Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 39
Beijos, moletons e um desejo incandescente


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááá, enferm...

"Você tá atrasada!"

Calma, eu sei. Ontem fui assistir Pantera Negra e quem disse que estava em condições de ligar o notebook depois daquele tiro? Vocês já foram assistir Pantera Negra? Porque aquele filme tá hino demais para que o percam ♥ E nessa vibe toda derretida por T'Challa e companhia, vamos ver o que Steve e Bucky aprontam dessa vez.

BoA leitura ^^



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— Steve, o que você está me escondendo? – O pai arqueou uma sobrancelha.

— Eu não fiz nada de errado, isso eu juro.

— Tenho certeza de que não fez nada de errado, ou não estaria sentado aqui tão despreocupadamente. – O pai passou a mão nos cabelos grisalhos e suspirou. – Você sabe que não há nada que não possa dizer a mim e a sua mãe, não sabe? Por mais absurdo que seja, somos seus pais e te amamos.

— Eu prefiro falar com Bucky antes. – Steve esfregava as mãos com mais força.

— Qual foi a encrenca na qual se meteram agora, Steve?

— Porque acha que tem uma encrenca envolvida?

— Porque eu conheço o meu filho. – Arqueou uma sobrancelha. – Por que não me conta e depois fingimos que você não me disse nada?

— Porque se eu te contar, você será incapaz de fingir que não te disse nada.

— E por que não tenta?

Steve ficou um tempo em silêncio, encarando seu pai sem saber como começar a próxima frase. De fato, ele não conseguia se lembrar de um momento no qual não pôde contar com seus pais em qualquer um dos problemas que enfrentou no decorrer de sua vida, mesmo quando se metia nas confusões mais perigosas. O garoto suspirou novamente e decidiu que seria melhor tirar aquele peso de cima de si logo de uma vez, depois conversaria com Bucky a respeito, ele não ficaria assim tão irritado consigo.

— Eu beijei Bucky. – Ele começou com a primeira coisa que veio em sua mente. O pai arregalou os olhos por um momento, mas nada disse. – E eu gostei de beijar, e eu quis continuar beijando depois e eu ainda quero agora. Eu acho que gosto do Bucky muito mais do que se gosta de um amigo e definitivamente bem longe da maneira como se gosta de um irmão. Me incomoda quando você ou a mamãe dizem que somos “como irmãos” porque nós estamos bem longe de nos parecermos como irmãos. Estamos bem mais próximos de nos parecermos com você e a mamãe do que de nos parecermos com você e o tio Charles. Era isso o que eu mais queria dizer.

Joseph Rogers ficara calado por muito tempo enquanto olhava para o filho, analisando suas expressões cuidadosamente. Steve ficava cada vez mais nervoso, na ânsia de uma resposta – fosse negativa ou positiva – por parte do patriarca. Após o que pareceu ser uma eternidade, o homem finalmente tomou fôlego e começou a falar.

— Bem, não é exatamente como eu imaginei que seria. – Seu pai mantinha uma expressão confusa no rosto, mas sorriu logo em seguida. – Pelo menos eu tenho certeza que não sairá por aí engravidando ninguém, acho que deveríamos comemorar, não?

— Comemorar o que? – Sua mãe entrava pela porta, trazendo consigo aquela doçura no olhar.

— Steve não sair por aí engravidando nenhuma garota na adolescência, ou em qualquer fase de sua vida. – Fora o pai quem respondera antes que ele pudesse pensar em alguma coisa.

A mãe olhou do marido para o filho por alguns segundos, depois seguiu diretamente para Steve e apoiou uma das mãos em seu ombro, olhando-o profundamente. Steve começou a ficar mais nervoso. Então ela disse.

— Mas você ainda pode me dar netos, né? Quer dizer, vocês podem adotar uma criança no futuro, certo? Não precisa ser agora, Bucky acabou de chegar e ainda não se reestabeleceu aqui por completo, sem contar que são adolescentes, não quero que sejam pais adolescentes irresponsáveis. – Steve arregalou os olhos enquanto ouvia o pai soltar uma gargalhada da poltrona. Sua mãe revirou os olhos enquanto assistia os olhos azuis do filho dobrarem de tamanho. – Qual o problema, Steve?

— Como sabe de quem estávamos falando?

— Ah, meu bem, as mães sabem. – Sorriu. – Além do mais, vocês são péssimos mentirosos.

— Pelo menos arranjou um bom partido, filho. – Seu pai ainda sorria enquanto se levantava e se preparava para caminhar até a esposa, a fim de ajudá-la com as compras.

— Pelo menos Bucky é responsável e cuida bem de você. – A mulher completou.

— Alguém precisava ser o cérebro nesse relacionamento. – Abraçou-se à mulher, mas encarava o filho com aquela expressão zombeteira.

— É, exatamente como no nosso, e é claro que não estou falando do seu pai. – A mulher zombou também, seguindo para a cozinha logo que se desvencilhou do marido. – Bucky ainda vem para o jantar, certo? Vou preparar o favorito dele.

— Ah.. Vem... – Steve ainda estava meio desnorteado enquanto o pai seguia a mulher com as compras nas mãos. Seu pai, notando a cara de confusão do filho, sorriu ameno e sussurrou.

— Nós não nos importamos, Steve, desde que você seja feliz e que a outra pessoa te faça bem. Agora vá subir e se trocar, logo o jantar estará pronto. – Piscou para o loiro, que aquiesceu e se retirou.

Embora ainda não tivesse compreendido exatamente o que ocorrera na sala, Steve se sentia mais leve por ter compartilhado parte de seus pensamentos com os pais. Não sabia o que esperar, mas certamente fora bem melhor do que todas as cenas que vieram em sua mente em alguns momentos, noites atrás. Ao abrir a porta de seu quarto, não deveria ficar tão surpreso quanto ficou ao encontrar Bucky sentado confortavelmente em sua cama com um livro em mãos. O moreno sorriu graciosamente para ele e aquilo não fora a única coisa a chamar-lhe atenção. Bucky usava uma camiseta preta. Não um moletom, como o usual, mas apenas uma camiseta que deixava o seu braço metálico à mostra. Bucky pareceu notar o foco da atenção do Rogers e seu sorriso se tornou um esboço sem graça.

— Resolvi tentar ousar um pouco no visual. – Brincou. Steve riu soprado e se aproximou da cama, sentando-se ao lado do Barnes.

— Eu gosto desse visual ousado. – Bucky riu também e se abraçou ao loiro, selando o topo de sua cabeça. Steve aspirou vagarosamente o perfume cítrico e marcante do Barnes antes de soltar o ar, então ele se recordou da conversa com seus pais. – Buck, talvez você precise se preparar para uma conversa mais séria durante o jantar.

— Por que diz isso?

— Porque eu meio que contei aos meus pais o que tá rolando. – Ele se calou por um momento. – Eles estão ok com isso, só pra você não ficar tão nervoso.

— Não é por isso que estou nervoso. – Riu soprado, selando novamente o topo de sua cabeça. – É só que eu nunca precisei passar por esse tipo de conversa antes, então não sei muito bem o que fazer.

— Mas você me disse que saía com uma garota na Rússia, como falou com os pais dela?

— Steve, eu transava com um casal, nunca fui apresentado a nenhum dos familiares de nenhum dos dois. – Ele riu.

— Ah, é. – Steve suspirou, apertando-se o máximo possível ao redor do moreno. – Você vivia um relacionamento a três.

— Se eu não te conhecesse a vida inteira, juraria que isso na sua voz é ciúme. – Ele gargalhou.

— É só... esquisito pensar que você transava com um casal na Rússia.

— Não é esquisito, eu só tava em outra vibe. – Deu de ombros. Steve suspirou e se calou por muitos minutos. – O que foi, Stevie? – Ele sorriu, Steve sempre ficava inquieto quando a mente estava cheia.

— Você não sente vontade? – Ele questionou baixinho. Bucky uniu as sobrancelhas, sem entender muito bem onde ele queria chegar, mas não demorou a perceber qual era o intuito daquela pergunta.

— Por que a dúvida agora, hein? – Sussurrou.

— Porque você é sempre tão cuidadoso quando me toca e sempre toma todas as precauções de não tocar diretamente a minha pele. Às vezes eu acho que não sou suficientemente atrativo só por ser bem menor que você. – O loiro também deu de ombros, o que fez o Barnes rir soprado.

— Ah, Stevie, eu quero tanto te comer inteiro numa só mordida agora mesmo. – Selou outra vez o topo de sua cabeça, demoradamente desta vez. – Você nunca esteve com um homem antes, Stevie, eu prefiro me certificar de que se acostumará com a ideia de estar comigo antes que eu te assuste.

— Mas você não me assusta, seu bocó. – Ele revirou os olhos. – Vou sempre ter que assumir uma posição mais agressiva toda vez que estivermos no meio de um amasso? – Bucky riu com vontade enquanto Steve o encarava confuso. – Qual a graça, seu idiota?

— Você. – Ele selou os lábios do loiro. – Que é a coisa mais adorável na qual pus os olhos. Venha, Stevie, vamos jantar antes que eu me esqueça que tenho que me controlar e acabe te atacando.

— Ah, eu iria apreciar muito se você se esquecesse disso às vezes. – E o Barnes riu outra vez enquanto caminhava para fora do quarto.

Steve acabou rindo soprado, ele sabia que aquela conversa renderia muito no futuro, mas por hora se concentraria no jantar que a mãe preparara e em todas as dúvidas vergonhosas que os pais teriam para serem sanadas naquela noite. Com muita sorte, talvez conseguiria dormir outra vez com Bucky naquele mesmo dia.


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Notas finais do capítulo

Alguém tá querendo, e tá querendo hard hauhauhuahua Tadinho de Steve, tá se sentindo indesejado 3 Calma, menino Steve, essa preocupação vai passar logo ♥ Eu sei que essa limonada tá demorando pra sair, mas ainda não consegui encaixá-la na história Ç_Ç Queria colocá-la como continuação da cena do telhado, mas não ficou legal 3 Perdoem essa minha mania de chatice em busca do momento ideal e não desistam de mim 3 Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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