Florence: Entre dois reinos escrita por Vihzau


Capítulo 3
Capítulo II: Aprendiz


Notas iniciais do capítulo

Olá, tenha uma boa leitura.
AVISO: Decidi excluir os capítulos mais novos, pois tem algumas coisas que estou reescrevendo, então para não ficar com a cabeça meio louca, decidi começar do 0.
A história está sendo editada com a ajuda de um beta, então, os capítulos agora postados demorarão um pouco. Espero que me compreenda e não deixe de seguir a história.
beijos!



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Um pulo no f u t u r o:

— Florence! Florence! — O menino Marshall não perdia a mania de entrar no quarto da princesa gritando desesperadamente e ele sabia o quanto isso a incomodava.

Florence tirou o cobertor grosso que estava em cima de seu corpo e o encarou com os olhos quase fechados, não sabia se sentia raiva, ou carinho por ele está ali de novo.

— Oi, Marshall... — suspirou sonolenta — você sabe que eu odeio gritos de manhã.

— Ora, princesa, mas não está de manhã, você esqueceu? Já está de noite. Você disse que iríamos procurar Callus! — Ele a puxou para que se levantasse. — Florence, nós estamos perdendo tempo! Ele pode está aí em qualquer lugar! Não quero te perder!

Deu para perceber pela expressão de seu rosto a preocupação de Marshall enquanto começava a falar sobre Callus. Depois de vários acontecimentos, acabou ficando muito próximo de Florence e tudo o que ele menos queria era perdê-la. No começo não havia gostado da ideia de servir de escravo amigo para uma princesa que pensou que fosse arrogante e mimada, mas com o tempo percebeu que a amava, assim como ela, que por mais que escondia também o amava desde a primeira vez em que o viu e foi por isso que ele foi escolhido para estar com ela.

Florence o encarou com os olhos cabisbaixos.

— Não seja tolo! — rugiu. — Humanos... Humanos são tão sentimentais!

Ela revirou os olhos enquanto o encarava e logo foi percebendo que ele estava realmente falando sério e que estava preocupado:

— Marshall, eu não quero que se preocupe comigo! Eu que tenho que cuidar de você, está bem? Callus não virá para Antenom, você viu coisas... — disse se aproximando tocando nas bochechas dele.

— Florence, você também viu... Nós o vimos! — respondeu nervoso.

Ela carinhosamente o abraçou, em forma de demonstrar que tudo ficaria bem:

— Eu não vou deixar ninguém machucar você... A feiticeira sou eu, correto? Não se preocupe, ficaremos bem!

Um sorriso de alívio escapou dos lábios dele.

Mas tudo havia sido mentira, tudo não passava de mentiras banais. Não haveria felicidade e Callus iria sim causar um caos! Marshall foi à beira da morte deixando Florence sozinha. Com medo, com desespero, com o coração quebrado se lembrando dos dias anteriores quando ele a acordava gritando pela casa e desejando poder voltar no tempo para protegê-lo da forma correta.

Sobre a grama fria observou o corpo de Marshall estendido sobre suas pernas e desejou que Callus fosse queimado no fogo do inferno, o que foi um pensamento sombrio para uma menina de dezessete anos. Não sabia se podia tocá-lo ou se apenas ficava observando-o como se estivesse dormindo. As marcas do acontecido estavam pouco evidentes a olho nu o que há deixou um pouco mais aliviada ao saber que ele ficaria bem. Seus olhos se encheram de lágrimas que foram escorrendo e caindo sobre o rosto bronzeado de seu melhor amigo.

— Vai ficar tudo bem... — sussurrou passando seus dedos cuidadosamente sobre o rosto dele. — Nunca mais vou permitir que alguém lhe faça mal.

Pensamentos se passaram e cada vez mais Florence ficava aflita sobre o que faria, precisava vingar sua mãe e precisava vingar Marshall. Era forte o suficiente para fazê-lo sozinha? Seu pai com toda certeza não concordaria, mas ela sabia que não se acalmaria enquanto a alma de Callus fosse punida e a alma de sua mãe fosse libertada do corpo do monstro que Callus havia criado. Respirou fundo para não enlouquecer e aos poucos foi afastando o corpo de Marshall de seus braços, o deitando sobre a grama. Logo depois gritou para se acalmar:

— EU NÃO VOU PERDER PARA VOCÊ, CALLUS! SEJA ONDE VOCÊ ESTIVER EU VOU BEBER O SANGUE DE SUA MORTE! — O ódio partiu seu coração.

(...)

— Por que não me disse que era um príncipe? Você tem noção do perigo que está correndo, Oliver? — Ambre se aproximou irritada.

— É que eu não queria que soubesse que eu sou isso... Pelo menos não agora! Eu não quero ser mais príncipe, entende? Não quero mais ser da realeza. — suspirou nervoso.

— OLIVER!!! — Seu tom de voz ficou ainda mais irritado e sua pele foi ficando esverdeada como a de um bicho do pântano. — Você nunca vai deixar de ser da realeza! Você sabe que o seu sangue é muito especial, não? Não!!!  — gritou andando em círculos. — Se o Callus te ver vai sentir de longe o gosto do seu sangue e vai querer te matar! E há grandes chances de ele conseguir, pois é o feiticeiro mais poderoso de Viena!

Zara se jogou em cima dos cabelos de Oliver, simulando um desmaio.

— Não podemos deixar isto acontecer!!!  — gritou ficando ainda mais lilás. — Você é a mais poderosa, ele é apenas das sombras.

— Alguém pode explicar? — Oliver perguntou confuso encarando Ambre.

— Acontece que Callus é o feiticeiro das sombras, o demônio em pessoa! O mais forte e talvez o único existente que seja realmente descendente da magia das sombras!  —Ela explicou. — Ele só perde para Ambre... Porque a magia das sombras não consegue vencer a luz! — Zara continuou.

— Tenho sérias dúvidas, Zara! — A feiticeira albina suspirou. — Oliver, se algum feiticeiro beber do sangue da realeza seu poder multiplica de uma forma absurda! Se ele sentir que você é da realeza, vai te matar, e eu não sei se sou capaz de te salvar!

Zara levantou-se do cabelo de Oliver e disse em voz alta.

— Ele precisa aprender a ser feiticeiro urgente!!!

Oliver sorriu nervoso.

Ambre não sabia se estava confiante sobre o trabalho que teria para ensinar Oliver, não se sentia capaz de fazer um humano aprender magia, ainda mais sendo ensinado por ela que ainda era tão pequena.

— Aponte sua varinha para mim! — disse em um tom forte. — Quero descobrir sua luz.

Oliver fez como ela disse.

— Pense na coisa que te deixa mais feliz, jamais na mais triste, pois sua magia pode se virar para as sombras. — Ela apontou a sua varinha para ele e sua luz verde acendeu. — Pense, Oliver!

Oliver não conseguia pensar em momentos felizes, sua vida estava um desastre, tudo até agora só o fazia sentir-se um fracassado. Focou em sua mãe, mas de uma forma positiva, em como ela o deixava feliz, como ela era uma pessoa bondosa, animada, forte e com bons dotes culinários. Lembrou-se da torta de limão Frances que ela mesma criou para ele, dizendo ser uma receita passada pelas gerações de rainhas. A lembrança do sabor daquela sobremesa o deixou contente e com um ar de saudades no espírito. “Oliver... Eu estou com saudades!”, a voz de sua mãe foi se passando por sua mente e ele lembrou-se perfeitamente em como era o sotaque de sua mãe.

— Estou com medo, mãe. — sussurrou para si, pensativo.

 Olhou para Ambre e apontou sua varinha, que logo reluziu em uma cor dourada.

— Dourada! — Zara se aproximou dele. — Seu sangue de realeza reluziu até na varinha!

Ele sorriu pensativo sobre o que ela havia dito, pois dourado não seria apenas a cor do sangue da realeza para o povo de Viena, mas também a cor preferida de sua mãe. Ambre sorriu para ele achando que a cor combinava com sua personalidade, sem saber que havia um motivo especial nela.

Elas repetiram alguns feitiços para que Oliver gravasse, pois quando isto acontecesse e ele já soubesse o feitiço de cabeça, não precisaria mais repeti-lo em voz alta, funcionaria apenas por ele pensar em tal.

— Pense no livro de magias!!! — Ambre disse em voz alta jogando o livro em cima de Oliver, que estava sentado sobre o sofá da sala. — Leia, releia e se quiser até cante o livro de feitiços!

— Ele só precisa gravar alguns feitiços precisos... Como os de sobrevivência! O livro está separado por feitiços de amor, sombras, sobrevivência, lutas, defesa e o menos importante que é o de cotidiano. — Zara respondeu. — Grave mais o de defesa! Isto vai te ajudar!

— Namore até com o livro se precisar, Oliver!!! Se você quer se tornar um feiticeiro terá que ter uma amizade com o livro! — Ambre gritou olhando para os dois. — Isto é extremamente sério! Não é uma brincadeira!

Zara olhou para Oliver que permanecia com uma expressão fria olhando para Ambre, demonstrando que não estava nem um pouco com medo do que ela dizia.

— Tudo bem, feiticeira. — respondeu pegando o livro entre os braços e andando em direção ao quarto.

— Ele é muito convencido. — Zara respondeu sorridente. — Eu gosto...!

A feiticeira a encarou e logo depois mostrou a língua ignorando o que ela havia dito.

Passaram-se dias e Oliver não sossegou enquanto não conseguia gravar pelo menos uma página de feitiços. Todo o dia acordava de manhã bem cedo e treinava antes mesmo de Ambre acordar para ajudá-lo. Estava extremamente focado e queria mostrar para ela que seria capaz de conseguir ser como ela mesmo que fossem de origens diferentes. Afinal, se ele quisesse mesmo seguir uma nova vida em Viena precisava se adaptar ao ambiente e tentar não parecer diferente dos outros habitantes, que no caso alguns gostavam de dizer que se chamavam Vienan. Dispersou seus pensamentos e apontou sua varinha para uma árvore anã cuja sua cor era rosa e disse em voz alta:

— Attack!!!

Um raio de fogo atingiu a árvore que começou a se queimar. Seus olhos se encheram de alegria e ele soltou uma risada escandalosa.

— Se aquela coisa albina pensa que eu não vou conseguir gravar alguns feitiços está muito enganada! — disse se referindo a Ambre Oeste. — Levitame!!

Agora a árvore em chamas começou a se mover conforme a varinha dele se mexia e isso fez com que ele se sentisse incrível enquanto observava a magia acontecendo.

— Queria que Even visse isso... — sussurrou observando o estrago que estava causando a árvore.

(...)

— Aponte a varinha para mim, Oliver, e pense! — Repetia Ambre olhando para ele firmemente.

Os olhos negros de Oliver dilataram enquanto observava Ambre o pedindo para ser atacada. Não sabia se conseguiria mesmo realizar as ordens dela, poderia atacar uma floresta inteira, mas machucar uma pessoa não estava em seus planos.

— Vamos, Oliver, me ataque! — Ela posicionou sua varinha e uma luz verde foi em direção a ele. — Se não me atacar, eu irei!

Zara estava assistindo tudo como plateia e a cada segundo fechava os olhos com medo de algo acontecer.

Oliver observou a luz verde vindo em direção ao seu rosto e aos poucos foi percebendo que não deveria deixar com que ela o atacasse.

— Schutz!!! — gritou fazendo uma proteção em volta de seu corpo que fez a luz verde se voltar contra Ambre que mudou de lugar para não ser atingida.

— Faça de novo! — Ela ordenou.

Oliver começou a entrar no clima e um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

— Você acha mesmo que eu tenho medo de você? Eu não tenho medo de nada!! —respondeu rindo.

A varinha dele soltou a luz dourada que foi em direção a Ambre.

— Attack. — sussurrou o seu primeiro feitiço aprendido.

Ambre viu a luz dourada indo a sua direção tão brutalmente que não conseguiu se mover para afastá-la. Zara percebendo a situação criou um escudo em volta de sua amiga que fez o feitiço voltar-se contra Oliver, que bateu em uma árvore.

— Você iria me machucar!!! — Ela disse irritada percebendo a situação.

Oliver voltou em si, e percebeu que realmente havia feito para machucá-la, mas não por intenção, apenas por reação à magia.

Ambre o encarou e aos poucos foi se aproximando. O abraçou bem forte demonstrando que estava satisfeita com o seu aprendizado.

— Bom menino! — sussurrou em seu ouvido.

Ele não entendia nada o que se passava pela cabeça de Ambre, tão durona e tão frágil ao mesmo tempo. Era como cultivar um cacto, que por mais que ele precise de você, acaba te machucando. Era suave e ao mesmo tempo explosão. Contudo, ele queria, queria explorar os sentimentos dela. Pois, quando estava ao seu lado, por acaso, ele esquecia um pouco da tristeza que estava em seu coração.

Quando estava escuro, Oliver decidiu se deitar em sua cama. Ficou pensando um pouco nas coisas que estavam acontecendo, pensou também em como estaria seu pai. Sentiu-se intrigado para saber se o castelo estava bem e se a Melina já havia feito suas maldades, mas decidiu que era melhor parar de pensar nesse tipo de coisa, fazia parte do seu passado. Sentiu-se triste ao se lembrar de que antes ele era tão amado por seus pais e por um instante havia perdido tudo: Perdeu a doce voz de sua mãe cantarolando em dias chuvosos para que ele não se assustasse com as trovoadas, perdeu as caminhadas matinais ao lado dela, perdeu as histórias que ela contava enquanto ele não queria dormir, perdeu o doce sorriso que ela dava ao ver ele se esforçando para se tornar um bom príncipe.

— Ei, mãe, você consegue me ouvir? — perguntou baixinho olhando para o teto. — eu estou com medo... Não sei se consigo seguir sem você. Não sei se consigo perder mais pessoas... Isso faz de mim um fracassado? Eu queria ser como você, mas algo me diz que eu não tive essa proeza.

Seus olhos começaram a se fechar pensando sobre as perguntas que rodavam em sua mente: “Eu tenho que voltar? Ou posso continuar fugindo?”. Mas, suas perguntas foram pausadas com a entrada de Ambre em seu quarto:

— Ei, Oliver, está tudo bem? — Ambre se aproximou.

— Você não bate na porta? ­–– perguntou com um ar de frieza.

— Não preciso! — Ela se sentou sobre a cama.

— Estou sim... Hoje foi bem maneiro! Obrigado por me proporcionar esse tipo de emoção. –– respondeu deixando um sorriso escapar.

— Eu sou boa, né? É de mim já. — Ela sorriu demonstrando estar se sentindo maravilhosa.

Eles riram juntos.

— Eu gosto de está com você... Isso é bom. Faz tempo que eu não sinto isso. — Ele disse sério.

A pele de Ambre passou de pálida para rosada, bem rosada, que era impossível disfarçar.

— Que bom, Oliver. Também gosto de está contigo. — suspirou. — Porém, não pense que isso aqui vai ser um romance, hein? Somos companheiros!

— Companheiros... — sussurrou.

— Sim! Eu até gosto de outro. — disse se levantando e indo em direção à porta. — Não vamos misturar...

— Eu não quero mesmo! Não gosto de meninas esquisitas. — sussurrou virando-se para a parede.

— Esquisita? –– perguntou brava.

— Sabe como é, não, é?! Você não é meu tipo. — sussurrou novamente.

— Sei... — Ela o olhou com um olhar desapontado. Contudo, se virou tão rápido, para fechar a porta que não deu para ver a expressão que ela havia feito.

(...)

Na manhã seguinte,

— Shitake!!! — Oliver sibilou o começo do feitiço imitando o jeito que Zara diz.

Citava várias vezes o mesmo feitiço para uma árvore na tentativa de pegar seus frutos, acordou cedo e foi para a floresta azul, onde as árvores davam uvas enormes. Por isso havia se tornado sua floresta favorita, contudo por ser a mais próxima das montanhas sombrias era uma das mais frias. Apontou a sua luz dourada e repetiu novamente o feitiço com nome estranho, mas dessa vez pelo pensamento. Por fim, a árvore deixou cair todos os seus frutos e Oliver foi correndo para saborear as uvas deliciosas.

— Gosta bastante de uva, não é? — Uma luz amarelada apareceu em sua frente.

— Quê? — sussurrou procurando a voz.

A fadinha abaixou sua luz e deixou que Oliver pudesse a ver. Ela era bastante bonita: Com seus cabelos loiros ondulados, seus olhos verdes, a sua pele tão bronzeada que lembrava o sol e seu rosto que parecia ter sido esculpido de tão perfeito.

— Ah... Eu sou Solar! Prazer, feiticeiro bonito. — disse sorrindo.

Oliver achou graça e retribuiu o sorriso. Também percebeu que Zara havia feito um bom trabalho, a fada não havia sentido a energia de príncipe.

— Solar Sul Ou errei?

— Não, bobinho, sou Solar Norte. Não moro neste lado de Viena, é muito frio.

— Verdade... Eu fico com bastante frio aqui, porém adoro essa floresta. ­— respondeu sentando-se próximo à árvore para comer as uvas que havia pegado.

— As uvas são muito boas. — Ela riu e Oliver percebeu que a voz dela tinha um timbre meigo, algo bem inocente. — Nunca vi você por aqui... — disse se aproximando dele e sentando-se em seu joelho esquerdo.

— É que eu sou novo em Viena... — respondeu sem jeito.

— Eu percebi... Jamais iria deixar de prestar atenção no feiticeiro mais bonito daqui. — Riu ficando com as bochechas vermelhas de vergonha.

Oliver soltou um sorriso e continuou a comer as uvas. Ela continuou o encarando parecendo esta admirada com o rosto dele, o que acabou deixando-o um pouco tímido.

— Quer? — Ele ofereceu uva para ela, na esperança de quebrar o silêncio que havia ficado.

Solar apenas balançou sua cabeça para os lados em forma de dizer que não queria. Percebendo que isto não havia dado certo, ele continuou tentado evitar o silêncio.

— Existem muitos feiticeiros? — perguntou na esperança de ouvir uma resposta.

— Ah... Alguns... A população de feiticeiros em si é pouca, independente do gênero.

— Por que será? —A resposta de Solar havia despertado certo interesse nele.

— Muitos deles ficam sem descendentes... Feiticeiros geralmente não se relacionam com outros. Muitos se apaixonam por fadas, porém, nunca dá certo... Fadas não conseguem ficar em forma humana por muito tempo, sentem falta das asas e acabam abandonando suas paixões.  — Ela se levantou e voou até o rosto dele. — Você não me disse seu nome!

— É Oliver, apenas Oliver. — respondeu pensando que não precisava dizer seu sobrenome para ela.

— Hm... Gostei! Nome bonito! — sorriu demonstrando interesse. — Combina perfeitamente com você.

Ele sorriu sem jeito e continuou a fazer perguntas para não continuar aquele assunto.

­— Quem é Lethus? — perguntou lembrando-se da conversa com Ambre, percebendo que talvez este fosse o interesse dela.

A fadinha começou a rir.

— Lethus é a melhor fada masculina que existe. Bonito, charmoso, bom lutador, bom com magia... Ele tem muitas fãs por aqui. Meninas que perdem seus dias só para ir ver campeonatos onde ele luta. Por quê?

“Talvez seja ele por quem aquela bruxa albina esteja apaixonada”, seus pensamentos gritaram. Acabou percebendo isso através da conversa anterior dela com Zara.  Apesar de achar estranho demais uma feiticeira com uma fada, não poderia descartar essa hipótese, pois Solar havia lhe dito que feiticeiros tinham costume de se relacionar dessa forma. Percebeu que um toque de ciúmes se alastrou em seu corpo.

— Nada não. — respondeu frio.

— Ah!!!! ­— Solar disse fazendo beicinho e percebendo que ele havia ficado um pouco frio. — Não está com frio? Essa sua roupa parece não te esquentar. — perguntou mudando de assunto e se aproximando dele.

— Um pouco... — Ele respondeu, mas antes que pudesse finalizar sua frase, ela se aproximou um pouco mais dele e apontando suas mãos sussurrando algumas palavras, que ao final lhe deu um beijo na bochecha.

Oliver se espantou com a situação, mas não conseguiu dizer mais nada, pois uma luz amarela começou a rodar pelo seu corpo, o fazendo sentir calor, sentir nervoso e sentir uma angustia. Enquanto a luz continuava a girar, olhou para Solar e ela sorriu, o que o fez perceber que ela havia feito um feitiço. Aos poucos seus olhos negros foram se fechando e seu corpo desmaiou, o deixando inconsciente.


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