Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 46
Coincidências desagradáveis


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^

A saudade que tava de vocês, bicho ♥ Perdoem-me o sumiço, tenho minhas desculpas para pedir, peço licença. Comecei num emprego novo há duas semanas e ainda estou aprendendo as tarefas do meu cargo (ssa vida de adulto não tá compensando, não quero mais Ç_Ç). A parte engraçada é que hoje trabalho com duas coisas que já foram temas de fanfics minhas e agora fico só no aguardo do cara perfeito esbarrar em mim na frente do Starbucks ~q huahauahua

Bom, em suma, eu queria dizer que o tempo para escrever ficou mais escasso, tenho trabalhado de segunda a sexta em um emprego e de sábado e domingo em outro (não tô dizendo isso pra ngm me congratular e nem para me gabar, só para que entendam mesmo que o pouco tempo que tenho eu tenho utilizado para dormir, comer e buscar referências para concluir minhas histórias). Enfim, pode ser que demore mais do que esperado as atualizações de Toská e de PLELETA, tô com um bloqueio HORROROSO em PLELETA, mas não desisto disso! Vou com essa cena até o final pq, gente, ela ficará lindinha, prometo ♥ Para Toská eu tenho uma notícia um pouco melhor, preparem-se.

Esse capítulo que estou postando hoje não era exatamente o capítulo que postaria, acabei fazendo esse para meio que interligar uns fatos e acabou que já tenho o capítulo da semana que vem quase completo, então podem comemorar pq semana que vem tem Toská sim ♥

E chega de enrolar, vamos ao que verdadeiramente interessa nesta segunda-feira

BoA leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734694/chapter/46

— E então? O que fazemos agora? – Steve limpou a boca num guardanapo de papel após terminar seu lanche.

— Eu não sei, ainda são sete horas e eu não tenho nada marcado para depois. – Bucky deu de ombros, repousando os braços na mesa.

Steve uniu as sobrancelhas e tomou fôlego quando viu os braços unidos sobre a mesa. O braço de metal estava embaixo do de carne e osso e parecia estranho que seus músculos acompanhassem os do metal e vice e versa, mas a harmonia estava lá e era perfeita entre eles. Perdeu-se por alguns momentos na curva que os músculos faziam e também na beleza que se contrastava. Sabia que Bucky detestava aquela parte de seu corpo, mas ele queria tanto poder falar que a cena, em sua amplitude, gerava um contraste quase obsceno, mesmo que ele não entendesse muito bem de onde viera aquele pensamento. Fato é que o Rogers ficou fascinado por muito tempo até se tocar que Bucky aguardava alguma resposta ou sugestão.

— Podemos ver um filme. – Deu de ombros. – Não era essa a sua ideia original?

— O que tá acontecendo com você hoje? – Bucky o encarava, questionando com certa cautela.

— Comigo? Por quê?

— Porque essa é a segunda vez que você me olha de um jeito estranho, como se eu fosse alguma espécie grotesca de alienígena.

— O que? – Steve ficou confuso. – É assim que parece pra você?

— É exatamente assim que parece, Stevie, e eu tô começando a ficar incomodado.

— Mas não é porque você parece estranho que estou te olhando.

— Então pare de me olhar como se eu fosse. – Steve conseguiu identificar algo na voz do Barnes que ele jamais imaginou que estaria lá em algum momento dessa vida. Bucky estava constrangido. Steve sorriu.

— Mas você não é. Estou te olhando porque fiquei curioso com algumas coisas.

— Que coisas?

— Podemos deixar essa conversa para depois do filme?

— Ah, Steve, seu tratante de merda, está tentando desviar do assunto para me fazer esquecer disso, mas eu não vou esquecer. – Bucky sorriu de viés. – Vamos ver a droga do filme.

O Barnes não percebeu o alívio na expressão do loiro por não tê-lo obrigado a falar, ele nem sabia como falar e nem se deveria mesmo. O que diria? Que Peggy lhe fizera pensar no quê tudo aquilo realmente significava e que, aos poucos, começou a perceber que tudo sobre Bucky era bem mais intenso e importante do que aparentou ser no começo? Ele nem saberia como começar com essa explicação sem utilizar o nome da garota, sabia que Bucky não era exatamente o maior fã da Carter.

Também não era como se jamais tivesse dado importância para seus sentimentos, ele só não tinha pensado sobre isso dessa forma antes. Era um tanto quanto confuso, mas ele começava a entender aos poucos que sempre houve mais do que deixavam transparecer. Steve costumava dizer que todos os seus amigos tinham a mesma importância e que todos recebiam o mesmo tratamento, porém, isso não era verdade. Não agora que ele percebera isso. Porque Bucky invadia seu quarto de madrugada quando eram pequenos e eles dormiam abraçados na mesma cama, mas ele jamais permitiria que Sam fizesse o mesmo. Steve não permitia nem que Natasha se aproximasse demais. No final, Steve entendera que concedera coisas demais ao Barnes antes mesmo de entender que tudo, e absolutamente tudo o que concedeu, fora o que solidificara o caminho para chegarem até ali.

O Rogers se sentia meio bobo e meio sem saber como colocar tudo em palavras, e o silêncio que os abraçara logo que o filme se findou se estendeu por quase todo o caminho de volta. Bucky suspirava às vezes, era óbvio que ele não sabia o que fazer quando Steve ficava assim, mas o que o Rogers poderia dizer para melhorar aquela situação? Chegou a formular algumas frases para se explicar, mas sabia que o nome de Peggy escaparia da sua boca em algum momento e já não tinha mais tanta certeza se deveria mesmo começar com aquele assunto. E enquanto pensava em novas coisas para serem ditas antes que chegassem em casa, Bucky paralisou por um momento no meio da calçada, o que chamou sua atenção.

— O que aconteceu?

— Dylan. – Bucky apontou com a cabeça e Steve acompanhou seu olhar.

Num primeiro momento, o loiro ficou sem saber o que dizer, aquilo definitivamente não era nada do que esperava do final de seu primeiro encontro. Várias emoções tomaram conta de seu interior, e a primeira delas fora raiva, claro. O que diabos estaria aquele idiota fazendo ali? Então a surpresa, porque jamais imaginara que alguém como Dylan fosse capaz de gostar de alguma coisa viva, no entanto estava lá com um filhote de pastor alemão no colo, parecendo uma criança com um brinquedo novo. Em seguida Steve ficou curioso, por que Dylan estava sentado numa cadeira em uma feira de adoção de filhotes? Aquilo não fazia sentido algum.

As sobrancelhas de Steve subiram em surpresa quando ele viu a cena seguinte. Um garoto surgiu, aparentemente de lugar nenhum, e selou demoradamente a têmpora de Dylan, deixando-o sem graça. Bucky soltou uma risada nasalar que indicava entendimento e Steve ficara mais chocado ainda quando o rapaz se virou e ele pôde ver suas feições perfeitamente.

— Que porra é essa? – Podia sentir Bucky o encarando enquanto falava. – É impressão minha ou Dylan tá saindo com algum gêmeo seu?

— Sinto desapontá-lo, Stevie, mas sou filho único.

— Então acabamos de encontrar seu clone.

O garoto que caminhava alegremente até um casal parecia menor que Bucky em todos os sentidos, mas seu rosto tinha o mesmo formato e seus olhos o mesmo verde. Os cabelos eram curtos e bem arrumados e o sorriso em sua face era bem diferente daquele que o Barnes voltou trazendo da Rússia. Mesmo com tantas diferenças, Steve via muito do Barnes no menino e aquilo definitivamente era perturbador. Sem controle de suas ações, acabou se aproximando da tenda na qual a ONG estava instalada, chamando a atenção do garoto desagradável que continuava a brincar com o filhote de cachorro. Dylan parecia desconfortável com a situação, mas o maldito era bom em esconder seu desconforto. Pelo menos aos olhos de Steve.

— Ora, ora, o que vejo aqui. – Ele até tentou disfarçar, mas Bucky viu os olhos do garoto escanearem todas as direções antes de pousarem e Steve.

— Dylan. – Bucky moveu a cabeça num cumprimento.

— Barnes. – Dylan disse de volta, se movendo um pouco para o lado, na ânsia de tirar o garoto que ainda atendia ao casal do foco. – A que devo a honra?

— Não estamos aqui por você, estávamos de passagem. – Bucky deu de ombros. – Sequer imaginava que gostasse de bichinhos, você não me parece muito do tipo que curte seres vivos que não sejam você. – Sorriu de canto, exagerando na ironia.

— Acredite se quiser. – Ele deu de ombros.

— Não imaginava que estava com alguém. – Steve disse por fim.

— Isso meio que não é da sua conta. – Dylan estalou a língua.

— Não foi isso o que quis dizer, só queria pontuar minha surpresa mesmo.

— E o que vai fazer agora que sabe? – Sua voz continuava calma, mas Steve encontrou a chama no olhar do garoto misturada com pânico e quase se sentiu mal por porvocá-lo.

— Você tem razão, Dylan, isso não é da minha conta, não tenho absolutamente nada para fazer com essa informação, só queria entender algumas coisas, mas acho que elas ficaram bem claras de repente.

— Vamos, Steve. – Bucky colocou sua mão esquerda no ombro do loiro e isso foi suficiente para arrancar uma expressão de espanto do outro. O Barnes observou o garoto abrir e fechar a boca algumas vezes antes de falar primeiro.  – Não se dê ao trabalho de formular algum comentário estúpido, isso não vai me afetar. Volte para o seu namorado, ele parece preocupado. – Bucky apontou com a cabeça.

O garoto continuava sorrindo para o casal, mas seus olhos fugiam de vez em quando e paravam onde o trio conversava baixinho. Seja lá qual história Dylan tivesse inventado, não era do interesse de Bucky confirmar ou desmentir, ele só queria tirar Steve logo dali.

— Ele não é meu namorado. – Dylan falou ainda mais baixo.

— Tanto faz. – Bucky deu de ombros. – Não é da minha conta o nome que decidiram dar para essa relação, eu honestamente tô cagando para o que faz da vida. Só acho que deveria ver o que ele quer, porque parece realmente preocupado com seja lá o que tenha dito a nosso respeito para ele.

— Você deve estar se sentindo realmente importante agora, não? – Dylan sorriu de viés.

— Por quê? – Bucky arqueou uma sobrancelha. – Só porque está saindo com um cara parecido comigo? Sempre imaginei que tivesse uma quedinha secreta por Steve, não imaginava que era por mim. Não posso dizer que me sinto lisonjeado porque você é um porre do caralho, mas, de qualquer forma, acho que deveria me sentir bem em saber que chamo atenção das pessoas mesmo com a minha condição. – Steve sentiu os dedos se fecharem com mais força em seus ombros, não a ponto de machucá-lo, mais como um apoio para que o Barnes não quebrasse. – Volte pro seu garoto e vá viver a sua vida, ninguém veio aqui pra te julgar, estávamos realmente passando por essa rua e o resto foi somente coincidência, ou seja lá que nome prefira dar.

Bucky não esperou resposta e nem deixou que Steve esperasse, puxou o loiro para perto de seu corpo num abraço lateral e começou a andar para longe dali. O silêncio pareceu piorar depois do encontro e Steve até tentou arrancar algumas frases do moreno, não tendo muito sucesso. Se ofereceu para dormir em sua casa e até o convidou para dormirem em seu quarto, mas o Barnes não parecia muito bem para aceitar companhia naquele momento. Steve suspirou longa e cansadamente e decidiu se calar também, Bucky falaria quando achasse que deveria e não seria Steve a apressá-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que prometi coisas quentes, e realmente teria algo quente nesse capítulo, mas me dei conta que tinha algo faltando e precisei enfiar um capítulo a mais antes do começo de algo que promete durar uns capítulos a mais. Talvez tenhamos uns 3 ou 4 capítulos seguidos de limonada, não posso garantir nada, mas... huahauhauhau

Muito obrigada pela paciência e pelo carinho ♥ Queria muito colocá-los num potinho pra dar amor, fanfics, chocolate quente e um abraço gostosinho ♥ Até o próximo e XoXo ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Toská -Angústia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.