Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 15
Bad Surprise


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Espero que estejam gostando do rumo da história. Muitas surpresas estão vindo. :D

Boa leitura.



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— Maeve, fuja! - Disse Fernando colocando a mão em minha frente enquanto encarava Androxus.

— Mas...

— FUJA! - Ele gritou.

— Ninguém vai fugir! Não vim em busca de encrenca. - Disse Androxus.

— Então o que você quer? - Diz Fernando enfurecido e cerrando o olhar.

— Vocês jamais vão conseguir entrar nesse laboratório sem minha ajuda.

— Obrigado pela oferta, mas não! Já quase fomos mortos demais essa semana. - Responde Fernando debochando.

— Escute, nós 3 estamos atrás de algo que está aí dentro. Eu tenho que admitir que também preciso de vocês para poder entrar. Precisamos trabalhar juntos!

— Sem chance aberração. Não vamos trabalhar com você! - Afirmou Fernando seguido por um trovão que sinalizou a chuva chegando.

O silêncio se estabeleceu por alguns segundos e só e se ouvia a chuva começando a cair.

— Sendo assim, terei que entrar sozinho. - Virou as costas e seguiu para o precipício do prédio.

— Espera. - Eu grito. - Fernando, não sabemos com quem estamos lidando! Ele pode ser nossa única chance de entrar nesse lugar. - Tento ser sensata e pensando caso essa fosse realmente nossa única possibilidade.

— Para depois nos trair? - Ele questiona me olhando enfurecido.

— Vocês não tem por que confiar em mim, mas podem acreditar quando digo que cumpro minha palavra. Meus alvos aqui não são vocês. Essa noite...alguém terá um fim trágico. - Androxus completa e pula do prédio.

— NÃO, ESPERE. - Eu grito novamente. - Precisamos dele Fernando. Por favor, confie em mim. - Digo segurando seu rosto com as duas mãos e olhando fixamente em seus olhos. Queria que ele sentisse a sinceridade em meus olhos.

Ele revira os olhos e afasta minhas mãos de seu rosto. Estava com uma expressão nada satisfeita. - Não ouse arriscar sua vida ou qualquer besteira desse nível, entendeu? - Me intimida enquanto abaixa pegando de volta o fuzil no chão.

— Não vou, eu prometo! - Minto apenas para pularmos esses votos de confiança. É claro que se ele corresse perigo, eu faria de tudo para salva-lo.

— Ótimo. Qual seu plano? - Ele olha em meus olhos ainda impaciente.

— Eu tenho um, será o seguinte... - Diz Bolt.

Enquanto isso Androxus consegue controlar a velocidade de sua queda e aterrissar em uma torre não vigiada. Em seguida vai descendo discretamente para não ser visto. Alguns minutos depois eu e Fernando iniciamos o plano de Bolt.

Descemos pelos andares do prédio e pelo segundo andar, consigo pular até a beira do alto muro com grades por fora do laboratório. Foi difícil por minha perna ainda estar doendo bastante, mas tinha que aguentar a dor para o plano funcionar corretamente.

Já dentro dos muros, saio correndo pela frente e aproveito que por mais que seja noite, existiam várias luzes fortes para proteger o lado de fora de invasores. Meu plano era chamar a atenção dos soldados que faziam a segurança da entrada principal, coisa que não foi desafio algum.

Enquanto os soldados vão atrás de mim, Fernando consegue abrir uma passagem em uma grade na lateral em que não havia muros. Antes de entrar, ele esperou todos os soldados passarem correndo, sendo chamados para cuidar de mim.

Ele sai correndo por uma sombra e vai em direção a uma porta na lateral do laboratório. Que por coincidência Androxus estava tentando abrir, claramente sem sucesso. Quando Fernando se aproxima, Androxus se assusta ao ver ele correndo em sua direção.

— Olha a frente! - Ele avisa e em seguida derruba a porta em um chute igual fez no trem. - Por aqui. - Diz Fernando adentrando e olhando para trás para ver se não chamou atenção.

— Por que decidiu me ajudar? - Pergunta Androxus enquanto o vê levantando a porta pesada novamente.

— Se você quer salvar alguém, então deve ser importante pra você. Quando duas pessoas lutam pela mesma causa, nada pode as deter! - Responde Fernando sem olhar para ele.

— Muito honrado de sua parte cavaleiro. - Diz Androxus pegando seu revólver e olhando para o corredor em que estavam.

— Esperemos nesse corredor até o sinal.

— Mas que sinal?

~Enquanto isso do lado de fora~

Eu vou correndo e desviando com sorte de alguns disparos até chegar perto de uma torre com um farol. Pelo que Bolt havia dito, o topo deve ser a sala do controle de câmeras.

Retiro a bolsa de Bolt do ombro e arremesso com muita força pra cima. Assim que chega na altura do farol, arremesso uma adaga que acerta a alça da bolsa e a prende na parede.

— 3...2...1... - Tapo os ouvidos e a bolsa explode. A torre começa a ser destruída e volto a correr antes que me alcancem.

~Enquanto isso do lado de dentro~

— Esse sinal! - Diz Fernando ao ouvir a explosão.

Eles saem correndo por um corredor cheio de câmeras, aproveitando que agora são inúteis.

— Bolt, pra qual lado? - Pergunta Fernando para Bolt que estava dentro de seu casaco grande.

— Siga pela esquerda e pegue o elevador até o sub quarto andar.

E os 3 foram seguindo o caminho.

~Enquanto isso do lado de fora~

Vou correndo e atraindo a visão deles para longe da entrada em que Fernando foi. Era meio difícil com a chuva deixando o chão cada vez mais escorregadio e o ferimento voltando a doer.

— Quase lá. - Eu digo a mim mesma enquanto corria em direção a grande entrada principal para tentar despista-los. Mas com rapidez alguém chega pela sombra e chuta minha perna ferida me arremessando ao chão.

Tento me levantar rapidamente, mas antes que eu pudesse ver quem era, ela chuta meu rosto com força fazendo um corte embaixo do meu olho esquerdo que começa a sangrar na hora e me derrubando de volta ao chão, dessa vez caindo de costas.

— Calma aí docinho. Fica deitada que já cuido de você! - Dizia a pessoa, revelando ser Skye. Ela ajoelha com uma perna sobre minha barriga e atira um dardo de sua besta de pulso em cada soldado que vinha me seguindo. Todos caiam um atrás do outro, sem tempo nem de atirar como resposta.

Quando todos já estão no chão, ela tira seu joelho de cima de mim e pega em meu rosto, se aproximando do dela e começa a falar mostrando estar nervosa porém sem perder seu ar irônico.

— Não fazem mais soldados como eu e você. Mas já que não seremos amigas por muito tempo, pode me chamar de Skye!

~Enquanto isso do lado de dentro~

— A quem você está procurando? - Pergunta Fernando para Androxus, enquanto ambos estão dentro do elevador.

— Meus pais morreram quando eu era criança então eu vivi na rua com minha irmã mais nova. Cuidei e criei ela e hoje...eu vim resgata-la. - Contou Androxus aparentemente fitando o chão. Com aquela máscara não era fácil saber.

— Como sabe que ela está aqui? - Diz Fernando.

— Descobri através de um falso informante, que por acaso vocês conheceram.

— Como assim falso informante? Ele nos guiou até Bolt. - Questionou Fernando.

— Ele não era seu informante. Ele queria te guiar até Bolt, porém se eu não tivesse intervido, você e a garota teriam sido capturados por quem capturou seu engenheiro e minha irmã!

— Por que você não disse nada?

— Vocês não confiariam em mim. Hoje é diferente por eu estar o mais próximo do que posso chamar de "desesperado". - Ele faz aspas com as mãos.

— Chegamos ao sub quarto andar. - Diz Bolt enquanto a porta do elevador se abre.

Estava um lugar escuro quando saíram do elevador. A porta se fechou e aparentemente voltou a subir.

— Será uma armadilha? - Pergunta Fernando preocupado.

— Provavelmente! - Androxus completa enquanto aponta seu revólver para o escuro sem enxergar nada.

Nesse instante todas as luzes acenderam e eles estavam cercados por ao menos 60 soldados com armas apontadas para eles.

Androxus começa a mirar em volta como quem estivesse contando quantos eram.

— Droga, são muitos!

— Eu imaginei isso! Bolt, ativar protocolo sentinela.

— Ativando protocolo sentinela. Protótipo Helios 01 a caminho! - Responde Bolt.

— O que significa isso? - Pergunta Androxus andando pra trás e ficando costas a costas com Fernando.

— Já vai saber!

— Sentinela chegando em 3...2...1 - Ouvimos o som de algo destruindo os andares superiores até cair na nossa frente. Era a armadura de quando encontramos Bolt. Assim que abriu o compartimento para entrar, Fernando pula para dentro e os soldados começam a atirar.

O líquido verde que corria nas mãos de Androxus começaram a escorrer pelo ar em volta do seu corpo e estavam absorvendo e derretendo todas as balas que iriam o atingir.

— Fernando, me conecte no compartimento de cristal no seu peito. - Diz Bolt se referindo a armadura.

— Assim? - Ele pergunta enquanto conecta Bolt. Nesse instante a máquina começa a se mexer.

— Agora podemos enfrentar eles juntos. Quanto tempo fazia que não sentia um corpo... - Diz Bolt rindo enquanto abre o enorme escudo de energia de seu braço esquerdo e levantando o lança chamas de seu braço direito.

— Quanto tempo esperei para usar essa maravilha. - Comemora enquanto lança fogo de seu braço esquerdo.

~Enquanto isso do lado de fora~

— Quer dizer que você não é a chefe por aqui? - Caçoo da garota mesmo sabendo que ela não tinha a nada a ver com isso. Ela me responde com um chute na barriga durante minha terceira tentativa de levantar.

— Eu que faço as perguntas aqui docinho. Agora me entregue o robô?

— Tarde demais, não está comigo! - Respondo sorrindo e sentindo o sangue escorrendo pelo rosto.

— Então está com seu namoradinho certo? Aonde ele está agora? - Ela questiona com um joelho no chão e puxando meu cabelo para me olhar nos olhos.

— Acha mesmo que vou te dizer? - Respondo mais uma vez, tentando me levantar devagar e ela pisa em minha perna, aonde estava ferido. - Arrgh. - Grito de dor. - Você não vai tirar nada de mim. Está perdendo seu tempo. - Completo com dificuldades pra respirar, por conta da poeira que a chuva levantava do chão.

— Você vai responder. - Ela pisa com mais força. - Eu preciso daquela droga daquele robô para encontrar alguém. Pode ser ou preciso matar vocês dois? - Ela grita perdendo a paciência.

— Eu não vou te entregar ninguém! Tente me matar se você acha que é capaz. - Respondo a desafiando no mesmo tom.

— Quanta ousadia docinho. - Completa ironicamente apontando a besta para mim, soltando meu cabelo enquanto caio novamente no chão.

— Você não viu nada! - Afirmo enquanto seguro uma perna dela e dou uma rasteira na outra, a derrubando no chão.

— Ora, sua cretina.

Em seguida puxo uma adaga e tento a apunhalar, mas ela segura minha mão e me chuta no rosto.

Ela tira uma bolinha roxa de vidro do seu cinto e arremessa no chão, a quebrando. Em seguida levanta uma fumaça forte. Começo olhar em volta na tentativa de ver algo pela chuva, mas fui pega pela frente com um soco na boca que me joga pra trás.

Por ter uma noção de onde veio, arremesso minha última adaga pra frente antes de cair ao chão, na intenção de acertar ela e ouço que acertei algo. Olho para frente e a chuva vai abaixando a fumaça, revelando sua posição. Vejo que acertei a adaga em sua besta de pulso e acabei deixando a inutilizável novamente.

— Acabou com o esconde-esconde? - Falei sorrindo e limpando o sangue da boca. Sentia a adrenalina começando a correr novamente. Não esperava que fosse lutar, mas queria muito acertar as contas com ela.

— Agora parece que terei que acabar com você do jeito convencional, novamente! - Ela responde retirando a besta do pulso e a soltando ao chão.

— Uma batalha justa, finalmente. - Respondi tirando meu grande casaco ficando com a regata preta que estava por baixo.

Nós duas saímos correndo na direção uma da outra. Agora para resolver isso de uma vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo.

Comentários sempre inspiram o autor. Comentem.



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