{Troy On}

Meu sábado dava sinais de que seria um dia promissor. A Gabi aceitou sair novamente  comigo, o que me deixa muito feliz. Gosto de estar ao lado dela; é uma garota inteligente, divertida, tímida e carinhosa. Havia prometido para mim mesmo que não iria me envolver emocionalmente com alguém tão cedo, mas ai ela chegou e nesses últimos dias tem me feito repensar o assunto.

São exatamente 12:45, acabei de almoçar e enquanto minha mãe lava a louça eu seco os pratos. Adoro minha mãe, é a mulher mais incrível desse mundo.

— Troy, querido, vou à casa da sua tia agora a tarde, gostaria de ir comigo?

— Ah, mãe, desculpa, já marquei outro compromisso. - Ela arqueou uma sobrancelha e me olhou curiosa.

— Outro compromisso, é? Deixa eu adivinhar, ele envolve a nossa nova vizinha?

— Pode ser - Não consegui evitar um largo sorriso - Acho que gosto dela, mãe, ela é diferente das outras.

— Só cuidado para não se machucar novamente, do contrário eu irei tirar satisfações com a senhorita Montez. - Ela disse isso em tom de brincadeira, mas sei que ela falava a verdade. Desde o ocorrido com a Sharpay eu não me envolvi com nenhuma outra garota... Não sentimentalmente, eu pegava uma aqui, outra ali, coisa do momento. Com a Gabriella é diferente, sinto que podemos ter algo a mais. Só que ainda é cedo, até porque ela também já foi ferida por um babaca.

Depois que terminamos de ajeitar a cozinha, subi e fui tomar um banho, estava tão empolgado que cheguei a secar os cabelos com o secador. Me sentia como no primeiro encontro, queria causar boa impressão. Depois que sequei, fui até o armário escolher as roupas. Não sou desses mauricinhos que só andam com roupas de grife, me visto bem, porém com coisas básicas. Já que fazia calor, decidi colocar uma bermuda jeans, uma camiseta e um all star. Passei desodorante, perfume, coloquei um relógio no pulso e peguei os óculos de sol. 

Olhei no relógio, ainda eram 14:00, então para matar tempo fiquei jogando vídeo game. As 14:45 desliguei o jogo e a TV, peguei a carteira e desci as escadas, topando com minha mãe no corredor.

— Já vai indo, Troy?

— Já mãe - Me aproximei e lhe dei um beijo na bochecha - até depois, te amo.

— Amo você também, juízo hein.

— Pode deixar mãe. - Disse já saindo porta a fora. Atravessei a rua em direção à casa das Montez, me aproximei, ajeitei o cabelo e toquei a campainha. Para minha surpresa um homem de aparentemente uns 45 anos abriu a porta e me encarava. Esse deveria ser o pai da Gabriella.

— Boa tarde, você deve ser Troy Bolton. - Ele me estendeu a mão, que apertei com firmeza.

— Boa tarde, sou eu sim, vim buscar sua filha Sr. Montez.

— Entre, ela já vai descer. - Ele me deu um leve sorriso, acho que gostou de mim. - Gabriella, Troy Bolton está aqui.

— Já vou pai

— Sente-se, meu jovem - Disse me apontando o sofá. - E então, aonde vocês irão hoje?

— Ah só tomar um sorvete aqui perto, senhor. - Eu estava nervoso. Droga, por que estou nervoso?

— Muito bem, então. Olhe, minha filha já sofreu com outro rapaz, espero que você não a cause mais sofrimento, Troy. Não estou falando isso para te assustar, só não quero vê-la chorando pelos cantos novamente.

— Senhor, minhas intenções com sua filha são as melhores do mundo. Jamais a magoaria.

— Então estamos entendidos. - Ele me deu um leve sorriso e logo depois se virou para a escadaria. - Você está linda, princesa. - Ele chegou perto e beijou sua testa.

— Obrigada, pai. Oi Troy - Ela me presentou com aquele sorriso perfeito.

— Oi, Gabi, então, vamos?

— Claro. Até depois pai.

— Até depois docinho e juízo os dois.

— Pode deixar - Dissemos juntos e saímos. Assim que a porta atrás de nós se fechou eu virei de frente pra ela e a beijei. Não pude me segurar, esperei horas para fazer isso. Ela retribuiu me beijando de volta. Aqueles lábios eram viciantes.

— Vamos, antes que me pai nos flagre aqui

Segurei sua mão e fomos caminhando. Ela estava tão linda, com um vestido florido de alças finas, era justo na parte de cima e rodado na parte de baixo, deixando visível o quanto seu corpo era perfeito.

— Você está linda, sabia?

— Obrigada, você também está. - Dava pra ver que ela ficava envergonhada quando recebia um elogio, isso era uma das coisas que mais achava fofo nela.

Caminhamos durante uns 15 minutos e chegamos à sorveteria. Pedimos a taça da casa, que vinha com dez bolas de sorvete entre outras coisas gostosas. Enquanto esperávamos o garçom trazer nosso pedido conversávamos.

— Me fala sobre você, o que eu ainda não sei sobre Gabriella Montez?

— Bom... - E então ela começou a me falar sobre ela. Me contou seus sonhos, as coisas que gostava, comidas favoritas, filmes e séries... Quanto mais ela falava mais eu me identificava com ela.

— E você, o que eu ainda não sei sobre Troy Bolton?

— Acho que estou me apaixonando por você.