Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 44
O amigo sexy de Steve


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^ Só queria dizer que não tenho nada a declarar, só vou sentar e observar huahauauahua

BoA leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734694/chapter/44

O Centro de Convenções Jacob K. Javits, mais conhecido como o Centro de Exposições de Manhattan, parecia assustadoramente grande do lado de fora e claustrofobicamente lotado do lado de dentro, mesmo que – tecnicamente – ainda estivesse vazio. Sua fachada toda de vidro permitia a iluminação natural do sol de verão, e o ar condicionado não parecia ajudar naquele calor e com aquela quantidade de pessoas. Havia alunos de diversas universidades e colégios, cientistas e engenheiros, arquitetos e donos de oficinas, todas as pessoas que pareciam ter algo tecnologicamente interessante para mostrar preenchiam aquele lugar com seus stands, e Steve se sentiu deslocado de repente. O que tinha na cabeça para ter aceitado participar daquilo? Ele não era assim tão inteligente quanto Banner e Stark, aqueles dois só poderiam ser malucos por convidá-lo a participar daquele projeto.

Ajudara na construção daquele motor, mas não entendera muito bem seu funcionamento e sequer sabia se seria mesmo de grande ajuda no stand. Soltou um suspiro alto quando alguém esbarrou consigo, porque estava distraído demais com o celular, se comunicando com Stark para tentar se localizar ali dentro. Bucky revirou os olhos ao seu lado e segurou seu ombro, desviando-o da multidão enquanto os dedos do Rogers trabalhavam freneticamente. Quando encontrara finalmente os dois projetos de gênio de sua escola, uniu as sobrancelhas ao vê-los discutindo com certa irritabilidade na voz. Steve preferiu ficar de fora até que eles se resolvessem, com a pouca convivência no meio deles, descobrira que se havia duas pessoas que se desentendiam e se entendiam com a velocidade de um jato, esses eram Banner e Stark. Com um suspiro exasperado e descontente, Stark foi o primeiro a jogar as mãos para o alto e se virar, encontrando o loiro na companhia do Barnes.

— Steve, meu caro, se aproxime, não vamos mordê-lo. A não ser que Banner esteja com fome, aconselho não se aproximar demais, só por precaução. – Tomou o loiro do Barnes ao trazê-lo para perto num abraço lateral.

— Eu ouvi isso, Tony. – Banner bufou, mexendo em algum lugar no motor.

— E isso significa que ainda não ficou surdo, ótimo, estamos começando a nos entender, meu docinho. – Stark sorriu somente para provocar o outro, que revirou os olhos e continuou a mexer no motor.

— O que aconteceu aqui? – Steve não sabia se deveria mesmo perguntar, mas percebeu que era tarde quando Banner machucou o dedo e saiu xingando todas as gerações passadas e futuras da família de Stark.

— Pergunte a este energúmeno de topete que está do seu lado. – Banner disse em meio a um bufar irritadiço, levando o dedo à boca para estancar o sangue.

— Fiz uma pequena modificação de última hora no nosso projeto e Banner não está sabendo lidar com a minha genialidade.

— Genialidade? Você só pode estar brincando comigo, Tony?! – Banner também se exasperou.

— Não queria ser desagradável e nem o portador de más notícias, mas a feira começa dentro de meia hora e passar esse tempo discutindo não resolverá o nosso problema. – Steve arqueou uma sobrancelha, deixou o casaco embaixo de uma das bancadas, junto às outras coisas dos rapazes, e caminhou até o motor. – Precisamos trabalhar juntos e rapidamente. Em que posso ser útil?

— Viu isso, Tony? – Banner encarou o amigo com ar superior. – Isso se chama eficiência, você tem muito o que aprender.

E enquanto conversavam e mexiam naquele motor, Barnes ficou parado ao lado do stand, aguardando qualquer tipo de informação ou mesmo mensagem de Steve. Nenhum dos outros rapazes parecera notar sua presença, e aquilo sequer fazia muita diferença agora, só conseguia olhar para Steve trabalhando e pensar em como aquele merdinha corajoso era bom nas coisas que fazia. Bucky sabia que ele não era o gênio da mecânica ou da ciência, mas Steve aprendia muito rápido e também era muito bom em ajudar os outros. Era tão bom em fazer isso que conseguiram finalizar os reparos naquele aparelho poucos minutos depois de sua chegada, o que o deixou com aquela sensação meio estúpida de orgulho. Steve enxugou a testa em um pano e finalmente se deu conta de que deixara o Barnes parado no canto do stand. Caminhou até ele e sorriu quando parou ao seu lado, apoiando-se no stand ao projetar o corpo para a frente.

— Desculpe ter que te arrastar pra cá antes, não tem muito o que fazer e você nem pode ficar aqui no stand com a gente. – Estava visivelmente chateado, Bucky achou graça.

— Não tem problema, ficarei andando por aí, julgando o trabalho dos outros como se fosse o filho rebelde de algum ricaço importante na área de tecnologia e comendo porcarias na praça de alimentação com um dos pés em cima de uma cadeira, só para não sair do personagem de mau caráter. – Bucky piscou divertidamente.

Ele ficara tanto tempo sem fazer piadas que Steve quase se esquecera de seu senso de humor afiado, mas agora aquela época parecia tão distante que soou quase natural para o Rogers rir soprado com aquele comentário. Os dois engataram em algum assunto e pareceram se desligar do mundo enquanto as outras pessoas nos stands corriam em todas as direções, arrumando aqui e consertando ali. Steve só percebeu que alguém chegara quando Bucky se endireitou e acenou com a cabeça. Era Stark ao seu lado.

— Os portões do inferno estão para abrir, meu bem, eu não ficaria encostado no balcão se fosse você, as pessoas podem te sequestrar de mim. – Tony sorria. – Sua garota vem para a feira?

— Que garota? – Steve uniu as sobrancelhas.

— É Peggy o nome dela? A garota para quem se arrumou hoje. Espera, é a mesma garota, não é?

— Mas eu não vou sair com Peggy e nem com nenhuma outra garota depois da feira. – Steve manteve as sobrancelhas unidas.

— E para quem emprestou essas roupas então? Queria ficar bem para a exposição? – Stark parecia verdadeiramente intrigado.

— Não, eu vou sair com Bucky depois. – O Rogers apontou para o moreno, que acenou com a cabeça outra vez.

— E por que se arrumou para sair com o Barn... Oh. Ok, eu já entendi. – Stark finalmente dedicou atenção ao Barnes. – Eu não sabia que estavam nesse estágio avançado, perdoem minha falta de sens... Oh, meu bem, o que é isso? – Stark finalmente viu o braço metálico do moreno. – Não sei exatamente do que se trata, mas quero estudar essa tecnologia, quando está livre para dar uma volta pela minha casa, Barnes? – Se recostou ao balcão, logo ao lado de Steve.

— Pensei que não devêssemos nos recostar no balcão ou as pessoas nos sequestrariam. – Steve cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.

— Bobagem. – Stark chacoalhou a mão na direção de Steve, sem tirar os olhos do braço de Bucky. – Disse isso porque você é pequeno e certamente alguém poderia te colocar em uma sacola ou algo do tipo e te levar para longe para vender seus órgãos no mercado negro, ninguém conseguiria fazer isso comigo, não seja tolo, Steve. – Desviou atenção para o loiro por um breve momento, somente para sorrir. Voltou a olhar para Bucky não muito depois, desta vez para o seu rosto e, com a destra, apontou para o braço. – E você ainda não me deu uma resposta, Barnes, quando poderá me fazer uma visita?

— Prefiro não fazer uma visita. – Bucky se pronunciou pela primeira vez. – E já estou dando o pé inclusive, boa sorte aí. – Acenou com o braço mecânico somente para provocar o Stark e finalmente deu as costas.

Conforme as horas iam passando, as pessoas se aglomeravam mais e mais ao redor dos stands e Steve sentia cada vez mais saudade de alguma brisa refrescante. Acabara com um fardo todo de água e sequer era hora do lanche ainda, além da sede e calor constantes, Steve também estava com fome. Deveria ser a quinta vez que explicava como funcionava a válvula de segurança do motor para aquele garoto irritantemente persistente quando seus olhos encontraram o Barnes no meio da multidão. Ele nunca tinha parado para pensar no quão bem a cor preta ficava nele até vê-lo se destacar em meio a muitas pessoas usando inúmeras variações de tons pastéis.

Continuava com a jaqueta amarrada na cintura e o cabelo preso naquele meio coque samurai, parado com a mão no nó da jaqueta enquanto ouvia a explicação de uma garota ruiva sobre o seu protótipo de barco. Steve o conhecia há dez anos e sabia dizer quando ele só estava sendo educado, precisou segurar o riso ao mesmo tempo que se sentia mal pela garota, ela parecia verdadeiramente empolgada com seu projeto. Bucky então sorriu educadamente e se virou de frente para si, caminhando para o próximo stand, que ficava próximo àquele onde estava. Certamente o Barnes também estava com calor, principalmente porque aquele braço era quente demais e aquele lugar lotado não ajudava em nada.

Steve estreitou um pouco os olhos e percebeu a garganta secar quando Bucky puxou a camiseta diversas vezes pela gola para se refrescar e parte de seu abdome apareceu. Nunca havia parado para pensar a respeito, ou mesmo prestar muita atenção. Talvez pelo fato de serem amigos há muito anos, ou porque nunca pensou em olhar para outro homem antes, mas naquele momento Steve notou que havia algo sobre a forma como a camiseta se movia, e sobre o desenho dos músculos em seu braço direito que era encantador. Ou talvez na forma como o final da camiseta e o começo da jeans revelavam uma porção de pele enquanto ele se movimentava, e no desenho que seus oblíquos faziam enquanto caminhava que tiraram a sua concentração por tempo suficiente para que ele permanecesse como em transe. Desde quando Bucky parecia tão... tão...

— Olá, você está me ouvindo?

— Sexy? – Steve questionou surpreso e alto demais.

— O que? – Finalmente focalizou o garoto que gesticulava à sua frente.

— Desculpe-me, o que disse?

— Perguntei qual a velocidade que esse motor atinge e se ele seria capaz de vencer um Bugatti numa competição. – O garoto tinha um tom entediado na voz. Steve precisou de todo o seu controle mental para não mandá-lo para um lugar nada agradável, mas acabou sorrindo educadamente e pegando um panfleto sobre a bancada.

— Neste panfleto nós colocamos todas as informações técnicas de que precisa para que sua questão seja sanada. – Seu rosto doía de tanto forçar aquele maldito sorriso. – Não pudemos testar sua teoria porque a Bugatti não nos autorizou, infelizmente não saberei dizer, fico te devendo essa. Espero ter sido de alguma ajuda, pelo menos.

Depois de muito insistir, o garoto finalmente saiu dali e Steve pôde voltar seus olhos para onde Bucky estava. Era claro que não ficaria lá para sempre e que certamente encontrara outro stand mais interessante para ficar, mas aquela imagem queimava as retinas e a mente do loiro como se fossem ferro derretido que acabara de ser retirado do fogo, e percebendo que se empolgara demais com aquela imagem, achou melhor tomar mais uma garrafa de água para tentar se acalmar até que pudesse, finalmente, sair dali para encontrá-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espera, isso o que Steve sentiu foi... Mas... Pere... Sério? Hmmmm... Sinto que algo se aproxima...

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*

P.S.: Só queria dizer que tive uma BIG epifania no sábado e judiei de mim mesma com esse lemon, então achei melhor transmitir a vocês a seguinte mensagem

Minha intenção não é matar ninguém, então se preparem e estejam bem descansados para as próximas atualizações (tragam água).

De nada.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Toská -Angústia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.