Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 38
Nosso pequeno segredo


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês?

Eu sei, eu sei, eu estou atrasada, me perdoem Ç_Ç Eu não conseguia terminar o capítulo de Toská DE JEITO NENHUM pq nada do que escrevia ficava do jeito que eu queria Ç_Ç Acabou que este tbm não ficou do jeito que eu queria, mas foi o que mais se aproximou do que imaginava. Me perdoem pelo atraso HORROROSO dessa semana Ç_Ç Perdoa meu bloqueio e não desiste de mim Ç_Ç

BoA leitura ^^



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O sol já havia surgido por inteiro no horizonte há algum tempo, mas eles não se moveram muito, somente o suficiente para Steve poder segurá-lo pela nuca enquanto continuavam a se beijar. E enquanto a mão esquerda do loiro brincava com seus cabelos, a direita do moreno repousava no abdome de Steve, às vezes acariciando, às vezes apertando e às vezes arranhando de leve sobre a camiseta que usava. A sua camiseta, porque o Rogers gostara da ideia de usar suas roupas nos últimos dias.

O calor que tomava conta de sua pele não vinha somente do sol que os esquentava, Bucky tinha certeza disso, e tomado dessa sensação, suas mãos foram parar perigosamente nos quadris magros de Steve, que se ajeitou numa melhor posição se aproveitar melhor o carinho que recebia. Num instante estavam sentados trocando carinhosos e curtos selares, agora as mãos do Barnes haviam invadido a camiseta e tocavam a pele nua de sua cintura e Steve não sabia como reagir a tudo aquilo, ele só queria que Bucky continuasse porque tudo estava bom demais para acabar ali.

O Barnes respirava com dificuldade enquanto travava uma discussão mental com o seu lado irracional, no entanto, o que mais ele poderia fazer quando até mesmo seu lado racional não queria tirar as mãos de cima de Steve? E tinha aquela novidade de Steve soltando suspiros e sons guturais dentro de sua boca, pelo amor de todas as coisas mais sagradas da existência humana, onde é que parariam se o Rogers continuasse a alimentá-lo com seu desejo? Bucky conseguiu, a muito custo, separá-los com um estalo, retirando as mãos de dentro da camiseta do Rogers e se preparando para se levantar quando Steve o segurou pela nuca e o fez encará-lo.

— É só isso? – Sussurrou. – Você vai parar assim?

Bucky riu soprado e selou novamente os lábios muito inchados e vermelhos do menor.

— Vamos entrar, Steve, a vizinhança inteira não precisa presenciar nada do que fazemos, o sol já nasceu faz tempo e as pessoas começaram a acordar. Vem, vamos tomar um café da manhã decente.

E Steve o seguiu para dentro em silêncio.

Em parte, porque estava curioso já fazia alguns dias, e em outra, porque ainda estava surpreso. Quem era aquele Steve que aparecia quando estavam juntos? Ele ainda não sabia dizer, mas gostava dele. Bucky era sempre muito gentil, sempre muito cuidadoso e sempre muito carinhoso, se tornava quase natural Steve agir com mais selvageria enquanto se beijavam e era curioso como isso não o assustava, porque Bucky despertava algo bom em seu estômago que ele gostava de sentir.

Naquele dia fora Steve quem fizera o café, e ele tomou cuidado de não exagerar no açúcar porque Bucky preferia o seu amargo. Para o loiro não fazia diferença nenhuma, ele só gostava de café quando beijava o moreno e sentia somente o gosto suave em sua língua, Steve preferia leite puro pela manhã. Sentaram-se frente a frente e cada qual comia de seu cereal, tomando de sua bebida. Aquele silêncio acompanhado era tão prazeroso que ficava difícil não desejar sustentá-lo por um longo tempo, e ali Bucky teve a certeza de que Steve trazia a paz que ele perdera e que tanto buscou nos últimos tempos.

— Você vai trabalhar hoje? – Steve questionou depois de terminar o seu cereal.

— Não, é meu domingo de folga. – Deu de ombros, segurando sua xícara de café e se levantando. – Por quê?

— Perguntei por perguntar. – Deu de ombros. – Porque se fosse trabalhar, eu te deixaria em paz para se preparar para sair.

— Não, não vou. – Bucky deixou a louça suja na pia e se recostou no balcão, tomando de seu café. – Na verdade, planejava dormir a tarde toda, eu não dormi muito bem à noite.

— Buck, você não dormiu à noite. – Steve revirou os olhos. – O que aconteceu? Algo te preocupando?

— Não, eu só tenho insônia às vezes. – Sorriu de leve.

— É o terceiro dia que durmo com você. Terceiro dia que não dorme à noite. Por acaso o problema sou eu? Eu te deixo ansioso? – Steve se aproximou, com as sobrancelhas unidas, ele o encarava seriamente.

— Pode ter sido isso. – Bucky riu soprado. – Não vamos nos preocupar agora, eu só quero tirar um cochilo antes de lavar essa louça ou me preocupar com os afazeres da casa.

— Tudo bem, eu só preciso voltar pra casa porque quero mesmo tomar um banho. – Steve bocejou e Bucky sorriu, segurando-o pela cintura assim que deixou a caneca junto às outras louças sujas. – O que foi? – Steve riu soprado, apoiando-se no peitoral do moreno.

— Nada, eu só queria ficar um pouco assim com você. Meu pai costumava fazer isso com a minha mãe e eu achava uma cena meio idiota, queria saber qual o sentido disso. Agora eu entendo.

— E qual o sentido disso?

Bucky sorriu e o beijou.

— Absolutamente nenhum.

— E qual a graça então?

— É que eu acabei de descobrir que não importa a cena, importa quem está nela. – Bucky piscou e se separou do loiro. – Mais tarde apareço na sua casa, por hora eu só preciso dormir mesmo.

— Então eu te vejo depois.

— Até depois, Stevie.

Steve deixou um rápido selar nos lábios do Barnes e se sentiu satisfeito ao vê-lo sorrir abobalhado, então finalmente o deixou em paz, voltando para sua casa. Era de se esperar que seus pais ainda estivessem na cama quando chegasse, ele tomou todo o cuidado para não fazer nenhum barulho enquanto caminhava até o seu quarto. Adentrou o seu banheiro e após uma ducha rápida, finalmente se jogou na cama, Steve também precisava de um pouco de descanso afinal. E enquanto suas pálpebras pesavam, ele se recordava das noites conturbadas que tivera. Há quanto tempo Bucky não dormia bem à noite? Tentando encontrar a resposta, o Rogers adormeceu.

Despertou afobado, aparentemente muito tempo depois, quando o sol já não estava mais tão alto no céu. Esfregou os olhos e se pôs em pé, saindo do quarto para procurar seus pais. O patriarca lia o jornal na poltrona quando atingiu o primeiro andar. Steve se sentou no sofá logo à sua frente e perguntou por sua mãe, recebendo a resposta de que fora até o mercado procurar alguns ingredientes para a janta, e então o silêncio voltou a reinar. Steve estava inquieto, suas pernas não paravam de balançar e ele não conseguia parar de pensar um minuto sequer. O pai, com um longo suspiro, fechou o jornal e retirou os óculos de leitura, parando para analisar o filho por um momento antes de iniciar a conversa.

— Aconteceu alguma coisa que queira me dizer, Steve?

— Hn? – Ele encarou o pai sem ter ouvido o que ele disse.

— Perguntei se aconteceu alguma coisa que queira me dizer, você parece meio... agitado.

— Só estou pensando.

— Eu percebi isso. – Ele arqueou uma sobrancelha. – Você sabe que pode contar conosco sempre que precisar, não sabe?

— É só que... não tem exatamente a ver comigo. – Ele suspirou, esfregando uma mão na outra.

— O que aconteceu com Bucky?

— Por que tem que ser ele? – Steve uniu as sobrancelhas.

— Ninguém mais o deixaria nesse estado, eu conheço o meu filho. – Deu uma risada descontraída. – Aconteceu algo grave a ele? Bucky se envolveu em algo perigoso? – O pai uniu as sobrancelhas, assumindo uma expressão preocupada.

— Não, isso não tem nada a ver com algo perigoso, é só que... – Steve suspirou, ele poderia contar, não é? Pensou que não faria mal algum. – Desde que Bucky chegou eu tenho notado que ele está diferente, e também que ele tem tido muitos pesadelos à noite. Eu não sei, eu só estou preocupado com isso, não parece ser normal, pelo menos não era até os 11 anos.

— Bucky passou por muitas coisas ruins, é normal que ele não seja o mesmo, mas se isso está te preocupando, deveria falar com ele, não?

— Ele não gosta muito de falar sobre isso. – Deu de ombros. – Bucky não gosta de me preocupar, o que é meio idiota da parte dele porque eu me preocupo de qualquer maneira.

— Bucky é como um irmão pra você desde que se conheceram, é natural que se preocupem assim um com o outro. – Seu pai sorriu e ele se remexeu desconfortável com o comentário.

— Ele não é meu irmão, pai, você sabe disso, né? – Steve tentou soar brincalhão, mesmo que seu intuito fosse enfatizar que jamais poderia ver Bucky como um irmão.

— É claro que eu sei, não seja idiota, Steve. – Ele riu. – É só que vocês se tratam como irmãos desde sempre.

— Nós não nos tratamos como irmãos, isso nunca foi uma irmandade.

— Eu sei, soa quase como um casamento. – O pai gargalhou, mas seu riso foi perdendo a força conforme o filho ficava mais e mais desconfortável à sua frente. – Steve, tem mais alguma coisa que queira me dizer? – Ele arqueou uma sobrancelha.

— Não sem perguntar ao Bucky primeiro. – Ele assumiu num suspiro. Qual o ponto em mentir para seus pais? Ele nunca entendera.

— E por que precisaria perguntar a ele antes?

— Porque esse não é um assunto só meu. – Steve suspirou outra vez. – Isso é um assunto nosso. – Seu pai se calou diante daquilo e somente imaginou o que é que viria a seguir.


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Notas finais do capítulo

Ih, rapaiz, Steve caguetão hauhauahuahua Mas convenhamos que já era hora, neah? Eu já comecei o próximo capítulo e estou confiante que chegará no dia certo de atualização na semana que vem, então vejo-os na segunda ♥ Desculpem mesmo pelo atraso Ç_Ç Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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