Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 47
Dopamina e endorfina


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^ Acharam mesmo que não apareceria hoje, neah? Se enganaram legal huahuahauhaua Eu tava bem eufórica por esse capítulo - tá, não é assim "O" capítulo ainda, maaaaaas....

Vocês verão ;D

BoA leitura ^^



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Passava da meia noite quando finalmente pararam em frente à casa de Steve. O garoto até insistira em passar a noite na casa do Barnes, mas o moreno fora irredutível e Steve acabara ficando irritado. O loiro tomou a frente assim que alcançaram os três degraus e subiu dois deles com passadas fortes e visivelmente contrariadas quando Bucky riu soprado e segurou gentilmente sua mão, virando-o em sua direção para poder encará-lo.

Dali de cima, Steve era exatamente da altura de Bucky, o loiro não precisava olhar para cima para poder olhá-lo nos olhos e o julgar por tê-lo dispensado. Identificando a raiva naqueles olhos azuis, Bucky suspirou e se aproximou, mas não subiu nenhum degrau, percebera que Steve gostara da ideia de ser de seu tamanho e preferiu prolongar essa sensação para o loirinho. As mãos continuavam unidas e Bucky mantinha o carinho no olhar quando voltou a falar.

— Obrigado por hoje, Stevie. – Sua voz era calma e baixa, um pouco da raiva de Steve se dissipou ao ouvi-lo falar. – Eu não imaginava que poderia ser tão divertido assim, obrigado por me proporcionar isso.

E Steve suspirou e afastou a mão do Barnes da sua somente para poder abraçá-lo. Como poderia ficar irritado com ele quando estava logo à sua frente sendo tão carinhoso consigo?

— Idiota. – Steve sussurrou, rindo soprado logo depois. – Era pra você ter gostado mesmo, por qual outra razão teria me arrumado para ir até uma lanchonete?

Ele não respondeu, apenas riu soprado e afundou o rosto no pescoço do Rogers, aspirando o perfume almiscarado do menor enquanto torcia para aquele cheiro não sair de si quando voltasse sozinho para casa. Quando expirou vagarosamente, Steve fechou os olhos e sentiu aquele ar quente lhe arrepiar os cabelos da nuca e eletrizar sua espinha dorsal. Steve agarrou-se mais fortemente ao Barnes e suspirou.

— Você não vai me deixar ir para a sua casa com você? – Perguntou baixinho. Bucky riu soprado e começou a fazer movimentos circulares com as mãos nas costas do loiro.

— Não, Stevie, hoje não. – Suspirou, e Steve fechou os olhos ao sentir a mesma sensação de antes. – Estou cansado e preciso mesmo dormir essa noite.

— Mas nós vamos dormir.

— Você vai, não tenho dúvida alguma sobre isso. – Finalmente se separou para encará-lo.

Bucky trazia um sorriso adorável que transmitia conforto, mas havia algo nos seus olhos que Steve começava a entender. Aquilo era desejo, misturado com cansaço extremo. Steve suspirou e sorriu também, selando os lábios do moreno demoradamente.

— Te espero para o almoço amanhã. – Falou ao se separar. – Obrigado por hoje.

— Te vejo amanhã, Stevie. – Com um último sorriso, se separaram, e Steve finalmente adentrara sua casa.

Recostou-se à maciça e suspirou pesado, o cheiro de Bucky continuava em suas narinas, e aquilo fora suficiente para fazê-lo fechar os olhos e aproveitar o momento solitário no escuro. Parado ali, o Rogers conseguiu sentir o calor do corpo do Barnes e seu respirar em seu pescoço, sentiu novamente aquela onda elétrica viajar do início de sua nuca até o cóccix. A sensação se intensificou quando a imagem da boca vermelha invadiu seus pensamentos e ele sentiu a garganta secar. Despertou dos devaneios quando se ouviu suspirar e uniu as sobrancelhas. Steve precisava de um banho.

Subiu as escadas e se dirigiu ao seu quarto, enfiando-se debaixo da água gelada assim que terminou de se despir. Não pense, foi o que manteve em seu cérebro durante todo o banho, você não tem que pensar agora. Vestiu uma boxer preta e uma camiseta branca antes de sair do banheiro e se jogar na cama, suspirando cansado assim que o corpo se aconchegou. Não sabia que estava exausto até aquele momento.

Respirando com calma, Steve já não tinha mais controle de sua mente, as imagens formadas misturavam-se conforme apareciam e ele, muito cansado, tentava encaixar as peças e chegar à alguma conclusão. A conversa com Peggy certamente lhe dera muito no que pensar.

Fora sincero ao dizer que não sabia dizer o que Bucky estava fazendo para mantê-lo interessado. Quando o Barnes dissera que gostava dele, Steve ficou meio chocado e meio surpreso, mas agora que já passara por todas aquelas etapas, conseguia perceber que não havia asco ou estranheza naquele sentimento, e também percebera que havia mais empolgação que medo. Fora de forma abrupta, mas não exatamente inesperada.

Ainda era confuso pensar sobre isso, era claro que não esperava ouvi-lo falar que nutria sentimentos diferentes do que os que se nutre por amigos, mas pensando com calma agora, soava certeiro e natural, como se fosse algo que deveria acontecer porque tudo caminhava para esse destino. E pensando sobre isso, Steve finalmente percebera que Bucky não mudara o tratamento que dava a Steve porque ele sempre o tratou com aquela estima, porque sempre o manteve em seu abraço, porque sempre o manteve perto de seu coração. A única diferença era que agora Steve permitia beijar e ser beijado, e aquilo era quase como um bônus por todos os anos de carinho e sentimentos velados. O Rogers finalmente percebera que, para o Barnes, Steve sempre fora muito mais do que deixava transparecer, e era isso o que o mantinha interessado. Bucky o tratava com estima e exclusividade e era esse o seu grande segredo.

E depois de concluir tudo isso e sentir os músculos começarem a relaxar, sua mente o traiu e trouxe à sua retina a imagem daquela tarde. Aquele pedaço de pele exposto. Vira o abdome de Bucky tantas vezes no passado, e tantas outras vezes desde que começara a dormir junto ao moreno, não entendia exatamente porque aquele pequeno pedaço não saía de sua imaginação naquele dia, como se fosse algo importante. Talvez por ser em um local público ou por, supostamente, Bucky não ter feito propositalmente para aquele efeito, Steve não sabia ao certo, e também não conseguiu disfarçar o suspiro.

Barnes tinha 17 anos, a sua idade, mas seu corpo era bem mais desenvolvido que o de Steve. Havia músculos e pelos em lugares que Steve ainda não tinha. A linha logo abaixo do umbigo do moreno trazia uma linha de pequenos pelos que, naquele momento, pareciam bem mais interessantes do que foram à tarde, e somente imaginar aquele caminho na pele parcamente bronzeada do Barnes fora desculpa suficiente para fazê-lo arfar. Junto aos sons característicos da noite, Steve conseguia ouvir o próprio coração batendo forte e aceleradamente, como se precisasse de muito sangue circulando no corpo para poder se manter vivo, como se estivesse prestes a sofrer algum tipo de taquicardia, e talvez estivesse mesmo, porque Bucky vestido todo de preto e caminhando em meio a todas aquelas pessoas sem graça era desculpa suficiente para desfalecer.

E então lembrou-se daquela gota de água escorrendo pelo canto da boca de Bucky, Steve fizera questão de acompanhar o trajeto até ela sumir na gola do moreno, e agora imaginava-a traçando o peitoral, escorregando pelo peito liso, acariciando a pele macia e cheirosa da mesma forma que o Rogers estava desejando fazer naquele exato momento. Steve suspirou de novo e suas mãos – quase naturalmente – encontraram caminho até o seu membro. Ficou surpreso ao encontrar aquele volume, quase tanto quanto se surpreendeu ao ouvir baixinho, colado em seu ouvido, aquela voz gutural e tortuosamente desejosa.

— Stevie?

Seu coração acelerou ainda mais e seus pulmões arderam na ânsia por mais oxigênio, Steve se sentou e olhou ao redor do seu quarto vazio e sentiu um desespero diferente tomar conta de seu ser. Tinha certeza que ouviu a voz do Barnes logo ao seu lado, era possível vivenciar esse tipo de imaginação? Voltou a se ajeitar na cama e fechou os olhos, tentando novamente resgatar aquele mesmo timbre sôfrego, sussurrado ao pé do ouvido. A mão voltou a tomar rumo até seu baixo ventre enquanto se recordava daquela bendita gotícula de água escorrendo pelo pescoço de Bucky.

Se masturbar não era novidade, seu coração não bateria daquele jeito por conta disso, mas se masturbar pensando em Bucky era. Suspirou alto ao concluir sua linha de raciocínio, porque até pensar sobre isso parecia muito para suportar naquele momento. Concentrando-se naquela pele bronzeada e nas pequenas veias que se formavam ao redor de seu braço mecânico, Steve sentiu novamente um calafrio gostoso na espinha ao ouvir a voz daquele Bucky que sua imaginação criara para si naquela noite.

— O que está fazendo, Stevie? – Sentiu os cabelinhos de sua nuca arrepiarem.

— Pensando em você. – Respondeu baixinho, mesmo que soubesse que falava com ninguém.

— Pelo jeito está gostando de pensar em mim. – Suspirou novamente ao ouvir o riso abafado do garoto.

— Cala a boca... Barnes. – Precisou de um segundo para respirar enquanto invadia a segurança de sua boxer, tocando a pele quente por baixo.

— Ah, Stevie, você não quer que eu me cale. – Steve podia jurar que sentiu um toque molhado em sua nuca e outra mão segurar a sua. – Porque não deixa eu me encarregar disso, hn?

Steve soltou um grunhido baixo quando a outra mão – imaginária talvez, ele já não tinha mais tanta certeza – tocou seu membro. Ninguém nunca tocava seu pênis, a garota do acampamento de verão fora a primeira e única a fazê-lo, e não fora assim tão memorável que o fizesse ter vontade de comparar. Comparar o quê? Pensou, você está imaginando tudo isso. Era estranho, mas tão bom ao mesmo tempo, porque Steve podia sentir tudo. Sentia o calor do corpo do Barnes, seu aroma, seu toque quente. Steve conseguia ouvi-lo sussurrando baixinho em seu ouvido, chamando seu nome, dizendo-o o quão bonito era e o quão bom deveria ser poder aproveitar mais daquele momento. Steve sentiu toda a sua atenção se desviar para o meio das suas pernas no mesmo instante em que o formigamento característico iniciava, então se agarrou ao travesseiro e enterrou o rosto ali, grunhindo o mais contidamente possível enquanto sujava a sua roupa de baixo. 


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Notas finais do capítulo

A limonada tá ficando bonita. Isso é tudo o que tenho a dizer hoje. Tchau.

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*

P.S.: Mentira, não vou deixá-los sem avisar que é bom trazer garrafa de água para o próximo também :x



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