Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 9
A New Friend


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem do capítulo.

Caso queiram ouvir enquanto lêem, escolhi uma trilha sonora pra história ( https://youtu.be/giy3xmm_PYo ) espero que gostem.

Comentários sempre inspiram o autor. Comentem.

Boa leitura :D



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Eu e Fernando estávamos exaustos por termos andado o dia todo seguindo as coordenadas. No final das contas ainda não estávamos no local, mas estávamos bem perto.

Por já ter anoitecido a um bom tempo e esse esse distrito da Itália ser conhecido como um lugar anárquico, era melhor arrumarmos um lugar para passar a noite. Por sorte encontramos mais uma estalagem para passar a noite.

Um quarto pequeno e duas camas, não era mais nada do que eu precisava, fora um banho depois do dia estressante que tive e em seguida cair na cama. Não levei mais que 2 minutos para dormir, enquanto Fernando lia seu diário.

— Maeve? Está tudo bem? - Sou acordada ouvindo Fernando preocupado.

Eu estava sentada na cama fitando o chão como uma sonâmbula. A única coisa que conseguia pensar era sobre a ligação que o informante já teve com minha mãe. Ainda acreditava que todos meus parentes estavam mortos e era a única da minha família. Isso se ele realmente fizesse parte dela.

— Quantos mais existem? - Perguntei olhando rapidamente para Fernando.

— Quantos mais quem? - Ele pergunta enquanto senta do meu lado na cama. Estava vestindo uma calça e uma regata branca que o deixava bem atraente.

— Quantos mais como ele, como nós? - Perguntei olhando para baixo novamente.

— Pelo que ouvi dizer, cada nação na guerra tinha um laboratório especializado nesses testes. Mas quando a guerra começou, os testes acabaram e acharam que era a hora de colocar em prática. Aparentemente, nem todos aceitaram as mudanças como eu e você.

— Isso quer dizer que eles ainda podem estar fazendo mais experimentos​? - Perguntei preocupada.

— Temo que sim. - Respondeu cruzando os braços.

Levantei da cama e comecei a colocar as botas. - Quanto antes seguirmos, menos arriscado pode ser, não sabemos quem mais está atrás dele.

Ele assentiu com a cabeça e colocou seu sobretudo preto de couro.

Saindo da estalagem, fomos seguindo as coordenadas andando durantes poucas horas até chegarmos em uma espécie de galpão bem grande abandonado.

— As coordenadas nos trouxeram pra cá, espero que não seja uma armadilha. - Disse ele arrumando a gola do sobretudo enquanto engole em seco.

— Olá, tem alguém aqui? - Falei alto. No fundo o que eu queria mesmo é que ninguém respondesse.

Nesse momento algumas luzes acenderam automaticamente. Eu e Fernando nos encaramos e engolimos em seco. Se tratava de uma espécie de corredor largo com várias portas, possivelmente salas. A maioria delas tinham vidros nas paredes, aparentando mais ser um laboratório abandonado.

Segui um corredor enquanto via através dos vidros e vi Fernando entrando silenciosamente em uma delas.

— Aonde você vai? - Pergunto falando baixo.

— Vou olhar por aqui, te encontro lá na frente. - Ele responde já dentro da sala escura.

— O que estamos procurando. - Pergunto com dúvida.

— É o que eu quero descobrir! - Ele responde e vai seguindo pela sala que era enorme.

Volto para o corredor e continuo olhando novamente pelos vidros enquanto andava devagar. Algumas estavam semi destruídas e cheias de máquinas aparentemente quebradas e com luzinhas piscando.

A princípio fiquei meio assustada mas eram apenas máquinas. Uma sala me deixou curiosa por ter uma porta maior e aparentemente de aço. Impenetrável. Porém o vidro na parede, estava bem comprometido o suficiente para que eu pudesse o derrubar com um pouco de força.

Foi fácil e a sala estava totalmente escura, não que fosse problema algum para mim. Era uma sala bem grande que continha apenas uma imensa porta no final, bem maior que a de entrada, mas para minha total surpresa, estava aberta.

Adentrei e aparentava ser uma espécie de cofre. Uma luz central acendeu e iluminou uma espécie de altar com um cubo totalmente preto sobre. Eu o pego e o balanço perto do ouvido para ver se tinha algo dentro e ouço um som saindo dele.

— Isso dói! Mas claro que você não sabia disso. - Aquele cubo falou.

Me assustei e quase deixei cair.

— Isso, me destrua de vez e dê um fim ao meu tédio. - Ele diz com um ar totalmente desapontado.

— Vo... Você fala! - Afirmei assustada enquanto girava procurando por onde saia o som.

— Você tem uma incrível percepção! Também notou que sou um cubo? - Aquela coisa caçoou de mim.

— Como você fala? - Comecei a coçar a cabeça totalmente confusa.

— Meu nome é Biotech Oracle of Life Target, mas pode me chamar de Bolt. Sou uma I.A criada com a função de rastrear pessoas. - Ele responde com uma voz desapontada.

— O que é uma I.A? - Pergunto enquanto ainda o giro, procurando alguma resposta que fizesse sentido?

— Inteligência Artificial! Sou um cérebro computadorizado. - Responde aparentemente decepcionado mais uma vez. - Ficar me girando assim é meio embaraçoso.

— Desculpe. Devo te colocar de volta ali? Acho que deveria estar procurando algum tipo de robô que tem alguma resposta sobre encontrar o engenheiro.

— Garota, já te disse que fui criado com a função de rastrear pessoas? Já parou pra pensar que está procurando por mim? - Ele diz de forma mal humorada.

— Você é muito mal humorado pra uma máquina. - Digo indignada

— Máquina? Isso realmente me ofendeu! Mas não estamos com tempo de sobra agora, então que tal me levar pra sala de máquinas para que eu possa trocar de corpo? - Respondeu ele com pressa. Notei que quando ele falava, uma luz amarela piscava na sobre o cubo.

— Certo, se essa deve ser minha única escolha, vamos para a sala de máquinas. - Afirmo com um ar cansado. Saímos da sala e vou seguindo o caminho que ele vai dizendo.

Cinco minutos depois de acharmos que estávamos perdidos entre os corredores e já estava ficando enjoada da sua arrogância.

— Corredor da esquerda, segunda sala a esquerda.

— Essa aqui?

— Qual seu problema com esquerda?

— É meio difícil quando eu não sei pra onde fica sua esquerda.

— Você reclamou disso a 3 corredores atrás. Faça o seguinte, procure pela sala com cara de "Não entre".

— Ah, deve ser essa cheia de câmeras. Mas não aparenta ter uma fechadura ou algo do tipo.

— Apenas me coloque no escaner.

— Assim? - O empurrei no escaner

— Do outro lado, você não vê que estou de cabeça pra baixo?

— Pra ser sincera não!

~ Acesso garantido, seja bem-vindo senhor ~

A porta abriu e umas luzes acenderam. Era uma sala bem grande, cheia de mesas e uns computadores, mas curiosamente estavam bem destruídos, como se tivesse acontecido alguma briga ou ataque de loucura de alguém. Alguns metros que passei da porta, vejo um grande computador no fim das sala e a porta fechou trancando novamente.

— E agora?

— Vê uma entrada no meu formato na direita?

— Vejo essa aqui na esquerda. - E aponto pra ela.

— Isso é a esquerda, pelos deuses.

— Você é muito ranzinza pra uma caixinha falante. - Falei debochando e revirando os olhos.

— Vou fingir que isso não me ofendeu denovo.

O encaixo na entrada e ele é puxado para dentro do computador.

~ Iniciando protocolo Bolt. ~

— O que é protocolo Bolt? - Pergunto após tomar um susto pela voz do além.

— Você saberá na hora certa, agora pegue uma bolsa na mesa atrás de você.

Era uma espécie de bolsa mochila de uma alça só, até confortável de ser usada. Talvez eu pudesse substituir a minha por ela. Em seguida ouço passos de alguém se aproximando.

— Tem alguém vindo! - Eu sussurro e começando a ficar assustada. Achei que estávamos sozinhos.

— Se esconda, oras. - O computador diz com a voz de Bolt. Em seguida ouço a porta se abrindo.

~ Acesso garantido ~

Me escondo atrás de uma mesa caída e ouço os passos fazendo barulho como um robô. Parecia algo bem pesado. Alguns segundos depois ouço um barulho alto de metal se batendo e olho por baixo da mesa. Era uma espécie de armadura eletrônica e estava se abrindo. Alguém sai dela e começa a caminha pela sala aparentemente procurando algo.

— Droga, ela também não está aqui. - Ouço a voz masculina dizendo isso.

— Espera, eu conheço essa voz. - Falo enquanto vou levantando. - Fernando?

— Maeve, onde você estava. Eu procurei você por todo lugar. - Ele dizia preocupado andando em minha direção

— Você tem que ver o que eu descobri! - Falamos ao mesmo tempo.

— Você primeiro. - Eu digo.

— Olha isso que eu encontrei naquela sala. - Ele aponta pra armadura, era bem grande, com um escudo no lugar de sua mão esquerda e um lança chamas na direita. Em seu peito tinha a sigla "H-01". - Essa armadura trancada em um cofre que abri com minha "inteligência". - Falou sorrindo enquanto fazia aspas com os dedos. - Consegui entrar e não é tão difícil de usar, se bem que queria ter um manual ao menos. - Disse enquanto encarava a armadura e coçava a cabeça.

Essa era a primeira vez que eu estava vendo Fernando feliz, como se não estivesse preocupado. Era muito bom ver ele assim. Corri até ele e o abracei.

— Está tudo bem? - Ele pergunta confuso enquanto retribui o abraço.

— Eu posso te ajudar! - Diz Bolt, ainda no computador.

— Maeve, o computador falou comigo ou é só a loucura tomando conta? - Ele disse em um ar confuso.

— Era isso o que eu tinha a dizer. - Pego em sua mão e vou levando até o computador. - Esse é o Bolt. O encontrei em uma sala a algumas esquerdas daqui. Ele disse que podia nos ajudar a achar o engenheiro. - Respondi animada.

— É uma Inteligência Artificial? Isso pode ser útil. - Deduz Fernando.

— Noto que é mais inteligente que ela! - Ele me caçoa. - Estou preparando meu próximo corpo físico, que vai facilitar com meus pensamentos enquanto eu estiver em viagem. Isso pode levar alguns minutos então...sintam-se a vontade para vasculhar a sala. Também procurarei alguma forma de conseguirmos algum cristal amplificador em nosso caminho.

— Cristal amplificador? O que seria isso? - Pergunto confusa.

— O mesmo cristal que foi usado para fazer o soro de vocês, em sua forma sólida, tem a capacidade de potencializar ainda mais suas habilidades. - Ele responde calmamente.

— Uau. E qual a chance de conseguirmos um desse? - Pergunto com um sorriso no rosto.

— Temos aproximadamente 0,2% de chance. - Ele responde sumindo com o sorriso em meu rosto.

~ Transferência quase completa! Ativando protocolo B.O.L.T. ~

— Logo vocês verão a minha verdadeira forma. - Ele diz e nos deixa ansiosos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado pessoal.

Comentários sempre inspiram o autor. Comentem.



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