Pati zero escrita por Gannimedes


Capítulo 11
Confronto pelos ingressos




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 Ao cair da noite, Patrícia se divertia sentada em sua cama pintando as unhas, ao lado de Rebeca que pintava as suas exatamente da mesma cor. Para elas este era o melhor momento da vida, que por sinal se estendia por varias horas enquanto conversam sobre meninos.

Papo vai papo vem, o entretenimento fazia a televisão que estava ligada gastar energia em vão, ate o momento em que um noticiário acabar por sucumbir totalmente à atenção de Patrícia, interrompendo o que estava a dizer.

—“Mês que vem haverá um show do grupo pop AKB51 na cidade de XXXXX! Os ingressos já estão à venda online, garanta o seu”

Patrícia quase enfartou ao ouvir tal noticiário, por se tratar do grupo que era fã. Quase engasgando com as próprias palavras, depois de muita luta conseguiu falar esganadamente:

—Rebeca!!! Um show de AKB51 na nossa cidade, precisamos garantir nossos ingressos!

Rebeca não ligava muito para este grupo, mas sendo a vontade de sua irmã, ela fez. Apressou-se a seu quarto, onde ficava o único computador da casa. Rebeca se acomodou em sua cadeira de couro e apertou o botão do computador, que levou alguns segundos ate ligar completamente, deixando Patrícia inquieta. Rebeca ouvia um ruído bem ao lado de sua orelha, as unhas de Patrícia que penetravam na escora de sua cadeira, impaciente com cada segundo em que o computador não estivesse pronto para uso. Quando finalmente acessaram o site, Patrícia não podia segurar seu queixo, que foi ao chão, quando leu a noticia que ficava escancarada na pagina principal do site:

“Ingressos esgotados”

—Como isso é possível? Foi noticiada a compra há alguns minutos! _Patrícia começa a sacudir a cadeira com força

—Irmã, desculpe por ter falhado _Rebeca se culpa

 -Não é sua culpa _Patrícia responde sorrindo, aparentemente se tranquilizando, porem no momento em que Rebeca baixou sua guarda, Patrícia socou o teclado com tamanha força que fez os objetos sobre a mesa se levantarem. Rebeca sentiu o impacto do murro como se tivesse sido diretamente nela

—Irmã, por favor, não desconte sua raiva em meu computador _Rebeca gemeu com dor no peito

—Perdão... Eu me exaltei... Tudo bem... Estou melhor agora _Ela sorri novamente

Em retirada do quarto de rebeca, ao passar pela porta, ela da um soco na parede, e desta vez machuca a si mesma, rapidamente virou se para trás envergonhada abanando a mão. Rebeca as pressas cola a cara na tela do computador e disfarça, fingindo não ter visto essa cena.

—(Poxa... minha irmã queria mesmo ir a este show...) _Ela ficou chateada por Patrícia

No dia seguinte o céu estava limpo e azul, o sol radiante e os pássaros cantavam alegres. Mesmo com este dia maravilhoso o clima ao redor de Patrícia estava nublado, ainda aborrecida com os ingressos ela se arrasta para a escola, com um olhar morto, distraída, sem olhar antes de atravessar a rua. Por sorte tinha Rebeca ao seu lado, cuidando para que chegasse bem a o colégio, como uma boa irmã.

Igual há todos os dias elas acabam esbarrando com Leandro e Eric que sempre estava juntos. Leandro da um passo a frente e as cumprimenta primeiro, mantendo seu bom humor

—Bom dia Patrícia, bom dia Rebeca

—Bom dia... _Patrícia reponde com uma voz arrastada

—Bom dia Leandro!_ Já Rebeca responde mais animada, em seguida furtivamente da um beijo em seu rosto

Leandro se arrepia ate o ultimo fio de cabelo, recuando por puro reflexo, saltando para trás perdendo o equilíbrio.

Patrícia cruzou os braços sem entender o que diabos estava acontecendo

—Desde quando se tornaram tão íntimos?_Falou com peso nas palavras

—E-eu não sei. Rebeca o que f-foi i-isso? _Com o rosto corado ele interroga sem conseguir parar de gaguejar

Leandro estava tão envergonhado que não sabia como reagir, não sabia o que dizer, não sabia o que fazer... Ainda para ajudar patrícia o encarava feio. Inquieto ficava o tempo todo desviando o olhar grunhindo enquanto corria os dedos no cabelo.

—Há! Peguei te desprevenido _Rebeca sorri e aponta com vigor para Leandro

—É apenas uma demonstração de afeto assim como te cumprimento todos os dias irmã. _Rebeca fala pulando em Patrícia a abraçando e alisando seu rosto no dela.

—Espera, vocês se beijam todos os dias?_Leandro pergunta envergonhando-se ainda mais

—Sim, um beijinho no rosto todos os dias. _Patrícia responde naturalmente

Leandro sacode sua cabeça tentando se livrar de fantasias pervertidas envolvendo as duas. Em seguida Eric não se importando em cumprimentá-las, resolveu abrir a boca depois de todo o alvoroço.

—O que houve Patrícia? Sua cara de bunda hoje supera a de todos os dias, chaga ate a feder _falou rindo como se estivesse contando uma piada que só ele viu graça

—Bom dia pra você também Eric_ Patrícia sorri com ironia

—Realmente, não pude deixar de notar que está um pouco abatida hoje_ Leandro fala curioso com as evidentes olheiras de Patrícia, certamente não teve uma boa noite de sono.

—Na noite passada não consegui comprar ingressos para um show... É só isso _Ela responde cabisbaixo

—Fala do show AKB51? Soube que os ingressos esgotaram em fração de segundos, eu também não consegui comprar

Patrícia não era capaz de pronunciar aquele nome, tampouco ouvi-lo, que as gotas escorriam de seus olhos. Não queria mais conversar com ninguém, se calando e arrastando os pés com os braços balançando ao vento, ela vai caminhando na frente ate a sala de aula. Sentou-se em seu lugar deitou sua cabeça sobre a mesa e tentou desligar-se do mundo.

Contudo foi impossível não perceber a chegada da professora, com o ruído irritante que fazia ao caminhar com seus saltos. Ela andou ate sua mesa que ficava de frente para a classe, e antes de se sentar deu um comunicado importante:

—Turma, eu comprei ingressos para o show de AKB51 para ir com minha filha, mas por causa de alguns imprevistos, não vai rolar. Então estava pensando em sorteá-los para alguém que estiver interessado

Durante o tempo que falava a turma não ousou interrompe-la, pois aquele era um assunto muito importante. Após dizer que iria dar para alguém, o caos tomou conta da sala, gritaria, objetos sendo atirados, e alguns subindo em cima de suas mesas. Depois deste dia houve varias expulsões. Muitos dos alunos queriam ir neste show, incluindo Patrícia que ao ouvir as palavras da professora, ergueu seu humor visando mais uma chance de realizar seu sonho. Ela faria o que fosse necessário para tomar posse daqueles ingressos.

—Então quem estiver interessado, me encontre na quadra da escola depois das aulas_ a professora falou antes de se sentar de frente para a classe

Após todas as aulas vários alunos foram para a quadra tentar a sorte, Patrícia caminhava com a cabeça erguida, fazendo uma espécie de aquecimento. Ao chegar à quadra havia cerca de 22 alunos. A professora estava parada bem no meio da quadra de futebol, a sua frente uma grande mesa, e sobre ela duas urnas contendo em sua parte superior um orifício que com muito esforço permitia a passagem de uma mão.

—Escutem bem, o sorteio será bem simples, dentro destas urnas existem bolas de bingo. Os sorteios serão feitos de dois em dois para tornar as coisas mais interessantes. Quem retirar o menor numero avança para a próxima fase. _Explicou com seriedade

A professora poderia fazer um sorteio simples e acabar logo com isso, mas é do tipo de pessoa que adora competições e não podia deixar passar esse entretenimento de graça. Existem os que acreditam que ela possa ter comprado estes ingressos apenas para forjar esta situação... Porem isso seria conspirar demais

Enquanto não chegava sua vez Leandro aguardava concentrado a tela de seu celular. Ate perceber algo que se aproximou sendo coberto por uma sombra. Ao erguer seu olhar, uma linda garota que também estava participando, tomou-lhe atenção para si. Seu cabelo longo e castanho claro, seus olhos de rubi verdes, uma voz angelical deixava Leandro acanhado apenas com sua aproximação.

—Você é o Leandro certo? Meu nome é Camila, será que você poderia fazer um favor para mim?

Leandro ficou curioso por ela vir ate ele, mas foi todo atencioso com ela

—É que com toda essa correria acabei torcendo o tornozelo, e agora com o entardecer ficou tão frio, então será que poderia pegar o meu cachecol que esta em meu armário, por favor?

—Sim... _Demorou um pouco para responder, e mesmo receoso não conseguia dizer não, ainda mais se tratando de uma menina. Mesmo percebendo como ela caminhava com dificuldade, e seu coração amolecendo, preparou para dizer “não”, mas a palavra que saiu foi “sim”. Ele suspirou

—Serio? Muitíssimo obrigada!!_ Ela agradece bem empolgada

Leandro sai da quadra em disparada ao prédio principal da escola. Ainda estava aberto, mas já não havia nenhuma alma sequer, deixando o clima bem sombrio. Antes de partir Camila tinha dito qual o numero de seu armário. Ele foi caminhando olhando um por um ate chegar ao que procurava. O numero 338. Ele toca na fechadura que já estava aberta. La dentro havia livros, cadernos, alguns biscoitos, canetas e um pouco de yorgute derramado... Varias coisas, mas não havia nenhum cachecol. Ele deu uma olhada melhor, retirando alguns dos livros que obstruíam sua visão. Pouco a pouco retirou os objetos, ate não restar nada lá dentro... Nem sinal de seu cachecol. Transtornado coloca as coisas de Camila no lugar, ate outro aluno chegar ate ele ofegante

—Este é o armário da Camila certo? _Ele pergunta estranhando porque já havia outra pessoa ali

—Sim _ Ele responde ainda colocando os livros no lugar

—É que ela me pediu para buscar um cachecol para ela... Mas ela já tinha pedido pra você?

—Sim, ela pediu...

Leandro interrompeu a fala e tudo que estava fazendo por um breve momento, enquanto as catracas de seu cérebro estavam trabalhando. Quando finalmente entendeu a situação berrou indignado:

—Droga!! Não acredito que cai nessa! _Ele jogou tudo o que tinha em mãos dentro do armário e correu o mais rápido que pode de volta a quadra. O outro garoto percebendo tudo ao mesmo tempo em que Leandro, corria lado a lado com ele, tão rápido que foi difícil ate mesmo parar quando chegaram à quadra. Quase colocando os pulmões para fora lhe faltou fôlego para perguntar sobre o sorteio. Logo ao velo Patrícia já foi perguntando curiosa:

—Você estava no banheiro? Foi eliminado por deixar a quadra.

—Patrícia... Eu fui vitima de um plano malévolo_ Era o que tentava falar irritado, mas não era capaz sentindo a falta de ar picar suas palavras. Suas pernas estremeceram, o suor gelado corria por seu rosto, que parecia ter acabado de chupar um limão. Patrícia não conseguia entender o que ele tentava dizer, parecia ter visto um fantasma ou algo do tipo...

Leandro encarou Camila que estava do outro lado da quadra. Quando seus olhares se cruzaram ela deu uma risadinha pra ele e mostrou sua língua com fofura. Leandro sentia as veias saltando do rosto extremamente aborrecido com Camila, acima de tudo mais aborrecido com ele mesmo, por se enganado tão facilmente.

O sorteio deu continuidade sem os dois patetas, e um a um os alunos eram eliminados. Por conveniência do roteiro, Patrícia se manteve firme ate o final. Ela estava cara acara com o ultimo inimigo, se ela vencesse poderia levar os ingressos, depois de muito trabalho duro, em uma disputa que envolve muita técnica e um pouquinho de sorte (!)

Ambos se aproximam da mesa e colocam suas mãos no interior da urna. O adversário de Patrícia parecia bem calmo, e balançava muito sua mão escolhendo qual bola pegaria, mesmo não podendo velas, pelo contrario Patrícia com o coração saindo pela garganta, fazia ate a mesa tremer. Ela decidiu que apanharia a primeira bola que tocasse. Ao puxá-la para fora estendeu sua mão tremula apontando a bola para a professora, o nervosismo fez seus olhos ficarem extremamente pesados, recusando a se abrirem... Depois de quatro segundos ouviu o berro da professora e dos alunos que ficaram para ver o resultado final.

—Patrícia, olha! Você... _A professora berrou em meio o delírio de todos os alunos

Suas mãos começaram a suar frio e seu coração estava prestes a escapar de seu peito, ao ouvir a professora...

—(Então eu...) _Ela pensou abrindo vagarosamente um dos olhos, empolgando-se

Ela recuou seu braço para olhar a bola que tinha apanhado... Numero doze. Já dando saltos de alegria foi esfregar na cara do outro menino, mostrando o numero de sua bola convencia. O garoto que parecia tranqüilo, mantinha suas mãos no bolso escondendo o numero de sua bola. Ele aguardou um pouco e retirou a mostrando para Patrícia, que ao vê-la entrou em choque, interrompendo repentinamente sua farra, petrificando-se. A bola que segurava escorreu por entre seus dedos e caiu, em seguida ela também desmorona, ajoelhando-se sem forças no chão gelado. O numero que o garoto tirou foi o nove. Assim ele venceu a disputa e levou os ingressos.

—Patrícia eu ia dizer que você perdeu... heheh_ A professora estava animada, pois disputas assim a deixava bem excitada. E ver a Patrícia comemorando antes da hora não tinha preço. A professora era cruel.

No dia posterior Patrícia não apareceu no colégio, o que deixa Leandro um pouco aflito. Ele caminha normalmente ate seu lugar e percebe um bilhete acima de sua mesa. Por impulso ele o apanha olhando para os lados. Lentamente o desdobra e le as poucas palavras que continham.

“Encontre-me no pátio depois das aulas”

Escrito desta forma cheirava a uma cilada, contudo Leandro não possuía nada de valor, e aparentemente não tendo nada a perder, assim fez.

Ele chegou ao local marcado cauteloso, bastante atento as redondezas no caso de alguém surpreende-lo. Para sua surpresa quem o esperava era o aluno que ganhou a disputa pelos ingressos. Ele estava parado a sombra de uma das arvores, encarando Leandro fixamente sem ao menos piscar enquanto ele se aproximava devagar.

—(Este é o cara que venceu a Patrícia... o que será que ele quer?) _Leandro pensava enquanto se aproximava lentamente

—Que bom que veio_ Ele fala seriamente sem demonstrar nenhum sentimento

—Sobre o que aconteceu ontem, eu percebi que foi tapeado pela Camila, inclusive eu estou apaixonado por ela, mas não conte a ninguém ok?

—Isso não vem ao caso... Foi pra isso que me chamou aqui? _Leandro começa a estranhar

—Não. É sobre os ingressos que consegui ontem. Você parece uma pessoa que posso confiá-los, então se estiver interessado...

—Hã? Por que vai dar pra mim?!! _Gritou desconfiado

—Você parece ser uma pessoa nobre por ter caído em uma armadilha tão obvia, e quando a professora falou “ingressos” eu pensei que eram para um rodízio de pizzas, não para um show... Eu não preciso deles

Leandro não conseguia entender qual a relação entre os dois, como foi capaz de confundir AKB51 com pizza? Mas sem hesitar ele aceitou os ingressos com prazer.

—Muito obrigado cara!_Agradeceu muito empolgado, ates de outra duvida brotar em sua mente

 -Espera um pouco... Outro aluno foi enganado por Camila... Por que decidiu dar pra mim?

—O outro aluno que foi enganado é o Paulo, e nos somos inimigos_ ele fala mudando sua expressão para algo mais ameaçador. Pouco depois o garoto acena positivamente e se retira do local

Leandro muito empolgado com aqueles ingressos em mãos, deu pulos de alegria. Agora que os possuía só havia mais uma coisa a se fazer. As pressas apanhou seu celular e ligou para sua garota. Ele esperou por bastante tempo ate ela finalmente o atender

—Alo..._Ela falou parecendo ter acabado de acordar

—Patrícia... _ As canelas de Leandro já começam a tremer

—Leandro? O que houve?

—Hum... Bem eu fiquei preocupado por ter faltado hoje e resolvi ligar.

—Fiquei um pouco baqueada com ontem, mas estou bem, amanhã irei à escola, então não se preocupe._Ela fala tranquilamente, ao mesmo tempo em que estranhava o porquê dele estar falando com tanta timidez, já que conversam todos os dias normalmente. O que há de errado com ele?

—Ah... Certo_ Ele responde travado

Dito isso ambos ficaram em silencio por alguns segundos. Leandro tinha algo importante para dizer, mas as palavras ficavam entaladas na garganta. Suas pernas tremiam como se houvesse um terremoto às vezes batendo uma contra a outra. Patrícia aguardava para saber se ele tinha mais algo a dizer antes de abrir a boca

—Bem, era só isso?... Hum... Vou desligar então... _Ela fala receosa

—Espere!!_Ele berrou no meio da rua com energia, após juntar forças necessárias

—É sobre os ingressos, eu consegui dois deles então se você estiver interessada nos podemos ir juntos, m-mas só se você quiser sabe, se não quiser não tem problema, mas se você quiser então... _O nervosismo subiu sua cabeça, gaguejando por todo tempo, falou rapidamente sem respirar. Como Patrícia silenciou-se depois de tudo, ele pensou que era capaz dela não ter entendido, ou então, no pior das hipóteses ela não ia aceitar. Leandro fechou seus olhos e cruzou os dedos vibrando intensamente, rezou em sua mente no aguardo da resposta de Patrícia, que demorou para chegar, que para ele foram séculos de espera.

—POR FAVOR!!!!! ME LEVE SE NÃO TIVER OUTROS PLANOS PARA ESTES INGRESSOS!!!_Quando conseguiu falar, ela respondeu quase o deixando surdo.

Após ouvir sua resposta positiva, ele se tranqüilizou e conseguia falar com normalidade... agora que não precisa mais.

—Então era isso, te vejo amanhã..._ Contente sorrindo de orelha a orelha, ele retira o celular do ouvido, mas consegue escutar ela o chamando mais uma vez.

—LEANDRO!! _Ela gritou antes que ele possa desligar o telefone

Surpreso ele volta o celular para o ouvido, e escuta o que fez todo o seu dia

—Obrigada..._ Um agradecimento sincero vindo da garota que ama.

Leandro estava nas nuvens, ir a um show juntos era como um encontro, talvez não parecesse assim para Patrícia, mas para Leandro já era o suficiente para deixá-lo bem humorado pelo resto do ano.


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