Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 40
Como brasas


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^ Quem não gostou do título do capítulo aí levanta a mão o/

É, eu também não gostei, mas não conseguia pensar em outro de jeito nenhum Ç_Ç Enfim, eu só queria dizer que o final do capítulo tava pronto, tava faltando só a conversa com os pais do Steve. Não sei se gostarão, espero que não seja muito decepcionante Ç_Ç Antes de começarem a ler, só queria dizer duas coisas:

1. Vai ter surpresa (torçam pra ser essa semana ainda, pq tô empolgada com isso);

2. Preparem-se pro baque ;D

BoA leitura ^^



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Estava tudo muito dentro dos padrões quando atingiram, juntos, o andar de baixo. Como de costume, o senhor e a senhora Rogers receberam Bucky com um caloroso sorriso e cumprimentos, sequer soara novidade ele ter surgido do segundo andar ou mesmo estar com um braço de metal reluzindo no lugar do seu braço de carne e osso. Então a janta fora servida e o silêncio se instaurou enquanto mastigavam as primeiras porções de alimento. Bucky não sabia ao certo se aquilo era um bom ou um mal sinal, ele também não estava confortável em alimentar aquele silêncio. Foi Steve quem tomou iniciativa quando pigarreou.

— Nós não precisamos fingir que não falamos sobre Bucky hoje mais cedo, tampouco vocês precisam fingir que não notaram o braço mecânico dele. – A mãe de Steve o encarou curiosa antes de responder.

— Oh, meu querido, nós já sabíamos sobre o seu braço, eu percebi em uma das primeiras vezes que veio visitar Steve logo que regressou da Rússia, perdoe-me se estava desconfortável com isso antes e se ficou desconfortável agora. – Bucky uniu as sobrancelhas e ela riu soprado. – Vocês realmente são péssimos mentirosos, não tentem a vida do crime, morrerão de fome.

— Como naquela vez em que Bucky tentou nos convencer de que os ferimentos de Steve foram causados por uma queda inesperada do balanço enquanto ele tinha o lábio cortado e um olho roxo. – O pai do Rogers riu saudoso. – Piores mentirosos do mundo inteiro.

— Certamente o que causou isto. – Ela apontou para o braço reluzente que agora estava sobre a mesa. – Não é algo do qual você deve gostar de falar, seria indelicadeza de nossa parte tocar no assunto e por isso escolhemos manter em segredo. – Bucky se sentiu grato por ter sobrevivido ao acidente naquele momento e sorriu em resposta. – O que aconteceu está no passado, a vida é a partir de agora, meu bem.

— Sarah Rogers, filósofa da modernidade, ela mesma, a minha mãe, senhoras e senhores. – Steve zombou em tom de brincadeira. – Obrigado, mãe.

— Agora, sobre o outro assunto... – Ela arqueou uma sobrancelha e apoiou os cotovelos na mesa. – Só há um tópico de meu interesse.

— Ah, não... – Steve suspirou.

— Qual seria, senhora Rogers? – Bucky vetou o loiro com o olhar.

— Vocês vão me dar netos, não é mesmo?

Bucky tossiu um pouco por ter engasgado com seu alimento e foi necessário que Steve lhe entregasse um copo com água para que ele melhorasse. Steve vetou a mãe com o olhar.

— Mãe, nós só temos dezessete, tenha a santa paciência!

— Oras, prefiro me garantir. – Ela deu de ombros.

— Senhora Rogers. – Bucky conseguiu dizer depois de toda a água e fôlego que tomara. – Acho que teremos tempo de discutir esses assuntos, não precisa ser agora. Stevie acabou de aceitar meus sentimentos, prefiro não encher essa cabeça loira com ideias e responsabilidades que ele não está pronto para assumir agora.

— Oh, meu Deus, você é o melhor genro que eu poderia ter. – A mulher sorriu empolgada enquanto o marido riu.

— Tudo bem, acho que sua mãe já teve o suficiente por hoje. – O senhor Rogers interferiu. – Crianças, seja lá o que decidam para o futuro, só esperamos que decidam para o bem dos dois, e que se lembrem que podem sempre nos consultar. – O sorriso de Joseph Rogers era quase tão encantador quanto o de Steve. – No mais, acho que não exista algo com o qual devemos nos preocupar no momento.

— Mas é claro que há! – Sarah Rogers interferiu. – Não quero vê-los pelos cantos se esfregando feito dois animais no cio, eu não criei filho para ficar se esfregando por aí, seja com um garoto ou com uma garota. – Ela estreitou os olhos e se aproximou da mesa, falando mais baixo a última frase. – E também não criei filho para ficar fazendo coisas por aí sem camisinha, espero que não se esqueçam disso.

— Pelo amor de Deus, mãe! O jantar acabou de terminar, pra mim já deu. – Steve se levantou e foi para o quarto, ouvindo as gargalhadas de seu pai enquanto subia as escadas.

Ele fechou a porta atrás de si e se jogou na cama, sentia o rosto quente e sabia que estava vermelho, o que dera em seus pais para começarem com aquele discurso idiota naquele dia? Bucky apareceu logo em seguida, fechando a porta com cuidado e se deitando ao seu lado. Aproximou-se do loiro e o abraçou, selando o seu pescoço e rindo soprado ao vê-lo se arrepiar. Era tão fácil provocar Steve.

— Não fique chateado com seus pais, certamente os meus fariam a mesma coisa se pudessem.

— Existe algum limite para o quão vergonhoso pode ser um discurso dos pais? Porque tenho certeza que os meus ultrapassaram e mereciam uma multa. – Steve bufou.

— Ei, pare de ser um bebê chorão, seu delinquente juvenil, eles se preocupam com você. – Bucky selou novamente seu pescoço. – Eu teria feito o mesmo se algum maluco num braço de metal estivesse tentando transar com o meu filho.

— A diferença é que você não tá tentando transar comigo. – Ele revirou os olhos.

— Quem te disse isso? – Bucky questionou com ar desinteressado, mas Steve o encarou seriamente.

Então Steve achou que fosse momento de agir e colou os lábios aos do Barnes, que os aceitou de bom grado. Steve tinha lábios macios e gostosos de serem beijados, Bucky jamais se cansaria daquele exercício. E enquanto os lábios se moviam, as mãos do Barnes foram parar no rosto do loiro, porque aquele era outro lugar do qual não se cansaria. Steve tinha um rosto bonito, afinal, e tinha os olhos e o sorriso mais bonitos que já vira. Por muito tempo foram esses traços que o seguraram nos seus piores momentos. Por muito tempo, a vontade de vê-lo sorrindo fora o que o impedira de cometer alguma loucura quando jurava que nada mais no mundo valia a pena. E então eles se cansaram e se levantaram, porque beijar naquela posição já não estava mais tão confortável assim, eles queriam mais daquele beijo, mais daquele contato.

Bucky fazia esse barulho engraçado enquanto beijava que Steve achava completamente adorável. Era gutural e rouco, e morria dentro de sua boca, deixando-o sempre com o gosto do moreno por horas depois de se afastarem. E era tudo sempre muito molhado, Steve tinha certeza de que Bucky possuía um estoque extra de saliva, porque tudo era sempre excitantemente molhado enquanto se beijavam. Talvez fosse esse o grande segredo, era isso o que o fazia perder o controle todas as vezes nas quais as bocas se encontravam. A saliva de Bucky surtia algum efeito selvagem no Rogers.

Enquanto as bocas se chocavam vorazmente, as mãos do pequeno Steve encontraram a pele do Barnes por baixo da camiseta e, puta que pariu, aquele merdinha tinha mãos quentes demais! Eram como brasas e se arrastavam lenta e sorrateiramente pelo abdome e costas de Bucky, arrepiando-o e o fazendo colar-se cada vez mais no loiro. E então os dígitos de Steve encontraram seus mamilos e Bucky sentiu seus olhos reviraram em suas órbitas. Exigiu toda a sua força de vontade para afastá-lo, mas ele conseguiu. Steve tinha os lábios muito vermelhos e inchados, numa visão tentadora demais para o Barnes aguentar, então ele suspirou e fechou os olhos por uns instantes, se afastando um pouco em seguida.

Steve o assistiu caminhar pelo quarto com as mãos nos cabelos e não entendeu nada daquilo. Não estava bom? Fizera algo errado? Ele não era bom o suficiente? Uniu as sobrancelhas e tomou fôlego.

— Eu não sou bom nisso? – Questionou por fim.

Aquilo chamou sua atenção. Por Deus, no que é que essa criatura estaria pensando agora?! Bucky uniu as sobrancelhas e se aproximou um pouco.

— Por que pensa isso?

— Porque você sempre se afasta. Faz um tempo que estou pensando sobre o assunto e eu só queria saber a verdade. Eu não sou bom nisso? Eu não sou... excitante o bastante pra você?

— Pelo amor de Deus, Steve, cala a boca, seu idiota inconsequente. – Bucky riu soprado, mais em sinal de nervosismo.

— Então por que se afasta todas as vezes? Por que sempre acaba com o clima? Eu só consigo pensar que é porque não sou interessante o suficiente pra te excitar, porque eu pareço uma criança que acabou de entrar na puberdade enquanto você é o calouro gostoso da faculdade de engenharia. – Bucky riu.

— Engenharia? Sério, Stevie? Você é um babaca mesmo. – O Barnes segurou a nuca de Steve com firmeza enquanto o encarava seriamente. Tomou fôlego algumas vezes e, com sua mão de carne e osso, segurou seu pulso e o aproximou de sua intimidade.

Ele sabia que era arriscado, que talvez não fosse mais capaz de se controlar se Steve resolvesse mover aquela mão e brincar com os seus sentidos, no entanto, o Rogers trazia um ar de curiosa inocência no olhar que somente pensar naquilo soara errado em todos os níveis aceitáveis. Primeiro Steve não entendeu onde o Barnes queria chegar com aquela aproximação repentina, então ele sentiu o volume nas calças do moreno e achou curioso porque nunca tinha tocado outro pênis além do seu.

Era estranho, mas não menos excitante. Por alguns segundos, se permitiu ficar maravilhado somente com a hipótese de ter sido o motivo daquela ereção. Steve suspirou baixinho e engoliu em seco, sem saber exatamente porque sua boca secara repentinamente. Bucky continuava a encará-lo, desafiando-o a ser o primeiro a desviar, mas ele já deveria saber que Steve era um maldito de um teimoso que jamais daria o braço a torcer. Acabou rindo soprado antes de continuar a falar.

— Acha mesmo que você não é suficientemente excitante pra mim? Porra, Stevie, o que é isso aqui, então? – Apertou os dígitos do loiro em seu membro e suspirou. Bucky estava cavando a própria cova. – Nunca mais diga que não tenho tesão em você, porque você é um merdinha delinquente, mas é o merdinha delinquente que me tira o sono e me faz gozar toda noite desde que cheguei aqui. – Steve arregalou um pouco os olhos com a afirmação.

— E por que você não me faz gozar também? – Ele desafiou e Bucky se sentiu idiota por não ter se preparado para a língua afiada do Rogers, mas acabou rindo soprado.

— Porque até cinco dias atrás eu não era mais que o seu amigo de infância, e ninguém faz o amigo de infância gozar, seu idiota. – Bucky finalmente encontrou forças para afastar a mão de Steve de seu pênis. Para Steve sobrou apenas a sensação do vazio.

Bucky sorriu de novo e selou os lábios do Rogers delicadamente.

— Eu não estou fugindo disso, só não tô apressando as coisas. Não vou voltar pra Rússia, Stevie, temos todo o tempo do mundo, você deveria saber disso melhor que ninguém.

— Cara, eu tenho hormônios adolescentes explodindo em todas as minhas terminações nervosas cada vez que você aparece, agora você vem com essa de “não apressar as coisas”, vai se foder, seu babaca insuportável. – Soara sério, mas ele sorria.

— Caso não tenha notado, tenho 17 anos também, seu animal. – Bagunçou os cabelos loiros e finalmente deu um pouco de espaço para Steve. – Vai acontecer naturalmente, Stevie, tudo sempre acontece naturalmente com a gente.

— Só espero que você deixe acontecer naturalmente.

Bucky gargalhou e sentiu vontade de apertá-lo em seus braços. Steve com certeza seria sua maior perdição se continuasse a ser tão adorável daquela forma.


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Notas finais do capítulo

#posteiesaicorrendo

Obrigada pela companhia, apoio e paciência, vocês são meus diamantezinhos, meus caramelinhos ♥ Até o próximo e XoXo ;*



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