Um passo errado escrita por nanacfabreti


Capítulo 9
Desencontro




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Erick dirigiu em silencio, havia tanto a ser dito, no entanto ele não sabia por onde começar. Ele estava evitando olhar para Alicia, que também não abriu a boca, exceto para roer as unhas. Hora ou outra ela corria os olhos rapidamente por ele, o rosto estava sério, o maxilar contraído.

Alicia achou que Erick estivesse indo para o haras, mas ele acabou entrando uma rua antes. Era um lugar ermo, a estrada mais estreita que o comum era cercada por uma mata baixa. Ele estacionou sob uma arvore de copa larga, queria aproveitar a sombra. Fixou os olhos no volante do jipe, ele estava tentando organizar todas as explicações que pretendia dar ali.

—Me desculpe... —começou do jeito mais simples—Eu sei o quanto eu errei e tudo o que preciso é que tente me entender. —Ele soltou o cinto de segurança e virou completamente o corpo na direção de Alicia.

—Tem ideia de como eu me senti ouvindo você dizer aquelas coisas? —Alicia não encarou Erick, os olhos queimavam, mas ela não queria chorar. — Você me colou na fogueira, me humilhou na frente dos meus amigos, dos meus conhecidos...

Ele esticou o braço e delicadamente segurou o queixo dela trazendo-o para sua direção.

—Acha que estou feliz por ter feito isso? Eu estou me sentindo um idiota!

Com os olhar ainda baixo, lágrimas silenciosas começaram a cair dos olhos de Alica, Erick se sentiu ainda pior.

—Eu confiei tanto em você Erick, —ela fungou— eu acreditei cegamente em tudo o que me disse...

—Então acha mesmo que eu usei você? Acha que eu cheguei nessa cidade e pensei: "Vou procurar a namorada do meu irmão e fingir que me apaixonei por ela..."

Alicia respirou fundo e então olhou para Erick.

—Sabe o que é pior? —Ela passou as mãos pelo rosto tentando enxugar as lágrimas. —É saber que você pensou aquelas coisa sobre mim...que fui fácil, que nem precisou se esforçar para me conquistar.

Erick ergueu as mãos, ele não acreditava nas conclusões que ela estava tirando.

—Sério...Acha que eu pensei mesmo isso de você? Alicia, eu falei da boca pra fora...David me tirou do sério quando falou com você daquele jeito. Viu como ele foi hostil com a minha mãe?

Ela balançou a cabeça...Achava que de todos ali David era o menos errado.

—Já se colocou ao menos por um segundo no lugar dele? —Ela cruzou os braços. —O cara sai para uma viagem de trabalho e menos de quinze dias depois, volta e encontra a namorada dele aos beijos com o seu irmão, em cima de um palco, diante de centenas de pessoas... —Parece pior quando é dito em voz alta, não é?

—É...parece pior. —Erick respondeu depois de um minuto pensando sobre o que tinha ouvido.

—Pois é...comigo funcionou do mesmo jeito. Eu sabia que estava fazendo uma coisa errada, tinha plena convicção disso, mas ouvir em voz alta, ainda mais, dito por você...Erick só ali eu percebi a proporção do que eu tinha feito.

Ele manteve os olhos nela, ali, explicitamente atormentada por ter sucumbido aquela paixão, e Erick começou e entender que não seria tão simples se acertar com Alicia, porque no final das contas, não era só o que ele tinha feito na noite anterior, havia muito mais. Convicções e valores, certo e errado, todas essas coisas estavam em jogo.

—Como eu posso consertar isso? —Ele segurou a mão dela, que não se retraiu.

—Eu estou tão confusa...preciso de um tempo para me reorganizar, voltar a minha orbita, porque, foi isso que você fez comigo Erick Carter, me tirou de órbita. —Ela entrelaçou os dedos nos dele e ficou um tempo observando como aquela mão máscula se encaixava tão perfeitamente em seus dedos finos e delicados.

Sentiu um aperto no peito e começou a chorar desesperadamente. Erick a abraçou, estava se segurando, ele nunca antes tinha chorado por garota alguma, e naquele momento, o medo que tinha de perder aquela que fazia com que ele se sentisse feliz, apenas com um sorriso, estava arrancando lágrimas dele, poucas e discretas, mas estava.

Erick dirigiu de volta um tempo depois, Alicia pediu para que ele a levasse para casa.

—Me deixe no quarteirão de baixo...eu não quero que pensem que passei a noite com você.

Erick obedeceu, estacionou em frente a um barracão que estava com as portas de aço fechadas.

—E então...o que pretende fazer? —Erick indagou tentando não deixar transparecer o quanto estava angustiado.

—Eu devo explicações a tanta gente que nem sei por onde começar...Vou falar com meus pais, preciso também me desculpar com a Regina, eu nem sei o que ela deve estar pensado de mim...vocês acabaram com o camarim do teatro!

—Quanto a isso fique tranquila. —Erick estava firme. —Vou consertar todo o estrago, pagar o que for preciso...amanhã mesmo eu vou fazer isso.

Alicia balançou a cabeça positivamente, concordava que era exatamente o que deveria ser feito.

—E tem o pior...falar com David, eu preciso me desculpar...Nossa, eu nem sei como vou fazer isso... —Alicia passou as mãos pelo rosto.

Erick mudou de expressão, franziu a testa odiando a ideia de Alicia ir conversar com o irmão.

—Acha mesmo que deve procura-lo? Mesmo que de um jeito ruim, ele já sabe de tudo agora...

—Sim...ele sabe, só que ele merece ouvir de mim, eu devo isso a ele.

—Não está pensando em tentar se acertar com ele, está? —Erick amargou a pergunta antes de fazê-la.

Alicia irritou-se assim que ouviu aquela que parecia a mais insana das questões.

—Dá pra ver que você não entende nada mesmo... —Ela abriu a porta do jipe de desceu, depois bateu-a com tanta força que Erick chegou a se assustar. —Agora estou percebendo que me julga de forma errada, não sei como uma coisa dessas pode passar pela sua cabeça.

Erick desceu do carro e correu para perto de Alicia.

—Eu sei lá...estou com medo de que pense que isso seja a coisa certa a se fazer. —Ele encolheu os ombros.

Alicia balançou a cabeça.

—Não me procure por enquanto Erick... —Alicia olhou para cima tentando evitar chorar novamente. —Nesse momento eu estou acreditando mesmo, que foi um grande erro ter me envolvido com você.

Aquelas palavras atingiram Erick como punhais, ele não queria ter ouvido aquilo, e ficou sem saber como agir. Alicia deu as costas para ele e caminhou rapidamente. Erick apenas ficou olhando-a até que desaparecesse de sua vista.

Assim que chegou em sua casa, Alicia abaixou-se encostada na parede da garagem, esgotada, chorou pensando em tudo o que estava perdendo, depois, sentiu a dor aumentar significantemente, no fim ela nem sabia se estava mesmo perdendo ou se nunca as teve realmente.

—Precisamos conversar... —Ela foi até a mãe que estava na cozinha preparando o almoço.

Contou sua história, claro que censurou algumas partes, como por exemplo, a que estava mesmo apaixonada por Erick, e que estava vivendo um romance escondido. Contou sobre a pancadaria no camarim, e assumiu a culpa por ter convidado justamente Erick como partner daquela apresentação.

A mãe ficou um tanto incomodada, mas achava que seria apenas uma briga, não um término definitivo.

—Espere uns dias e depois converse com David, tenho certeza de que ele vai perceber que é um ciúmes bobo, afinal, ele tem que entender que aquele beijo era parte do espetáculo, não é?

—Mãe, de um jeito ou de outro eu errei com David e no mais, depois de tudo o que aconteceu ontem, não tem jeito, não tem volta.

Irene arregalou os olhos, a primeira coisa que pensou foi em César, sabia que o marido não iria gostar nada daquele término. Não disse nada a Alicia, mas durante toda a apresentação do tango, percebeu o mal estar dele vendo a filha dançar daquele jeito com Erick, ele não tirava os olhos de Marcela, e sabia o quão incomodada ela estava com tudo aquilo. As coisas só não ficaram piores porque os casal de Argentinos gostou tanto da homenagem que fechou mesmo o bendito contrato com os Ruiz, e por isso, tão somente por isso, aquele deslize de Alicia havia sido neutralizado.

De qualquer forma, Alicia sentiu um mínimo de alivio ao saber que a briga não tinha chegado aos que estavam no teatro, se os pais não perceberam nada, ninguém mais tinha tomado conhecimento do fato.

Por mais que não tivesse sido cem por cento honesta com a mãe, Alicia já tinha riscado os pais da lista de acerto de contas. Faltavam dois agora e ela preferiu deixa-los para depois.

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Erick tinha voltado para o hotel que hospedava a mãe, e Laura que já estava em pânico com a falta de noticias do filho, agradeceu a Deus assim que o viu passando pela porta.

—Estava certa mãe...eu estraguei tudo. —Ele a abraçou com força, como se Laura pudesse livrá-lo da daquele sofrimento.

—Se ela gosta mesmo de você e você dela, vão dar um jeito. —Ela tentou ponderar.

Laura já imaginava que teria de estender sua estadia em Santo Valle, ela jamais deixaria o filho sozinho na situação em que se encontrava. Sabia bem como era sofrer por alguém e embora estivesse ciente de que o filho tinha entrado naquela fria, por conta e risco, era mãe, e vê-lo chorando em seu ombro, estava sendo um golpe muito duro.

—É difícil de acreditar que Alicia pense que eu estava fingindo o tempo todo...esse não é o tipo de coisa que você encena, ao menos eu não consigo. —Erick continuou seu desabafo, estava sentido o peso do mundo em suas costas.

—Filho...isso tudo aconteceu ontem, eu disse para você esperar a poeira abaixar. Agora é normal que ela esteja tão chateada com você! —Laura que estava com um copo de leite na mão caminhou até a poltrona para sentar-se.

—Eu vou para o haras, —Erick se levantou—Preciso falar com a avó dela e tem o Jack, eu preciso cuidar dele...

—Jack? —Laura tomou um gole do leite.

—Nosso gato. —Erick encolheu os ombros.

—Vocês já têm um gato juntos? —Ela arregalou os olhos.

—Mais ou menos isso...

—Bem...eu vou dar uns telefonemas, e me organizar para ficar aqui por mais uns dias.

Saber que teria a mãe por perto pareceu bom para Erick, ele estava tão perdido em seus sentimentos e conflitos que ter alguém com quem falar era mesmo necessário.

Quando chegou ao haras viu Marta no portão, ela despedia-se de uma das famílias frequentadoras do lugar.

—Boa tarde. —Ele estava sem graça, imaginava que talvez nem tivesse mais o emprego.

—Você hein...o que foi aquilo ontem a noite? —Marta séria caminhou rumo ao seu escritório.

Erick foi atrás.

—Eu sei o que está parecendo...mas eu queria muito me explicar. —Erick coçou a cabeça.

Marta sentou-se na cadeira atrás de sua mesa e ficou encarando Erick parado na porta.

—Eu não sabia que era um dançarino Erick... —Ela sorriu. —Exijo que me dê aulas de tango, não sou tão bela e jovem como minha neta, mas acho que dou pro gasto! —Ela gargalhou.

Erick franziu o cenho, estava confuso.

—A senhora nos assistiu? Esteve lá?

—Sim, fiquei em uma mesa bem perto do palco com uma amigas, e bem longe da mesa do seu pai e da chata da mulher dele. —Ela inclinou-se. —Vocês estiveram ótimos...foi de longe a melhor apresentação que aquele palco já ofereceu.

—É, só que o espetáculo não terminou tão bem...houve um incidente entre o David e eu, sem contar num grande mal entendido com Alicia. —Erick preferiu dizer a verdade, estava aprendendo que mentiras sempre traziam consequências.

—Eu já soube, —ela fez uma meia careta — sua madrasta me ligou pela manhã, aliás, fui acordada por seu telefonema e isso me irritou de uma forma...

Erick sentiu seu corpo travar, já podia imaginar as coisas terríveis que Marcela teria dito sobre ele.

—Olha, eu vou entender se quiser me demitir... —Erick afirmou resignado, afinal, o que seria perder o emprego quando ele se via tão perto de perder Alicia.

—Ouça com atenção rapaz, —ela ergueu um dedo e o encarou séria —o tempo me ensinou a ouvir menos o que as pessoas dizem e acreditar mais no que eu vejo, e, o que vejo em você anula tudo o que eu já ouvi sobre você.

Erick balançou a cabeça desejando que Alicia pensasse da mesma maneira que a avó.

—Obrigado. —Ele se preparou para sair dali.

—Fica me devendo as aulas...vou cobrar.

Erick deu a Marta um sorriso tímido e seguiu para a edícula, ficou lá por um bom tempo. Estar ali era quase como estar com Alicia, havia tanto dela em cada parte daquele espaço e se era o que ele tinha no momento, então estava bom. Foi até o toca discos e colocou o vinil preferido dela.

Ouviu todas as faixas deitado na cama na companhia de Jack. De olhos fechados pensou e repensou em tudo o que viveu naqueles últimos dias, se surpreendeu com a quantia de boas recordações que tinha daquela cidade, antes amaldiçoada por ele. Em todas ela estava presente. Alicia.

Erick nunca sofrera por uma garota, aliás, ele vinha experimentando tantos sentimentos novos desde que a conheceu, e isso era outra coisa que o atormentava. O novo não costumava assusta-lo, mas naquele caso era diferente, Alicia e tudo o que ela despertava nele o amedrontava.

Ele riu amargurado, lembrou que nem mesmo quando esteve muito perto de ser preso sentiu-se tão apavorado quanto ficava ao pensar em sua vida sem Alicia.

—Ai Jack, eu estou ferrado... —Sussurrou ao gato que piscou para ele como se concordasse.

Os dias seguiram, porque a vida funciona assim, independente do tamanho de sua dor, o tempo não para, e para Alicia e Erick, o ditado que dizia que o tempo cura tudo, não fazia o mínimo sentido, muito ao contrário. Cada dia era pior que o outro, a dor de estarem separados se fazia maior a cada segundo e cada um deles tentou usar isso de um jeito diferente.

—Giselle? —Regina indagou Alicia assim que ela, faltando vinte dias para sua apresentação mais importante, avisou que mudaria seu solo.

—Giselle. Eu não vou conseguir fazer o que eu pretendia, aquela coreografia é leve, delicada e tem um final feliz —Alicia sentou-se no chão do estúdio e encarou a coreografa — tudo o que eu não sou no momento.

Regina estava a par dos fatos, Alicia acabou por contar a ela toda a história com Erick, inclusive a parte da persiana aberta. Ao contrário do que pensava, Regina não a julgou. A apresentação do tango rendeu uma propaganda tão positiva para o seu estúdio que apenas aquele show ficou guardado em sua memória.

—Alicia, sabe que eu acho uma loucura você fazer isso com tão pouco tempo, mas por outro lado sei do que você é capaz quando dá tudo de si.

—Já estudei o que quero fazer, —ela abraçou as pernas —vou adaptar parte do primeiro ato, quero dançar a dor de quando ela descobre que foi enganada por seu amor, até o momento de sua morte.

Regina fechou os olhos, entendeu o que Alicia pretendia.

—Você é decidida e se conseguir mesmo fazer isso, acho que seu passaporte para o Royal Ballet está carimbado.

—É só nisso que eu penso agora, passar um ano longe daqui vai ser ótimo. —Alicia disse mais para si do que para Regina.

Depois que a coreografa foi embora, sozinha naquele estúdio que guardava tantas lembranças de Erick, Alicia tirou a armadura que vestia todas as manhãs, tentando fingir que estava superando. Há quase dez dias sem vê-lo, sua falta já lhe causava uma dor física, no peito o espaço vazio onde antes ficava seu coração, a saudade doía de verdade.

Ela chorou. Mais uma vez. Depois secou as lágrimas e colocou o CD da música que usaria em sua apresentação. Chandelier da cantora Sia, havia ganhado novos arranjos e uma versão apenas instrumental, Alicia ouviu o trabalho feito por Thomas a seu pedido, e vibrou com o resultado. A canção ficou perfeita e casaria com sua coreografia.

Ela varou a madrugada ensaiando, e só parou quando o pés que já tinham passado por todas as fases da exaustão e começaram a sangrar.

Tirou as sapatinhas e sentiu as pontas dos dedos dormentes, esticou-os e a dor parecia vir direto da alma, sorriu porque aquela dor tomava o espaço da outra, e era só nesses momentos que Alicia deixava de sofrer por Erick.

Ela saiu com o dia já clareando, entrou no carro e seguiu para sua casa. Ele a viu, como em todos os outros dias Erick estava ali, a espreita, na esquina atrás de uma caixa de telefonia, um ponto cego que permitia que ele a vigiasse, assim, ele podia ver Alicia por alguns poucos minutos por dia, e isso para ele era vital.

—Erick, você não pode continuar assim! —Laura repreendeu o filho que mais uma vez havia apenas mexido no prato sem comer nem duas garrafadas. —Vai acabar adoecendo.

Ele apenas olhou para a mãe, queria dizer que já estava doente, doente de amor, mas não quis preocupa-la ainda mais.

—Eu comi umas coisas lá no haras...por isso estou sem fome. —Ele mentiu.

—Acha que não vejo suas calças ficando largas? Faz vinte dias que estou aqui, estou vendo nitidamente o quanto emagreceu. —Ela estava realmente preocupada.

—Eu vou indo... —Erick olhou para o relógio, sabia que estava perto do horário que Alicia costumava chegar ao estúdio.

—Por que não fala com ela? Seja sincero filho, diga que a ama e acho que isso vai bastar.

Erick balançou a cabeça e saiu, já tinha discutido com a mãe outras vezes sobre isso. Ele sabia o quão importante era aquela apresentação para Alicia, sabia que significava a realização de um sonho e por isso, não se achava no direito de incomodá-la, sem contar que para ele, se quisesse mesmo, ela já teria o procurado.

Naquela noite ele seguiu para seu lugar cativo, e não demorou muito até que Alicia chegasse ao estúdio. Ele sentiu seu coração disparar quando ela olhou na direção onde ele estava. Erick notou que seu rosto estava abatido, acreditou que fosse pela rotina puxada de ensaios, desejou tanto poder cuidar dela.

O rapaz estava enganado, o abatimento de Alicia tinha muito a ver com ele, e se Erick repasse melhor, veria que todos os dias quando chegava e antes de partir, instintivamente Alicia corria os olhos por todo o entorno. Dentro de si alimentava a esperança de que Erick estivesse por ali, e desejava, mesmo que em seu subconsciente, que ele a surpreendesse como fez no dia em que se conheceram.

Ela estava se alongando quando ouviu batidas na porta. Seu coração acelerou na expectativa de que pudesse ser ele. Não se deu chance de pensar, Alicia não sabia qual seria sua reação caso Erick estivesse ali. Abriu a porta.

— Acho que precisamos conversar. — A frase veio acompanhada de um sorriso.


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