— Pronto, agora só precisamos esperar aqueles idiotas virem aqui fora atrás da gente – disse Zoro relaxado.

— Só espero que dê certo...

— Vai dar, confie em nós mesmos.

— Sim...

O plano deles era simples, Zoro havia feito diversos cortes no telhado da sala onde estava a fonte, permitindo que assim cedesse com o impacto acima dele, na superfície.

Enquanto Zoro trabalhava, Nami usava um Den Den Mushi que ela pegou “emprestado” da sala de limpeza e ligou para a Marinha. Disfarçou a voz, se fingindo de moradora da ilha, e contou que dois homens estavam barbarizando o templo da Ilha do Templo da Floresta.

Ao dizer o nome dos dois Nami se surpreendeu ao descobrir que ambos eram piratas e que já haviam marinheiros na ilha que iriam ser alertados para verificar o local. Agradeceu ainda meio chocada e encerrou a ligação.

— Ei Zoro!?

— O que foi?

— Descobri que aqueles dois cabeças de fósforo são piratas.

— Isso eu já imaginava... E o que mais?

— Tem marinheiros na ilha, eles estão vindo pra cá! Precisamos ser rápidos, antes que eles cheguem – respondeu, já imaginando a confusão que seria se fossem vistos.

— Certo...

— ...

— ... É... Nami?

— Sim?

— Nunca fui muito bom com palavras, então acho melhor eu te mostrar com ações...

— Me mostrar o qu... – foi calada com um beijo.

Nami ficou estática quando Zoro avançou e a beijou segurando em sua cintura. Quando caiu a ficha ela o abraçou passando os braços ao redor de seu pescoço, o correspondendo. Não foi um beijo digno de cinema e sim meio desajeitado, afinal ainda não acreditava no que estava acontecendo.

Depois de poucos estantes eles se separaram por falta de ar, encostando as testas ainda de olhos fechados.

— Prometo tirar a gente dessa, custe o que custar – sorriu para ela.

— Eu sei. Confio em você Zoro – estava mais vermelha do que eu quando ando no sol sem protetor solar.

— Mas que bela cena – Teuzugi chegou batendo palmas – Não deveriam se distrair assim meus amigos.

— Ora, finalmente os malucos chegaram – se colocou automaticamente na frente de Nami.

— É O AMOR, QUE MEXE COM A MINHA CABEÇA E ME DEIXA ASSIM! – cantou Tukimi alheio a tensão a sua volta.

— CALA BOCA, NÃO TÁ VENDO QUE ESTAMOS PRESTES A CONCLUIR NOSSOS OBJETIVOS?

— Você... Gritou comigo... Eu vou contar pra mamãe – já começava a chorar.

— Pode contar o que quiser pra ela, mas faça isso depois. Agora devemos nos focar!

— Nunca vire suas costas para o inimigo – Zoro surgiu empunhando suas três espadas, partindo para cima dos irmãos.

A luta começou equilibrada, Teuzugi retirou sua espada da bainha presa na sua cintura, que até então não tinha sido notada, e conseguiu se defender a tempo do ataque, enquanto seu irmão ainda chorava sem nem perceber o que acontecia.

Zoro não estava lutando a sério, pretendia apenas trocar golpes de espadas com o inimigo, pois sabia que se usasse qualquer um de seus golpes o chão cederia o que acabaria totalmente com seu plano.

Teuzugi lutava com todas as suas forças, se auto vangloriando por conseguir lutar mano a mano com o grande espadachim dos Mugiwaras. Sequer imaginava que estava caindo igual um patinho na armadilha.

— Zoro, estou ouvindo passos. Acho que eles chegaram, precisamos ser rápidos – Nami disse desesperada.

— Droga... Quando eu der o sinal você já sabe o que fazer!

— Certo, pode deixar!

— O que vocês dois estão tramando? – perguntou Teuzugi curioso.

— A sua derrota – respondeu, colocando mais força nas espadas, fazendo o inimigo cair.

— IRMÃO – Tukimi gritou, correndo até seu irmão.

— NÃO VENHA TUKIMI!

— AGORA NAMI – Zoro gritou.

— Thunderbolt Tempo – atacou, fazendo raios e mais raios caírem sobre os irmãos Han.

O efeito foi quase instantâneo, o chão começou a rachar e caiu rapidamente fazendo os dois irmãos caírem na fonte. Por causa da água do Mar da mesma ambos foram perdendo suas forças rapidamente.

— SEU MALDITOS, VOCÊS ME PAGAM – gritou Teuzugi.

— A água está agradável não acha? – perguntou Tukimi.

— ORA SEU IDIOTA – tentou pular em cima do irmão.

— Me sinto estranha...

— Você está brilhando – observou Zoro a olhando.

— Acho que o poder daqueles dois perdeu o efeito – respondeu, enquanto parava de brilhar.

— Eu ouvi barulho de luta por aqui – ouviram uma voz ao longe.

— A Marinha chegou – sussurrou Nami.

— Vamos dar o fora daqui – a pegou no colo estilo noiva e começou a correr se esquecendo completamente das mochilas “perdidas” anteriormente.

— Ei idiota, eu sei andar – falou corada.

— Eu sei, mas prefiro assim. Apenas me guie pelo caminho certo - sorriu.

— Eu sempre te guiarei onde quer que for Zoro – respondeu também sorrindo.

E assim ambos voltaram para o navio onde seus companheiros já estavam preocupados com a demora. Quando chegaram perto do Sunny, Zoro a desceu agarrando sua mão logo em seguida.

Mal deu tempo de subirem a bordo e já foram logo bombardeados por várias perguntas, principalmente o sobre estarem de mãos dadas.

Explicar todo o ocorrido foi mais simples do que imaginavam, agora contar o porquê de chegarem mais íntimos um do outro já é outra história.

História essa que, por enquanto, apenas eles precisavam saber.