O Coisa escrita por queijo e uvas passas
Notas iniciais do capítulo
Olá! Espero que gostem! Dedico este capítulo à Little Girl! ♥
Os corredores daquele lugar pareciam infinitos. Um seguido do outro. Quando iam terminar?
A mão de Luke Skywalker dobrou à direita e chegou numa divisão aberta. Enormes naves com carcaças reluzentes e armas intimidadoras eram abastecidas, sofriam manutenção e recebiam passageiros. A mais próxima tinha quase 50 metros de altura e uns 200 de comprimento. Pequenina se comparada às outras, mas, para a mão, era perfeita. Imagine o estrago que uma mão andante causaria numa nave enorme? Não, melhor ir numa pequena. Caso eu tenha problemas e os tripulantes me vejam, o Império alegará insanidade aos coitados. Estou surpreso: nem duas horas de “vida” e já tenho pensamentos malignos.
~*~
A nave havia decolado há três dias. Nem sequer havia feito um pouso. A mão começava a ficar com fome. Mas com fome de quê?
Os tripulantes da nova eram extremamente disciplinados; não haviam brigas nem diversão. O tédio era maçante e a mão começava a pensar em formas de bagunçar o lugar.
Era isso: fome e tédio.
Um solavanco repentino fez a mão rolar para baixo da cabine de artilharia da nave. Pelo menos isso aqui não está mais tedioso.
Gritos e muita fumaça poluíam o ambiente; provavelmente uma colisão havia danificado um dos propulsores, mas era difícil ter certeza em meio à gritaria.
— Ideias do que faremos? — falou o mais baixo dos stormtroopers; sua expressão era deveras preocupada.
— Um pouso de emergência! — Esse era, com certeza, o comandante. Seus movimentos eram obstinados e cheios de energia. Demonstrava muito mais segurança que os outros. — Atenção, tripulantes! Preparem-se para um pouso forçado! Todos em seus postos!
— Onde pousaremos? — um dos stormtroopers perguntou. Este era mais alto que o primeiro, mas parecia tão apreensivo quanto.
— Na Terra.
Terra? Desconheço esse nome.
Mais um solavanco. A mão subiu pela cabine, indo até os controles, e agarrou-se a algo, não sabia o que era exatamente, contudo era frio e feito de metal, certamente; era provável que fosse alguma das inúmeras manivelas da cabine de artilharia.
A confusão que se seguiu foi aumentando conforme a nave se aproximava da Terra. Os stormtroopers esforçavam-se em mantê-la no seu rumo ao planeta desconhecido, embora os propulsores não colaborassem com o plano.
A mão olhou para fora pelas janelas. A Terra era um misto de azul escuro com verde grama, tendo as suas extremidades pontilhadas de neve, e alguns pontos salpicados com amarelo alaranjado, tudo isso envolto em fios de nuvem branca. Era uma linda visão.
Tudo isso foi deixado para trás devido a uma turbulência; a mão quase esquecera que corriam um perigo mortal na nave, apenas por olhar a vista.
O mais estranho é que não sentia medo ou desespero. Se ele (ou ela?) era uma mão andante, mesmo sem orgãos ou mente, que estava vivo, então tudo era possível, e sobreviveriam de uma forma ou outra.
A nave ultrapassou as diversas camadas da atmosfera da Terra, finalmente chegando à última, a troposfera.
Tudo estava parado e escuro. Poeira para todos os lados. Estava estraçalhada um boa parte da nave. A mão saiu dos escombros e rumou para fora do labirinto de crateras e armas carbonizadas.
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