Um passo errado escrita por nanacfabreti


Capítulo 25
Temporal




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Era o primeiro final de semana depois do inicio do horário de verão no Brasil, e o clima estava fazendo jus ao nome, um calor absurdo incomodava as pessoas, e judiava dos animais, principalmente os cavalos, tanto que Marta resolvera implantar um sistema de ar condicionado na área das baias, haviam cavalos ali que valiam mais que uma casa, e seus donos exigiam que fossem tratados como reis.

—Onde está o Erick? —A avó de Alicia questionou um dos funcionários, sentindo falta do rapaz.

—Ele está procurando por Jack, —Laura respondeu, acabava de chegar de Nova Olimpia, fora apenas remanejar seus compromisso, para poder ficar até o dia do julgamento, junto do filho. —Acabei de vir da edícula e o Erick está louco por conta do sumiço do gato.

—Mais essa? —Marta franziu a testa. —A alicia pergunta por ele em todas as vezes que me liga, e frisa que só ficou tranquila em deixa-lo aqui, por que sabe que o seu filho adora o bendito gato.

— Então Marta...agora imagina se essa menina chega e não encontra o Jack?

—Problemas...esses parecem não ter fim... —Marta balançou a cabeça consternada.

Erick também estava preocupado com a reação de Alicia, faltando pouco mais de um mês para seu retorno, ele sabia que se Jack não voltasse, certamente seria mais uma culpa atribuída a ele, sem contar o apego que ele tinha pelo animal, seu companheiro nos bons e nos maus momentos.

Já era fim de tarde e nada, ele já tinha virado aquele haras de cabeça para baixo e nenhum sinal dele. Para piorar, nuvens escuras se amontoavam no céu, viria chuva na certa, e Erick começou a pensar em inúmeras coisas ruins que poderiam ter acontecido.

—Mãe, eu vou pegar a lanterna e procura-lo pelas redondezas...Imagine se ele estiver amachucado em algum lugar, vai chover...eu nem quero pensar...

—Erick, é exatamente por isso que não quero que você saia. Veja a chuva que esta sendo anunciada... —Laura assustou-se com um estrondoso trovão.

Ignorando a mãe, ele pegou uma lanterna e rumou a pé em busca de Jack, vasculhou cada moita dos entornos do haras, perguntou às pessoas que encontrou pelo caminho, chamou-o pelo nome, sem sucesso.

Gotas grossas e geladas de água começaram a pingar, e ele até pensou em voltar, já estava começando a escurecer, mas avistou uma casa nos fundos de um terreno que parecia abandonado, e embora fosse cercado e fechado por um portão de madeira caindo aos pedaços, Erick decidiu entrar, seria sua última tentativa naquele dia.

O mato estava alto, alcançava sua cintura em algumas partes, correu rumo a varanda, a chuva estava mais forte. Sob o telhado, ouviu um barulho, iluminou com a lanterna e conseguiu ver um vulto embrenhando-se no matagal.

—Jack...Jack... —Gritou, continuando a clarear com sua lanterna, tudo a sua volta.

A porta da casa estava quebrada na parte de baixo, mérito dos cupins, que haviam devorado boa parte dela. Erick deduziu que não poderia mesmo morar ninguém ali, com cautela girou a maçaneta, estava destrancada.

Um cheiro ardido de urina atingiu suas narinas, ele reconheceu aquele cheiro desagradável, era o mesmo de quando Jack resolvia erguer seu rabo e marcar território. Sentiu-se então esperançoso, entrou na casa e quando a luz clareou aquele primeiro cômodo, uma surpresa, mais de uma dúzia de bichanos estavam ali, e assustados se espalharam com a rapidez de um raio.

—Jack? —Erick com passos lentos seguiu até um canto, onde estava uma poltrona velha e rasgada, sob ela uma gata tricolor, pelos amarelos, pretos e brancos davam a ela uma tonalidade linda, e não era apenas ela, seus filhotes, cinco no total, estavam embolados dormindo em sua barriga, sentado ao lado, com a cara mais cínica estava ele, Jack. —Eu não acredito... você tem uma família, agora? —Erick afagou sua cabeça e ele apenas miou como se assentisse.

Erick passou um bom tempo lá, com "seus netos", a gata era mansa, e não deixou de ronronar por nem um minuto sequer.

—Jack, meu amigo...o que vamos fazer agora? — Ele indagou pensando no futuro daqueles e de todos os outros gatos que viviam numa situação que beirava a precariedade.

*************************************

Os raios e trovoadas revezavam-se quase que incessantemente, a chuva forte trazia junto dela pequenos granizos que quando batiam na lataria de seu carro, davam a impressão de que eram pedras de concreto.

Mathias estava parado naquela esquina há um bom tempo, e como em todos aqueles meses, suas tentativas de conseguir uma prova mais concreta, que desse embasamento as suas suspeitas sobre David foram fracassadas, ele estava decidido, nem mesmo aquela tempestade o impediria, mais cedo, um golpe do destino fez com que ele ouvisse o colega ao telefone, marcando o tal encontro, encarou aquilo como um sinal.

O volume de água que caia do céu era tão grande, que o limpador de para-brisas não estava dando conta, mesmo assim, conseguiu ver quando David saiu de casa em seu carro.

—Hoje eu te pego...! —Ele murmurou, já em seu encalço.

A chuva fazia com que o irmão de Erick dirigisse com cautela, poucas vezes ultrapassou quarenta quilômetros por hora, dez minutos depois estava saindo de Santo Valle e entrando na rodovia que levava a Allana, uma cidade vizinha.

Mathias estava ansioso, era um rapaz muito tranquilo e que nunca se envolvia em problemas, talvez por isso, a sensação de adrenalina crescia a cada instante. Na beira da estada, em frente a um hotelzinho barato, um carro estava com o pisca- alerta aceso, David, sem ao menos dar seta, estacionou atrás dele.

Mathias acelerou e passou por eles, aproveitando o abrigo do posto de combustíveis que ficava a poucos metros de distancia dali, parou próximo a bomba de ar, de lá tinha uma visão privilegiada dos dois carros.

Desceu, com o celular na mão, tirou uma fotografia apenas para testar, irritou-se pela pouca clareza da imagem. A chuva estava cessando, e agora era fina, Mathias não estava a fim de perder viagem.

—Posso deixar meu carro aqui por alguns minutos? —Indagou a um frentista jovem que estava distraído lendo uma revista de motovelocidade.

O rapaz apenas assentiu com a cabeça e depois voltou ao que estava fazendo.

Mathias, sem tirar os olhos dos carros por nem um segundo, pôs-se a caminhar na direção deles, atento para não ser flagrado. Um minuto depois, a porta do primeiro carro se abriu e um rapaz alto e magro desceu dele, sem olhar para os lados, seguiu para carro de David, abriu a porta do lado do passageiro e entrou.

Mathias parou, não sabia o quê fazer. Aproveitando-se do tronco grosso de uma árvore, escondeu-se e fez algumas fotos do que via, surpreendeu-se em conseguir capturar o exato momento em que o rapaz, menos de dois minutos depois de entrar, saiu do carro de David, e voltou para o seu.

Não sabia quem ele era, mas estava determinado a descobrir. Esperou os dois saírem dali e correu de volta ao posto. Sabia exatamente para onde iria.

Mathias e David chegaram praticamente juntos, mesmo tendo perdido o colega de vista por um tempo, ignorou a velocidade permitida e conseguiu a alcança-lo.

—Precisamos conversar. — O aspirante a detetive, bateu na janela do carro de David, que esperava distraído, pela abertura completa do portão eletrônico de sua casa.

Seu olhar foi vacilante, e mesmo não entendendo o que o colega podia estar querendo com ele àquela hora, abaixou o vidro apara atendê-lo.

—Olha cara...esse é um péssimo momento. —David respirou fundo. —Eu não estou a fim de papo agora.

—Eu acho melhor você reconsiderar David... — Mathias debruçou em sua janela, seu semblante era ameaçador.

—Do que você, está falando?

Mathias cruzou os braços, depois ficou sério.

—Sobre seu irmão, sobre o sumiço do dinheiro do supermercado, sobre esse encontro misterioso que você acaba de ter, e que eu registrei em meu celular... —Ele pontuou, fazendo com que cada uma das insinuações, atingissem David como socos no estômago.

—Então...você deve ter uma ligeira ideia de como eu estou ferrado... —David cobriu o rosto com as mãos, cansado lutar contra toda a lama em que estava metido.

*************

—Miguel... —Alicia atendeu seu telefone antes mesmo do segundo toque.

—Como está minha bailarina preferida? —Ele perguntou de forma carinhosa.

Há algumas semanas separados, falavam-se diariamente, só não tocavam no assunto do bilhete, nem Miguel, nem Alicia.

—Eu já disse...sem você aqui estou perdida! —Ela sentou-se em sua cama, imaginando como ele estaria lhe sorrindo, caso estivessem se vendo.

—Aqui está quente, Deus, como nosso clima é diferente!

—Hum...já entregou meus presentes a minha avó?

—Eu juro, essa semana eu vou até Santo Vale. —Miguel usou um tom culpado.

—Sem pressa, na pior das hipóteses, eu mesma entrego, afinal, falta tão pouco para meu retorno. — Ela foi escarnia.

Miguel riu baixo.

—Sinto sua falta. —Ele sussurrou.

Alicia puxou um pouco de ar, deixando sua mente analisar como estavam seus sentimentos. Uma bagunça, concluiu.

—Miguel, eu também sinto sua falta a cada minuto... —Foi vaga, na verdade estava louca de saudades, não como era com Erick, não mesmo, e até por isso ela usava boas doses de cautela quando conversavam, afinal, agora sabia que para ele, não era apenas amizade. Tudo o quê Alicia não queria, era magoar aquele anjo que aparecera em sua vida.

*************

O dia amanheceu em Santo Valle, céu azul e sol brilhando, dessa forma nem parecia que na noite passada uma tempestade havia caído sobre cidade.

Erick acordou bem cedo, munido de ração e caixas de papelão, voltou até o casebre, estava muito preocupado com os bichanos vivendo naquelas péssimas condições, Laura o acompanhou, afinal, havia herdado dela a paixão por animais, só que numa dose mais concentrada.

—Esses são seus...bisnetos. —Ele apontou a gata com os filhotes que pareciam ainda mais fofos à luz do dia.

—Filho, eles são lindos! —Laura afagou a cabeça da mãe dos bebês.

Os dois ficaram um período da manhã dando uma arrumada naquele ambiente, e depois de colocarem alimento para os gatos, contaram vinte e três felinos, de varias cores e tamanhos.

—Vou falar com a Marta, ela deve saber a quem pertence esse lugar. —Erick afirmou depois que a mãe indagou qual seria se próximo passo.

—Erick...eu sei o que está pretendendo, mas filho, se está pensando nisso apenas por ela, pode se decepcionar. —Laura lembrou-se da bendita lista de desejos de Alicia, a mesma que acabou sendo fundamental para a decisão do rapaz, quanto o ingresso da até então, namorada, ao Royal Ballet.

Ele baixou a cabeça, no fundo realmente pensara em Alicia, e em seu desejo por ter um abrigo de animais.

—Mãe, não é só por ela...

—Certo. —Ela tocou o ombro do filho. —Eu só não quero que sofra ainda mais, Alicia vai voltar em breve, mas ela nunca mais falou com você e sabe o quê isso pode significar.

Laura não queria ser dura com Erick, no entanto vinha notando o quanto a notícia daquele retorno antecipado havia o restaurado, ela tinha muito medo de que ele estivesse criando falsas expectativas.

—Bom, é melhor irmos, eu tenho que trabalhar, —ele caminhou para fora da casa — mais tarde eu volto para ver como tudo está por aqui.

De volta ao haras, enquanto a mãe rumou para a edícula, Erick seguiu até o escritório da avó de Alicia, antes de entrar ouviu sua risada, ela conversava com alguém.

—Marta está atendendo algum cliente? —Erick perguntou a Maurício, um outro funcionário que estava na recepção.

—Na verdade ela está recebendo um amigo da Alicia, acho que um rapaz que veio de Londres. —Ele deu de ombros, enquanto arrumava alguns papéis.

Erick sentiu seu corpo gelar, seria o tal Miguel? Sem nada dizer saiu e correu para os fundos do prédio, ali ele poderia ouvir toda a conversa.

— Fico feliz por ter feito companhia a minha neta... acho que sem você, ela não teria suportado. —Erick ouviu a afirmação de Marta.

—É, devo admitir que ela não estava lá muito animada com a cidade e nem com as aulas, mas acabamos nos divertindo muito...veja essa foto, Alicia adora esse lugar... —A voz masculina falava da bailarina como se a conhecesse tão bem, que Erick precisou se controlar para não entrar naquela sala e segurá-lo pelo pescoço.

Embora o telefone mudasse um pouco a voz das pessoas, Erick tinha certeza, aquele que não se cansava de rasgar elogios a sua ex-namorada, era a mesma pessoa que atendera o celular de Alicia, meses atrás.

— Nossa, sinto tanto a falta dela, essas fotos acabam por me dar algum alento. —Marta parecia emocionada.

—Eu posso imaginar...não faz um mês que estou aqui, e mesmo nos falando todos os dias por telefone, a saudade chega a doer... —Miguel usou um tom mais baixo, parecia envergonhado com o que acabava de dizer.

Erick respirou fundo, estava prestes a perder a cabeça.

—Apaixonou-se por ela, não foi? —Marta perguntou direta, e Erick interrompeu a própria respiração para poder ouvir qual seria a resposta que o rapaz daria.

— Está tão na cara assim? —Ele riu. —Eu até tentei evitar, mas sua neta é fantástica, o tipo de garota que não se encontra em qualquer lugar, e eu tive a sorte de tê-la como minha vizinha de poltrona, durante a ida para Londres...

Pronto, aquilo foi o bastante para acabar com Erick de vez, por fim, todos os fantasmas que o assombravam e aquele nome, Miguel, acabavam por se materializar. Ele tinha certeza, Alicia realmente cumprira com sua promessa, havia o esquecido, e não apenas isso, já havia colocado outro em seu lugar.

Desnorteado, seguiu para um lugar isolado, atrás das baias dos cavalos, não queria ver e nem ter de falar com ninguém. Sem se incomodar em sujar suas roupas, sentou-se no chão de terra vermelha, derrotado, machucado e pior, culpado. Estava certo de que fora ele o maior culpado por aquilo ter acontecido, ele havia entregado Alicia de mãos beijadas a outro alguém, e essa pessoa não era boba, Miguel sabia o quanto Alicia era única e valorizava isso.

Ele havia a perdido, e constatação doía de mais.

Talvez, se tivesse esperado pelo fim da conversa, teria ouvido da boca de Miguel que Erick , apesar de tudo, ainda era o dono do coração de Alicia, ouviria também que por todo aquele tempo, tudo o que ele viu foi uma garota sofrendo de maneira absurda por um amor que infelizmente, nunca poderia ser dele.

************

A conversa com Mathias, apesar de constrangedora e até mesmo humilhante, acabou dando a David, um certo alívio. Dividir com mais alguém seu temor e aquele peso, parecia ter devolvido a ele um pouco de ar.

—Sabe o quê tem que fazer, não é? —Mathias e David estavam no escritório do supermercado, o rapaz estava lá, cobrando colega a promessa que ele lhe fizera na noite passada, iria dar um jeito de concertar coisas.

—Acha que é fácil? —David andava de um lado para o outro. —Eu não posso simplesmente entregar minha cabeça de bandeja.

Mathias estava em pé, próximo à mesa que David sentava atrás, irritado, deu um soco no tampo de madeira, fazendo com que alguns papéis caíssem no chão.

—Seu irmão pode ser condenado por tentativa de homicídio, a Vivian perdeu o emprego e agora está trabalhando em outra cidade, já que aqui ninguém quis dar um emprego a ela, e você ainda acha que sua cabeça deve ser preservada? — Mathias pela primeira vez perdeu realmente a paciência com David.

Ele arregalou os olhos.

—Cara ! Dá pra falar mais baixo? — Ele se levantou, colocando-se ao lado do rapaz. —Já imaginou que isso vai envolver a polícia?

—Escuta bem o que vou falar, —Mathias apontou o dedo na cara de David, ele era mais alto e por isso parecia ainda mais intimidador— eu não vou esperar até o dia da droga desse julgamento para contar o que sei...se eu tiver que falar com seu pai, com seu irmão e mais, com Eliot, sim porque não tem ideia do quanto ele está puto por conta dessa historia da Vivian, cara, a polícia vai ser a menor das suas preocupações.

Davi fechou os olhos, voltava a carregar um fardo nas costas.

—O Alisson vem me chantageando desde aquela maldita noite, —ele estava quase chorando—agora você também?

—Se meteu com esse tipo de gente porque quis, por capricho, afinal nos dois sabemos que você nem era tão apaixonado assim pela Alicia, a questão é que você nunca gostou de perder.

—Você não sabe...

—David, — ele o interrompeu—eu espero não ter que voltar até aqui, porque eu juro, —Mathias caminhou até a porta — embora não me diga respeito, agora eu vou até o fim, e mais, se tentar alguma coisa contra mim, vai se arrepender...

—Acha que está falando com um bandido? —David ofendeu-se com a insinuação.

—Na verdade você é um pouco pior, o quê fez, nem o classifica como tal, colocar a vida de duas pessoas em perigo, por despeito, sem contar todo o resto, me dá o direito legítimo de desconfiar de você sim... —Mathias bateu a porta antes de sair.

David estava em pânico, sentia cada parte do seu corpo reagir àquilo. Tinha tanto a perder que nem sabia por onde começar. Pensava na reação de seus pais, dos amigos, de Alisson, sim, porque não dava para se entregar sem entregar a ele, pensava em Alicia e pior, em Erick.

Ele sabia bem que por fim, mesmo que como efeito colateral, havia conseguido separar o casal, só que em meio a todo aquele caos, sequer sentiu-se animado para comemorar, e tinha plena consciência de que quando o irmão descobrisse a verdade dos fatos, acabaria com ele, literalmente.

No mais, agora havia Mathias, ele sabia que o rapaz não estava blefando. David sentiu-se com a corda no pescoço, sem ter noção de como agir. Na noite anterior havia entregado mais dinheiro ao rapaz que no inicio parecia ser a solução de seus problemas, e aquilo estava se tornando rotineiro, sabia que não pararia por ali, ele já não tinha mais de onde tirar dinheiro para dar a Alison e mais, para custear os gastos com aquele advogado caríssimo que ele o obrigava a pagar.

— Mãe...eu fiz uma grande besteira e não estou sabendo como resolver... —Ele, como uma criança arteira, jogou-se nos braços daquela que era sua única esperança.

—David, meu filho...sabe que pode contar comigo para tudo que precisar. —Ela abraçou-o, e talvez não imaginasse a dimensão real dos problemas.


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