Estou suando agora, me mexendo devagar

Olhei para trás e me deparei-me com ele me visualizando e tirando a blusa. Eu imaginei de leve o que ele estava prestes a fazer, mas procurei não acreditar, aquele não poderia ser o Julian que eu amava e havia me casado com tanto amor.

Ele veio sobre mim e me agarrou por trás já despido.

— Agora Kate você vai aprender que tem que fazer tudo que eu mando e com a minha permissão. – eu tentei lutar contra ele, mas estava cansada e minha força era muito inferior a dele.

Como nunca pensei ser. Ele foi um monstro. Forçou-me a coisas que nunca pensei fazer. Machucou-me. Por fora e por dentro em todos os sentidos. Senti-me suja. Senti que deveria fazer alguma coisa, mas o que eu não sabia.

Não há tempo para pensar, é a minha vez

Dias... Semanas... Meses... Passou-se o tempo e eu continuava naquela tortura. Larguei novamente minha carreira, mas dessa vez por que eu tinha vergonha de subir no palco com manchas roxas por todo o corpo. Parei de ligar para meus amigos e minha família. Eles deveriam pensar que eu estava morta. E isso era verdade. Por que eu estava morta por dentro. Eu era apenas um corpo frágil, mutilado, sem vida e sendo usado da pior forma.

Julian ligava para os outros dando noticias de mim, trabalhava e vivia uma vida normal no modo dele. As noites ele era bruto, insensível, um verdadeiro canalha. Mas o que eu poderia fazer? Não tinha chance contra ele, e quando tinha ele simplesmente me dava um sonífero e se satisfazia do meu corpo. Eu era um simples brinquedinho.

Numa noite ele voltou para casa mais cedo do que eu esperava. E como em todas as noites ele me... Usou. Depois ele me deixou jogada como um objeto quebrado e foi assistir TV. Eu simplesmente levantei e fui tomar um banho para limpar o pouco do que eu achava ser sujeira no meu corpo imundo. Nojento. Quando eu saí do banheiro eu ouvi o toque do celular dele chamar insistentemente. Pensei que ele não ia atender mais de repente eu ouvi o som da voz dele. Baixo. Inescrupuloso.

— O que você quer, eu já mandei você não me ligar quando eu estiver em casa sua vagabunda. – ele disse preocupado em não me deixar ouvir.

Eu me ajoelhei no chão e engatinhei até a ponta do corredor para que ele não me visse.

— Eu estou em casa com a minha esposa, não posso sair daqui agora, amanha eu apareço por ai. – disse ele, em seguida ele gritou – dane se eu não vou gastar o meu dinheiro com o filho de um qualquer e nem venha me dizer que o filho é meu por que eu não acredito. Você é tão rodada que essa criança pode ser de qualquer um. – ele discutiu com a possível amante durante mais alguns minutos. Depois desligou e jogou o celular na parede. Corri para o quarto sem ele perceber.

E dá para ver o meu coração bater 

Assim que entrei no banheiro, tranquei a porta e liguei o chuveiro. Sentei-me ao lado do sanitário e abracei meus joelhos. Tremi com o medo de que ele pudesse entrar ali e recomeçar a tortura.

Fiquei ali durante mais ou menos 3 horas. Ele começou a bater na porta e exigir que eu saísse. Eu desliguei o chuveiro e encostei-me à parede. Senti uma tontura. Fiquei tão zonza que achei que iria desmaiar. Ao contrario. Vomitei. Fui me esbarrando na parede até a pia. Abri a torneira e lavei meu rosto na vã esperança da tontura passar.

Olhei de relance para o lado. Visei o pacote de OB que eu deveria ter usado há dois meses. Parei e comecei a pensar. Desde a primeira vez em que o Julian havia me tocado eu não havia menstruado.

Céus!   

Dá para ver através do meu peito

Continua...