Na hora certa, a Rainha vai lhe contar ela apenas está tendo paciência e esperando alguém. – ele respondeu suspirando.

— Vai demorar? Eu já to me sentindo claustrofóbica aqui dentro desse quarto.

— Não, não vai demorar. Eu posso te distrair até chegar a hora de vocês conversarem – sugeriu sorrindo radiante e seus olhos brilharam com a ideia.

— Claro, me surpreenda – eu disse sorrindo.

                                              ***

Lentamente abri meus olhos e olhei em volta, coloquei a mão no meu bolso lembrando-me da noite anterior, e meus olhos abriram-se de imediato, me levantei tropeçando nos meus próprios pés. A pedra não estava no meu bolso, não mais.

Desesperando-me comecei a procurar a pedra por toda a minha “casa”. Nada. NADA. Meu. Deus. Que. Idiota. Por que eu não levei aquela porcaria de “valor inestimável” até ela logo em seguida de achá-lo e o pior, quem estava com aquela joia antes era uma das pessoas mais improváveis. Talvez ela tivesse um bom motivo. Mas... Como ela conhecia a Rainha? Suspirei. E fechei bem meus olhos para organizar meus pensamentos.

Abri meus olhos e olhei distraidamente para a porta e notei que ela estava entreaberta. Com a respiração ofegante fui até lá e meus olhos se arregalaram. Tinha um bilhete no chão e a porta fora aberta como se alguém tivesse a chave da minha casa, mas ninguém tinha acesso as minhas coisas. Ou a porta fora aberta com um grampo de cabelo, que a propósito era uma das coisas mais clichês que já existiu na face da Terra. Ou alguém possuía a chave da minha casa, fiquei tonto com esse pensamento e se alguém realmente tinha a chave da minha casa? Com esse pensamento eu olhei para baixo, para o bilhete.

                                              ***

Josias estava segurando a minha mão e havia me levado até um jardim, o jardim era simplesmente fabuloso, eu estava extasiada pela visão tinha canteiros de tulipas azuis e amarelas, eu olhava para um lado e rosas brancas e colombianas entravam na minha visão eu olhava para o outro lado e peônias brancas usadas muito na medicina estavam lá, as flores que rondavam aquele lugar todo era de muitos tipos, estavam perfeitamente alinhadas, fiquei sem palavras era encantador!

Apenas notei que Josias estava falando comigo porque ele soltou a minha mão e começou a rir.

— Nossa, pelo visto elas te encantaram não é? Pois até para socializar comigo você não está sendo capaz.

— É de tirar o fôlego – respondi com um sorriso sonhador no meu rosto.

Ele riu e olhou para mim.

— O que foi? – perguntei levemente corada com a intensidade do olhar dele para cima de mim.

— Nada – ele respondeu ainda olhando para mim daquele jeito.

Eu desviei o olhar da combinação rara de cores dos olhos dele, mais corada que antes. Ele deve ter notado o meu desconforto porque também desviou o seu olhar, mas ele pegou a minha mão novamente e me direcionou até um banquinho de praça que estava virado para margaridas incrivelmente lindas.

— A Rainha não vai querer falar comigo a qualquer momento? – perguntei com um suspiro.

— Assim que ela quiser falar com você irão nos achar – ele respondeu pegando uma margarida na mão. Descartou a rosa que ainda estava no meu cabelo e colocou a margarida no lugar.

— Nossa, que mania interessante essa. – falei em tom de escárnio.

— é que essas flores combinam com você. – respondeu ele timidamente.

Eu sorri com a afirmação.

— Está bem, eu me rendo a isso, acho que você nunca vai parar.

— Não mesmo! – respondeu ele triunfante.

— Sabe. Eu pedi pra você me surpreender, mas isso... – falei gesticulando exageradamente com o meu braço – passou das minhas expectativas.

—É, mas eu não terminei de surpreende-la – ele respondeu fazendo um olhar pensador.

— Ah, não? – perguntei confusa.

— Não.

Ele se aproximou mais de mim, eu soltei uma risada nervosa, percebendo o que ele faria. Ele se inclinou e por alguma razão eu fiz o mesmo. Uma mão dele foi para a minha nuca me fazendo inclinar um pouco mais para frente e a outra foi para a minha cintura. Instantaneamente meus olhos se fecharam e seus lábios encostaram os meus levemente, o beijo foi se aprofundando e ele chegou mais perto de mim. Minhas mãos foram para seus cabelos que se enrolaram nos meus dedos, sedosos. Logo em seguida coloquei minha mão em sua nuca. E ele se afastou.

— Então, agora sim eu tenho certeza que está mais surpresa que antes – disse ele ainda com a mão na minha cintura.

Eu ri com isso e quando abri a minha boca para responder, escutei alguém pigarrear, Josias se afastou de mim ao virar sua cabeça para trás e perceber que quem estava atrás de nós era o seu colega que não gostava muito de mim. Sua expressão ao olhar para mim era a mesma de antes.

— A Rainha quer vê-la – foi tudo o que disse, logo em seguida virou de costas e saiu como se ele não tivesse visto nada.

                                              ***

É MELHOR VOCÊ TER UMA OTIMA DESCULPA PARA A SUA RAINHA”

Assim que abaixei a minha cabeça para o bilhete e vi o que estava escrito. Saí rapidamente para ir a encontro dela, sabendo o que viria a seguir, uma dor inimaginável, não apenas para mim.

                                              ***

Quando chegamos perto dos aposentos da Milady. Josias quebrou o silencio que havia se estendido desde o recado do Jesse. Talvez ele houvesse percebido o meu nervosismo por falar com ela.

— Olha. Eu sei que está nervosa, mas vai dar certo – disse ele – Mas você tem que saber que eu não vou estar junto, vai ser apenas você e ela, e talvez uma de suas súditas que ela mais confia.

—Espero que dê tudo certo mesmo – respondi sem muita convicção e com um sorriso fraco.

— Vai dar – ele respondeu confiante.

Sorri com isso, pelo menos alguém estava confiante.

—Chegamos – ele disse sorrindo para tentar me transmitir um pouco de sua confiança.

Estávamos em um corredor estreito. Sem janelas, me senti claustrofóbica com isso. Não era apenas a falta de janelas ali que estava me deixando com uma terrível sensação. Mas sim o ar que tal lugar exalava.

Não havia mais nenhuma porta. Olhei para trás, para me sentir confortável que havia uma porta ali, mas para a minha surpresa ela havia sumido e uma parede da cor verde musgo tomara seu lugar, eu olhei aterrorizada para Josias, mas ele não estava mais no meu lado.

Olhei novamente para frente e estava em um lugar totalmente diferente do corredor.

Era uma sala toda branca os meus olhos arderam e eu pisquei algumas vezes para me acostumar à claridade do lugar. Quando eu consegui enxergar melhor pude ver que havia um trono elegante e bem provável feito de ouro na sala virado para mim e não havia mais nada naquele lugar.

Com um aperto no coração e sem entender o que estava acontecendo olhei desesperadamente ao redor e caminhei até perto do trono.

— Pare. –uma voz secamente ordenou.

Olhei para trás e a mesma mulher de olhos estranhos estava bem ali.

A Rainha ou Milady como provavelmente preferia ser chamada.

Olhei para ela, confusa ela pareceu ignorar a minha confusão e falou no ouvido de uma moça que aparentava ser um pouco mais velha que eu. Os cabelos da moça eram curtos, ondulados e bem dourados. Ela usava um vestido de época da mesma cor de seus cabelos, o seu espartilho tinha algumas lantejoulas, mas nada muito chamativo. Ao olhar para mim seus olhos eram gentis, e azuis como os oceanos.

Diferente da Milady. Que tinha seu olhar gélido para cima de mim, suas roupas nesse momento eram todas negras. Ela estava com um vestido justo e curto, liso sem detalhes. E bem decotado. Seus cabelos platinados eram um emaranhado só. E ela usava uma bota de salto que ia até o meio de suas coxas.

Ela passou por mim e sentou-se em seu elegante trono. A moça a seguiu e ficou parada ao seu lado. Concluí que ela era a súdita que Josias mencionou.

— Vou lhe contar uma historia – começou a Milady friamente.

Uma historia? O quê? Ela só podia estar zoando com a minha cara. Não era possível.

— Uma historia? – Ecoei meu pensamento olhando para ela com o mesmo olhar que havia jogado sobre mim.

— Quieta menina. Você vai apenas falar quando eu terminar, me entendeu?

Engoli em seco e assenti a ela abaixando um pouco a minha cabeça. Ela estava realmente me deixando assustada.

— Era uma vez, uma menina que estava fazendo o aniversario de dois anos, seu nome era Esmeralda.

Os seus pais estavam organizando uma festa para ela. Era uma surpresa para seus irmãos também, mas o que ninguém sabia era que aquela família tinha um mentiroso e traidor em seu meio.

O pai daquela menina inútil escondia um terrível segredo de sua amada e mais perfeita família, ele irritou uma pessoa muito poderosa que o amava mais que aquela vadia. Não tinha noção das consequências. Ele largou essa pessoa, para ficar com uma mulher normal, humana, e sem sal, chamada Miranda. Você que é tão parecida com ela me enoja e dá vontade de te matar aqui mesmo. Mas não quero sujar a minha sala perfeitamente limpa. Enfim ele sempre soube no fundo de sua medíocre alma quais eram as consequências. Nunca deu importância. Ele partiu o coração dessa pessoa e sua punição foi à morte de sua família inteira.

Suas crianças saíram ilesas. Os homens mandados para matá-los não acharam os pestinhas. A mulher com o coração partido por seu próprio irmão que jurou que iria ficar com ela por toda a eternidade teve que se contentar que teria apenas o incrível casal morto. Ele não conseguiu medir as consequências de suas ações ao trocá-la por outra, a única diferença da outra era que ela sempre fora humana. Então o que ela tinha de tão ESPECIAL?

Essa mulher era EU, eu que o amava desde sempre. E a sua família ainda não foi punida o suficiente.

— O que foi isso? – Eu quase berrei, minha vista estava embaçada por culpa de lagrimas que temia em cair.  Que maldita historia era essa? Olhei para a súdita dela que estava tão chocada quanto eu e com a boca entreaberta.

— Isso foi a sua punição por ter nascido, mas ainda não terminou. – ela falou levantando-se devagar, seu olhar sem nenhuma emoção. Ela olhou para sua súdita e disse:

— Larissa, leve-a para o calabouço – ela disse – é o lugar dela – acrescentou ao olhar para mim com nojo.

A súdita que agora tinha um nome olhou para mim com pesar e olhou de volta para a Rainha.

— Mas Milady ela não merece isso – ela disse com esperança de que a Rainha mudasse de ideia.

O meu coração a cada minuto acelerava mais.

Eu sabia que eu estava ficando cada vez mais pálida. Pelo simples fato de eu estar me sentindo fraca e quase desmaiando.

— Não. – A Rainha respondeu calculadamente.

Ela assentiu lentamente, foi até mim e segurou o meu braço de leve, pois ela sabia que eu estava fraca demais para lutar, a falta de nenhum alimento ajudava também na minha fraqueza apesar de que não era apenas por isso que eu estava tão mal. Enquanto ela saía comigo eu via apenas borrões, escutei ela me perguntar se eu tinha um celular comigo. Assenti e entreguei para ela, escutei-a discando algum numero e falando com alguém, mas para mim as palavras não faziam sentido algum.

Não demorou muito para eu desmaiar. Então eu só senti a minha cabeça batendo no chão, eu mordendo minha língua e o gosto metálico invadindo a minha boca.

 


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Notas finais do capítulo

Tá bom, talvez a protagonista seja um pouquinho sunga monga. Meu Deus que tipo de pessoa fala sunga monga? Fala sério! Enfim espero que gostem, que comentem, aceito criticas construtivas de muito bom grado, para que eu possa melhorar! E aí gostaram? odiaram? espero realmente que tenha sido de boa leitura. Desculpem os erros C:



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