Hey! I love you... escrita por Lilissantana1


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas. Mais um capítulo.
Obrigada à Mirelly, Beatriz e Mei mei pelos reviews. Fico muito feliz em receber a opinião de vcs e estou ansiosa a espera das outras. Por favor gente, não me deixem na expectativa, preciso de opiniões para prosseguir.



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Os avós de Rich eram pessoas muito especiais. Aquele tipo de pessoa leve e amena que te faz muito bem. E isso foi a parte boa da visita. Eu precisava de gente assim para aliviar a angústia que estava sentindo.

Eu os conhecia há mais de um ano. Praticamente desde que Richard e eu começamos a namorar. O avô do meu ex teve o primeiro AVC no meio do ano anterior, mas ficara praticamente sem sequelas, e agora tivera o segundo. O rosto estava paralisado de um lado, os movimentos travados. Mas ele sorriu e tentou conversar comigo quando me viu.

A avó de Rich me abraçou com carinho, ofereceu suco, biscoitos, bolo de chocolate. Aquelas coisas que todas as avós parecem ter casa quando chegamos para uma visita. Se mostrando gentil e saudosa sentou ao meu lado mantendo minha atenção ocupada pela maior parte do tempo.

Passei lá mais tempo do que o esperado e na saída Rich quis me levar até o meu carro. Agradeci pela cortesia e caminhamos juntos, em silêncio. Quando me preparava para me despedir ele se recostou ao lado da minha porta, com as mãos nos bolos da calça, me olhando daquele jeito dele, e agradeceu meu gesto.

— Foi um prazer. - rebati – Gosto muito deles.

— E eles gostam de você.– ele informou sem necessidade.

— Eles são muito gentis. Espero que seu avô se recupere bem e rápido.

Rich moveu a cabeça positivamente. Eu sabia que era isso o que ele desejava.

— Ele é forte. - ainda comentou sem indicar que pretendia se afastar do carro ou me liberar.

— Sua avó parece mais abalada do que ele. - comentei olhando para a casa e vendo a cabeça branca por detrás da cortina. Por que eu tinha a impressão que aquele encontro estava pré determinado?

— Eles estão juntos há muitos anos. - Rich comentou como se eu não soubesse. - Foram os primeiros namorados um do outro.

Nós também fomos os primeiros namorados um do outro. Mas agora, tanto ele quanto eu estávamos vivendo uma nova relação.

— Eles são de uma outra época. - expliquei.

Distraidamente Rich passou a ponta do pé no chão.

— Tive medo que não aceitasse meu pedido. - falou de repente, atraindo meu olhar.

— Por quê?

Será que ele me conhecia tão mal assim?

— Sei lá. - olhou para os lados, encabulado, a última vez que vi aquele olhar foi quando aquele mesmo garoto terminou comigo. Revirei a memória atrás dessa lembrança. Não entendia como, mas era como se tivesse passado muito mais tempo do que realmente passou ele continuou de uma forma estúpida: - Talvez pelo modo como terminamos.

— Você terminou comigo! - falei firme.– Ou melhor, pediu um tempo.

Ele me olhou, eu não queria passar o atestado de mágoa, mas fora exatamente isso que parecera. Que ainda estava magoada pelo rompimento brusco. Pela troca sem sentindo. Pela pouca consideração que demonstrou, passando provavelmente a impressão de que ainda gostava dele. O que não deixava de ser verdade.

— Sinto muito pelo modo como agi. Fui muito estúpido. Deveria ter falado melhor com você... mas não sabia como.

— Era só falar da mesma maneira que está falando agora. - expliquei, se ele estava achando que jogar charme e largar meia dúzia de palavras amenas me faria esquecer o modo como fui tratada e ignorada, estava totalmente enganado. - Você se interessou por outra pessoa... deixou de gostar de mim. Não há mal nisso. Era só falar abertamente. Sempre fomos muito sinceros um com o outro.

Rich se calou, achei que falaria mais algumas coisa, mas me enganei, ele apenas agradeceu mais uma vez e se despediu liberando o carro para que eu pudesse sair.

O resultado dessa quinta-feira foi uma noite mal dormida. Um rosto pálido e com olheiras pela manhã depois de passar horas e mais horas me revirando na cama, sem saber exatamente como agir dali em diante. E por causa disso, não permiti que Fred fosse me buscar. Estava na hora de começar a levar o nosso trato do jeito que ele deveria ser desde o começo. Uma pantomima sem tantas ligações.

Mesmo assim, não escapei de contar a ele como fora a visita. Ele merecia saber, afinal estava me ajudando. Frederic ouviu tudo com silenciosa atenção, depois que concluí o relato, sugeriu novamente que meu plano estava dando certo, fazendo um bolo se formar no meu estômago.

Era engraçado me sentir satisfeita por atingir meu objetivo tão rapidamente. E também me sentir, de alguma forma, uma vitoriosa. Pois, podia-se dizer que se Rich voltasse comigo, teria passado a perna em uma das garotas mais bonitas da escola. Em uma animadora de torcida, alta, linda e loira. E ao mesmo tempo me angustiar como se no momento em que isso acontecesse eu estivesse perdendo algo que não desejava perder.

Mas não perderia nada! Nada havia para perder.

Esses sentimentos se dividiam dentro de mim. Algumas vezes estava eufórica imaginando quando Rich me procuraria para pedir perdão, em outras, as lágrimas pressionavam tanto minha garganta que doía.

Nessas horas, em que me dividia em sentimentos contraditórios, receber o apoio de pessoas que amo foi a única coisa capaz de me colocar nos trilhos da razão novamente. Minhas amigas me ajudaram a organizar os pensamentos, a ver a luz do outro lado daquela confusão toda.

Elas, como sempre, tinham as palavras exatas e corretas. Disseram o que eu queria e precisava ouvir. Era óbvio que o medo, aquele medo que me travava se relacionava com o que acontecera. Grande parte do receio, das lágrimas engasgadas, se deviam ao rompimento mal resolvido. O modo como fui tratada.

Quando Rich e eu voltássemos, tudo voltaria a ser igual.

Então, passamos a conversar sobre como seria retornarmos ao mesmo grupo de antes. Morgana com Gabriel, Savana e seu coração que está sempre multi dividido, Jéssica e sua eterna paixão não correspondida por Alejandro Morales, um espanhol que fazia intercambio estudantil. Rich, eu... e Fred... não havia como abrir mão de Frederic Wiliam Price lll. Nem eu queria abrir mão da amizade dele.

Brincamos, rimos, e mantivemos um ar ameno. Fred participou de todas as brincadeiras, gozações e provocações. Aceitou todos os comentários além de fazer outros. Parecia o mesmo Frederic de sempre. Alegre, brincalhão, sorrateiro. Ele não se incomodava com o fato da “ficante” ter estado boa parte da tarde anterior junto ao ex namorado. E isso me dava garantias que no futuro ele poderia continuar a fazer parte do nosso grupo.

O observei sorrir enquanto Gabriel provocava Morgana e recebia tapas de Savana. Ao menos nossas ficadas serviram para algo bom. Nos tornamos amigos. Até Jéssica começava a se mostrar menos retraída e preconceituosa com ele.

E naquela noite haveria o jogo.

Oh! Céus! Meu segundo jogo de hóquei.

Ver Fred jogar fazia com que esquecesse tudo e qualquer outro assunto que pudesse tomar meus pensamentos. Só em que conseguia pensar era nele. Agora que sabia o quanto era complicado manter equilíbrio sobre rodas, imaginava como seria estar sobre aquela lâmina. Segurar um bastão, acertar um disco minúsculo e ainda se defender.

Eu sabia que os jogos ficariam mais difíceis a medida que a equipe avançasse na competição. Os times mais fortes e mais agressivos estavam no topo da tabela junto com o da nossa escola. Fred estava habituado a isso, mas eu não.

Meu coração quase saia pela boca a cada jogada disputada com mais vigor. Precisei voltar o rosto para o lado por diversas vezes em expectativa pela finalização do avanço de nossa equipe. Pela certeza de que estava tudo bem na pista.

Naquela noite minhas unhas padeceram. Meu peito se apertou e tudo piorou quando um dos jogadores do time adversário começou uma briga e dois garotos pararam na punição. Milagrosamente a briga não começou ou teve grande participação do número 70, o que me deixou mais aliviada. Mesmo assim, a paz só me atingiu quando o apito final ecoou e Fred veio me abraçar. Uma nova vitória, não tão larga ou estrondosa quanto a anterior, mesmo assim uma grande vitória.

Quando o abracei, senti que Fred estava tenso. Ele recostou a cabeça no meu ombro e permaneceu calado. Afaguei os cabelos úmidos sentindo meu peito se apertar novamente. Ajustei meus braços contra ele. Savana ao meu lado passou a mão pelos meus cabelos. A encarei e ela me olhava de um modo estranho. Mas nada disse, nem naquele momento, nem depois.

— Você quer ir a festa? - perguntei quando já estávamos no carro dele e o silêncio imperava ao meu lado.

— Sempre vou. - a resposta não respondia minha pergunta. Mesmo assim não insisti. Ele segurou minha mão e me puxou para perto. Recostei a cabeça no ombro dele enquanto Fred dirigia ouvindo os comentários e risadas que vinham do banco de trás.

Gabriel, Morgana e Savana conversavam, não, tagarelavam sobre o jogo. Estavam animados, lentamente Fred relaxou da tensão deixada pela partida e acabou entrando na brincadeira rindo com eles. Eu ainda não conseguira relaxar. Me mantive em silêncio, olhando a rua, relembrando... Fred sabia que eu passaria o final de semana com as garotas. Se meus planos tomassem o rumo esperado, aquela provavelmente seria uma das últimas vezes em que estaríamos juntos como ficantes em uma festa da vitória.

Me afastei o suficiente, olhei para o lado do motorista, os cabelos lisos bagunçados não me permitiam ver os olhos estreitos, mas percebi que Fred sorria diante do comentário de Gabriel. E como que atraído pelo meu olhar ele se voltou e me encarou rapidamente.

Ele parecia um menino sorrindo, os olhos ficavam ainda mais estreitos, os lábios espessos ladeavam, tornando a expressão marota. Suspirei com uma sensação gostosa tomando conta de mim. Algo como ser preenchida de paz.

Durante o tempo que ficamos na festa, minhas amigas e Gabriel permaneceram conosco. Os amigos de Fred se aproximaram, eles me tratavam bem, eram gentis. Até Doug e toda a sua beleza loura. O cara grandão e másculo era aquele tipo bobão e... burro. Uma sensação ruim envolta em culpa se escancarou diante de mim quando lembrei de meu preconceito quanto aos jogadores e sua falta de inteligência. Doug era inocente e gentil, Fred o tratava como a um irmão mais novo, e eu o admirei por isso.

O que ajudava a vida acadêmica do atacante, e provavelmente o levaria para a universidade, se resumia ao fato de ser um ás do futebol.

Estava encostada no ombro de Fred sentindo a mão dele brincar com meu cabelo quando a voz levemente rouca pelo cansaço sussurrou no meu ouvido:

— Estou cansado... vamos embora?

— Claro! - concordei olhando o relógio no punho, ficamos mais tempo do que na vez anterior e completei: – Logo minha mãe estará ligando para saber se ainda estou viva.

— Ela sabe que você está comigo... - retrucou – portanto está tudo bem.

— Bobo irritante! - bati com a mão no ombro dele.

Ele olhou em volta sem contestar meu gesto de carinho.

— E o pessoal? Sumiram! - Frederic comentou passando o braço pelo meu ombro enquanto nos afastávamos do grupo onde permanecemos na última meia hora pelo menos.

— Gabriel e Morgana já foram, eles pegaram carona mais cedo. Savana... - olhei em volta, eu a vira conversando com um dos jogadores do time de Fred.

— Quem? - ele perguntou quando contei o que vira.

— Um de cabelos claros e ondulados. Acho que é o...

— Tom... - ele falou sorrindo confirmando meu pensamento – Ele é um cara legal. Sua amiga não terá problemas. - comentou tranquilo enquanto cruzávamos pelo amontoado de gente que atravancava a passada para a saída.

— Tem certeza? - perguntei insegura – Savana precisa de alguém menos agitado e doido do que ela para não cometer asneiras. - eu sabia disso, já tirara minha amiga de várias enrascadas.

Fred insistiu na opinião.

— Absoluta. Pode ficar tranquila...

— Mesmo assim vou passar uma mensagem avisando que a gente já vai.

— Boa ideia. - ele concordou quando finalmente saímos do lado de fora e fomos recebidos pelo vento gelado da madrugada.

Fred puxou o capuz cobrindo os cabelos e apertou um pouco mais o braço a minha volta. Paramos em um cantinho, escondido do ar gelado, e passei uma mensagem para Savana. Pouco depois recebi a resposta. Ela pretendia ficar, garantiu que iria com Tom.

— Eu falei... - Fred comentou me puxando para o caminho que levava para a calçada.

— Eu sei que você falou... - respondi percebendo a provocação básica nas palavras de Frederic.

— Você deveria acreditar mais em mim. - outra vez.

— Eu acredito em você Frederic Price.

Um olhar atravessado e desconfiado me atingiu imediatamente. Ri alto ouvindo o som de algo parecido com felicidade se propagar pela rua vazia. Me pegando de surpresa ele me abraçou, me beijou, passou as mãos pela minha nuca, me segurando justo, perto do corpo dele.

Aquilo não estava certo. Lembro de ter pensado antes de minhas ações tomarem um rumo independente. O capuz de malha escondia parte dos cabelos lisos, finos e perfumados, mas não afastou minhas mãos. Afaguei a barba rala, os fios escuros próximos às orelhas, deslizei pela pele macia do pescoço sentindo o calor que vinha do corpo de Fred.

Estávamos a poucos metros do carro dele, literalmente nos esfregando na rua. Longe de tudo e de todos.

Fred se afastou rapidamente, com um sorriso enigmático nos lábios. Segurou minha mão e me conduziu para dentro do carro. Voltamos aos beijos, às mãos deslizando, aos sons sussurrados, aos gemidos.

Por um tempo que não soube determinar apenas nos amassamos ali. Uma coisa absurda para alguém tão controlada quanto eu. Se nos vissem? Se alguém aparecesse? se... as perguntas se perdiam na minha cabeça enquanto Fred deslizava aquelas mãos pela fresta da minha blusa e afagava meu abdômen, subindo perigosamente em direção aos seios.

— Preciso mesmo... levar você para casa Beth?

Perguntou me pegando de surpresa.

— Deve... me levar... Frederic... - falei entre os beijos e as tentativas de respirar com regularidade.

Ele se afastou arfando.

— Tem certeza?

Não!

Respondi mentalmente. Mas essa não era a resposta que deveria dar.

— Sim... tenho.

— Você está mentindo para mim. - ah! Droga, ele sabia.

— Preciso, ir para casa Fred...

Aquela era a resposta correta. Não queria, mas precisava. Os olhos cor de mel se tornavam cada vez mais claros para mim. Ele estava concordando comigo. Ele sabia que eu estava certa.

— Está certo... - falou em alguns segundos, a voz saindo inconformada enquanto soltava a mão da minha blusa totalmente amarrotada. Meu sutiã estava fora do lugar, meu corpo formigava.

— Eu sei que estou... - brinquei tentando sorrir. Imitando nossa curta conversa de minutos atrás.

— Não banque a esperta comigo... - ele ameaçou se aproximar.

A mão dele estava fora da minha blusa, mas ainda repousava sobre o jeans, mais precisamente na coxa.

— Você faz isso o tempo todo! Por que não posso fazer o mesmo? - insisti na brincadeira, numa tentativa de colocar minhas emoções no lugar.

— Acho que conviver comigo não está fazendo bem a você... Rich não vai gostar... - estávamos falando demais em Rich.

— Se ele não gostar, o problema será dele. - falei sem pensar, mas logo conclui que era verdade. Não estava me importando com o que Rich pensaria de mim.

Frederic riu.

— O que eu fiz com você? - me perguntou.

— Eu sempre fui assim Fred! Não se vanglorie por algo que nada tem a ver com você.

Ele desviou o olhar, como se estivesse revirando a memória atrás de alguma lembrança. E logo entendi porque:

— Preciso concordar que seu espírito irônico sempre se manifestava nas nossas “discussões”... em geral você era uma metida a esperta, chata e esnobe. Então... posso deduzir que sim, sou eu quem ativa esse seu lado espirituoso e legal.

Por que não conseguia mais me irritar com ele? Por que quando Fred fazia esses comentários estúpidos eu simplesmente tinha vontade de rir e de participar deles?

— Me leve para casa e pare de falar asneiras. - pedi enquanto me acomodava sobre o ombro dele e o ar quente ia tornando o ambiente do carro cada vez mais aconchegante.

Ele sorriu, nada mais falou e deu a partida. Dirigiu lentamente até minha casa. Quando estacionou eu vi que tudo estava em silêncio e no escuro. Será que Fred tinha razão e minha mãe não se preocupara com minha ausência?

Me voltei para o motorista. Ele via a mesma coisa que eu via. Da casa seus olhos vieram para o meu rosto. Fred sorriu. Só faltou dizer: Viu como eu estava certo? Mesmo sabendo disso, correspondi ao sorriso. Ele se aproximou fazendo minha pele estremecer na expectativa do toque. Mas, desta vez me controlei, permiti apenas um breve e muito rápido selinho. Aquilo estava mesmo passando do limite.

Todos aqueles beijos, todas aquelas mãos, todas aquelas sensações. Não havia como negar, meu corpo reagia ao dele com intensidade. E o desejo era latente.

— Quando você vai ao meu apartamento novamente? - ele perguntou assim que afastei o rosto dele do meu pescoço.

Se ele decidisse cobrar o que prometi como pagamento não havia como negar. Mesmo que quisesse. Mas, sinceramente eu não queria negar. Havia uma calcinha molhada e um coração acelerado que me provava e comprovava essa verdade com exatidão.

— Que tal segunda?, depois da aula.– sugeri.

Ele roçou o nariz no meu rosto passando aquela barba pela minha pele sem querer e automaticamente alertando ainda mais todos os sentidos.

— Que remédio?

— Estamos combinados então? - perguntei séria, precisava, devia ser séria, me afastando.

— Sim, estamos. - ele confirmou e eu aproveitei o momento, dei um boa noite rápido, soltei um novo selinho nos lábios dele e corri para casa. Já não confiava em mim. Em minha capacidade de me manter afastada daqueles lábios.

E quando caí na cama depois do banho minha cabeça parou para pensar no que estava acontecendo comigo. Aquilo que eu sentia por Fred ia além de carinho e amizade. Gostava de estar com ele. Gostava de rir com ele. Gostava de sentir os lábios dele em mim. Gostava dos seus toques. Gostava demais de tocar nele, do cheiro dele, da pele dele.

Aquilo tinha um nome: desejo. Mas desejar não é amar. Desejar é apenas um verbo que significa querer. Meu corpo queria o Fred, mas meu coração queria e amava outra pessoa.

Resultado dessa constatação: não preguei o olho novamente. E tive um final de semana daqueles. Passei dois dias de pijama, comendo muito doce, assistindo romances e chorando a valer com os dramas.

Sinceramente, não foi bem o que eu esperava ou deveria fazer naqueles dias. A única coisa boa esteve no fato de que nenhum nome masculino foi mencionado por nós. Em momento algum.

 


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Notas finais do capítulo

Será que é só desejo? Ou ela já está apaixonada?

Gente, fico muito feliz em perceber que os acompanhamentos aumentaram, que tem mais gente lendo a fic, mas adoraria poder responder a reviews também. BJO e espero por vcs. Não me deixem no vácuo.