Florence: Entre dois reinos escrita por Vihzau


Capítulo 2
Capítulo I: Bem-vindo à Viena


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
Capítulo repostado, editado e betado. Agradeço a Beta reader Foxy por estar me ajudando! ;)
16/02/2018



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No Passado distante:
  Antenom 17:45:
— Oliver Rousset, eu não vou ficar discutindo com você, vai ser assim e ponto final. Você vai ter que conviver com seus irmãos e minha esposa Melina. — ordenou o rei enfurecido. 
— Sua esposa é um embuste! Sabes por que ela é viúva de tantos homens? Dizem que ela os mata para ter seu dinheiro e você vai ser um deles. —  o príncipe Oliver o encarou também enfurecido.
— Garoto sem noção! Isso são apenas boatos, e você é tão sem cérebro que cai em tudo que dizem. Ela não é viúva de muitos, casou-se apenas uma vez, assim como eu. Criança tola!
— Ninguém vai tirar o lugar de Even Rousset!! Minha mãe está viva neste lugar, e se houver justiça nesse reino, Melina vai se arrepender de ter entrado neste castelo. — Oliver virou-se para trás e viu sua madrasta encarando-o com os olhos cheios de lágrimas de raiva e rancor.
— Meu querido menino Oliver, eu não me casei com seu pai para tirar o lugar de sua mãe. Apenas o amo e vim cuidar tanto dele como de você também. Não tenho interesses a mais! — ela se aproximou.  — Ainda é tão jovem, entendo sua ingenuidade, quando eu tinha dezessete anos também era meio revoltada. Mas a vida é assim, pessoas vão e outras entram em seu lugar. — Melina sorriu melancolicamente para o menino.
— Aprenda com seus irmãos, Oliver, você parece ser o mais imaturo! — o rei ordenou.
— Vão para o inferno! — Oliver disse se virando em direção a porta de saída do castelo.
— Aonde você vai, menino? — seu pai andou em sua direção, porém Melina o conteve.
— Deixe-o absorver tudo sozinho, Alfred.

   Oliver andou com passos duros. Não queria voltar para aquele castelo, odiava o fato de ter que aguentar Melina com apenas um mês depois da morte de sua mãe.

 Even Rousset havia ficado muito doente: Não saía da cama, não conseguia comer, não tinha mais energia. E um dia, Oliver foi até seu quarto como de costume para ver como ela estava e Even não respirava mais. Ele a amava, mais do que qualquer coisa neste mundo. Eram unidos e diziam que juntos cuidariam um do outro, porém a morte acabou levando-a mais cedo e Oliver não suportava tê-la perdido.

— Não posso voltar para aquele reino de desgraça. — disse pegando sua coroa da cabeça e jogando no chão — Eu não quero mais ser príncipe!
Ele continuava andando procurando uma saída daquele reino desgraçado. Antenom agora para ele era apenas isso: desgraça e raiva. Oliver não conhecia nada fora de seu reino, mas seguiu seu coração raivoso, seguiu a vontade de se libertar de todo aquele mal que estava sentindo.
— Meu pai vai se arrepender de ter feito isso, mas até lá será tarde, eu não estarei mais aqui. Deixe-o com aqueles pangarés dos filhos de Melina. — sussurrou amargamente.
Olhou para frente e viu uma luz rosada, suas pupilas dilataram, e seus olhos negros ficaram mais escuros. 
— Que isso? — sussurrou.
Sem contestar, seguiu a luz rosada porque talvez fosse uma saída desse inferno. Conforme se aproximava, a coisa rosada percebeu e olhou para trás.
— Uma fada...? — sussurrou curioso.
— Você consegue me entender? — ela perguntou, sua voz era extremamente fina e lembrava o canto dos passarinhos. Oliver fez que sim com a cabeça. — Quem é você? — perguntou curiosa.
— Oliver, Oliver Rousset.
— Não, menino... Quero saber quem é? Não seu nome! É um feiticeiro?
— Quê? Essas coisas existem? — franziu a testa.
— Ah droga! Um humano! — a fadinha ficou atordoada.
— O que pensou que eu fosse? Você está em um reino humano! — suspirou.
— Eu entrei mesmo no reino errado! Por isso achei tudo isso aqui muito feio. — irritou-se — Preciso ir para casa, Oliver.
— Esper...!
Antes que ele pudesse terminar sua fala, abriu-se um portal à sua frente, onde a fadinha havia entrado.

Esse tempo todo existia uma porta mágica em Antenom e ninguém nunca havia notado! Mas, o que era aquilo? Oliver não aguentou de curiosidade e seguiu a coisa rosada, entrando no portal sem medo. E logo apareceu no lugar mais bonito que ele havia visto na vida: fadas de diversas cores voavam por cima das árvores coloridas com frutos que aparentavam estar deliciosos. Oliver sentiu sua barriga roncar. A cor do céu deste lugar, não era um azul comum, era um azul com tons lilases misturados, o que era maravilhoso. Neste lugar havia vida, havia beleza, diferentemente de Antenom. 
Ele tentou procurar a fada rosada, mas ela já havia sumido, talvez tenha encontrado seu caminho para casa.
— Que lugar é este? — sussurrou, mas ninguém respondeu aos seus sussurros. 
Resolveu andar na tentativa de encontrar alguém e foi andando até a floresta que estava em sua frente, uma floresta com árvores no tom rosado, com maçãs tão vermelhas quanto o sangue que corria em suas veias.

— Alguém? — gritou e seu eco percorreu pela floresta toda.
Avistou um lago no meio das árvores, bem bonito, com a água tão clarinha quanto os olhos de sua mãe. Sentou-se próximo ao lago e jogou água em seu rosto. Olhou para seu reflexo na água e percebeu outro reflexo além do seu, com isso olhou para cima levando um susto.
— Olá, menino!
Era uma menina: Tão branca como a neve, com os cabelos loiros bem clarinhos, seus olhos eram na cor de mel, e seus lábios rosados, em uma aparência saudável. Usava uma capa preta com um capuz, que cobria quase todo seu corpo, e mal dava para ver o vestido azul bebê que usava por baixo. 
— Você não fala minha língua? — ela apontou sua varinha preta, bem pontuda para o nariz de Oliver.
— Uma bru-u-uxa! — se levantou no susto. 
— Um humano... — revirou os olhos. — F-e-i-t-i-c-e-i-r-a!!
— Fique longe de mim, coisa do capeta! — Oliver foi se distanciando devagar.
— Sério que você acha que eu sou do capeta? Olhe para mim! — ela foi se aproximando dele, e com sua varinha o fez parar.
— Não nos apresentamos direito! Me chamo Ambre Oeste. E você?
— Por que alguém teria Oeste no nome? Que nome esquisito...
— Os feiticeiros e fadas daqui têm nomes assim. Oeste significa que eu sou a Ambre do lado oeste. Vai que existem outras Ambres que eu não conheça. Somos identificados assim. — sorriu. — Você ainda não disse seu nome.
— Oliver Rousset. — levantou a sobrancelha direita. — Eu sou de outro lugar.
— Isso está evidente. Mas o que faz aqui em Viena? Está perdido?
— Viena? — sussurrou. 
— Viena é o reino das magias impossíveis, Oliver.
Ele piscou seus olhos três vezes para acreditar que ainda estava lá e que não estava ficando maluco.
— Magias? — respirou fundo. — Esse reino é feito de magia?
Ambre fez que sim com a cabeça.
— Você conhece Antenom?
— Claro! Foi de lá que você veio, não é? Eu já fui uma vez. Antenom fica embaixo de Viena. Os humanos não sabem que aqui existe.
— Realmente. — disse em tom baixo.
— Você quer que eu te mostre a saída para voltar à sua casa?
— Não! Eu vou ficar aqui.
— O quê??? É perigoso um humano viver em Viena.
— Mas aqui não é essa maravilha toda? Que perigo há?
— Ei, você é apenas um humano sem nenhum poder. Existem criaturas más aqui também, elas podem te atacar.
— Eu dou um jeito. — ele se virou e saiu andando.
Oliver decidiu em seus pensamentos que ficaria por lá, era o único jeito de se livrar de sua madrasta. Deixou Ambre para trás e continuou seu caminho para fora da floresta rosa. Só precisava achar uma espada afiada que saberia se proteger, não precisava de magia, por mais que fosse óbvio você ser mágico em um reino mágico, ele sempre gostou de desafios. 
Foi se afastando da floresta e avistou logo adiante mais uma floresta, de cor verde, algo normal, juntamente de uma vila, com casinhas de madeira, que habitavam feiticeiros e fadas. Avistou um pano estendido em uma árvore e colocou como um capuz.
— Não quero que ninguém me note. — sussurrou para si.
Continuou andando sem fazer nenhum movimento estranho, os habitantes estavam tão ocupados que nem chegaram a perceber o turista. Apenas uma fada verde que o observou, mas logo continuou seu caminho, levando flores para o jardim, como quase todas estavam fazendo. Pelo o que aparentava, elas estavam reconstruindo um jardim perdido.
Oliver avistou uma cabaninha perdida bem no fundo da floresta e decidiu que ficaria lá. Andou mais rápido para logo chegar e percebeu que ela estava toda escura, pois realmente haviam a abandonado. 
— Só uma noite aqui e eu arrumo um lugar melhor. — sussurrou.

(...) 
     Ele não fazia a menor ideia de que horas eram mais ou menos, ainda estava tudo claro lá fora, mas seu corpo estava cansado. Deitou-se em um pano grande que estava jogado no chão e fez o seu “capuz” de travesseiro. 
— Nunca pensei que um príncipe passaria por isso. — disse se entregando ao sono — Ex-príncipe.
Aos poucos foi se entregando ao sono e esqueceu que estava desconfortável. Sonhou com sua mãe, lembrou-se dos cabelos negros ondulados dela, que pareciam com os seus, e de seus olhos cor de água. Sua respiração começou a falhar e ele tentou chamá-la para dizer que tudo ia ficar bem... Porém, por mais que tentasse sua voz não saía. Pensou se realmente precisava mesmo fugir de Antenom e deixar tudo sobre controle de seu pai e sua madrasta, cobiçadora de homens com dinheiro? Even iria querer isso? Os olhos dela começaram a derramar lágrimas e olhar profundamente para os olhos dele. Percebeu um pouco mais: Ela era tão linda e precisava ainda mais de sua companhia, não podia ter morrido, não deveria ter se entregado tão cedo... Isso era sua culpa? Ele deveria ter se esforçado mais? Aos poucos seus lábios foram se abrindo e palavras foram sussurradas enquanto sonhava: “Eu sinto sua falta...”. Abriu seus olhos e algumas lágrimas saíram.

 De repente uma luz verde atingiu uma cobra enorme que estava atrás dele pronta para dar o bote e a transformou em pedaços desfigurados. Sangue esguichou sobre o rosto dele, o fazendo levantar-se rapidamente.
— Mas que inferno!! — gritou assustado. — Eu mal consegui terminar meu sonho...
— Isso é um obrigado? — a menina loira riu achando engraçado.
— Tinha uma cobra em cima de mim!!! — respondeu em um tom revoltado.
— Eu sei... — soltou mais algumas risadas.
— Do que está rindo? — revirou os olhos.
— Você está todo sujo de sangue, isso é engraçado.
— Não é, não! — franziu a testa.
— O que você pensou? Deitou-se em uma cabana abandonada, está claro que era um ninho de cobras.
— Isso não passou por minha cabeça... Estou tão cansado. — disse em um tom triste lembrando-se das perguntas que se formaram enquanto sonhava.
— Venha comigo, posso te abrigar. — estendeu a mão para ele.
— Seus pais não vão se importar?
— Aaah! — sorriu. — Eu não tenho pais, moro sozinha... Fui criada por fadas.
— Mas onde estão seus pais? Não os conheceu?
— Não... Desde neném eu vivo com fadas. —  sorriu meio sem graça. — Mas está tudo bem, sou feliz assim. — Oliver sorriu. — E então vem comigo ou ainda tem medo de mim? — debochou.
— Medo? Eu não tenho medo de nada — fez bico. — Você é apenas uma menininha brincando de bruxa.
— Eu já disse que não sou bruxa! — apontou a varinha para ele, irritada.
— Ok! Feiticeira! — riu.
Ele segurou a mão dela e juntos foram a caminho da casa de Ambre.
— Por que não quer voltar para Antenom? — o encarou. — Fez alguma coisa errada?
— Não... — respondeu não querendo tocar tanto nesse assunto.
Oliver pensou que não seria uma boa hora para dizer que era um príncipe, até porque ele queria se livrar deste cargo. 
— Eu não quero viver com minha madrasta. — respondeu achando que isto era o suficiente.
— Cinderela é? — riu.
Ele riu também, percebendo que com aquela garota seria fácil não falar de assuntos que o incomodaria, ela parecia transformar tudo em graça, era uma menina muito descontraída, não gostava de momentos tristes.

E eles foram andando até a casinha simples de Ambre. Enquanto andava, Oliver percebeu que tudo ali era em volta de alguma floresta. Aquele lugar além de ser bastante colorido, não faltava flora e não seria difícil se perder entre as florestas coloridas caso não soubesse onde estaria indo.
Dois adolescentes: uma feiticeira e um ex-príncipe, andando sobre a noite sombria de Viena. 
— Chegamos... — ela apertou a mão que segurava a dele e o puxou para dentro.
A casa era toda de madeira como as demais, de um andar só, dois quartos, sala, cozinha e um banheiro. Na sala haviam várias coisas de magia: livros, varinhas na parede, coisas que se mexiam através de magia, como fotos e vassoura. 
— Você pode se acomodar no outro quarto. — disse se jogando no sofá.
Oliver achou aquilo tudo tão legal e bizarro. 
— Estou com fome... —  sorriu sem graça.
Ambre riu.
— Abra as mãos.
Oliver achou esquisito, porém abriu suas mãos. Ambre estendeu a varinha e uma luz verde apareceu sobre as mãos, aparecendo um prato grande de macarrão colorido com algumas almôndegas. Ele arregalou os olhos achando tudo maravilhoso. 
Sentou-se no sofá junto a ela e começou a comer desesperadamente de fome. Ambre achou bem engraçado isso.
— Devia ter me falado antes que estava assim, bobinho.
— Por que a luz da sua varinha é verde?
— Hmm... — ela colocou a varinha apontada em seu queixo. — Bem... Cada um tem uma cor de magia referente à sua personalidade.
— Vou fingir que entendi.
Ela riu.
— Acho que eu posso te ajudar, Oliverzinho.
— Como assim? — riu achando engraçado a forma que ela havia lhe chamado.
— Você pode viver aqui! Eu te ensino alguns feitiços e digo que você é um amigo feiticeiro que eu conheci faz algum tempinho.
— Eu consigo aprender? — perguntou arregalando os olhos.
— Com uma professora maravilhosa, sim! — riu levantando sua sobrancelha direita.
Ela se levantou e estendeu sua varinha para ele.
— Preciso arrumar roupas e uma varinha para ti.
Oliver sorriu achando aquela ideia uma loucura tremenda, mas sentiu que ficaria bem com Ambre. Pelo o que aparentava, era uma boa pessoa e era com ela que queria ficar, em Viena. Sem rei louco, sem madrasta nojenta e sem irmãos mimados.
Ele se deitou para dormir e pensou um pouco em sua mãe, sabia que ela iria querer ele lá, sentiu isso.

No outro dia, 
— Levanta, Oliver! — ela jogou umas roupas em cima dele. — Temos um dia agitado pela frente!
Ele abriu os olhos preguiçosamente e olhou para aquela loira. Os cabelos dela estavam brilhando, seus olhos também e ele achou isso muito bonito.
— Já vou, troço! — sussurrou.
— Você devia aprender a tratar melhor uma dama! — ela apontou uma varinha dourada para o rosto dele. — Gostou? Achei sua cara.
Ele arregalou os olhos, levantando-se e se aproximando dela.
— Maravilha!!!
Ambre começou a rir.
— Vamos, Oliver, temos que experimentar sua primeira varinha.
Ela estendeu sua mão para ele e o puxou para a sala.
— Você precisa de um banho primeiro e de tomar café.
Oliver fez que sim com a cabeça e foi se banhar. Enquanto isso, Ambre foi para a cozinha arrumar algumas “coisas” para eles comerem.
— Ambre!!! — uma luz lilás apareceu na janela da cozinha.
— Olá, Zara, sentiu o cheiro de café?
— Vai fazer algo hoje? Pensei em te chamar para ir ao torneio das fadas. 
— Uaaau! — disse animada. — Outro torneio? 
— Sim, amiga!!— Zara se sentou em cima da pia. — Lethus contra Orla! Vai ser muito bom.
— Vou sim! Claro. — seus olhos brilharam. — Estou doida para ver Lethus. 
As duas suspiraram apaixonadas.
Oliver apareceu na porta da cozinha e Ambre percebeu.
— Não vai dar, Zara! — suspirou.
— Como assim?
Oliver se aproximou delas e Zara levou um susto.
— Uma fadinha! — disse. — Vocês são ainda mais impressionantes de perto!
— Quem é? — perguntou assustada.
— Zara, este é Oliver... É um amigo feiticeiro. — respondeu sem jeito.
— Olá, Zara!
— Coisa nenhuma! Ele é um humano, Ambre! Sinto isso através da energia dele... É de humano! — respondeu irritada.
— Ainda é um humano... Mas, já, já virará um ótimo feiticeiro! — sorriu disfarçando. 
Zara voou para mais perto de Oliver e ele pode perceber cada detalhe do rosto de uma fada: Seus olhos lilases, seus cabelos brancos ondulados e seu corpo tão pequeno que nem parecia ser de verdade. 
— Seus olhos são tão escuros — Zara disse observando-o. 
— É... — sussurrou.
— Você é bonito! — ela sorriu bagunçando os cabelos dele. — Mas ele não é daqui, Ambre! Você sabe que as fadas conseguem sentir a energia de um humano de longe!
— É... Mas você pode me ajudar não é?
— Ajudar? Onde você o encontrou? Como ele conseguiu chegar até aqui? — perguntou revirando os olhos, irritada.
— Eu segui uma fada, ela estava em Antenom.
Zara arregalou os olhos.
— Você veio de Antenom? Tinha mais alguém com você?
— Não... Só eu estava lá.
— Preciso avisar as fadas que aumentem o campo de força para que os humanos não vejam a entrada de Viena! Se o rei descobrir o nosso reino, ele vai querer nos matar! — a fada disse assustada.
— Rei Alfred? — Oliver murmurou.
— Sim! Ele abomina magia! Todos em Antenom são assim...
Oliver fez que sim em seus pensamentos.
— Zara, você consegue criar um campo de força em Oliver não é? Eu sei que existe uma maneira de você fazer com que as fadas não sintam que ele é humano. — Ambre franziu o rosto. — Me ajuda, por favor!
— E o que eu ganho com isso? — suspirou.
— Por favor, Zara, por nossa amizade.
Oliver e Ambre fizeram beiço. Zara sentiu raiva de Ambre.
— Stapin protecção del Human! — Zara sibilou o começo do feitiço, logo em seguida apontou as mãos em direção a Oliver.
Logo, uma luz lilás rodou o corpo todo de Oliver: Sentiu uma energia diferente entrando em suas veias, seus cabelos foram ficando mais brilhosos e seus olhos também. 
— Agora sua energia é de feiticeiro! Um feiticeiro Vienan — ela o observou. — Vai ser mais fácil aprender magia.
— Ora, você não colocou proteção, você mudou a energia dele? — Ambre se assustou.
— Aprendi isso faz alguns meses. — riu com um tom superior. — Você precisa me alcançar, Ambre, se não vou tomar seu título de superior da magia.
— Zara, você tem um coringa ué, você é uma fada, nasceu com magia, eu sou uma Vienan que faz feitiço. Assim não vale.
— Competição é competição, querida amiga!
— Você mudou meu DNA? — Oliver perguntou voltando assustado à sua realidade.
— Não, bonitinho, sua energia! Você ainda tem esse DNA da realeza, não mexi nisso...
Oliver arregalou os olhos, ficando nervoso.
— Realeza, Oliver?? — Ambre foi ficando verde de raiva. 
— Você não sabia, Ambre? Ele é o filho perdido do rei. — suspirou.
— Eu... Eu posso explicar! — ele corou.


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Notas finais do capítulo

Se encontrar algum erro, me avise, por favor! Às vezes passa distraído.