A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 13
Bem-vinda Libra Macmillan




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De fato, Lúcio confirmou a existência do bruxo que Selma dizia ser seu avô e ninguém conseguiu comprovar que sua certidão e documentos eram falsos, então Selma foi considerada uma meio-sangue, inferior, segundo os olhos do novo Ministério e os comensais do que os de sangue-puro, mas uma bruxa, mesmo assim, com direito de existir no mundo junto com eles. Ela mandou uma caixa cheia de pergaminhos, tantas e penas novas para ela como agradecimento e disse que ela e todos seus filhos que pudesse ter parentes e amigos eram bem-vindos na loja da família de seu noivo.

— Eu estava precisando mesmo de uma pena nova, olha que linda essa! – Disse Hydra para Peter equanto examinavam o pacote.

— Eu estou feliz que isso deu certo no final, mas você se arriscou, Hydra e eu te admiro por isso.... – Disse Peter sentado ao seu lado – E continua se arriscando ficando naquele Ministério ainda.

— Eu aguentei uma semana, não aguentei? Agora faltam o que? Mais uma semana para a Libra nascer provavelmente? Depois eu entro de licença de qualquer jeito...

— É, você quando quer uma coisa... impressionante... – Disse Peter balançando os ombros, admitindo derrota.

— Angelina e Alicia mandaram presentes, você viu? – Perguntou Hydra tentando mudar de assunto.

— Sim, tem um tempo que elas não aparecem por aqui, não é?

— Um ou dois meses, mas tadinhas; estão tão ocupadas, não posso culpar – Disse Hydra.

— E suas amigas da França? – Perguntou Peter.

— Elas me mandam cartas toda semana, mas já nos acostumamos a não nos vermos com tanta frequência, ainda mais agora.

— Sim, também não tenho visto o Jenono e o Abbas tanto quanto gostaria.

— Como está sua irmã? – Perguntou Hydra, ainda examinando todos os presentes que ganhara, sentada no chão da sala, com Lacerta ao seu lado.

— Triste de não estar trabalhando no Profeta, mas nem queria do jeito que está agora, mas está escrevendo o livro dela pelo menos, isso a mantem distraída e também tem trabalhado para o Xeno Lovegood e isso também é bom, ele é do jeitinho dele, mas é um bom chefe, pelo que ela diz – Respondeu Peter.

— Ela tem vindo aqui as vezes, diz que está se sentindo uma péssima tia e amiga, mas tadinha, é difícil passar de se ver todos os dias em Hogwarts para a vida real, não da para manter o mesmo ritmo – Disse Hydra rindo.

— A não ser com o Fred e o Jorge, vocês dois conversam todos os dias naquele espelho – Disse Peter rindo.

— Ciúmes? - Perguntou Hydra também rindo.

— Não, eu consigo te ver todo dia pessoalmente, ganhei! – Peter riu e beijou Hydra.

Libra parecia pronta para vir a qualquer momento, se mexia loucamente em Hydra o dia inteiro, até Umbridge parecia notar.

— Acho melhor você passar o dia reescrevendo as atas, você parece que vai ter o filho a qualquer momento.

— Está dizendo que não preciso ir para as câmaras hoje? – Disse Hydra sorrindo.

— Sim, irei procurar uma escrivã em outro departamento – Disse Umbridge olhando alguns papéis – Mas Senhorita Malfoy, somente hoje, ok? Não queremos ver uma criancinha de puro-sangue prejudicada, queremos?

— Jamais! – Disse Hydra sorrindo.

Apesar de tedioso, o trabalho foi muito melhor do que ver as audiências nas câmaras, apesar de que rever todos os detalhes das que viu, foi quase tão horrível quanto, raramente os finais eram felizes ali, por isso deixou as poucas que eram para o final, para animar um pouco seu dia.

— Só o que eu sei é que eu não queria ser um sangue-ruim andando por aí agora – Hydra ouviu uma das pessoas que trabalhavam atrás dela falar com outra.

— Dizem que estão perseguindo eles, os que não se apresentaram ainda, bem, você acha que é verdade isso deles serem um risco?

— Ou de roubarem magia? – Disse uma terceira voz.

— Isso tudo é bobagem – Disse Hydra virando para trás – Se magia fosse possível de roubar ou qualquer um pudesse usar uma varinha que colocasse as mãos, não teríamos abortos, teríamos? Todo mundo sabe que a magia não pode ser comprada ou roubada, ou você é bruxo ou não é e se você consegue usar uma varinha, produzir magia com ela, poções, etc, então acredite, você é um bruxo.

Todos olhavam meio chocados para ela.

— Mas os planfletos... – Disse uma bruxa de meia idade.

— Os panfletos mentem, os nascidos trouxas não são nenhuma ameaça para nós, eles são tão bruxos quanto qualquer um de nós, às vezes até mais inteligentes, isso tudo é uma grande bobagem preconceituosa que querem empurrar para vocês, não sei como ainda vocês acreditam... – Disse Hydra se virando novamente para frente.

— Você é nascida-trouxa, por acaso? – Perguntou um bruxo louro de óculos perto dela.

— Não, eu sou sangue-puro, nascida em uma das famílias mais preconceituosas desse país e mesmo assim eu sei que tudo isso é bobagem.

— Qual família? – Perguntou o bruxo.

— Malfoy – Respondeu Hydra, escrevendo no pergaminho.

Muitos sussurros foram ouvidos atrás dela "eu disse que ela era uma Malfoy, viu?" Malfoy? Eles não são tipo, super ricos?"

— E o bebê? É sangue-puro também? – Continuou o bruxo.

— Sim, meu nome de casada é Macmillan, também são sangue-puros e sinceramente, como eu disse, isso é a maior bobagem de todas, o fato deles ou eu sermos sangue puros não nos fazem melhores do que absolutamente ninguém.

— Não é o que o ministério diz – Disse o bruxo.

— O ministério não sabe de tudo... – Respondeu Hydra encerrando o assunto.

Aquela conversa parece ter se espalhado, durante o resto da semana, Umbridge pegou pesado e fez Hydra trabalhar mais duro do que nunca, as vezes chegando em casa às 11 da noite, para a grande irritação de Peter.

— Hydra, você sabe que dia é hoje? – Disse Peter em uma noite quando Hydra chegou às 11:30 da noite.

— Quase dia 23, por quê? – Perguntou Hydra para Peter que parecia mais irritado do que nunca.

— Porque a Libra pode nascer a qualquer momento, qualquer momento Hydra! Você quer que ela venha a nascer no Ministério?

— A Libra deve nascer lá para o dia 30, Peter, temos tempo – Hydra tentou subir as escadas, mas Peter a impediu.

— Hydra, pelo amor de Deus, você precisa de um descanço, não acha?

— É o que eu estou tentando fazer – Disse Hydra tirando Peter do caminho.

— Por que você faz meu trabalho de cuidar de você tão difícil? – Gritou Peter da beira da escada.

— Porque se fosse fácil, você se entendiaria, não acha? – Disse Hydra rindo.

Hydra trocou de roupa, mas enquanto se trocava, notou o quanto sua barriga estava grande e baixa.

— Eu estou dizendo, acho que ela já está vindo – Disse Peter aparecendo atrás dela.

— Eu sei, mas mais alguns dias, não acha?

— Sim, uns 5 no máximo – Disse Peter.

— Isso não te apavora? – Perguntou Hydra olhando para os olhos azuis do marido.

— Até meu último músculo – Disse ele sorrindo, seu sorriso hipnitizante nunca deixou de atrair Hydra – Mas me deixa feliz também, mal posso esperar para ver seu rosto e saber com quem ela parece mais.

— Comigo, provavelmente, o gene Malfoy é forte, geralmente atravessa gerações, acredite...

— Olhos cinzas e cabelos quase brancos então provavelmente, mas o nariz e boca ainda podem ser meus... além disso, quem sabe? Isso pode mudar dessa vez! - Disse ele rindo.

Na sexta, Hydra teve que ouvir apenas uma audiência, era um dia de pouco movimento.

— Espero que esses dias tenham servido para lhe ensinar a importância do Ministério, Senhorita Malfoy – Disse Umbridge enquanto voltavam para o andar de cima.

— Com certeza, Madame Umbridge, me ensinou muito – Disse Hydra se sentindo cansada e com a barriga mais pesada do que nunca.

— Que bom, deveria ficar feliz por sua filhinha nascer em um ambiente purificado de sangues-ruins ladrões de magia.

Hydra não respondeu, apenas levantou levemente a sobrancelha e fingiu não ser com ela.

— Qual o nome dela, afinal?

— Libra, Libra Macmillan.

— Malfoy-Macmillan, você quer dizer – "Corrigiu" Umbridge.

— Não, só Macmillan mesmo.

O dia acabou cedo, Umbridge a liberou pouco depois das 4 da tarde, Hydra então passou o resto da tarde com os gêmeos na loja até ser levada por eles para casa, Peter estaria fora aquela noite, então eles fizeram companhia para Hydra até de madrugada.

Fleur e Gui se tornaram visitas frequentes na casa de Hydra, Peter gostava de ter um outro bruxo perto, para conversar coisas de homens, imaginava Hydra e a companhia de Fleur se tornou mais agradável do que Hydra pensava.

— Eu fiz algumas roupinhas para Libra, nunca fui muito boa com feitiços de costura, mas espero que goste – Disse Fleur falando em Francês com Hydra enquanto as duas arrumavam a cozinha fazendo tudo se limpar, voar pelo cômodo e ser guardado nos armários com movimentos de suas varinhas.

— Muito obrigada Fleur, você tem sido uma ótima companhia, de verdade.

— Quem diria, não é? Erámos tão "rivais" na escola e agora somos vizinha e amigas – Disse Fleur rindo.

— Eu sei, o mundo dá voltas... – Disse Hydra também dando uma leve risada – Fleur, você por acaso se alguém tem tido notícias do Potter?

— Nada ainda, Lupin disse que eles estão bem, mas preferiu não dar detalhes, claro que isso foi na época que tudo começou, bem... – Fleur fez uma pausa e olhou para o chão – A minha sogra está tão preocupada, pobrezinha.

— Vocês então já estão se dando melhor? – Perguntou Hydra.

— Melhor... Ela finalmente me aceitou e eu finalmente aprendi a lidar com ela – Disse Fleur olhando para Gui que conversava com Peter – Tudo pelo meu Gui, ele é tão bom marido para mim.

— Sim, o Gui parece ser uma pessoa maravilhosa.

— E o Peter também, acho que não tem nada que esse menino não faria por você – Disse Fleur sorrindo.

— Sim, eu por ele também, então...

Hydra deixou a varinha cair no chão e segurou a barriga em uma dor agoniante.

— Hydra, pelo amor de Deus, o que houve? Hydra? – Disse Fleur a segurando – Meninus, meninus, ajudá aqui.

Os dois vieram correndo, Hydra sentiu um líquido em suas coxas, havia uma poça de água no chão embaixo dela.

— Sua bolsa rompeu! – Disse Peter sorrindo.

— Que? Não! Ainda não! Está cedo! - Disse Hydra.

— Não está, Hydra, está na hora, Gui, me ajuda a colocar ela na cama? Fleur, você pode ir até a casa dos meus pais e chamar eles? Eles estão mais acostumados com partos.

— Clarro – Disse Fleur também pegando a varinha de Hydra e colocando no bolso das vestes ensopadas de Hydra e depois fazendo o líquido desaparecer do chão, antes de sair de casa e desaparatar.

Peter e Gui seguraram Hydra, colocando um braço dela no ombro de cada um e a carregando para cima da casa, aonde ficava o quarto principal.

— Vamos colocar ela deitada – Disse Peter, as dores vinham e voltavam, mas quando viam eram horríveis.

— Faz parar! – Gritou Hydra durante uma contração.

— Eu vou, toma, beba isso... – Disse Peter dando uma poção para ela que ela bebeu tudo na hora e a sensação de dor parou, apesar de ainda sentir algo a incomodando.

— Não da para parar tudo, você precisa saber quando fazer força, não vai sentir dor, mas vai sentir a sensação do parto.

Peter a examinou enquanto Gui, respeitosamente, esperava na porta do quarto.

— 8 Centímetros, está quase lá, mas pouco tempo e ela já vem vindo – Peter sorria tanto que parecia que ia explodir.

Os pais de Peter entraram correndo, assim como Jeniffer, Abbas e Fleur.

— Gente demais, eu quero só o Peter aqui dentro, vocês todos, esperem na sala, ok? – Disse a sra. Macmillan.

— Eu preciso de um balde de água e pano – Disse a sra. Macmillan, fazendo um banco aparecer na sua frente e sentando nele, na ponta da cama.

Peter transfigurou um jarro em um balde e colocou água nele, pegou algumas toalhas do banheiro do quarto e ficou ao lado de Hydra segurando a sua mão.

— Muito bem, 9 cm – Disse a sra. Macmillan, Hydra sentia uma sensação horrível de ter sua sogra examinando ela.

— Não se preocupe, eu já trouxe muitas crianças para a vida, não é mesmo Lance? – Disse ela para seu marido, que estava ao lado de Peter.

— Sim, mas eu trouxe a Jeniffer e o Peter – Disse ele sorrindo.

— Vai doer? – Perguntou Hydra.

— Não, você já recebeu a poção? – Perguntou a sra. Macmillan e Peter acenou com a cabeça dizendo que sim.

— Então vai ser provavelmente muito fácil agora.

Foram 40 minutos de espera, durante todo o tempo, Hydra não sentia dor, mas sentia a sensação, sentia a dilatação e o bebê se mexendo.

— 10 centímetros, filha, você está pronta – Disse a Sra. Macmillan se posicionando na ponta da cama – Quando eu mandar, faça força, ok?

Hydra percebeu que ela pegou a varinha e uma pequena corda de luz de cor azul saiu da sua ponta e ela sentiu a cordinha entrando dentro dela, não doia, só incomodava um pouco.

— Ok, Hydra, puxa, agora.

Hydra fez força até ficar sem ar e parou.

— Ok, ok, espera um pouco e depois de novo.

Peter ficava olhando para baixo para ver algo, o Sr. Macmillan foi até o quartinho de Libra e trouxa um manto e uma roupinha para quando ela nascesse.

— Ok, mais uma vez, filha, vamos lá – Disse a Sra Macmillan.

Hydra de novo fez força, dessa vez sentiu algo descendo por suas pernas.

— Ela está quase aqui, quase aqui – Disse a sra. Macmillan um pouco emocionada e Peter já chorava.

Hydra continuou fazendo força, até que sentiu um alívio enorme e respirou fundo algumas vezes, então, notou o som... O choro de um bebê, forte, bem forte, ela olhou para baixo e viu Libra, ela a viu pela primeira vez na vida, estava nos braços da Sra. Macmillan, toda cheia de sangue e gosma, mas logo foi limpa com um toque de varinha do Sr. Macmillan e Hydra conseguiu ver uma menininha loirinha, muito loura, sua pele era branca rosadinha e seus olhos cinzas, idênticos aos seus, idênticos aos de seu pai e irmão...

O sr. Macmillan a embrulhou em uma manta branca e passou para Peter, que ficou parado, chorando em silêncio e olhando para a bebezinha que parou de chorar assim que foi para o seu colo.

— Ela é linda, linda! Toda bem-feitinha, olha para ela! – Disse a Sra Macmillan chorando.

— Deixa eu ver, por favor... – Disse Hydra esticando os braços para Peter.

Eles então colocaram Libra em seu colo, ela olhou para Hydra e foi amor à primeira vista, Libra tinha tudo tão lindo, cada feição tão delicada, ela olhava para Hydra e todos os prolemas do mundo pareciam ter sumido, não mais Voldemort, não mais Comensais da morte ou Umbridge, ou mesmo seus pais, só ela, Hydra e Peter, para sempre juntos.

— Acho que ela já te ama! – Disse a sra. Macmillan ainda chorando.

— Ela é linda, olha esse nariz, esse queixo, é a cara dos Macmillans – Disse o sr. Macmillan emocionado.

— Não, essa boquinha é da minha família – Disse a sra. Macmillan.

De fato, o queixo e boca, eram de Peter, mas os olhos, a olhos... Era como se olhar em um espelho, os memos olhos, idênticos, aos seus, de Draco e de seu pai, assim como o cabelo, o tal gene Malfoy... Dizia Hydra. O Nariz, por mais que o Sr.Macmillan falasse que era dos Macmillans, Hydra achou que parecia muito com o dos Blacks, uma menina com traços de quatro famílias bruxas, no entanto, tão única, única, só ela, só dela, só de Libra, a menininha mais linda que Hydra já viu na vida dela.

— Nascida no dia 27 de setembro de 1997 às 9:30 da noite– Disse a Sra. Macmillan para Hydra.

— Peter, eu quero fazer aquele contrato, aquele que diz para quem....

— Eu sei, eu já planejava ir amanhã no Ministério dar todos os detalhes, não se preocupe – Disse ele beijando sua mão.

— Deixa eu vestir ela? – Perguntou a Sra. Macmillan – Depois vou te ensinar como alimentar ela.

Hydra por um segundo considerou não entregar Hydra para ninguém, não podia, era só dela e do Peter! Mas então decidiu entregar, foi um sofrimento, parecia que tinham tirado uma parte de seu corpo, ela ficou olhando triste enquanto a sra. Macmillan colocava uma roupinha bege e branca nela, a deixando ainda mais linda, Peter a pegou no colo e a embalou por alguns minutos e logo depois ela estava de volta para os braços de Hydra.

— Vamos alimentar essa coisinha, linda? – Disse a Sra Macmillan.

"Há um momento em que há paz

É quando a voz quente da mulher

Entoa uma canção de ninar

Junto ao leito do filho.

Cessam lá fora todos os canhões de guerra,

Só a canção ressoa

Cessam os gritos

As angústias, os medos

Só a voz sublime da mãe embala a canção,

E o filho dorme.

A mão que embala o berço embala o mundo."

*Obs, o email é de autor desconhecido e foi tirado da internet

Esse era um poema de autor desconhecido que sua tutora constumava ler para ela, só agora ela entendia seu significado, Libra chorava, mas assim que Hydra a amamentou, ela entrou em um transe de paz e silêncio tão tranquilo que encheu o ambiente, logo ela dormiu e Hydra, que estava exausta, dormiu com ela.

Quando acordou, o quarto estava vazio, a cama limpa, ela estava limpa, a luz do dia invadia seu quarto, dormira a noite inteira? Quem cuidou de Libra? Quem a alimentou? Seu primeiro instinto foi olhar para sua barriga, não estava mais lá, estava magra mais uma vez, a sensação de alívio vinha acompanhada de uma senção de vazio, onde estava Libra? Alias, aonde estava todo mundo?

Hydra levantou da cama com dificuldade, sentia seu corpo dolorido e um pouco fraca, estava vestindo uma camisola branca e se enrolou em um robe da mesma cor, quando abriu a porta do quarto, entendeu que definitivamente não estava sozinha. A casa era uma confusão de vozes, a primeira pessoa que encontrou foi Jeniffer, que saia do quartinho de Libra fechando a porta.

— Ei, você acordou – Disse ela abraçando a cunhada – Parabéns, a Libra é tão linda, tão linda que eu sinceramente achei que ela era feita de porcelana.

— O que houve? Eu dormi a noite inteira? – Perguntou Hydra.

— Sim, mas não se preocupe, cuidamos dela para você, mamãe bem, ela pegou um pouco do seu leite emprestado e nós mantemos ela bem alimentada, mamãe, papai e Peter disseram que você precisava descansar depois do parto.

Hydra ainda se sentia um pouco confusa, "pegar o leite emprestado?" Como assim?

— E quem está ali embaixo?

— Bem, todo mundo... Mamãe, papai, bem, ele estava, mas teve que ir trabalhar, Fred e Jorge, é claro, o Sr. e Sra. Weasley, Tonks, Lupin e a mãe, Fleur e Gui, acho que só.

— Eu vou dar uma olhadinha na Libra – Disse Hydra indo em direção a porta do quarto da filha.

— Ok, mas depois desça, ela está dormindo e você precisa se alimentar, preparamos um grande café da manhã para você – Disse Jeniffer sorrindo para a cunhada.

Hydra entrou no quartinho de Libra, todo bem decorado por ela, Fred e Jorge. Libra estava deitada no berço, dormindo lindamente, nem parecia real, realmente era linda demais, parecia de porcelana às vezes realmente. Lacerta estava no berço também, deitada nos pés de Libra, Hydra a acaraciou e agradeceu por proteger ela. Ela não quis incomodar a filha, saiu do quarto em silêncio e desceu. Ao descer, foi imundada por uma série de abraços e parabéns, todos elogiando Libra e dizendo como ela era linda.

— Elaa parreci uma Veela, uma berbê Veela! – Dizia Fleur.

— É a sua cara, eu não quis dizer isso na frente do Peter, mas é – Disse Tonks a abraçando.

— Minha sobrinha neta, tão linda, tem o nariz dos Black, você sabe? – Disse Andrômeda.

— Eu pensei a mesma coisa... – Disse Hydra – Mas o pai de Peter acha que ele tem o nariz dos Macmillans.

— Tão errado... – Disse Andrômeda rindo.

— Aí filha, ela é tão linda, tão, tão... me lembra a minha Gina quando nasceu, linda! Linda! – Disse a Sra. Weasley abraçando ele.

— Ela é linda, Palerma, uma Palerminha linda – Disse Fred.

— O Jorge está lá fora com o Peter?

— Sim, eles estão no seu laboratório revelando fotos da Libra.

— Mas já? Jorge está um padrinho orgulhoso, não?

— Sim, mas, eu ainda sou padrinho também, certo? – Disse Fred meio contrariado.

— Sim, com toda certeza e a próxima você pode batizar se quiser, mas, vamos esperar alguns anos por isso, ok?

— Certo – Disse Fred mais animado – O Jorge ta meio doido com esse negócio de padrinho, ele chorou quando viu a menina, acredita?

— Não, eu não acredito – Disse Hydra rindo com Jorge.

— Como é que mesmo depois de um parto você continua linda? – Disse a sra. Macmillan, fazendo Hydra sentar a mesa para o que era, possivelmente, o café da manhã mais bem servido que já viu na sua vida.

— Como eu vou saber se a Libra chorar? Se acordar? Se precisar de mim? Daqui de baixo não da para ouvir – Disse Hydra querendo se levantar, mas os outros a acalmaram.

— Calma minha filha, nós colocamos um feitiço no quarto dela, se ela chorar, você vai ouvir, todos vamos... se acontecer algo, também vamos ouvir, não se preocupe, ela está toda protegida.

— Fora que a sua gata não sai do lado dela – Disse Abbas – Se algo acontecer, algo me diz que ela mesmo vai embalar e alimentar a bebê.

Por serem altamente inteligentes e fieis aos donos, talvez Libra fosse virar a favorita de Lacerta agora.

Peter estava todo orgulhoso falando com Fred, Lupin e Jorge sobre como Libra parecia com ele.

— Eu já enviei uma coruja para o Ministério solicitando o começo da sua licença, Hydra, Peter pediu para eu fazer, espero que não se importe – Disse Jeniffer.

— Não, nem um pouco, muito obrigada – Disse Hydra se sentindo aliviada de que não teria que voltar para lá.

— A, isso me lembra, eu mandei uma coruja para o celebrante, vamos fazer um batizado para a Libra no fim de novembro, pequeno, muito pequeno, é claro, normalmente faríamos um pouco depois, mas com tudo que está acontecendo... bem, quanto mais cedo, melhor, certo? Tudo bem por você, Hydra? – Perguntou a Sra. Macmillan.

Hydra ficou calada e pensativa por um tempo, nem seu pai, nem mão e nem irmão poderiam estar no batizado, nenhum deles poderia estar em nada da Libra e nem ver a menina, Hydra estava fugindo dos seus próprios pais.

— Sim, tudo bem – Mentiu ela, mas não conseguiu evitar não olhar diretamente para a sogra.

— O que houve, filha? – Perguntou a sra. Weasley.

— Você está triste porque seus pais e irmão não vão poder vir no batizado, não é isso? – Perguntou Andrômeda.

— Sim, como você sabia? Às vezes eu acho que você é legitimente e ninguém sabe – Disse Hydra rindo, porém seriamente procupada com como a sua tia sempre parecia saber tudo o que ela sentia.

— Anos de leitura corporal, você tem os mesmos jeitos da sua mãe, Hydra, o mesmo jeito de demonstrar ou não as coisas, fica fácil assim – Disse a tia Andrômeda sorrindo.

— Se quiser você pode convidar eles – Disse a Sra. Macmillan meio sem jeito.

— Não, porque aí eles poderiam pegar a Libra, certo? – Disse Hydra tentando disfarçar as lágrimas que queriam cair de seus olhos.

— Não fica assim filha... – Disse a sra. Macmillan.

— Não, tudo bem – Disse Hydra tentando controlar o choro.

— E quem vão ser os padrinhos? – Perguntou Tonks.

— Bem, eu já combinei com Fred e Jorge que eles escolheriam quem seria o padrinho oficial e eles escolheram o Jorge e o Fred vai ser o não oficial – Disse Hydra - Quanto a madrinha, bem... Eu meio que pensei e o Peter meio que concordou... Nós conversamos e... Eu queria perguntar se você não seria a madrinha da Libra.

— Eu? – Disse Tonks chocada.

— Claro, você é minha prima e está grávida também e....

Tonks pulou da cadeira e abraçou Hydra.

— Mas é claro que eu aceito!

Hydra a principio ficou dividida entre Molly e Tonks para madrinha, mas Molly mesmo conversou com ela e disse que já se achava "velha" para ser madrinha de Libra, que se contentaria em ser uma espécie de tia-avó, então Peter e Hydra concordaram que Tonks era a escolha ideal.

— Mas como vamos fazer? Eu não posso tirar a Libra de casa – Disse Hydra se lembrando o porquê de sua casa estar protegida.

— Pode ser em uma igrejinha longe daqui, eu já tenho uma ideal, seus pais nem sonhariam em nos achar lá e será algo pequeno, muito pequeno, se quiser pode ter uma recepção aqui na sua casa depois para quem não foi – Disse a sra. Macmillan.

— É, nós podemos ver isso – Disse Hydra, que não sentia muita vontade de dar festas em casa.


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