Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 20
Friends?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem do capítulo :D

Boa leitura meu povo ♥



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— Você mora aqui sozinha? - Pergunta Skye olhando timidamente a casa por dentro.

— Sim, já faz um tempo. - Respondo jogando as chaves na mesa, a mochila no chão e pulando no sofá. Em seguida Sr. Capitão desce as escadas e sobe em meu colo. - Bem, não tão sozinha assim. - Completo fazendo carinho em seus pelos.

— Você cresceu assim? - Ela coloca sua mochila em cima da mesa e encosta no sofá que estou deitada.

— Não exatamente. Meus pais morreram a 4 anos e fui adotada por uma capitã das Forças Unidas, que também morreu a 2 anos e fiquei com a "herança". - Me referindo a casa como herança.

Ela me olha chocada com a história, mas já esperava algo desse gênero.

— Enfim, esse é o Sr. Capitão, até o momento meu colega de quarto. - Digo levantando do sofá. - Ali fica a cozinha e la em cima os quartos e o banheiro. Pode comer o que quiser e levar suas coisas para o meu antigo quarto. Primeira porta a esquerda subindo as escadas. Vou tomar um banho. - Digo colocando minha jaqueta azul no cabide de chapéus ao lado da porta de entrada e seguindo para a escada.

— Maeve.

— Sim? - Paro no meio dos degraus e olho para ela.

— Obrigado mesmo. - Ela diz com um pequeno sorriso no rosto.

— Não precisa agradecer. Se você vai namorar com meu irmão, tenho que te tratar como família também. - Respondo voltando a subir e dando uma leve risada por imaginar ela corando novamente.

Após sair do banho, vou seguindo para o antigo quarto de Elizabeth, já vestindo a roupa que ia dormir. Um shortinho cinza e uma camiseta branca com estampa de gatos. Vejo a porta de meu quarto aberta e vou olhar se ela estava bem.

Skye estava sentada em minha cama segurando minha tartaruga rosa e azul de pelúcia que Elizabeth havia me dado. Ela o olhava aparentemente triste. Estava de costas para a porta então não me viu entrando.

— Está tudo bem? - Digo entrando devagar.

— Sim. - Ela afirma ainda encarando o ursinho.

— Esse é o Macky. O primeiro presente que Elizabeth me deu quando decidiu que iria ficar comigo. - Digo sentando de pernas cruzadas no chão de frente para ela.

— Como ela era? - Ela passava devagar a mão sobre a lã da pelúcia.

— Ela foi a minha heroína. - Digo com um sorriso no rosto, estava lembrando das melhores memórias com ela. - Ela não era muito delicada, mas eu a via se esforçando para ser muito gentil. Ela era a pessoa mais corajosa que já conheci. Por causa dela eu não cheguei a sofrer a perda dos meus pais...como sofri a dela. - Completo abaixando a cabeça e o sorriso se desfazendo devagar.

— O que houve com ela? - Ela abraça a pelúcia e olha em meus olhos.

— Eu não sei o que realmente aconteceu. Mas antes de sua última missão, prometeu voltar em um dia. Dois dias depois vieram avisar que ela não voltaria mais.

— Sinto muito. Você realmente parece ter sido apegada a ela. - Ela disse olhando em volta as coisas no quarto.

Tinha apenas mais alguns ursos, gatinhos de pelúcia e desenhos que eu fazia e colava nas paredes. Realmente um quarto de criança. Mesmo que a "criança" que vivia ali, não tocava nessas coisas a anos.

— Mas e sua família? O que houve? - Me levanto e sento do seu lado na cama.

Ela respira fundo e abaixa a cabeça. - Eu nasci em uma família pobre no Reino Unido. Minha mãe teve uma gravidez de risco e tiveram que escolher entre minha vida ou a dela, sendo que ela claramente me escolheu. Não tive a chance de conhece-la como Andrew conheceu. Após isso meu pai virou uma pessoa amarga e começou a me culpar sobre a morte dela até uma noite quando tentou me matar enquanto dormia. - Ela olha para a janela enquanto a neve caia levemente.

— Quantos anos você tinha? - Sento cruzando as pernas novamente e virando para ela.

— 6 anos! - Ela olha em meus olhos. - Por pouco Andrew conseguiu impedi-lo, mas acabou apanhando em meu lugar. Na mesma noite fugimos de casa e passamos o ano seguinte sem ter onde morar. Sobrevivemos roubando comida e dormindo em becos. Andrew cuidou de mim como um pai, mesmo sendo uma criança de 12 anos.

— Nossa, eu não imaginei que havia passado por isso. - Peguei em sua mão esquerda. Estava bem fria, por mais que ela estivesse bem agasalhada.

— Andrew conseguiu se alistar em 2009 para o exército do Reino Unido e assim conseguimos um lugar para morar. Ele foi a primeira criança a conseguir se alistar na história do país, claro que falsificando alguns documentos.

— E você?

— Em casa comecei a estudar sozinha sobre computação e em 2015, com 12 anos e alguns documentos também falsos, consegui entrar para a inteligência do país. No início da guerra, eu fui uma das primeiras a descobrir os planos do Reino Unido e não achei certo colaborar com aquilo. Tínhamos dinheiro e idade suficiente para ir embora, mas ele não quis. Andrew queria lutar pela nação e eu não pude aceitar isso. Quando tinha 15 anos, por um descuido, descobriram que eu havia mentido quem era durante todo esse tempo e que Andrew era meu irmão. Antes que eu pudesse contar isso a ele, eles o levaram para longe e quando tentei resgata-lo, me disseram que era tarde demais e ele havia pagado por meus erros. Ao perceber que se eu não tomasse alguma atitude seria a próxima, fugi do país e vivi escondida na Suíça por 2 anos e meio. Aprendi a lutar e criei alguns equipamentos como a besta de pulso que você já viu. Em seguida fui para a Espanha para conseguir informações sobre a guerra. Eu iria ter minha vingança o quanto antes.

Consigo acreditar no que ela diz, principalmente na parte sobre morar na Suíça. Depois do início da guerra, aquele país foi abandonado por 98% dos civis, deixando muitas coisas para trás. Era difícil encontrar alguém por aquele lugar, como se tivesse sido assombrado, mesmo sendo apenas um enorme pedaço de terra abandonado.

— Até conhecer Fernando? - Me aproximo um pouco mais dela.

— Sim. Nos conhecemos antes de de um saber que o outro era um agente infiltrado. Eu...bom... - Ela parou de falar e corou de leve com um sorriso no canto da boca.

— Se apaixonou por ele, continua. - Digo completando para ela, ansiosa para ouvir o resto.

Ela da uma risadinha e continua. - Ao descobrirmos, ele tentou me impedir e eu tentei mata-lo. - Em seguida coloca a mão no rosto, aparentemente envergonhada. - Passei 6 meses fugindo dele tentando conseguir informações, mas ele também é um bom espião. - Parou e respirou fundo. - Até aquele dia que nos conhecemos no trem. Eu queria para-lo de uma vez de me perseguir e achei que o melhor modo, seria tirando a vida de seu pai.

— Você teve a chance.

— Mas ao mirar para o pai dele e ver o desespero no rosto de Fernando, não consegui fazer. Meu passado, minha mãe veio em minha cabeça. Eu já havia passado pela perda de alguém que amo e sabia que ele também. Não podia tirar o que lhe restava. - Ela olhou para baixo. Um silêncio ficou durante alguns segundos.

— Sabe... - Abraço seu braço esquerdo tentando a confortar. - ...enquanto você não tem onde ficar, não vejo problema de passar uns dias aqui.

— Eu...eu não posso aceitar. - Ela cora mais uma vez olhando para mim.

— Sabe. Desde que Elizabeth se foi, tem sido meio chato aqui por ficar sozinha. Agora eu também posso ter alguém com quem conversar. Alguém para ser minha amiga! O que acha? - Abro um sorriso e olho em seus olhos.

Ela olha para mim e consigo ver felicidade em seus olhos.

— Obrigada. - Ela diz e me abraça.

— Amigas? - Pergunto.

— Amigas! - Ela passa a manga de sua blusa de frio no rosto, para limpar qualquer resquício de lagrimas.

Em seguida levanto e estico os braços para cima me espreguiçando.

— Caso precise de mim, estarei no quarto no final do corredor. Essa porta na frente é o banheiro e caso esteja com fome, fique a vontade para pegar o que quiser. Caso precise de roupas... - Ando até o guarda roupa e abro as gavetas mostrando algumas roupas. - ...pode pegar algumas minhas. - Em seguida pego uma camisa e coloco sobre seu corpo, notando que não serve por conta do tamanho de seus seios. - Quer dizer, o que servir. - Digo olhando para meu busto, um pouco decepcionada. Ela ao notar ao que eu estava me referindo, cora mais uma vez envergonhada e tenta mudar de assunto.

— Claro, claro. Se precisar eu pego. - Ela da uma risadinha envergonhada com a mão atrás do pescoço.

— Certo. - Sorrio para ela. - Qualquer coisa é só me chamar. Boa noite. - Digo sorrindo e saindo do quarto, seguindo para o do final do corredor. Deixo a porta meio aberta e deito na cama me cobrindo.

Pela primeira vez em muito tempo consegui me sentir confortável dormindo em casa. Confortável por não estar sozinha.

Tendo a companhia dela durantes esses dias, as coisas ficaram um pouco mais alegres. Ela começou a se acostumar e perder a timidez em estar vivendo ali, em estarmos morando juntas, em sermos amigas.

Duas semanas se passam rapidamente, todos os dias íamos visitar Fernando no hospital até o dia de sua alta.

França - 23 de Dezembro de 2022

— Está pronta? - Pergunto para ela enquanto arrumo meu cabelo de frente ao espelho.

— Quase lá. - Ela responde terminando de se maquiar em frente a outro espelho.

Eu desço as escadas e coloco mais ração e água para Sr. Capitão. Pela primeira vez estava feliz em não ter nenhuma notícia ou até ter sido lembrada pelas Forças Unidas. Eu estava voltando a viver um momento de "família" depois de anos.

Em seguida Skye também desce as escadas. Estava linda vestindo uma jaqueta preta de couro que passava um pouco de sua cintura, uma calça jeans preta com uma bota que ia até o joelho e um cachecol roxo, que combinava com seu cabelo.

— Como estou? - Ela pergunta sorrindo.

— Perfeita! Ele vai adorar! - Respondo com um leve sorriso indecente no rosto.

— Tomara mesmo que adore. - Ela ironiza enquanto segue em direção a porta.

Eu vou atrás apagando as luzes, pegando meu casaco no cabide de chapéu e vestindo por cima do meu suéter roxo com estrelas amarelas. Também vestia uma calça jeans e a minha bota favorita que uso em todas as situações.

— Essa é minha época favorita do ano. - Digo enquanto tranco a porta.

— O inverno? - Ela pergunta enquanto olha a enorme calçada coberta pela neve.

— O Natal. Essa época me lembra o primeiro que passei com Elizabeth. Nós enfeitamos uma árvore e fazíamos chocolate quente toda noite do inverno. Sentávamos perto da janela, assistindo a neve cair. - Começo a olhar a neve junto dela.

— Deve ter sido ótimo. Podemos fazer isso hoje se quiser. - Ela sorri para mim.

— Eu adoraria. - Retribuo o sorriso a ela.

— Vamos antes que percamos o trem. - Ela me puxa pelo braço e a noite começa a cair. Estávamos indo mais tarde que os outros dias pois seria o dia de alta.

Pegamos o trem e a viagem de uma hora até pareceu rápida. No caminho insisti para ela me contar tudo sobre o como descobriu que estava apaixonada por Fernando, que além de meloso, eu achava a coisa mais fofa.

Chegamos no hospital, nos identificamos na recepção e seguimos para o quarto. Estávamos sorridentes, até abrir a porta e ver quem nos esperava junto de Fernando.

— L? O que está fazendo aqui? - Digo para o agente que estava em pé olhando a neve pela janela. Ele vestia um sobretudo preto.

— Olá Maeve. Preciso falar com você e seu parceiro. - Ele diz enquanto se vira para nos olhar. E se surpreende com Skye ali. - Vo...você seria? - Ele engole em seco e arruma a gola de seu sobretudo.

— Eu sou... - Ela começou a falar.

— ...a namorada dele! - Eu interrompo enquanto ela fica corada.

— Ah, claro. - Ele engole em seco novamente. Ela não parece conhecer ele, mas ele de alguma forma, parece que sabe quem ela é.

— E sua cara metade? - Ironizo cruzando os braços.

— Não vim aqui conversar sobre Z. Aliás, a partir de hoje, vocês não precisam mais mais chamar de L. - Responde ignorando a piada.

— Do que te chamamos, vossa alteza? - Digo me curvando como uma dama e fazendo Skye se esforçar para segurar a risada.

— Meu nome é Lex. - Ele responde serrando o olhar em minha direção.

— Vai em frente senhor Lex, o que tem a dizer? - Vou em direção ao frigobar como sempre. Skye vai até Fernando e o cumprimenta com um beijo.

— Fui encarregado de vir avisar os dois que devem comparecer ao QG das Forças Unidas na França amanhã. Devem entregar o relatório e será discutido o futuro de sua equipe.

— Como assim o futuro de minha equipe? - Essa frase de alguma forma me irritou.

— Desculpa Maeve. Eu iria te contar. - Disse Fernando de cabeça baixa e Skye até se surpreende.

— O que você fez? - Me apoio na beira de sua cama olhando séria em seus olhos.

— O agente Fernando será desligado de missões externas nas Forças Unidas. - Respondeu o moreno.

— O que você quer dizer com isso? - Caminho furiosa até Lex, o encarando.

— Significa que ele não poderá ir em mais missões e consequentemente não será mais sua equipe! - Completa me olhando nos olhos. Nós dois começamos a trocar grandes faíscas.

— Mas eu não concordei com isso. Você não pode tomar essa decisão por mim! - Grito com ele.

— Ele mesmo tomou essa decisão. - O moreno arrumou a gola novamente e olhou para Fernando que instantaneamente abaixou a cabeça. Skye que assistia tudo, se sentou na poltrona a esquerda de Fernando.

— Você o que? Diz que é mentira. - Viro o olhar para Fernando. Olhei para ele desacreditando. Queria muito que ele dissesse que era mentira.

— Desculpa. Você sabe que eu não posso mais voltar a ativa, ser sua equipe apenas vai atrasar suas futuras missões. - Ele me olha nos olhos que estavam começando a se encher de lágrimas.

— Você escondeu isso de mim. Você não me perguntou o que eu realmente queria. - Sinto as lágrimas descendo enquanto tento não gritar com ele.

— Com a decisão dele, as Forças Unidas tomou a liberdade de te alocar em uma nova equipe. Mais uma vez são pessoas como você, modificadas pelo soro. - Revela Lex, virando novamente para a janela enquanto a nevasca aumentava.

— Eu não quero outra equipe. Não ligo pro que as Forças Unidas decidiram entendeu. - Resmungo para o moreno

Ao ouvir isso ele vira e aproxima seu rosto do meu, conseguindo me intimidar. - Tome muito cuidado com o que você fala. Senhorita! - Falou baixo enquanto seus olhos verdes me olhavam sério. Engoli em seco em seguida e comecei a secar as lágrimas.

— Maeve... - Skye vem até minha direção e pega em meu braço. Em seguida eu a abraço. Ela passa a mão em meu cabelo, retribuindo o carinho.

Lex vai seguindo até a porta para se retirar. - Devo voltar para a França agora. Nos vemos amanhã senhor Fernando e senhorita...Maeve. - Ele diz me olhando com certo desprezo. - Um prazer conhece-la senhorita. - Se refere a Skye que apenas assente com a cabeça e o vê saindo e fechando a porta em seguida.

— Como você pôde nem ao menos me perguntar o que eu queria? Eu não ligo para as missões das Forças Unidas, desde que eu possa ficar por perto de você para te ajudar a se recuperar! - Falo olhando triste para ele.

— Apenas não quero ser um peso para você, entendeu? Não me culpe por isso, pode ter certeza de que essa atitude foi apenas pensando em você e não em mim! - Ele diz calmamente.

Talvez ele estivesse cansado de estar sendo culpado esse tempo inteiro. Será que estou sendo muito egoísta, pensa do apenas no que eu quero?

Nesse instante eu sinto uma pequena leveza no corpo e meu coração batendo mais devagar.

— Tem certeza de que foi por mim? - Digo olhando para ele e Skye que foi segurar sua mão. Em seguida ela se assusta ao olhar para mim. Meus olhos haviam mudado do azul para o amarelo, como quando lutamos.

— O que você tá insinuando? - Ele pergunta parecendo irritado.

— Tem algo de errado com a Maeve. - Diz Bolt que não tinha se pronunciado ainda. Estava em cima da mesa que continha o vaso de flores.

— Sim. - Diz Skye ficando assustada.

— Saiam de perto. 3...2...1... - Ao fim da contagem Bolt me desfere um choque suficiente para me desmaiar sem ferir.

— Maeve. Acorda. - Ouço a voz de Fernando. Minha visão vai clareando e vejo Skye me segurando em seus braços ajoelhada no chão.

— O que houve? - Pergunto sem me lembrar do que houve.

— Seus olhos... - Começou Skye.

— O que houve com eles? - Sento no lugar aonde estava e começo a coçar os olhos.

— Eles ficaram amarelos. - Falou Fernando usando as mãos para colocar as pernas para o lado da cama. Nessa hora notei que ele já estava vestido com uma calça jeans e uma blusa apenas.

— Não era a Maeve! - Diz Bolt analisando meus olhos com um scaner enquanto levitava em minha frente.

— Como assim? O que aconteceu? - Pergunto empurrando Bolt com uma mão e me apoiando na cama de Fernando para levantar.

— Maeve, por alguns segundos você não era...você. Entende? - Bolt te tou me explicar, me deixando ainda mais confusa

— Como você sabe? - Coloquei a mão na cabeça sentindo muita dor, como nas outras vezes.

— Desde que te conheci, eu fiz um mapeamento no seu cérebro e criei um padrão para poder te localizar em qualquer lugar no mundo. O caso é, por esses segundos, a sua existência sumiu do meu sistema e surgiu um totalmente diferente no mesmo lugar em que você estava. - Ele completou.

Fernando e Skye levam a mão na boca.

— Eu morri por um segundo? É isso? - Questiono com uma pequena dúvida ainda.

— Falando a sua lingua, alguém tomou o seu corpo por esses segundos. Entendeu agora? - Ele completou novamente.

— Eu...fui possuída? - Pergunto também assustada.

— Hipoteticamente, sim!

Volto as mãos a cabeça. Estava doendo bastante.

— Vamos esquecer isso, deve ser algum efeito do soro em seu corpo. Não parece ser nada perigoso não é? - Comentou Fernando tentando aliviar a situação. Skye apenas abaixou a cabeça sem dizer nada. Aparentemente devia estar lembrando de quando me viu assim pela primeira vez.

— Sim, esquece isso. Digo me levantando do chão. Vou em direção a Fernando e o ajudo a sentar em sua cadeira de rodas.

Em seguida chega uma enfermeira no quarto. - Senhor Fernando? - Olhava em uma prancheta.

— Sou eu. - Eu o empurro em direção a porta. Skye pega uma bolsa sobre a mesa e Bolt pousa sobre ela.

— Você já está liberado, tem um carro do lado de fora o esperando. - Em seguida abre passagem para irmos.

Chegando no lado de fora. Vimos uma limusine preta parada em frente ao hospital. Era alta, fazendo com que a neve não fosse um problema. Do lado de fora se encontra um motorista que nos cumprimenta e entramos. Novamente ajudo Fernando, mas agora para sentar no banco enquanto Skye guarda sua cadeira na parte de trás.

Assim que o carro parte do hospital, começo a me sentir mal sobre as coisas que disse a ele no quarto.

— Fer, desculpa. - Abaixo a cabeça com um olhar triste. Ele estava sentado de frente para mim e Skye ao seu lado.

— Não precisa se desculpar. Na verdade eu acho que fui um pouco egoísta tomando essa atitude sem te consultar. - Ele abaixa a cabeça também.

— Não. Na verdade eu fui egoísta pensando apenas no como eu estava me sentindo por não poder trabalhar mais com você. E ainda acabei insinuando que você estava fazendo isso para ter seu tempo com ela. - Começo a ficar envergonhada.

Skye levanta do lado de Fernando e senta ao meu. - Não se preocupe. Eu sei que não posso me envolver nos assuntos das Forças Unidas, mas eu estou ao seu lado pra te ajudar no que precisar. Você também é minha melhor amiga e ainda somos companheira de casa. - Em seguida me abraça.

Retribuo o abraço, me sentindo mais calma. - Obrigada. A vocês dois.

— Ainda podemos fazer aquele chocolate quente que dissemos mais cedo. Você topa? - Ela me confortou.

— Claro. Afinal, amanhã é o grande dia. Fernando terá suas surpresa que prometi e eu bom...irei conhecer quem será a próxima pessoa a me aturar. - Abro um sorriso e dou uma pequena risada. Mesmo preocupada com o que tipo de pessoa que escolheram para ser minha equipe, continuava confiante.

Amanhã é o grande dia!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Lex já estava na trama desde o começo e decidi revelar ele de vez para facilitar a imaginação dos diálogos kkkk

Maeve rebelde arrumando briga enquanto Fernando precisa de apoio. Fernando é um bebê e merece ser cuidado ;-;

Comentários sempre inspiram o autor. Comentem.

Próximo capítulo vem Domingo. Até lá meus lindos :D



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