A Batalha Final escrita por Paula Mello


Capítulo 12
O Feitiço Fidelius




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Na manhã seguinte, Hydra e Peter foram visitados pelo patrono de Shacklebolt, dizendo que deveriam comparecer na casa dos Macmillan no mesmo dia de tarde.

— Eles devem querer nos falar o que fazer, Hydra – Disse Peter.

— Eu preciso de mais informações...

— Como?

— Eu vou dormir, eu vou usar o medalhão, tentar mentalizar o que quero e ir dormir – Disse Hydra correndo para o quarto.

— Hydra, não, por favor, é muito arriscado... – Disse Peter a seguindo.

— Peter, até agora eu não morri com esse medalhão, eu não acho que vá acontecer, mas é a nossa única arma contra eles, é nossa filha que precisa de ajuda, Peter, nossa filha! – Hydra estava na porta do quarto olhando para Peter que assentiu com a cabeça.

Ela pegou o medalhão na mesa, colocou e colocou em si mesmo o encantamento de sono, mentalizando bem antes que gostaria de saber sobre os planos contra Libra.

— Você vai ter coragem de ir contra o senhor das trevas, Narcisa? – Dizia a voz de Lúcio olhando para Narcisa, que parecia arrasada.

— Mas pegar a bebê de Hydra, sem ela querer? Isso é demais, Lúcio!

— Narcisa, nós vamos cuidar dela, vamos ensinar ela as nossas maneiras, vai ser melhor para a menina – Disse Lúcio.

— Mas eu não quero isso, Lúcio!

— Nem eu Narcisa, nem eu! Mas o que vamos fazer? Ele quer!

— Ele está nos punindo, punindo ela! Minha filha, nossa filha, já imaginou se fizessem isso conosco? – Disse Narcisa chorando.

— Narcisa, se acalme, quando o bebê nascer, nós podemos ir lá com a desculpa de visitá-la e então, bem, faremos o que é necessário, não sei precisamos machucar o bebê e nem ela! e quando ela estiver pronta, quem sabe ela não pode se juntar conosco...– Disse Lúcio.

— Hydra, Hydra, acorda, Hydra! – Disse a voz de Peter a sacudindo.

Hydra acordou e viu que chorava muito.

— Eles querem roubar ela, já decidiram por ordem de Você-sabe-quem! – Dizia ela chorando.

— Não, não vão, eu não vou deixar, ouviu? Eu não vou deixar! – Disse Peter a abraçando.

De tarde, Hydra e Peter aparataram na frente da casa dos Macmillan.

— Espero aqui, vou dar uma olhada ao redor – Disse Peter deixando Hydra em um cantinho com a varinha na mão enquanto olhava ao redor.

— Tudo bem, vamos... – Disse Peter.

Os dois entraram, a casa dava para sentir, estava cheia de proteções e feitiços, mais do que o normal hoje.

— Minha filha – Disse a sra. Macmillan correndo para abraçar Hydra.

No total, estavam na casa, Shacklebolt, os senhores Weasley, Gui e Fleur, Jeniffer e Abbas, os senhores Macmillan, Fred e Jorge, Tonks, Lupin e Andrômeda.

— Como vocês todos chegaram aqui sem chamar atenção? - Perguntou Hydra depois de cumprimentar a todos.

— Flú, conseguimos alterar as redes sem o Ministério ver – Disse Shacklebolt.

— Vamos até a mesa da cozinha, é melhor para conversarmos.

A mesa da cozinha foi rapidamente preenchida pelos bruxos, cada um em sua cadeira, Hydra sentou entre Peter e Jorge, Fred ao lado de Jorge, Lupin e Tonks na sua frente ao lado da tia Andrômeda. Shacklebolt sentou na cabeceira, parece que ele assumiria o controle agora que Olho-tonto estava morto, nao que Hydra achasse que a ordem estivesse muito viva naquele momento, além disso, Jeniffer e Andrômeda eram hoje convidadas da ordem, nunca entraram para a mesma oficialmente.

— Muito bem, Macmillan, nos conte tudo que voce viu.... - Disse Shacklebolt apontando e olhando para Hydra.

Hydra passou alguns minutos contando tudo que viu nos sonhos, desde sua mãe, Draco, Bellatrix, seu pai, todos. Muitos olhavam chocados.

— Eu aposto que Você-sabe-quem não quer sua filha, Hydra, eu aposto que Bellatrix quer... – Afirmou Andrômeda, olhando fixamente para ela.

— Como assim? Eles disseram...

— Bellatrix deve ter mentido falando que era Você-sabe-quem que queria sua filha, mas acredite, eu acho que é a Bellatrix, ela quer te punir, ela provavelmente quer tirar sangue-puro de traídores, eu conheço a minha irmã... Infelizmente.... – Andrômeda falava como alguém que entendia do assunto e todos ouviam atentos.

— Então eu posso alertar meus pais, dizer que é mentira...

— Não acho que ia adiantar, Hydra, Bellatrix provavelmente se fez bem convicente de que não era a vontade dela, você não sabe o poder de convencimento que tem a minha irmã mais velha... seus pais devem achar que não tem opção para salvar você e ela - Disse Andrômeda cheia de amargura.

— Então, o que faremos? Bellatrix ou não, alguém quer pegar essa criança e isso logicamente não pode acontecer – Disse a sra. Weasley.

— Eles disseram que nada vai acontecer antes dela nascer, certo? – Perguntou o sr. Weasley.

— Sim – Respondeu Hydra.

— Então não temos que nos preocupar por duas ou três semanas – Disse ele – Depois disso, eles disseram que iriam te surpreender com uma visita, certo? É só não deixar eles entrarem.

— Eles poderiam pegar a força de outro jeito, se eles acham que é uma ordem direta do Vol...

— Eles vão obedecer tudo que acharem que devem obedecer, isso eu tamém acho – Hydra interrompeu Shacklebolt.

— Então temos que proteger a criança – Afirmou Shacklebolt.

— Eu vou ter que ficar presa em casa de novo? – Perguntou Hydra desanimada.

— Se necessário, sim, mas não acho que seja o caso, não é você que eles querem – Afirmou Shacklebolt com um tom sério.

— Então o que? – Perguntou Tonks.

— Feitiço Fidelius – Disse Gui – É o mais seguro que tem, podemos colocar um aqui e a bebê ficaria segura dentro de casa.

Todos pareciam concordar.

— Quero que seja na minha casa então, eu quero a minha casa, sem ofensas, eu amo aqui, mas...

— Eu sei, filha – Disse a sra. Macmillan dando um olhar simpático para ela.

— Então tudo bem... – Disse Peter – O que precisamos fazer? – Perguntou ele olhando ao redor.

— Escolher um fiel do segredo – Disse Shacklebolt.

— Hydra, você pode escolher – Disse Peter.

Ela olhou imediatamente para Fred e Jorge.

— Eu queria vocês, mas acho que eles iriam atrás de vocês dois e eu não ia suportar isso – Hydra olhou para Shacklebolt – Você, você seria pouco suspeito, acho que nunca iam imaginar isso, além de ter habilidades para esconder o que sabe muito bem... – Disse ela apontando para sua cabeça.

— Ok – Disse Shacklebolt – E de quem é a casa?

— Dos meus pais – Disse Lance – Mas foi passada para o Peter depois que eles morreram e ele se formou em Hogwarts, agora é dos dois.

— Mas oficialmente é do Peter certo? – Perguntou Shacklebolt com sua mesma voz séria.

— Sim – Respondeu Lance.

— Então Macmillan – Disse ele apontando a cabeça para Peter – Venha comigo até a sua casa, coloquei ela na rede de Flú também.

Peter e Shacklebolt saíram sem falar muita coisa, entraram na chaminé e desapareceram por algumas horas, enquanto isso, a sra. Macmillan preparava um jantar para os que ficaram junto com a sra. Weasley.

— Não se preocupe, Hydra, vamos lutar para que ninguém pegue a sua filha – Disse Tonks enquanto as duas sentavam no sofá.

— Como a sua mãe está? – Perguntou ela olhando para sua tia Andrômeda, que no momento estava conversando com Jeniffer.

— Não muito bem, nenhum de nós está, papai está dizendo que um dia vai ter que fugir, ele não quis nenhuma proteção nossa, ele não quis comprometer ninguém – Disse Tonks olhando para o chão.

— Calma, tio Teddy é esperto, se alguém pode fugir do Ministério e de Você-sabe-quem...

— Quer um pouco se suco de abóbora? – Perguntou Lupin, surgindo na sala com uma bandeja e dois copos – Grávidas tem que se alimentar bem, certo?

Lupin parecia bem melhor agora do que antes, aceitando melhor a gravidez e Hydra agradecia à Deus por isso, não queria ver sua prima Tonks sofrer e nem ele, mas sentia que os dois se amavam muito.

— Bem, claro! - Disse Hydra pegando um copo.

— Obrigada amor – Disse Tonks dando um beijo em Lupin.

— Como você está, Hydra? Considerando tudo... Arthur me contou tudo sobre o Ministério e sobre Umbridge e você ter passado mal– Perguntou Lupin sentando na poltrona perto delas.

— Bem, eu acho pelo menos... – Diss Hydra, que tiha esquecido completamente sobre o dia que teria que enfrentar amanhã.

— Você é forte, Hydra, sempre foi, desde aquele dia que te dei sua primeira aula de Defesa contra as artes das trevas comigo eu soube disso – Disse Lupin sorrindo – Mas não acho que tinha necessidade de continuar naquele emprego.

— Eu quero, Lupin, para mim é necessário, se eu puder proteger pelo menos um pouquinho todos vocês... bem... eu farei! – Hydra ficou levemente irritada com Arthur por ter contado para Lupin sobre o que estava acontecendo quando ela pediu para não falarem, mas entendeu os motivos dele.

Peter e Shaclebolt voltaram quando o jantar estava sendo servido.

— Está feito – Disse Shacklebolt – Para todos vocês que estão aqui, a casa de Peter Macmillan fica no Chalé das rosas, na colina sul nos arredores de Tinworth, faz parte da rua Timooty Road e não tem número, ok? Todos entenderam? – Perguntou Shacklebolt olhando para todos na sala de jantar.

— Sim – Responderam todos.

— Ok, então vocês podem visitá-los, mas mais ninguém pode se eu não autorizar e der o endereço, sabem como funcionam, certo?

De novo todos concordaram com Shacklebolt.

— Ok então, mais alguém para entrar na lista, Macmillan? – Perguntou Shacklebolt para Hydra.

— Alguns amigos meus que talvez queiram visitar a Libra quando ela nascer – Disse Hydra sem jeito.

— Eu posso contar para eles o endereço quando chegar o tempo, por enquanto, só nós, ok? –

— Ok – Mas uma vez concordaram todos.

Hydra voltou para casa com Peter aparatando na frente dela, assim que chegou, não viu a casa, somente um terreno vazio por um segundo, mas logo depois a casa se materializou na sua frente.

— Vamos entrar? – Perguntou Peter.

— Vamos – Disse Hydra admirada com a potência daquele feitiço.

Os dois deitaram para dormir, Hydra agora se sentindo mais segura do que nunca esteve, mas também, nunca pensou que um dia precisaria de verdade se esconder de seus pais.

— Por sinal, Peter – Disse Hydra se virando para ele – Sua coruja engravidou a minha.

— O que? – Perguntou Peter chocado levantando da cama e se sentando.

— Sim, Lydra está grávida também, achei que poderia ser a corujinha da Libra, o que acha? Quem sabe a que vai para Hogwarts com ela quando chegar o tempo...

— Maravilhoso! – Disse Peter sorrindo – Sempre imaginei que eles fossem se dar bem.

No dia seguinte, antes de Hydra conseguir ir trabalhar, Peter fez mil recomendações sobre como ela prometeu que iria embora do trabalho se não aguentasse.

De fato, ao chegar no Ministério, seu primeiro pensamento foi desistir, seguiu com pesar até o elevador aonde iria para o primeiro nível.

— Hydra – Disseram duas vozes atrás dela na fila do elevador. Eram Ian e Julie.

Julie abraçou Hydra e se esforçou para não chorar, os três se afastaram um pouco e Hydra contou tudo o que aconteceu.

— Meu Deus e eu achei que eu que tinha sido punida! – Disse Julie levando a mão até a boca.

— Hydra como você está aguentando? – Perguntou Ian.

— Não muito bem – Respondeu ela – O importante agora é vocês terem cuidado, não podemos nos encontrar e vocês tem que ter cuidado, estamos sendo vigiados, todos nós, inclusive o Erick, ok Ian?

— Ok – Disse Ian.

— Eu preciso ir, Umbridge está me esperando – Disse Hydra desanimada.

— Força, Hydra! – Disse Ian.

— Sinto muito – Disse Julie.

Hydra foi até o seu andar e se sentou na mesa, com o coração pesado. Tinha um recado em um pergaminho dizendo que ela deveria passar a limpo todas as atas das audiências de sexta e foi o que Hydra fez por horas, até Umbridge sair de sua sala e a chamar.

— Senhorita Malfoy, que bom que está aí – Disse ela com sua voz doce e suave de sempre.

— Macmillan, senhora Macmillan – Corrigiu Hydra pela "milésima vez"

— Me desculpe, eu vivo esquecendo – Disse Umbridge dado uma leve risadinha – Vamos descendo? Temos muito o que ver hoje.

Hydra respirou fundo, colocou a mão no bolso para conferir se ainda tinha suas poções ali e respondeu:

— Vamos sim, Madame Umbridge.

— Muito bem, eu preciso passar na sala de Yaxley primeiro, então você vai descendo, assumo que saiba conjurar um patrono para passar pelos dementadores?

— Sei sim – Disse Hydra.

— Ótimo, vamos então.

Hydra desceu até aonde aconteciam as audiências, quando começou a sentir o frio e medo, conjurou seu patrono, um lindo dragão prateado saiu da ponta da sua varinha e andou na sua frente.

Cinco nascidos trouxas aguardavam, apavorados nos bancos, alguns com família, Hydra fez então seu patrono circular entre eles, eles olharam agradecidos, alguns pararam de tremer.

— Eu sinto muito... – Disse ela.

— Se sente muito, por quê está fazendo isso? O que faz aqui? – Perguntou um bruxo ruivo que segurava a mão de uma bruxa negra de cabelos negros.

— Porque eu também não estou aqui pela minha vontade, acredite.

— Então por quê não sai? – Insistiu ele.

— Porque eu tenho um forte motivo, muito delicado, se eu pudesse, salvaria cada um de vocês – Disse ela com lágrimas nos olhos.

— Então a ajude... – Disse o bruxo olhando para a mulher que ele segurava a mão.

— Eu vou tentar – Dissse Hydra, ouvindo passos nas escadas – Eu preciso ir....

Hydra entrou na sala que mais parecia o fundo de um poço, seu patrono entrou com ela, então foi ouvido gemido das pessoas que ficaram do lado de fora, os Dementadores que montavam guarda na sala já estavam lá, pareciam a encarar por baixo do capuz, então ela manteve o seu patrono perto, enquanto sentava no mesmo lugar da semana anterior e tomou um gole da poção que estava no seu bolso.

Logo depois, Umbridge entrou com Yaxley.

— A, Malfoy, parecendo agradável como sempre – Disse Yaxley se sentando.

— Obrigada, senhor Yaxley.

— Tem visto seu pai? – Perguntou ele, enquanto Umbridge se ajeitava em seu lugar.

— Não, não vejo muito meus pais, ocupada com o trabalho e a criança e tudo...

— Que pena... – Disse ele.

— Muito bem, chega de conversas vocês dois queridos, vamos começar – Disse Umbridge com seu tom agradável de sempre.

— Ok, claro, muitos sangues-ruins hoje – Disse Yaxley rindo.

— Creio que esteja bem para começar a anotar, senhorita Malfoy? – Perguntou Umbridge.

— Sim – Disse Hydra, já cansada de corrigir Umbridge que era senhora Macmillan e não mais senhorita Malfoy.

— Selma Jones – Disse Umbridge com a voz magicamente ampliada.

Hydra não havia reparado antes, mas agora via uma jovem menina megra, magra e desesperada que era amparada pelo homem ruivo lá fora, era sua colega de Hogwarts, Selma Jones da Lufa-Lufa, elas estudaram no mesmo ano e tinham aula de Herbologia juntas, a menina deu uma grande olhada triste para Hydra, as duas estudavam juntas e agora estavam em posições tão diferentes, isso era tão injusto, pensava Hydra.

—- Sente-se – Disse Umbridge olhando com desprezo para a menina que agora voltou sua atenção para ela.

— Você é Selma Hilda Jones? – Perguntou Umbridge.

— Sim senhora – Disse a bruxa, parecendo mais firme do que qualquer outro que Hydra tenha visto sendo entrevistado.

— É noiva de Luka Bartolomeu Masters? Um bruxo de meio-sangue que trabalha na loja de penas, tintas e pergaminhos dos pais em Hogsmeade?

— Sim – Confirmou a bruxa ainda muito firme. Hydra se lembrou também de Luka, ele era do ano de Peter e Olívio.

— A varinha que tinha em seu poder quando chegou hoje ao Ministério, Srta. Jones, foi confiscada – ia dizendo Umbridge. – Vinte e nove Centímetros e dois décimos, madeira de larajeira, núcleo de fibra de coração de dragão. Reconhece a descrição?

— É a minha varinha – Hydra ficou chocada como a bruxa permanecia séria e firme, mesmo com sinais físicos de medo.

— Pode, por favor, nos dizer de que bruxa ou bruxo tirou essa varinha?

— Eu comprei essa varinha em agosto de 1989, quando eu tinha 11 anos no Olivaras, no Beco Diagonal, eu fui acompanhada de meu pai e minha mãe e a varinha me escolheu, eu não roubei de ninguém! - Hydra anotava, mais queria aplaudi-la, sua firmeza, sua seriedade no caso, era admirável, ela torcia mais e mais para que a menina fosse liberta.

— Não – replicou Umbridge – A não ser que você fosse uma bruxa, isso não seria possível, não é mesmo?

— Eu sou uma bruxa! –Disse a menina calma e firmemente apesar de parecer tremer um pouco – De que outro jeito eu seria capaz de produzir feitiços com uma varinha se não fosse uma bruxa? Mesmo se tivesse sido roubada, o que não foi! Como iria conseguir usar uma e fazer ela funcionar? Só sendo uma bruxa para conseguir...

— CALADA! – Gritou Yaxley nervoso e Hydra sorriu admirada.

— Os papéis da srta. Jones, Malfoy, agora – Disse Umbridge e Hydra passou o questionário para ela.

Umbridge foleou o questionário.

— Aqui diz que a profissão dos seus pais são um médico e uma dentista, está correto? – Perguntou Umbridge tentando disfarçar o nervosismo na voz, ela sabia que tinha sido confrontrada com a verdade.

— Correto, Madame Umbridge – Disse a bruxa olhando firme para ela.

— E aqui alega que sua mãe era na verdade um aborto e seu avô era um bruxo chamado Marley Bridgwalk? Tem como provar isso? Ao menos a existência desse bruxo? – Disse Umbridge.

— Sim, eu entreguei minha certidão e documentos junto com o questionário.

— E como não saber se não estão apenas falsificados? Oras, eu mesmo não lembro de nenhum bruxo chamado Bridgwalk... – Disse Yaxley.

— Eu lembro! – Disse Hydra suavemente, todos os olhos se voltaram para ela, Umbridge parecia furiosa.

— Você não está aqui como testemunha da jovem, Malfoy, além disso, como teria idade suficiente para conhecer o avô dela? – Perguntou Umbridge com um tom doce, porém parecendo furiosa.

— Eu lembro do sobrenome, papai fazia negócios com ele, era um grande cliente.

— Você tem certeza? – Perguntou Yaxley.

Hydra realmente, de fato lembrava de Bridgwalk, um cliente de seu pai idoso, mas ele não tinha filhos vivos, os dois morreram jovens e ele não tinha netos, ela sabia porque perguntou uma vez para ele, mas seu pai não sabia disso e nem ninguém vivo, provavelmente.

— Tenho, podem perguntar ao meu pai, ele não iria mentir para ajudar uma nascida-trouxa, iria? Além disso, estou disposta a passar por qualquer teste que quiserem para provar que estou falando a verdade – Disse Hydra calmamente.

Umbridge respirou fundo, sabia que teria que levar seu depoimento e o de Lúcio em consideração.

— Bem, se a Senhorita afirma que conhece a família dessa jovem e se Lúcio Malfoy pode comprovar essa afirmação, então a Senhorita está liberada, por enquanto... mas ficará sob observação do Ministério e encontrada alguma mentira em seu formulário, irá ser submetida ao beijo do dementador, está claro, senhorita Jones?

— Muito – Disse ela sorrindo para Hydra e se retirando.

Hydra conseguiu, ela ajudou alguém, era uma alegria sem igual a que sentia naquele momento.

— Espero que esteja falando a verdade, Senhorita Malfoy, as consequências de mentir para ajudar uma sangue-ruim seriam muito severas – Disse Umbridge em um "doce" tom de ameaça.

— Por que eu iria mentira se meu pai pudesse apenas me desmentir depois? Arriscar tudo? Não, eu estou falando a verdade eu lembro do avô dela e papai também vai lembrar.

— Não iremos falar que você confirmou nada, se está achando que seu pai vai afirmar para lhe ajudar – Disse Umbridge.

— A, duvido muito que papai teria o trabalho de mentir para me ajudar, quanto a isso fique tranquila, se ele for confirmar porque é verdade.

— Ok então, da próxima vez, menos interrupção nas audiências, ok, Malfoy? – Disse Umbridge – Só chamamos aqueles que não conseguimos comprovar a autenticidade da árvore genealógica.

— Bem, nesse caso estavam errados, mas não irei intervir se estiverem certos, não iria adiantar nada, iria? – Perguntou Hydra.

— Não, certamente que não, somente mai sofrimente para a Senhorita – Disse Umbridge olhando sério para ela.

O resto do dia, não foi tão agradável quanto aquele momento, as audiências foram mais pesadas e tristes e uma das pessoas de novo foi submetida ao beijo do dementador, mas a poção de Hydra e a alegria de ter ajudado pelo menos uma pessoa, a manteve firme.

Ela já estava fora do Ministério e pronta para aparatar quando foi abordada por duas pessoas.

— Malfoy, certo? – Disse a jovem negra a quem Hydra tinha ajudado.

— Sim – Afirmou Hydra, ela e o noivo, o rapaz ruivo, pareciam bem mais alegres agora – Macmillan agora na verdade.

— Por que você me ajudou lá dentro? Você sabia que eu estava mentindo – Disse a menina – Isso não pode pegar mal para você?

Hydra explicou rapidamente para os dois sobre o cliente de seu pai e como ninguém iria conseguir rastrear a mentira.

— Você realmente fez isso por mim? E se seu pai negar? – Disse a jovem.

— Ele não precisa mentir, eu não acho mesmo que ele iria mentir para ajudar, isso eu duvido, mas ele não é de mentir quando fazem uma pergunta para ele, eu conheço meu pai – Disse Hydra tranquila.

— Eu não sei como te agradecer – Disse a jovem abraçando Hydra.

— Nem eu, você salvou a minha noiva – Disse o jovem ruivo.

— Eu lembro de vocês, em Hogwarts, nós tínhamos aula de Herbologia juntas, lembra? Eu era da Grifinória.

— Sim, sim, eu te reconheci – Disse Selma.

— E você tinha aula com o meu marido, Peter Macmillan ele era da...

— Corvinal, sim, eu lembro dele e de você também, eu não reconheci na hora, mas agora lembro, eu queria pedir desculpas pelo jeito como agi com você lá dentro, eu só achei que era mais uma funcionária do Ministério – Disse o menino ruivo agora atrás da noiva, com as mãos nos ombros dela.

— Não tem problema, eu também acharia o mesmo – Disse Hydra sorrindo.

— Que Deus lhe pague por tudo que você fez por nós, não esqueceremos jamais, tenha certeza disso – Disse Selma, de novo abraçando Hydra.

Os dois foram embora e Hydra aparatou, se sentindo extremamente satisfeita em casa, até que, apesar das coisas horríveis que aconteceram também, não foi um dia totalmente ruim.

— Eu poderia te falar que o que você fez foi arriscado demais – Disse Peter quando Hydra contou para ele o que aconteceu – Mas eu sei que essa é você e que você não liga.

— Ainda bem que você me conhece, finalmente me conhece – Disse ela o beijando.


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