Guto & Benê - Two worlds collide escrita por Kayle


Capítulo 4
Aquele em que se dorme de conchinha


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora mas a uni , toma me mt tempo



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Eles ficaram assim por uns segundos, a olharem-se nos olhos profundamente. A Benê foi a primeira a quebrar o contacto, não percebia porque mas estava desconfortável com a maneira como o menino olhava para ela, era um olhar que não conseguia decifrar, e ela não gostava de ficar na dúvida. Percebendo o desconforto da menina ele continuou a passar-lhe álcool no joelho.                   
Parecia que tinha passado uma eternidade, mas na verdade só se tinham passado poucos minutos. Mal o Guto acabou de lhe passar álcool na perna, a menina tentou levantar-se. O resultado foi só um, tropeçou e se não fossem pelos reflexos rápidos do garoto, que sustentou pela cintura ela teria ido ao chão. Isto fez que mais uma vez eles ficassem bem próximos, mais uma vez. Os rostos quase colados e os olhares conectados. Ambos se sentiam confusos, eram de mundos diferentes, então por que razão parecia haver uma energia estranha sempre que estavam juntos. Nenhum deles queria assumir mas encontravam-se terrivelmente atraídos um pelo outro, e bem lá fundo sabiam disso.   
— Para de ser teimosa, eu levo-te a casa - disse o menino, com o rosto ainda bem próximo do dela.         
A menina estava muito nervosa, tanto com a situação, como com a proximidade do garoto. Ele deixava-a muito nervosa. Até pouco tempo não tinha qualquer contacto com garotos, e não sabia como agir, era tudo demasiado novo para ela.            
— Não é preciso, eu posso ir a pé, estou habituada a correr.             
Sabia que precisava de sair dali e rápido. Estar perto do Guto fazia-lhe ficar muito ansiosa, e com uma sensação estranha no estomago.            O Garoto riu-se da menina, só mesmo ela para querer ir correr, com a perna como estava, e com o temporal que decorria lá fora.         
— Benê, eu vou levar te a casa, como é que vais correr assim?         
— É só por uma perna a frente da outra – disse a menina sem entender a pergunta do seu professor.        
O garoto sorriu mais uma vez ao ouvir as palavras da menina. Não havia duvida, nunca tinha conhecido ninguém como ela. Ela era única. Ignorou os protestos da menina e ligou para a central de táxis, mas com a tempestade que decorria era bem capaz de demorar.      
Ajudou a menina a sentar-se, apesar dos protestos, e pôs alguma coisa na televisão. Sentou-se perto dela, mas sem realmente a tocar, não confiava em si mesmo, quando estava perto da garota.          
O tempo passava e os adolescentes acabaram por adormecer. Estavam tão cansados que não ouviram o interfone tocar a avisar que o táxi tinha chegado. Durante o sono, acabaram por se chegar para perto um do outro, com o espaço que o sofá tinha pouco tempo depois descansavam abraçadas, foi um gesto completamente inconsciente, que durante o sono não conseguiram controlar a sua ligaçao. O garoto enlaçava a cintura da menina com uma postura de ternura, como se a tivesse a proteger, e a cabeça da menina repousava no seu peito. Ficaram assim a noite toda, abraçados e completamente alheios ao mundo lá fora.   
O Guto foi o primeiro a despertar, perto das cinco da manha, olhou em volta meio desnorteado, e percebeu-se da situação em que estava, ou melhor a situação em que estavam. O pensamento normal seria de choque, ou de negação, mas ele sentia-se sereno, e feliz. Podia muito bem levantar-se e acordar a menina, mas não foi nada disso que fez, cobriu-os melhor e puxou a menina ainda mais para si.        
— Bons sonhos, minha menina normal.          
Naquele momento não queria pensar em justificações, ou nas consequências, queria aproveitar a serenidade e a paz que ela lhe dava. Sabia que estava a mudar, mas sentia-a que esta seria uma mudança boa, que estava a mudar para melhor. Não tardou, para voltar a adormecer, abraçado a menina, e com a sua cabeça perto do seu cabelo, inalando o seu perfume.       
Uma hora depois quem acordou foi a Benê, olhou assustada em volta. Não estava em sua casa, e demorou menos de um segundo para se lembrar onde estava e com quem estava. Corou profundamente quando percebeu a posição onde estava. Sabia que era perigoso estar perto do menino, e sabia que ele tinha namorada. Precisava de sair dali, não sabia se teria coragem de enfrentar o menino, depois do que tinha acontecido. Pegou no braço do menino e tirou-o da sua cintura, com bastante cuidado. Depois pôs-se de pé e calçou as sapatilhas. Olhou mais uma vez para o menino, aproximou-se devagar dele e não resistiu em dar-lhe um beijo no rosto. 
— Adeus Guto 

Dirigiu-se a porta, o mais rápido que pode, e saindo do prédio pôs-se a correr. Tinha que inventar uma ótima desculpa para a mãe, alem disso tinha decisões a tomar. Quando chegou a casa, a mãe já tava de pé, e questionou mal entrou porta dentro, ela inventou que se tinha levantado a pouco para correr. Não sabia como mas a mãe acreditou nela.           
— Bem, vou tomar um banho
No banho, os pensamentos não paravam, sabia que o sensato era acabar com as aulas de piano, afastar-se do guto. Mas conseguiria fazer isso, sendo que a melhor parte do seu dia era vê-lo e tocar piano?   
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O Guto acordou com uma sensação estranha, acordo e reparou imediatamente que estava sozinho. Ficou desiludido, será que tinha sonhado? Não fazia sentido ela não estar ali. Olhou para baixo e viu o casaco de fato de treino dela. Tinha sido real, ela esteve ali, e eles realmente passaram a noite juntos, Então porque ela tinha ido embora? Porque é que não tinha o acordado?               
Tinha diversas questões, mas queria tira-las todas. Hoje ia falar com ela, ela ia ter que explicar. Se uma coisa sabia é que eles tinham que falar, só esperava que a menina estivesse bem.              
           


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Notas finais do capítulo

entao o que acharam?